Independentemente das reacções e de números isolados, algo é indesmentível, o sistema de saúde público em Portugal, apesar dos aumentos de investimentos, não funciona de forma adequada, e o anúncio de novas verbas sem mudanças estruturais é a solução dos preguiçosos e incompetentes, que nem se apercebem que gastar mais e obter piores resultados apenas atesta a sua própria incapacidade.
A prometida melhora para Janeiro, altura em que a bolsa de horas extraordinárias dos médicos é posta a zero, o que permite voltar ao habitual sistema de serviço extra para compensar as lacunas em pessoal, a seguir ao ano com maior número de aposentações, irá, certamente, atenuar o problema temporariamente, mas, quando este recurso se esgotar, o que pode acontecer antes de metade do ano, muito possivelmente em Abril ou Maio, teremos de volta a situação actual, que ocorre cada vez mais cedo em termos de calendário.
A desculpa dos efeitos da Covid, que parece ser constante para tudo, desde a saúde ao ensino, para além de inconsistente, quando comparando os efeitos noutros países europeus, revela uma completa disfuncionalidade, uma óbvia incapacidade de reconhecer o óbvio e de assumir responsabiliades por uma política fracassada, escondida atrás de justificações e anúncios cujo efeito para as populações é nulo, o que é bem patente quando se observa a realidade que está diante de todos.
Esperamos por mais dados, com maior detalhe, que permitam analizar o porquê desta mortalidade, que abrange vários dias, pelo que não é uma excepção ou anomalia pontual, como disse o Ministro da Saúde, sendo certo que resulta de uma combinação de factores, alguns destes naturais ou imponderáveis, mas, eventualmente, haverá causas que resultam de factos objectivos, que resultam de decisões ou omissões e, portanto, foram adicionados ao conjunto com base numa escolha que terá sido errada.
sábado, janeiro 06, 2024
sexta-feira, janeiro 05, 2024
Alterações do Google Maps em Fevereiro - 1ª parte
O Google Maps continua a evoluir, propondo novas formas de interagir, com algumas alterações a serem introduzidas no próximo mês de Fevereiro, sendo que, nalgumas situações, os utilizadores deverão rever configurações de modo a adaptar-se da melhor forma às diferenças, algumas funcionais, que surgirão nas próximas actualizações.
Uma alteração respeita, essencialmente, à privacidade, com a linha do tempo, ou "timeline" a ser guardada directamente no dispositivo onde é gerada e não nos servidores do Google, embora esta opção se mantenha activa, para quem assim o desejar, o que facilita a gestão, incluindo uma maior facilidade em apagar total ou parcialmente a informação.
Também haverá alterações na eliminação automática do histórico, independentemente de onde este esteja alojado, passando, para os novos utilizadores, a vir configurada para os três meses em vez dos dezoito, tal como sucedia, podendo, naturalmente, este parâmetro ser alterado nas configurações.
É de notar que o Google tem vindo a modificar as defenições de privacidade, incluindo aqui o Maps, de modo a que o utilizador tenha um cada vez maior controle sobre os dados recolhidos e armazenados, mas também como forma de evitar problemas legais numa altura em que a legislação é cada vez mais exigente e o risco de ser transgredida aumenta.
Uma alteração respeita, essencialmente, à privacidade, com a linha do tempo, ou "timeline" a ser guardada directamente no dispositivo onde é gerada e não nos servidores do Google, embora esta opção se mantenha activa, para quem assim o desejar, o que facilita a gestão, incluindo uma maior facilidade em apagar total ou parcialmente a informação.
Também haverá alterações na eliminação automática do histórico, independentemente de onde este esteja alojado, passando, para os novos utilizadores, a vir configurada para os três meses em vez dos dezoito, tal como sucedia, podendo, naturalmente, este parâmetro ser alterado nas configurações.
É de notar que o Google tem vindo a modificar as defenições de privacidade, incluindo aqui o Maps, de modo a que o utilizador tenha um cada vez maior controle sobre os dados recolhidos e armazenados, mas também como forma de evitar problemas legais numa altura em que a legislação é cada vez mais exigente e o risco de ser transgredida aumenta.
quinta-feira, janeiro 04, 2024
Sinistralidade rodoviária volta a aumentar - 5ª parte
Seja pela observação directa, e a foto que tiramos mostra um veículo em contramão, seja através de testemunhos dignos de confiança, os exemplos e descrições de uma condução perigosa, ou mesmo criminosa, por parte de condutores de cujas qualificações duvidamos e que, aparentemente, as autoridades têm dificuldades em controlar, parece aumentar nos grandes centros urbanos e zonas circundantes, o que, naturalmente, contribui para uma evolução que é necessário contrariar com medidas rápidas e incisivas.
