quarta-feira, junho 06, 2007

Apresentada a 1ª Companhia Especial de Bombeiros


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Sapadores florestais em acção em 2006

Foi apresentada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) a 1ª Companhia Especial de Bombeiros, composta pelos conhecidos "canarinhos", numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

Os 140 elementos que constituem a 1ª Companhia vão actual nos distritos de Castelo Branco, Guarda, Santarém e Portalegre, estando prevista para 2008 uma segunda unidade com igual número de bombeiros para actuar nos distritos de Évora e Beja.

As unidades aerotransportadas já não são novas e os "canarinhos" têm vindo a combater as chamas desde há anos, mas é a primeira vez que são enquadrados numa unidade desta dimensão e sob a dependência directa na recém-criada ANPC.

Ficou, no entanto por resolver a questão do contrato de trabalho destes elementos, tendo o responsável pelo MAI garantido resolver a questão até ao final da legislatura.

Também a dispersão de um efectivo relativamente baixo, de 140 elementos, por quatro distritos, cumulativamente reduzidos pela necessidade de dividir em escalas de serviço os membros desta unidade, resulta num número que pode nada a ter a ver com o apontado inicialmente.

Para quem esteja habituado a planear serviços por escalas, existe a compreensão de que turnos demasiado longos, com rotatividade horária e poucos períodos de descanso levam a um esgotamento a nível individual e a uma desagregação da unidade, resultando numa eficácia baixa e em riscos de acidente elevados.

Fazendo as contas aos trinta e poucos elementos em cada distrito, dado ser necessário descontar a estrutura de comando da companhia, vamos ter, provavelmente uma dúzia em prontidão, ou seja o suficiente para um helicóptero do tipo Bell UH-1D do modelo usado pela Protecção Civil.

Esta dispersão de meios parece-nos, portanto, uma opção errada, sendo que deve ser mantido um núcleo de unidades helitransportadas como reserva sob comando central e numa localização geográfica que permita a sua deslocação numa área de actuação tão vasta quanto possível, podendo, eventualmente, ser parcialmente deslocada, de forma temporária, para distritos mais ameaçados.

Continuamos a ser partidários de uma estrutura de combate a incêndios com reservas a vários níveis, incluindo nacional e distrital, sendo que, não havendo recursos suficientes para atribuir um dado tipo de meios a todos os distritos, estes devem ser concentrados num nível superior e destacados conforme as necessidades impostas por cada situação táctica.

Dispersar excessivamente recursos, por muito popular que seja para autarcas e populações dos locais onde estes ficarão instalados, corresponde a uma gestão pouco flexível, sendo que a unidades demasiado pequenas falta a massa crítica para ter um efeito significativo no desenrolar de uma acção de combate.

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