sábado, dezembro 14, 2019

O localizador pessoal GF-09 - 1ª parte

Os localizadores pessoais, adaptáveis aos mais diversos fins, estão cada vez mais baratos, pelo que, caso sejam considerados necessários, já não será o custo, que fica em pouco mais de uma dúzia de Euros, incluindo portes a partir da Ásia, possa ser utilizado como desculpa.

Consideramos apenas modelos que suportem múltiplos sistemas, ou seja, aqueles que recorrem apenas a WiFi ou rede móvel não são incluídos nas nossas análises, sendo exigível que recebam informação via satélites, a partir do sistema GPS, o mais comum, mas preferencialmente de um segundo, como o Beidou ou o Glonass.

O GF-09, um modelo muito compacto, de apenas 3.30 x 2.20 x 1.60 centímetros, com base magnética e um peso de apenas 2 gramas, inclui uma bateria interna de iões de lítio de 380 mAh, que permite operar até 72 horas de forma autónoma, dependendo da actividade e configurações em termos de poupança de energia sendo carregado a 5V via porta USB, pelo que será fácil de o fazer através de um adaptador a partir de um veículo.

As habituais funções de registo de percursos e voz, capacidade de ser controlado por voz, incluir botão de pânico, permitir estabelecer um perímetro de segurança estão presentes, tal como o sistema de seguimento em tempo real, fazendo o envio de dados via rede móvel, mas igualmente guardando-os internamente num cartão de memória com capacidade até aos 32 Gb, que acresce a 1 Gb de memória interna.

sexta-feira, dezembro 13, 2019

2 horas para socorro no centro de Lisboa - 3ª parte

O accionamento de uma segunda ambulância também do Beato, que iria percorrer a mesma distância, é algo que deve ser explicado, sobretudo se o contacto foi efectuado directamente para a corporação de bombeiros e não através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CDOS), que poderia ter meios posicionados num local mais favorável e que, portanto, chegariam mais rapidamente ao local do incidente.

Por outro lado, tendo sido pedido um meio diferenciado, no caso concreto, pelo que se sabe, uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), que não foi enviada, presume-se que por indisponibilidade, mas cuja ausência nesta ocorrência tem que ser justificada, aponta igualmente para uma flagrante escassez de meios ou para uma gestão duvidosa dos mesmos.

Oviamente, face às distâncias a percorrer, pode o CDOS ter concluído que a VMER chegaria ao local da ocorrência após o doente ter chegado ao hospital, caso a ambulância que o transportava partisse nessa altura, pelo que a espera pela VMER deixaria de fazer sentido, mas o facto é que, face ao tempo que decorreu entre o accionamento de meios e a chegada ao destino, tal necessita de ser devidamente esclarecido.

Infelizmente, as condições de transitabilidade em Lisboa, uma cidade cada vez mais desestruturada, onde vias para veículos são eliminadas, dando lugar a ciclovias, algo que sucede em vias estruturantes e essenciais para o socorro, contribui para o aumento do tempo de espera e para a impossibilidade de efectuar as missões com a rapidez necessária para que se revelem eficazes.

quinta-feira, dezembro 12, 2019

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios nada adiantam - 3ª parte

Compreende-se, portanto, que vários autarcas nem sequer tenham activado os respectivos planos, alegando, quase sempre, que o que deles consta já estava a ser seguido e que da sua activação não resultariam melhorias na coordenação das operações ou na protecção das populações, o que, sendo raramente analizado na altura, acaba por confirmar a inutilidade do plano e o absurdo da sua aceitação por parte da tutela.

Naturalmente, todos estes planos deviam ter sido criteriosamente analizados e avaliados por uma entidade independente e com os conhecimentos adequados na altura da sua submissão, sendo liminarmente recusados, com as implicações legais daí decorrentes, caso não se enquadrassem no que o legislador efectivamente previu.

Apesar de anunciado uma análise destes planos municipais por parte do Instituto de Conservação da Natureza, tal representa, pela sua incidência, uma visão parcial, pelo que urge uma revisão mais abrangente e a sua inclusão, mesmo que com as necessárias alterações, num nível de planeamento superior, devidamente integrado, numa perspectiva mais larga, sem que cada plano fique confinado aos concelhos de que são originários.

Se a ideia destes planos municipais pode ser útil, a verdade é que da sua implementação não resultou qualquer das vantagens a que supostamente dariam origem, sendo um exemplo prático do que de pior se faz neste País, onde as aparências escondem uma dura realidade, enquanto muitos vivem na ilusão de uma segurança que o planeamento efectuado teria a qualidade que o tornaria numa base de acção exequível, capaz de proporcionar um auxílio relevante no combate aos fogos.

quarta-feira, dezembro 11, 2019

2 horas para socorro no centro de Lisboa - 2ª parte

É de notar que estamos a falar de uma ambulância de socorro indiferenciada, portanto não está em causa a especificidade do meio, que pode ser um condicionante, como resultado de uma menor disponibilidade de meios mais especializados, pelo que temos que nos equacionar quanto aos meios efectivamente disponíveis, bem como à sua distribuição geográfica.

Assim, meia hora entre o alerta e a chegada de um meio de socorro, que atravessou a cidade numa hora de movimento, seria sempre de prever, e este tempo já seria exagerado face ao que se pode esperar dentro de Lisboa caso o meio accionado estivesse mais perto, como de Campo de Ourique, sendo de estranhar que o meio indiferenciado mais perto partisse do Beato.