Não temos dúvidas que a mão de obra emigrante é necessária, e que devemos acolher, sempre que possível e até ao limite das possibilidades, em condições de dignidade, o que significa não desregular o mercado, aqules que procuram um futuro melhor no nosso País, dando-lhes as condições para que possam exercer a sua profissão, incluindo a preparação necessária para o fazer.
Após um longo período de evolução positiva, com os acidentes rodoviários com vítimas, sobretudo as mais graves ou mortais, a diminuirem lenta, mas continuamente, esta inflexão é preocupante e necessita de uma análise por parte das entidades competentes, que não se podem esconder atrás de supostos preconceitos ou acusações de xenofobia para ignorar factos evidentes e que comprometem a segurança de todos os utentes das vias de circulação.
O aumento da sinistralidade não é somente uma questão de segurança rodoviária, tem por detrás um conjunto de factores muito mais vastos, a nível social e económico, que dificilmente se podem ultrapassar por via administrativa ou jurídica, carencendo de uma intervenção profunda a nível das causas, ou seja, tem que haver por parte do poder político a capacidade de legislar e fazer cumprir a legislação que possa corrigir uma série de anomalias que distorcem o mercado laboral e violam princípios básicos de igualdade defendidos pela Constituição, mas que parecem ser impunemente ignorados.
Não temos dúvidas que a mão de obra emigrante é necessária, e que devemos acolher, sempre que possível e até ao limite das possibilidades, em condições de dignidade, o que significa não desregular o mercado, aqules que procuram um futuro melhor no nosso País, dando-lhes as condições para que possam exercer a sua profissão, incluindo a preparação necessária para o fazer.
Após um longo período de evolução positiva, com os acidentes rodoviários com vítimas, sobretudo as mais graves ou mortais, a diminuirem lenta, mas continuamente, esta inflexão é preocupante e necessita de uma análise por parte das entidades competentes, que não se podem esconder atrás de supostos preconceitos ou acusações de xenofobia para ignorar factos evidentes e que comprometem a segurança de todos os utentes das vias de circulação.
O aumento da sinistralidade não é somente uma questão de segurança rodoviária, tem por detrás um conjunto de factores muito mais vastos, a nível social e económico, que dificilmente se podem ultrapassar por via administrativa ou jurídica, carencendo de uma intervenção profunda a nível das causas, ou seja, tem que haver por parte do poder político a capacidade de legislar e fazer cumprir a legislação que possa corrigir uma série de anomalias que distorcem o mercado laboral e violam princípios básicos de igualdade defendidos pela Constituição, mas que parecem ser impunemente ignorados.
quarta-feira, janeiro 03, 2024
Batido no Natal o record de mortes diárias em 2023 - 2ª parte
No entanto, observando a situação nas urgêncis e centros de saúde, não podemos deixar de nos interrogarmos quanto à relação entre o número de óbitos e a ausência de um atendimento atempado e das consequências, sobretudo nos mais idosos, de tempos de espera, em condições muito defecientes e, muitas vezes, indignas, que podemos observar e que todos testemunham, incluindo-se aqui utentes e profissionais de saúde.
As longas esperas, mesmo para casos considerados graves e aos quais são atribuídas pulseiras amarelas, bem como as condições de permanência em meio hospitalar, em locais sobrelotados, ou mesmo nas longas filas à porta de centros de saúde, onde a exposição ao frio e à chuva é constante, num período frio e propenso a doenças respiratórias, tem, inevitavelmente, consequências, sendo o aumento de mortalidade uma inevitabilidade.
É indesmentível a gravidade da situação, bastando observar as salas de espera e os corredores dos hospitais ou os próprios parques de estacionamento, onde se acumulam ambulâncias, impossibilitadas de recuperar as macas essenciais para a sua missão, onde ainda se encontram, por vezes por várias horas os doentes transportados, o que compromete uma boa parte dos meios de socorro, já muito desgastados na actual conjuntura.
