sábado, setembro 08, 2007

Quase 100 bombeiros combatem incêndios em Gondomar e Vila Pouca de Aguiar


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Incêndio florestal na Galícia

Ao fim da tarde estavam activos dois incêndios, ambos em zonas de mato, um no distrito do Porto e outro no distrito de Vila Real, que eram combatidos por 91 bombeiros apoiados por 26 viaturas e, até ao cair da noite, por dois meios aéreos.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o incêndio em Medas, no concelho de Gondomar, distrito do Porto, começou às 15:32 e ficou circunscrito às 18:55, após ter mobilizado 38 bombeiros apoiados por 13 viaturas e dois aerotanques pesados.

O outro fogo em Vreia de Jales, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, continuava por circunscrever e era combatido por 53 bombeiros, com 13 viaturas e o apoio de duas equipas do Sapadores Florestais.

No local estavam também presentes o comandante operacional distrital e o chefe de gabinete do governador civil de Vila Real.

A área ardida, que até meados do mês de Agosto era percentualmente insignificante quando comparada com a média de anos anteriores e que foi comentada pelo ministro da Administração Interna (MAI) como nada tendo a ver com a sorte, tem vindo a aumentar nestes últimos dias em que as temperaturas se mantiveram elevadas ao longo de toda a semana.

Apesar de quer o número de ocorrências, quer a área ardida continuar baixa, o impacto das temperaturas e a ausência de precipitação começam a fazer-se sentir e a dificultar as acções de combate que poderão enfrentar novos problemas quando o número de meios aéreos disponíveis, nos quais se tem baseado grande parte das operações de combate aos incêndios, começar a diminuir.

Caso a temperaturas altas e o tempo seco se prolongue por todo o mês de Setembro, em mais uma demonstração de que as alterações climáticas podem ter um impacto decisivo, serão de prever dificuldades acrescidas para um dispositivo que tem recorrido cada vez mais a meios aéreos pesados, que pelo baixo número de ocorrências estão normalmente disponíveis, mas cujos contratos de aluguer vão terminar em breve.

Ganha assim uma nova importância a questão dos meios aéreos próprios, não dependentes desta sazonalidade contratual, que continuam em parte indisponíveis devido aos atrasos que temos vindo a relatar e a que o actual titular do MAI não atribui grande relevância, sobretudo quando afirma que Portugal tem meios aéreos a mais.

sexta-feira, setembro 07, 2007

PJ deteve dois presumíveis incendiários


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Um incêndio durante a noite

A Polícia Judiciária (PJ) divulgou um comunicado anunciando a detenção de dois presumíveis incendiários, que serão os responsáveis por oito fogos florestais que deflagaram durante o mês de Agosto nas zonas de Tondela e de Cantanhede.

Um dos detidos é um trabalhador rural, de 31 anos, sendo suspeito de ter ateado cinco incêndios na zona de Tondela, enquanto o outro é um pedreiro de 25 anos, que terá sido responsável por três fogos que deflagraram na zona de Cantanhede.

Após terem sido presentes a um juiz para um primeiro interrogatório judicial, ambos os suspeitos foram constituidos arguidos e ficaram a aguardar julgamento em prisão domiciliária.

Num ano em que as ocorrências noturnas assumem um especial relevo, a investigação de uma maior percentagem de incêndios, possível devido ao baixo número de ocorrência, poderá ajudar a compreender melhor as razões dos mesmos e a identificar responsáveis e comportamentos criminosos ou de risco.

Espera-se que esta oportunidade, que será provavelmente única dado que dificilmente haverá outro ano com tão poucos incendios, seja aproveitada da melhor forma e que as conclusões permitam uma prevenção mais eficaz, nomeadamente na detecção antecipada de indivíduos cujo perfíl e comportamento se enquadra nos padrões entretanto identificados.

Incêndio da Azambuja circunscrito e fogos em Pombal e Cinfães ainda activos


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Um Canadair francês em acção

Já se encontra circunscrito o incêndio que começou ao fim da tarde na Azambuja, mas permaneciam activos e sem controle os fogos em Pombal e Cinfães.

