sábado, setembro 07, 2024

4 anos de "webcam" 2K - 2ª parte

O sistema de lentes é eficaz, com camadas sucessivas, que melhoram a visualização, equilibram cor e luminosidade e reduzem embaciamento, mas requer uma luminosidade adequada, tendo um ângulo de 120º, suficientemente amplo para, a uma distância normal, que estimamos em perto de meio metro, cubra o utilizador e um quadro próximo.

O pequeno tripé ajustável, apesar de algo frágil, é estável e seguro, capaz de manter a posição e âgulo da câmara, sendo uma mais valia, no nosso caso essencial para uma utilização adequada, com a comunicação com o computador a ser estável, podendo, no entanto, ser necessário desligar e voltar a ligar após um número elevado de actualizações do sistema.

Também é de elogiar a compatibilidade com os vários sistemas Windows mais recentes, sendo reconhecida de forma automática e dispensando a instalação de controladores próprios, o que evita a introdução de "software" de outra proveniência que não a da própria Microsoft, algo que consideramos sempre um risco, dado que pode ter vulnerabilidades que desconhecemos.

Disponível em versão que vão desde o 1K até ao 8K, todas com focagem automática, e com preços que variam entre pouco mais de 20 Euros e terminam perto dos 46 Euros, incluindo IVA e portes, para o conjunto que inclui o tripé, cabo de ligação e manual, esta é uma solução prática, de configuração automática, capaz de satisfazer a maioria dos utilizadores, mesmo os mais exigentes.

sexta-feira, setembro 06, 2024

Decisões erradas - 2ª parte

No caso do helicóptero ao serviço do INEM, a enorme núvem de poeira levantada pela deslocação de ar resultante do rotos, na altura em que tentava aterrar numa pedreira, para proceder à evacuação de um ferido, resultou na perda de visibilidade do piloto, que perdeu o controle da aeronave, embatendo em diversas árvores antes de esta cair no solo, felizmente sem causar vítimas.

Quem já entrou numa pedreira, quem conduziu um veículo no seu interior ou, simplesmente, conhece o seu funcionamento, terá que ter a noção do pó que resulta da actividade de extracção e o efeito que uma deslocação de ar, sobretudo a provocada pelo rotor de um helicóptero, tem neste tipo de ambiente, sendo óbvio que se iria levantar uma enorme núvem de poeira e a consequente perda de visibilidade.

Obviamente, desconhecemos se a manobra efectuada após a perda de visibilidade, e a entrada de pó para o interior do motor, e mesmo para o habitáculo, caso uma janela estivesse aberta, foi a mais correcta, podendo mesmo ter agido da melhor forma para evitar uma situação perigosa, mas que decorre da decisão de tentar aterrar numa pedreira, com tudo o que tal implica.

Tendo em conta o volume e o tipo de pó que resultou da aproximação do helicóptero, mesmo que o piloto tenha subido, evitando uma colisão. temos dúvidas quanto à possibilidade de um motor, sem filtros adequados a situações mais extremas, manter o funcionamento normal, com índices de potência durante o tempo suficiente para aterrar de emergência num local onde a manobra se pudesse efectuar de forma segura.

quinta-feira, setembro 05, 2024

Selecionar equipamentos com actualizações futuras - 2ª parte

É de notar que diversos equipamentos adquiridos via operadores, com programação própria, o que pode incluir desde limitações funcionais até à inclusão obrigatória de "software" próprio, podem não permitir o mesmo tipo de actualização de um dispositivo sem qualquer vínculo, dito "livre de operador", e que tenha instalado um sistema operativo padrão, sem extras, e, naturalment, sem restrições.

Sabemos que existem cada vez mais fabricantes no mercado dos dispositivos móveis, alguns oferecendo propostas com características interessantes por um preço muito baixo, mas para muitos destes ao baixo preço corresponde um muito escasso investimento em suporte técnico e em actualizações, deixando modelos aparentemente promissores cair situações de risco que podem por em causa os dados do utilizador.

Manter os próprios dados protegidos e contribuir para a segurança global, no sentido de promover uma Internet mais segura, merece algum investimento, pelo que fazer a seleção de um equipamento entre os que serão actualizados, algo que acaba por ser inerente a um conjunto relativamente restritos de fabricantes, faz todo o sentido, tendo como efeito colateral pressionar outros fabricantes a seguir o mesmo exemplo e, eventualmente, limitando o número de dispositivos expostos em uso.