Com os locais de atendimento a uma distância cada vez superior, não é apenas o tempo de socorro que aumenta, com as consequências que tal tem para os pacientes, mas o esforço e comprometimento de meios que atinge níveis que implica que muitos serviços de urgência requisitados pelo INEM aos bombeiros é recusado por falta de meios, sendo certo que tal se irá agravar com a indisponibilidade noturna de dois dos quatro helicópteros do INEM a partir do início do ano.
As longas esperas, mesmo para casos considerados graves e aos quais são atribuídas pulseiras amarelas, bem como as condições de permanência em meio hospitalar, em locais sobrelotados, ou mesmo nas longas filas à porta de centros de saúde, onde a exposição ao frio e à chuva é constante, num período frio e propenso a doenças respiratórias, tem, inevitavelmente, consequências, sendo o aumento de mortalidade uma inevitabilidade.
É indesmentível a gravidade da situação, bastando observar as salas de espera e os corredores dos hospitais ou os próprios parques de estacionamento, onde se acumulam ambulâncias, impossibilitadas de recuperar as macas essenciais para a sua missão, onde ainda se encontram, por vezes por várias horas os doentes transportados, o que compromete uma boa parte dos meios de socorro, já muito desgastados na actual conjuntura.
Com os locais de atendimento a uma distância cada vez superior, não é apenas o tempo de socorro que aumenta, com as consequências que tal tem para os pacientes, mas o esforço e comprometimento de meios que atinge níveis que implica que muitos serviços de urgência requisitados pelo INEM aos bombeiros é recusado por falta de meios, sendo certo que tal se irá agravar com a indisponibilidade noturna de dois dos quatro helicópteros do INEM a partir do início do ano.
terça-feira, janeiro 02, 2024
Sinistralidade rodoviária volta a aumentar - 4ª parte
Se, por um lado, indivíduos sem escrúpulos promovem esta actividade, explorando trabalhadores indefesos e aos quais não são reconhecidos direitos, seja laborais, sejam os mais básicos, inerentes à condição humana, por outro está a ser colocada em risco a sustentabilidade do sector, que deixando de ser compensador para os condutores nacionais, abandonam esta profissão.
Desta forma, expulsos os condutores nacionais, que, independentemente do seu desempenho, tinham as habilitações legais para esta actividade, com título de condução válido, curso de formação e domínio da lingua portuguesa, uma boa parte dos substitutos, para além dos problemas de comunicação, representa um perigo para a circulação rodoviária, potenciando o número de acidentes, incluindo aqueles que têm consequências mais graves.
A dificuldade de muitos destes condutores em entender a língua nacional, e mesmo o inglês, levanta sérios problemas no seguimento das indicações do GPS, que quase todos utilizam para se orientar numa cidade que desconhecem, o que significa que grande parte da atenção recais na navegação, do que resulta uma muito menor atenção à condução, sendo normal as manobras bruscas e não sinalizadas quando se apercebem tardiamente da necessidade de mudar de direcção, mas, também, da entrada em contra-mão ou em sentido proíbido.
Por outro lado, a excessiva, por vezes desumana, carga laboral, com condução durante longos períodos e descanso em condições indignas, que não permitem um efectivo repouso, bem como uma alimentação deficiente, seja pela quantidade, seja pela qualidade e pelos largos períodos de jejum, aumentam substancialmente o risco de acidente, algo a que todos estamos sugeitos caso trabalhassemos nestas condições.
Desta forma, expulsos os condutores nacionais, que, independentemente do seu desempenho, tinham as habilitações legais para esta actividade, com título de condução válido, curso de formação e domínio da lingua portuguesa, uma boa parte dos substitutos, para além dos problemas de comunicação, representa um perigo para a circulação rodoviária, potenciando o número de acidentes, incluindo aqueles que têm consequências mais graves.
A dificuldade de muitos destes condutores em entender a língua nacional, e mesmo o inglês, levanta sérios problemas no seguimento das indicações do GPS, que quase todos utilizam para se orientar numa cidade que desconhecem, o que significa que grande parte da atenção recais na navegação, do que resulta uma muito menor atenção à condução, sendo normal as manobras bruscas e não sinalizadas quando se apercebem tardiamente da necessidade de mudar de direcção, mas, também, da entrada em contra-mão ou em sentido proíbido.