O incêndio que devastou uma zona de mato no Casal de Além, no concelho da Azambuja, foi dado como circunscrito pelas 19:19 e mobilizou 65 bombeiros apoiados por 19 veículos.

O incêndio florestal que deflagrou em Pousadas Vedras, no concelho de Pombal, pelas 14:57 continuava por circunscrever e, dos vários fogos activos, era o que mobilizava mais meios.

No combate contra as chamas, permaneciam 123 bombeiros, apoiados por 31 veículos, e, enquanto a visibilidade permitiu, dois helicópteros, um aerotanque e os dois Beriev Be-200.

Estes meios foram ainda reforçados com outros efectivos que incluem uma equipa de Avaliação de Incêndios Florestais e elementos do Comando Distrital de Operações de Socorro.

Também continuava fora de controlo o incêndio que foi declarado pelas 11:38 em Vilar de Arca, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu, que era combatido por 120 efectivos, apoiados por 31 veículos e que contaram com a presença de dois aviões Canadair.

Chamamos, mais uma vez, a atenção para a disponibilidade de meios aéreos e para o facto de ser possível enviar para uma mesma ocorrência dois meios pesados, o que demonstra que o número de ocorrências graves este ano é francamente diminuta.

O número e utilização dos meios aéreos justificará uma análise após o termo da época de incêndios, de modo a que possamos reflectir um pouco sobre a sua actuação durante este Verão.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Telemóvel do Google poderá ser sistema operativo Linux


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O gPhone virá a ser uma realidade?

Nos últimos meses, os rumores sobre o possível desenvolvimento pelo Google de um telemóvel com tecnologia própria têm vindo a ganhar consistência, sendo cada vez mais provável que o gPhone venha a ser uma realidade.

O "site" Engadget afirma, citando fontes internas do Google que considera "de muita confiança", que está para breve a apresentação do sistema operativo móvel desenvolvido nos últimos meses.

Apesar de continuar a discussão entre a possibilidade de o Google estar apenas a desenvolver um motor de pesquisa especialmente vocacionado para plataformas móveis, com um conjunto de aplicações específicas, e a de virmos a assistir ao lançamento de um equipamento, esta última hipótese tem vindo a ganhar força.

O falado sistema operativo móvel do Google terá começado a ser desenvolvido em 2005, altura em que o gigante dos motores de pesquisa adquiriu a Android, e terá sido exactamente a equipa desta empresa que tem vindo a desemvolver uma plataforma móvel baseada em Linux.

Segundo a Endgadget, para além do desenvolvimento do equipamento, o Google já terá apresentado a alguns fabricantes e operadores de comunicações móveis versões preliminares do novo sistema operativo, que será personalizável de modo a integrar-se em diversos modelos de equipamentos e flexível de forma a responder às necessidades e requesitos dos diversos mercados.

Parece, assim, cada vez mais certo de que o gPhone será mesmo uma realidade, transpondo para os dispositivos móveis um conjunto de aplicações específicas do mundo Google.

Incêndios combatidos por 300 bombeiros


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Um incêndio florestal em 2003

Um total de 266 bombeiros, apoiados por 73 viaturas e, até ao cair da noite, com a colaboração de meios aéreos, combatem incêndios florestais em Leiria, Boticas e Pinhel, segundo informou a Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC).

No distrito e concelho de Leiria, o incêndio florestal que começou pelas 15:05 em Lagares, ainda estava por circunscrever, tal como o fogo que consome uma área de mato desde as 16:53 em Cidadelhe, no concelho de Pinhel, distrito da Guarda.

No combate ao incêndio em Lagares, o mais complexo, estão 175 bombeiros, apoiados por 49 viaturas, e, durante o dia, por um helicóptero e dois aerotanques pesados.

Das duas frentes, uma já se encontrava dominada, mas a outra continuava activa e com intensidade, pelo que se deslocaram para o local a presidente da câmara de Leiria e o segundo comandante distrital de operações de socorro, contando com o apoio de um grupo de análise e uso do fogo táctico.

O incêndio de Cidadelhe mobilizou 47 bombeiros apoiados por 11 viaturas, reforçados por uma brigada da Direcção-Geral de Recursos Florestais e uma equipa da Companhia Especial de Bombeiros.

