sexta-feira, março 21, 2025

Por uma cultura de segurança - 1ª parte

Quem assistiu às imagens que ilustram as consequências do mau tempo ocorrido nos últimos dias pode ter ficado chocado com a destruição, e realmente verificaram-se danos importantes, mas poucos se incomodaram com a falta de cultura de segurança que ficou bem patente nas atitudes e comportamentos de muitos transeuntes ou condutores, que permaneciam ou circulavam em locais de risco em plena tempestade.

Manifestamente, a imprudência, a ideia de que os acidentes apenas acontecem aos outros e que, quando os próprios são vítimas, caso sobrevivam, aceitam a situação como uma inevitabilidade que resulta de um destino trágico, contra o qual nada há a fazer, continua a predominar, determinando atitudes e comportamentos.

Foi visível nas imagens a presença de transeuntes e veículos a circularem em locais de risco, por vezes parando para apreciar a situação, e nos comportamentos de risco podemos incluir algumas equipas de reportagem que, para além de se colocarem em perigo, dificultavam as operações das entidades encarregadas do socorro, intervindo ou obstruindo a passagem, algo que o dever e direito de informar não contempla.

Apesar dos avisos prévios, poucas medidas de segurança foram adoptadas, sendo disso exemplo o facto de andaimes de obras em curso permanecerem colocados, de muitos equipamentos exteriores não terem sido recolhidos, de embarcações e aeronaves não estarem devidamente ancorados ou retidos e de poucos proprietários terem optado por afastar as suas viaturas de árvores que, visualmente, estariam pouco cuidadas ou em mau estado.

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