Por outro lado, a excessiva, por vezes desumana, carga laboral, com condução durante longos períodos e descanso em condições indignas, que não permitem um efectivo repouso, bem como uma alimentação deficiente, seja pela quantidade, seja pela qualidade e pelos largos períodos de jejum, aumentam substancialmente o risco de acidente, algo a que todos estamos sugeitos caso trabalhassemos nestas condições.
segunda-feira, janeiro 01, 2024
Feliz ano de 2024
No início de mais um ano, queremos agradecer a presença dos nossos amigos e leitores e fazemos votos de um 2024 muito feliz, durante o qual os vossos sonhos e projectos se tornem realidade.
Esta é, sobretudo, uma altura de celebração, pelo que não vamos analisar o difícil ano de 2023 que agora termina, e menos ainda perder-nos em considerações ou previsões para o futuro, optando por deixar, sobretudo, uma mensagem de esperança e de confiança no futuro.
Agradecemos aos nossos leitores a sua presença e apoio, bem como as sugestões, colaboração e incentivos, que nos ajudam não apenas a continuar, mas a corrigir a trajectória, de modo a melhor corresponder aquilo que melhor serve os propósitos que, desde o início deste "blog", nos propomos atingir.
A todos, desejamos um feliz ano de 2024 com muita alegria e paz
Esta é, sobretudo, uma altura de celebração, pelo que não vamos analisar o difícil ano de 2023 que agora termina, e menos ainda perder-nos em considerações ou previsões para o futuro, optando por deixar, sobretudo, uma mensagem de esperança e de confiança no futuro.
Agradecemos aos nossos leitores a sua presença e apoio, bem como as sugestões, colaboração e incentivos, que nos ajudam não apenas a continuar, mas a corrigir a trajectória, de modo a melhor corresponder aquilo que melhor serve os propósitos que, desde o início deste "blog", nos propomos atingir.
A todos, desejamos um feliz ano de 2024 com muita alegria e paz
domingo, dezembro 31, 2023
Sinistralidade rodoviária volta a aumentar - 3ª parte
No respeitante aos condutores, temos, infelizmente, situações bastante mais graves, mas que serão difíceis de analizar de forma objectiva, dado que as estatísticas não incluem os dados necessários para que se possam tirar conclusões definitivas, pelo que teremos que nos basear na experiência própria e nos testemunhos que temos obtido ao longo dos últimos meses.
Quem conduz nas grandes cidades e nos seus arredores, tem-se apercebido do enorme aumento de veículos com a identificação "TVDE", que corresponde a um veículo de aluguer com condutor gerido através de uma plataforma electrónica, e que, actualmente, podem representar dezenas de milhares de viaturas em circulação intensa, que se pode equiparar, grosso modo, a dos táxis.
Infelizmente, temo-nos deparado com um crescente número destes veículos cuja condução indicia uma completa falta de preparação dos condutores, com manobras absurdas, ausência de sinais indicadores, comportamentos erráticos, próprios de quem está com dificuldades em encontrar o caminho e, inclusivé, violações flagrantes do código da estrada.
As autoridades policiais têm vindo a desenvolver operações destinadas a exercer um maior controle que parece completamente desregulado, onde uma entrada em massa de trabalhadores estrangeiros, muitos dos quais não obedecem aos critérios exigíveis, seja pela incapacidade de falar português ou, sequer, inglês, mas também por títulos de condução muito duvidosos, tem tido consequências a vários níveis.
Quem conduz nas grandes cidades e nos seus arredores, tem-se apercebido do enorme aumento de veículos com a identificação "TVDE", que corresponde a um veículo de aluguer com condutor gerido através de uma plataforma electrónica, e que, actualmente, podem representar dezenas de milhares de viaturas em circulação intensa, que se pode equiparar, grosso modo, a dos táxis.
Infelizmente, temo-nos deparado com um crescente número destes veículos cuja condução indicia uma completa falta de preparação dos condutores, com manobras absurdas, ausência de sinais indicadores, comportamentos erráticos, próprios de quem está com dificuldades em encontrar o caminho e, inclusivé, violações flagrantes do código da estrada.
As autoridades policiais têm vindo a desenvolver operações destinadas a exercer um maior controle que parece completamente desregulado, onde uma entrada em massa de trabalhadores estrangeiros, muitos dos quais não obedecem aos critérios exigíveis, seja pela incapacidade de falar português ou, sequer, inglês, mas também por títulos de condução muito duvidosos, tem tido consequências a vários níveis.
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