Finalmente, em Sapelos, no concelho de Boticas, distrito Vila Real, um incêndio em zona de mato reacendeu-se pelas 15:43 e foi circunscrito às 18:11, mantendo-se no local 44 bombeiros e 13 veículos empenhados em operações de rescaldo.

Num dia quente e com as temperaturas com tendência para subir, notaram-se algumas dificuldades, mas o facto de ser possível destacar para um único incêndio os dois aviões pesados Beriev Be-200 demonstra que o dispositivo está longe da pressão de anos anteriores, quando era necessário dispersar meios que, muitas vezes, não chegavam para todas as ocorrências.

A forma como os meios aéreos têm sido empregues, que um dia será analisada, comprova que as dificuldades têm sido substancialmente menores e que o número de ignições diminuiu de forma a permitir uma certa folga em termos dos recursos disponíveis.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Incêndio em Medas já está circunscrito


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Combate a um incêndio florestal

Ficou circunscrito pelo cair da noite o incêndio florestal que começou pelas 18:50 em Medas, no concelho de Gondomar e foi combatido por 55 bombeiros, apoiados por 17 viaturas e um helicóptero, e por uma equipa de sapadores florestais da AFOCELCA.

Também já se encontra circunscrito um outro incêndio florestal, no concelho de Mogadouro, no distrito de Bragança, que mobilizou 57 bombeiros, apoiados por 13 viaturas, um helicóptero e dois aerotanques pesados.

O fogo no concelho do Cadaval, no distrito de Lisboa, também se encontrava circunscrito ao cair da tarde, após ter sido combatido por 61 bombeiros, com 19 viaturas e um helicóptero

Finalmente, o incêndio detectado ao princípio da tarde em Perna Chã, no concelho de Arronches, distrito de Portalegre, estava já em fase de rescaldo, após a intervenção de 91 bombeiros, apoiados por 26 viaturas e dois helicópteros.

Com o Instituto de Meteorologia a prever subidas de temperatura para os próximos dias, sobretudo no Litoral Centro e Sul e vento moderado a forte no Algarve e nas zonas montanhosas da região Sul e terras altas da regiões Centro, o nível de alerta vai manter-se elevado dado que esta combinação favorece a propagação das chamas.

Área ardida inferior à média dos últimos cinco anos


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Área ardida em Portugal

Desde o início de 2007 e até ao dia 31 de Agosto, foram destruidos por incêndios 12.188 hectares de floresta e mato, um valor muito inferior à média dos últimos cinco anos.

Segundo dados divulgados e actualizados ontem pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), registaram-se 7.081 ocorrências, correspondendo a 986 incêndios florestais e a 6.095 fogachos ou fogos com área ardida inferior a um hectare.

Em termos dos valores de área ardida, 6.583 hectares foram de floresta e um pouco mais, 5.605 hectares, correspondem a mato.

Os distritos com mais área ardida são os de Santarém, com 2.328 hectares, e de Beja, onde arderam 2.301 hectares, enquanto o maior número de incêndios florestais se verificaram nos distritos de Vila Real, com 116 ocorrências, e de Braga, com 109.

Em termos de fogachos, foram Porto e Lisboa os dois distritos onde se verificaram maior número, com 1.141 e 733 ocorrências respectivamente.

Se compararamos os totais de 2007 com a média dos últimos cinco anos, o decréscimo é substancial, com menos 14.407 ocorrências e menos 183.624 hectares ardidos.

Em 2007 verificaram-se 16 incêndios de grandes dimensões, designação atribuida quando a área ardida atinge ou ultrapassa os 100 hectares, os quais, no seu conjunto, devastaram um total de 8.229 hectares, o equivalente a perto de dois terços da área total ardida.

Ainda segundo os dados da DGRF, o maior incêndio deste ano foi o que ocorreu no Sardoal, no distrito de Santarém, e que destruiu uma área estimada em 1.864 hectares.

Este valores de perto de 12.000 hectares queimados são extremamente inferiores a uma média que se aproxima dos 200.000, na qual entram em conta os terríveis anos de 2003 e 2005 os quais acabam por projectar os valores médios para números muito elevados e, que, tendo em conta a devastação causada e a ausência de reposição da maioria das áreas destruidas, serão difíceis de repetir.