A avaria da ambulância, sendo imprevisível, pode ou não ser expectável, dependendo do seu estado de manutenção, idade, qualidade de construção, bem como de todos os diversos factores e condicionalismos que determinam a fiabilidade deste tipo de meio que, obviamente, é submetido a um grande desgaste, pelo que necessita de cuidados que se coadunem com a importância das missões onde é utilizado.

Convém, portanto, saber qual o estado da ambulância enviada, se estaria a cumprir os planos de manutenção ou se o seu estado permitiria desempenhar missões com este nível de responsabilidade de forma segura, excluindo-se, naturalmente os imprevistos, mas assegurando que todo o possível foi feito para minorar o risco de incidentes.

terça-feira, dezembro 10, 2019

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios nada adiantam - 2ª parte

Desta forma, muitos municípios cumpriram a formalidade constante da legislação em vigor elaborando um documento cujo principal impacto foi o respectivo custo, sendo que o trabalho, em casos específicos, foi entregue a empresas cuja competência para o efeito é, no mínimo, duvidosa e que, obviamente, nunca deveriam ter recebido uma tal incumbência.

Assim, e porque a prioridade foi o cumprimento da legislação, evitando sanções ou perdas de verbas, e não a sua utilidade objectiva, estes planos acabam por, em diversas situações, nem sequer serem accionados, tal a inutilidade dos mesmos e a possibilidade de, face à sua qualidade, contribuirem para agravar uma situação já de sí complexa, acrescentando um novo factor de instabilidade que tornaria mais visível o absurdo do respectivo conteúdo.

É óbvio que um plano adequado a cada caso específico implica um nível de conhecimentos que poderá não estar ao alcance de todos os municípios, e que existe toda uma envolvência, complementaridade e subsidariedade que interage com a realidade local e tudo o que a circunscreve, a qual necessita de ser avaliada a um nível superior, mas da qual depende o realismo e exequabilidade de qualquer plano, independentemente do nível a que é implantado.

Por outro lado, a atribuição ao nível municipal de planos que se deviam articular com uma visão estratégica nacional, actualmente completamente inexistente, determina a escassa valia e difícil aplicabilidade dos mesmos, que, podendo ser eficazes num conjunto limitado de situações localizadas, não serão suficientes para estabelecer forma eficazes de enfrentar problemas mais complexos, sobretudo quando ultrapassem os limites do respectivo concelho.

segunda-feira, dezembro 09, 2019

2 horas para socorro no centro de Lisboa - 1ª parte

Era invitável que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) abrisse um inquérito após o falecimento do médico Carlos Amaral Dias, ocorrida numa ambulância que chegou ao hospital de destino perto de duas horas após ter sido dado o alerta.

Esta situação ocorreu no centro de Lisboa, local da residência da vítima, que residia perto do Marquês de Pombal e, portanto, a uma curta distância do Hospital de S. José, para onde estava previsto o respectivo atendimento, e uma demora de duas horas entre o alerta e a chegada, independentemente dos incidentes que possam ocorrer, levanta graves desconfianças quanto ao funcionamento do socorro em Portugal.

As declarações da porta-voz do INEM, obviamente, não descansam ninguém, e o pedido de confiança na instituição, nesta altura e antes de concluído o inquérito, surge como inadequado e, no limite, descredibilizador, dando a entender que, face ao que parece ser um incidente da maior gravidade e que pode ser revelador do real estado do socorro, a situação parece controlada.

Quando se observa o cronograma da ocorrência, a primeira situação que desperta a atenção é o facto de ter sido accionada uma ambulância dos Bombeiros do Beato, que teria que atravessar grande parte da cidade de Lisboa, pelo que imediatamente ocorre se não estaria disponível um meio equivalente a uma distância menor e que pudesse chegar ao local do pedido num menor espaço de tempo.

domingo, dezembro 08, 2019

O "switch" Tenda SG105 - 2ª parte

Este modelo suporta "full" e "half" duplex, com as portas a negociar automaticamente as velocidades de 10, 100 e 1.000 Mbps, de acordo com as normas IEEE 802.3, IEEE 802.3u, IEEE 802.3x e IEEE 802.3ab, implementando um sistema de armazenamento e encaminhamento baseado numa tabela que pode incluir até 2.000 endereços físicos.

Um conjunto de "leds" permite uma rápida visualização do estado, seja em termos de alimentação, seja da actividade das diversas portas RJ-45, o que permite uma primeira despistagem de erros que, para uma análise mais profunda, será feita via sistema operativo dos equipamentos conectados, e que podem ser Windows, Linux ou MacOS, ou seja, todos quantos suportem os mesmos protocolos de rede usados por este "switch".

Trocar um "switch" em uso por este consiste, essencialmente, no desligar da fonte de alimentação e dos cabos, remover o equipamento, colocar o novo "switch", ligar os cabos e, finalmente, o transformador, ficando activo de imediato e passando a efectuar a transmissão dos dados, de forma transparente e sem que haja necessidade de alguma intervenção suplementar, salvo em caso de avaria ou de alguma situação muito peculiar em termos de configurações.

Com um preço que fica abaixo da dezena de Euros, incluindo portes a partir da Ásia, este "switch" representa um bom valor face ao preço pago, sendo adequado para uma modificação na estrutura de uma rede onde um modelo mais antigo, sem capacidade para transmitir a 1 Gb, represente um estrangulamento, nomeadamente, quando a ele sejam ligados computadores pessoais e sobretudo quando sejam várias as unidades simultaneamente em uso que dependem desta ligação.