sábado, setembro 07, 2019

O "Slic3r" para impressão 3D - 3ª parte

É possível compor a placa de impressão, dispondo por arrastamento diversos objectos, que são facilmente redimensionados, rodados ou manipulados, podendo posteriormente ser impressos de forma sequencial, como se de um único processo se tratasse, podendo-se gerar automaticamente o suporte necessário dos objectos a imprimir, e, caso necessário, uma margem adicional em redor, que permite uma melhor aderência, evitando deslocamentos, mas que é gerada de forma a ser fácil de separar do objecto impresso.

Uma livraria em C++ facilita o desenvolvimento de aplicações utilizadas juntamente como os algoritmos internos do próprio "Slic3r", com rotinas tão diversas como o manuseamento de objectos 3d, incluindo a sua conversão, transformação ou reparação, a geração de diversos tipos de "G-code", com o seu envio via porta de comunicações, tempo estimado de impressão, bem como diversas formas de proceder ao fatiamento de um dado objecto.

Disponível para Windows de 32 e 64 bits, para Linux e MacOS, podendo ser descarregadas diversas versões, com um extenso repositório de versões estáveis, mas também das que ainda se encontram em testes de pré-lançamento, o "Slic3r" pode ser uma solução a ter em conta, substituindo de forma muito favorável outros programas que, por recorrerem ao princípio de que as camadas devem ser todas horizontais e com a mesma espessura, restringem o funcionamento da própria impressora.

Assim, sugerimos aos nossos leitores que se interessem pela impressão 3D que experimentem o "Slic3r", imprimindo o mesmo objecto com um programa alternativo, como o "Cura", e comparem os resultados, optando depois por aquele que melhor resultado permitir, sendo certo que o uso de um programa de código aberto, gratuito e que evolui com a colaboração de muitos, pode apresentar vantagens interessantes numa área em constante evolução.

sexta-feira, setembro 06, 2019

Helicóptero cai em Valongo - 1ª parte

A queda de um helicóptero na quinta-feira passada, em Sobrado, no concelho Valongo, durante o combate a um incêndio, vem elevar para oito o total de aeronaves que tiveram acidentes durante missões relacionadas com fogos florestais, um número elevado face ao que se verificou em anos anteriores e ao número de ocorrências contabilizadas.

Infelizmente, ao contrário dos acidentes anteriores, nos quais apenas se registaram feridos ligeiros, do acidente em Valongo resultou a morte do piloto, um militar da Força Aérea e comandante de bombeiros de Cete, uma consequência comum quando uma aeronave embate num obstáculo, neste caso concreto linhas de alta tensão, durante o voo, vindo a cair descontroladamente no solo.

Pouco antes, o helicóptero, uma aeronave privada e requisitada para o efeito, tinha deixado uma equipa de elementos da GNR sobre o terreno e efectuado pelo menos três descargas, tendo embatido com a cauda nos cabos eléctricos, provocando um contacto entre estes, do que resultou uma descarga, e caindo imediatamente, sem que o piloto tivesse qualquer possibilidade de reagir e compensar o impacto.

As causas dos acidentes são diversas, e terão que ser individualmente apuradas nos inquéritos inevitavelmente decorrentes deste tipo de incidente, mas, com base no inicialmente apurado, os problemas mecânicos ou técnicos têm predominado, seguindo-se os erros de pilotagem, pelo que se aponta para dois conjuntos de causas distintas e com origens que, numa primeira análise, serão completamente diferentes, mas podendo ter um traço comum.

quinta-feira, setembro 05, 2019

Morte em acidentes de viação subiu 12% em 2018 - 3ª parte

Em primeiro lugar, um "drone" sobre uma via é sempre um elemento de distração, contribuindo para uma menor atenção dos condutores na estrada e aumentando a possibilidade de acidente, situação agravada pelo facto de muitos, temendo a possibilidade de uma autuação, poderem efectuar manobras repentinas, imprevisíveis e, obviamente, perigosas para o próprio e para os restantes utentes da via.

Outra questão relacionada com o uso de "drones" tem a ver com questões legais, que passam pela respectiva certificação, tal como acontece com os radares, mas com a complexidade acrescida de uma plataforma extremamente móvel, com capacidade para se movimentar sobre três eixos, e cuja aferição dos sistemas envolvem uma complexidade que pode ser legalmente explorada, eventualmente resultando na sua inutilidade para os fins agora anunciados.

Por outro lado, os "drones" não actuam em todas as áreas e uma grande parte das vítimas ocorreram em zonas urbanas, muitas vezes em pequenas ruas, onde perderam a vida perto de dois terços dos peões, cujo número de vítimas mortais aumentou o ano passado perto de 20% relativamente a 2017, atingindo as 156 em 2018, pelo que, mais uma vez, temos que considerar como principal causa da sinistralidade o comportamento dos condutores.

Não temos dúvida de que a demora no processamento de autos e do próprio sistema judicial, responsável pela aplicação de penas nos casos mais graves, incluindo-se aqui aqueles onde há perda de vidas humanas, será um dos factores que mais contribui para um clima de impunidade que contribui para a irresponsabilidade de quem conduz de forma tão negligente que assume contornos verdadeiramente criminais.

quarta-feira, setembro 04, 2019

Os todo o terreno Ibex - 1ª parte

Com a divulgação de imagens cada vez mais defenitivas e sem camuflagens do novo Land Rover Defender, muitos são aqueles que o consideram como demasiado perto de outros modelos da marca e longe do seu antepassado directo, surgindo alternativas como o "Project Grenadier", que já apresentamos, ou as alternativas da "Ibex Vehicles", um fabricante britânico de veículos todo o terreno.