No entanto, os números deste ano devem ser analizados com cautela, pois a diminuição para metade do número de ocorrências e a cada vez maior fragmentação das áreas onde o fogo se pode propagar, aliada a um conjunto de condições meteorológicas ímpares, traduzem-se num esforço significativamente menor e num decréscimo da pressão sobre o dispositivo, do que resulta uma substancial diminuição de área ardida.

Se adicionarmos as inovações tácticas, resultantes de uma intervenção inicial mais rápida e um menor número de reacendimentos, algo que resulta de uma menor pressão sobre o dispositivo e da possibilidade de consolidar a extinção das chamas e manter a vigilância ao invês de, como aconteceu nos anos mais problemáticos, ser necessário deslocar os meios para um novo incêndio antes de terminar os trabalhos, é compreensível esta diminuição na área ardida.

Existem, apesar de tudo, alguns factores de alerta, nomeadamente o crescimento de nova vegetação em áreas ardidas, que começará em breve a ser problemática dado que não houve um esforço real de ordenamento ou de alteração das espécies, e as alterações climáticas do que poderá resultar um Verão com sucessivas ondas de calor que propiciam o avanço das chamas.

Como, para além das inevitáveis declarações de vitória, a pouco mais assitimos da parte de muitos governantes, a combinação explosiva resultante do acumular de combustível, fruto de um crescimento desordenado, e de condições climatéricas propícias, em breve poderão fazer esquecer este ano de acalmia que devia ter sido aproveitado para efectuar os trabalhos que anteriormente, durante o caos dos incêndios incessantes, não houve a possibilidade de realizar.

terça-feira, setembro 04, 2007

Pá articulável em promoção


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Pá articulada com estojo

A partir da próxima 5ª feira, dia 06 de Setembro, está em promoção no Lidl uma pequena pá articulável em aço endurecido e com pega ergonómica.

Apesar de ser possível encontrar este tipo de pás em lojas de muito baixo preço, a falta de resistência da maioria torna-as inadequadas a qualquer tipo de trabalho, convertendo-as em autênticas inutilidades.

Por apenas 8.99 euros, incluindo uma bolsa de transporte e de fácil arrumação, este é um utensílio útil para quem disponha de pouco espaço e se aventure fora de estrada.

Bombeiro morre em Guimarães


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Incêndio em instalações industriais

Um bombeiro morreu esta madrugada, durante o rescaldo de um incêndio numa fábrica e armazém de algodão na localidade de S. Martinho do Conde, no concelho de Guimarães.

O incêndio foi detectado pelas 02:00 e revelou-se particularmente violento dada quantidade e o tipo de material combustível existente no local e foi combatido pelas corporações de Vizela, a primeira a chegar ao local do fogo, de Guimarães, Taipas e por duas corporações de Famalicão.

O incêndio ficou dominado pelas 05:30, tendo os bombeiros evitado que as chamas alastrassem às restantes instalações da empresa ou atingissem as cerca de dez fábricas vizinhas, após o que foi necessário retirar o algodão, um produto particularmente perigoso e incerto, de modo a evitar reacendimentos.

Já pelas 07:30, em fase de rescaldo, o sub-chefe dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, um homem de 60 anos e com 31 anos de serviço, caiu do telhado e sofreu graves lesões e traumatismos.

A vítima foi assistida no local pelos colegas, pela equipa especializada de uma ambulância e, finalmente, por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Guimarães, mas as lesões resultantes da queda revelaram-se fatais.

Espera-se que o inquérito apure o que efectivamente aconteceu e se extraiam as devidas conclusões de modo a, caso seja considerado necessário, se introduzam alterações nos procedimentos, equipamentos ou técnicas, de modo a aumentar a segurança de todos quantos participam nestas operações sempre arriscadas.

Se apenas nos limitarmos a lamentar o sucedido, o sacrifício deste bombeiro terá sido em vão, bem como o serão a perda de vidas que ocorrerem em circunstâncias semelhantes que pudessem ser poupadas caso houvesse a possibilidade de aprender com a tragédia da madrugada passada.

O secretismo de que se revestem muitas vezes os inquéritos aos acidentes, longe de contribuirem para o esclarecimento do sucedido e para evitar a sua repetição, têm lançado não apenas a dúvida, mas também suspeições de impunidade de quantos, muitas vezes por omissão, não tomam as medidas necessárias para que as operações decorram na máxima segurança e se aprenda com eventuais erros cometidos.

Nesta 2ª feira, com tempo quente, voltaram-se a verificar diversos fogos florestais, sendo de destacar o incêndio que foi detectado pelas 18:20 na localidade de Correias, concelho de Rio Maior, no distrito de Santarém, ficou circunscrito pelas 19:05 e entrou em rescaldo às 19:20, após ter consumido uma zona de eucaliptal.

O incêndio foi combatido por 52 bombeiros, apoiados por 14 viaturas, dois helicópteros e dois aerotanques ligeiros, tendo sido auxiliados por duas equipas de sapadores florestais da AFOCELCA.

No domingo, passado, a Autoridade Nacional de Protecção Civil registou um total de 110 ocorrências de fogo em floresta ou mato, mobilizando 1.895 bombeiros e 568 viaturas, um número que continua abaixo da média de anos anteriores.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Incêndios no sábado mobilizaram 2.000 bombeiros


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Bombeiros durante uma operação de rescaldo

Sábado passado foi o sexto dia com maior número de ocorrências deste ano, com mais de 2.000 bombeiros, apoiados por 514 viaturas, a combaterem 126 fogos.

Todos os incêndios foram circunscritos e apagados em poucas horas e com uma reduzida área ardida, como resultado do elevado número de meios disponiveis, da rapidez de actuação e de uma conjugação entre condições atmosféricas e zonas de contenção resultantes dos fogos de anos anteriores.

Um incêndio atingiu o Parque Natural de Montesinho, em Vilarinho, no concelho de Vinhais, foi o mais preocupante, dado estar a destruir uma área protegida.

O fogo foi detectado pelas 14:06 e ficou sob controle a meio da tarde, após ter lavrado com alguma intensidade.

Também se verificaram incêndios no distrito da Guarda, um em Arrifana, no concelho de Seia, e outro em Milheiro, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, que devastaram zonas de mato e foram combatidos por mais de uma centena de bombeiros, apoiados por 45 viaturas e um helicóptero.

No distrito de Viseu, registou-se um incêndio em Fonte Cerdeira, no concelho de Mangualde, que começou ao início da tarde, e no distrito de Santarém, no concelho de Alcanena, um incêndio em Aldeia do Além, mobilizou 43 bombeiros que foram apoiados por 11 viaturas e 3 meios aéreos.

O mês de Agosto foi o de menor risco de incêndio dos últimos anos, mas Setembro começa com calor e prevêm-se ainda vários dias quentes e de risco elevado até à temperatura começar a diminuir e se poder considerar como ultrapassada a fase mais problemática neste ano de 2007.

147 pessoas morreram nas estradas em Julho e Agosto


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Acidente de viação numa estrada secundária

Pelo menos 147 pessoas morreram em acidentes de viação nas estradas portuguesas desde o início de Julho até à meia-noite de sábado, número idêntico ao registado em 2006, segundo informou a Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Segundo a GNR, neste período ocorreram um total 18.560 acidentes, correspondente a uma redução de 248 em relação ao número registado no período homólogo do ano passado.

Destes acidentes, para além dos 147 mortos, resultaram 501 feridos graves, menos 27 do que em 2006, e 5.854 feridos ligeiros, correspondente a um decréscimo de 246 vítimas.

Durante o mês de Agosto foram registados pela GNR um total de 8.964 acidentes, menos 688 do que no ano passado, de que resultaram 78 mortos, o mesmo número de 2006, 249 feridos graves e 2.790 feridos ligeiros.

Os números mencionados foram os transmitidos pela GNR, sendo, portanto, parciais, dado que excluem os dos acidentes registados pela Polícia de Segurança Pública nas suas áreas de actuação.

Estes números verificam-se num ano em que, pela substancial diminuição do consumo de combustíveis, é manifesto que o número de quilómetros percorridos pelos condutores portugueses foi muito menor do que em anos anteriores, razão pela qual o número de acidentes ganha um significado particular.