A Ibex desenhou um todo o terreno puro e duro, feito com base numa estrutura monocoque, de elevada resistência, inteiramente galvanizada, e que se destina a receber uma suspensão capaz de operar fora de estrada, com diversas opções, mas que estão pensadas para usar pneus de 35", o que, só por sí, implica uma resistência e curso elevados.

É de notar que, ao contrário do anterior Defender, o Ibex protege os ocupantes em caso de capotamento, com a estrutura do veículo, coberta por paineis de alumínio, a revelar-se sólida e mais que adequada ao peso, sendo de prever que não exista qualquer tipo de deformação na maioria dos impactos.

A Ibex recorre ao conhecido motor diesel Ford TDCi de 2.4 litros, acoplado a uma caixa manual de 6 velocidades e uma caixa de transferências bloqueavel de 2 velocidades, com ou sem bloqueios adicionais, com a possibilidade de outras motorizações e mesmo de usar plataformas com 4 e 6 rodas.

terça-feira, setembro 03, 2019

Morte em acidentes de viação subiu 12% em 2018 - 2ª parte

Lembramos que após um longo período em que o número de vítimas de acidentes rodoviários foi decrescendo, acompanhando o desenvolvimento da rede viária e da tecnologia automóvel, esta inversão deve ser analizada, por não ser uma anormalidade estatística, que se pode dever a um pequeno conjunto de situações particularmente graves, mas uma tendência consistente e que resulta de uma multiplicidade de ocorrências comuns, onde não é possível encontrar nenhuma excepcionalidade.

Dado que a evolução tecnológica dos veículos se mantém, e mesmo que a renovação do parque automóvel nacional esteja abaixo do que seria desejável, é inegável que os modelos mais antigos tendem a ser substituídos, mesmo que daí não resulte uma idade média mais baixa, pelo que os modelos na estrada, independentemente da sua idade média, serão mais evoluídos e, consequentemente, mais seguros.

Resta, portanto, o factor humano, em distintas vertentes, sendo a mais preponderante o comportamento dos condutores, a quem cabe a responsabilidade primária de assegurar condições de segurança, mas também no respeitante à fiscalização, para o que a presença de forças policiais nas vias é essencial, sendo certo de que esta tem vindo a diminuir, como consequência de restrições orçamentais e mesmo da deslocação de efectivos para outras missões.

A ideia de recorrer a "drones", imitando o que se faz em Espanha, pode ter como consequência uma maior probabilidade de punir infrações, caso o processamento dos autos não prescreva, como tantas vezes acontece, mas não serve como elemento dissuasor, tendo um efeito muito semelhante ao de um radar escondido, mas adicionando mais um conjunto de problemas ainda por discutir.

segunda-feira, setembro 02, 2019

Novo Defender surge sem camuflagem

A imagem final do novo Land Rover Defender, previsto para 2020, vai sendo cada vez conhecida, à medida que os veículos vão sendo testados, mesmo que com algum tipo de camuflagem que oculta parcialmente as formas e detalhes, são avistados com maior frequência e agora quando um exemplar, que pode ser pertencente a uma pré-série, surge com o que se pensa ser a aparência final.

A foto, obtida numa filmagem de um filme "No Time To Die" da série "007", será a primeira a tornar-se pública de um dos novos Defender numa pintura uniforme, onde os vários detalhes são perfeitamente visíveis, sendo patente a semelhança com outros veículos recentes da marca, como os últimos Discovery, algo que, desde o início deste projecto, seria de esperar.

O exemplar fotografado, um modelo longo, ou 110 de cor negra, aparentemente com guincho escondido atrás do para-choques, já foi objecto de diversos tratamentos de manipulação de imagem, sendo hoje visíveis imagens onde surgem diversos tipos de protecções ou farois adicionais, alargamentos ou jantes de maiores dimensões, antecipando assim o que poderão a vir a ser algumas das personalizações que, certamente, os proprietários não deixarão de fazer.

Ainda falta conhecer muito deste modelo, mas as novidades vão surgindo de forma quase contínua, sabendo-se hoje que existem opções de suspensão, com molas e balões, as motorizações, que naturalmente são provenientes do conjunto de motores existentes na marca, também vão sendo reveladas, embora detalhes que resultem da gestão electrónica dos mesmos possam resultar em desempenhos diferenciados, mas falta ainda muita informação que, muito provavelmente, será apenas revelada perto do lançamento do novo Defender.

domingo, setembro 01, 2019

O "Slic3r" para impressão 3D - 2ª parte

O "Slic3r" é compatível com um grande número de impressoras, incluíndo com modelos com múltiplos extrusores, sendo utilizável a partir de um "interface" gráfico, que será, certamente, o preferido pela maioria dos utilizadores, mas suporta igualmente linha de comandos, gerando o "G-code" com uma rapidez muito superior à de programas concorrentes, com recurso a múltiplas cadeias de processamento.

Pode gerir diversos modelos de impressora, incluindo de resina, com os seus próprios perfís, tal como os de diversos materiais, que podem ser associados de forma independente às impressoras que os suportam, tendo a possibilidade de proceder à conversão dos formatos mais comuns, pelo que a utilização deste programa é funcional e abrangente.

Uma gestão inteligente do arrefecimento, ligando e desligando as ventoinhas e ajustando a sua velocidade não só destas, mas da própria impressão, permite a cada camada ter o tempo necessário para arrefecer e solidificar antes de dar início à camada seguinte, de modo a que não haja distorções ou falhas no objecto a imprimir.

A gestão de camadas, com espessura variável de acordo com os objectivos a atingir, facilita a obtenção de um bom compromisso entre o detalhe e a velocidade de impressão, podendo-se configurar o tipo de padrão no interior, poupando tempo e material sem comprometer a resistência e rigidez do objecto impresso.