Há teorias que apontam para a possibilidade de a um menor número de veículos nas estradas corresponder a uma maior velocidade média e, portanto, a gravidade dos acidentes tende, percentualmente a aumentar, sendo que tal parece ser confirmado pelos números agora revelados.

Por outro lado, relembramos que estas estatísticas são enganadoras, por considerarem como mortos apenas entra sem vida nas unidades de saúde, excluindo assim os inúmeros feridos graves que acabam por falecer em virtude dos ferimentos, mortes essas que são habilmente camufladas de forma a evitar uma ainda maior vergonha perante os nossos parceiros europeus.

Para além da frieza dos números, cada um dos acidentes em que houve vítimas mortais devia ser analisado individual e colectivamente, de modo a que pudessemos saber em que medida o socorro prestado, as distâncias a percorrer até um centro de saúde com as valias necessárias para a prestação dos cuidados adequados e tantas outras variáveis contribuiram para o desfecho fatal.

Esta análise não é, obviamente, a efectuada pelos especialistas da GNR, que averiguam as causas do acidente, devendo incidir, sobretudo, nas consequências e no socorro, desde o primeiro alerta até aos cuidados de saúde ministrados durante todo o processo.

A actual tendência para encerrar centros de saúde deverá ser analisada à luz destas estatísticas, bem como o impacto que estas medidas têm na migração das populações, cada vez mais desprotegidas e inseguras, para os grandes centros urbanos onde, pelo menos, ainda se encontram serviços de urgência com atendimento permanente.

Lamentavelmente, destas estatísticas poucas conclusões ou ensinamentos se extraem, pelo que as operações de socorro, sobretudo nas zonas mais remotas do País, continuam a enfrentar dificuldades muitas vezes insuperáveis, do que resulta a perda de vidas que, com outros meios e organização, poderiam ser salvas.

domingo, setembro 02, 2007

EMA: Sustentabilidade de um operador de meios aéreos do Estado (2ª parte)


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Um Kamov durante uma operação

Será, logicamente, da parte dos organismos do Estado que virá, através da contratualização de prestação de serviços e não de uma simples dotação orçamental, o grosso das verbas de que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) necessita para operar, podendo-se esperar que estas sejam complementadas pela prestação de serviços noutro tipo de actividade de cariz comercial.

Da conjugação destes serviços, cobrados aos vários departamentos do Estado ou a particulares, será expectável que provenham as verbas necessárias ao equilibrio financeiro da EMA, a qual, se exceptuarmos o facto de ser de capitais públicos, seria semelhante em termos de gestão a outras empresas a actuar na mesma área.

É exactamente neste posicionamento que surgem algumas questões que ainda desconhecemos como serão abordadas pelo Governo, nomeadamente em termos da contratualização efectiva com os vários serviços do Estado e no relacionamento que a EMA terá, inevitavelmente, com empresas de capitais privados quando com elas tiver que concorrer, interagir ou cooperar.

Esta questão será especialmente delicada caso a EMA venha a prestar serviços fora do Estado, em concorrência com empresas de capitais privados, mas, dada a opção por uma estrutura e por um posicionamento de cariz empresarial, situações dúbias podem surgir mesmo quando prestando serviços ao próprio Estado, encarado não como detentor da empresa, mas como cliente.

Admitamos que, na altura em que são elaborados os concursos para adjudicação de meios para combate aos fogos florestais, que um dos concorrentes apresenta condições mais vantajosas para o Estado do que as propostas ou possíveis de oferecer pela EMA, sendo que, em condições de igualdade, uma empresa de capitais privados venceria o concurso e deixaria de fora os meios dquiridos pelo Estado através da EMA.

Em termos empresariais puros, tal seria não apenas possível mas resultaria também na redução de custos para o Estado, dado que entrar em contra com o custo da EMA corresponderia a uma forma de concorrência desleal e inaceitável em termos de transparência de processos e contraria princípios básicos de mercado.

Caso o Estado dê preferência ou direitos excepcionais à EMA em termos contratuais, então o posicionamento como empresa inserida no mercado seria contestável e poderia chegar a levantar processos judiciais contra o próprio Estado e contra a empresa que assim seria beneficiada, a qual poderia ser acusada de concorrência desleal.