Naturalmente, um dia, as actualizações para um dado modelo poderão terminar, tendendo esse dia a ser mais tardio para equipamentos de melhor qualidade e de fabricantes mais conceituados, o que, no final, irá determinar, num período de meses, o termo da vida útil do equipamento, quando as novas aplicações forem incompatíveis com a versão do sistema operativo instalado, tornando-o virtualmente inútil para uma utilização normal, podendo, eventualmente, ser usado noutras funções.

quarta-feira, setembro 04, 2024

Decisões erradas - 1ª parte

A queda de um segundo helicóptero, este ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e, felizmente, sem causar vítimas, menos de uma semana após a trágica queda do helicóptero na qual perderam a vida cinco militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), sendo uma coincidência, apresentam um traço comum a nível das causas.

À medida que vão sendo apurados dados sobre a queda do helicóptero onde perderam a vida os militares da GNR, surge a possibilidade de que o rotor traseiro, essencial para manter o equilíbrio e direcionalidade do aparelho, ter embatido num obstáculo e, mantendo-se em funcionamento, estaria danificado, correndo o risco de perder a sua funcionalidade.

Do relatório preliminar consta um devio, em local indefenido, para evitar uma colisão com uma ave de médio porte, sem revelar se teria ou não havido um impacto, após o que terá retornado à rota inicial, portanto com o piloto a assumir que o helicóptero estaria em boas condições, o que implicaria não se ter apercebido de qualquer impacto e, obviamente, da presença de danos na aeronave.

Mesmo que sem consequências aparentes, caso o impacto tivesse sido sentido pelos ocupantes da aeronave, o piloto pode ter considerada a situação estar sob controle, o que significa fazer uma avaliação da situação e assumir o risco inerente, sendo que, caso houvesse a percepção de que o rotor traseiro tivesse sido impactado, como ou sem danos, a opção de manter o voo como previsto em vez de aterrar o mais depressa possível parece pouco prudente perante a simples possibilidade de falha de um orgão determinante para o controle em voo.

terça-feira, setembro 03, 2024

Fundador do Telegram preso em França - 4ª parte

Não havendo soluções perfeitas, consideramos que as vantagens de manter plataformas de comunicação encriptadas, seguras e fiáveis, é essencial para a segurança de muitos, sobretudo aqueles que residem em países ou locais onde a liberdade de expressão é severamente punida, cabendo às autoridades proceder às investigações necessárias para o combate à criminalidade recorrendo a outros métodos, sobretudo tendo em conta que, uma vez uma porta aberta, esta dificilmente será outra vez fechada.

É de notar que, não havendo acesso aos conteúdos, é possível obter os registos das comunicações efectuadas, sob a forma de metadados, podendo estabelecer qual a rede das trocas de mensagens, o que, para além de permitir determinar qual a teia envolvida, tipicamente permite, recorrendo fisicamente a dispositivos apreendidos, obter um conjunto de conteúdos suficiente para tirar conclusões.

Por outro lado, quem se dedica ao crime de forma mais profissional, tem plataformas muito mais eficientes e secretas na "Dark Web", onde as intercepções são virtualmente impossíveis, seja pela arquitectura da rede, seja pela sua volatilidade, com plataformas e servidores a mudarem constantemente, tornando-se virtualmente indetectáveis.

Assim, e excluindo eventuais ligações ao regime russo e a possibilidade de o Telegram estar a entregar comunicações de opositores a Putin, a decisão das autoridades francesas parece-nos tão inútil como perigosa, não tendo outro resultado que não o de provocar a migração de contas e grupos para outras plataformas enquanto pode de expor a enormes perigos quem utiliza esta plataforma para comunicar de forma segura mesmo que sob um regime opressivo.

segunda-feira, setembro 02, 2024

5 militares da GNR vítimas de queda de hélicoptero - 2ª parte

Obviamente, apenas o inquérito irá estabelecer o que realmente sucedeu, sabendo-se, pelas imagens e testemunhos existentes que não foi possível efectuar uma amaragem, nem sequer uma queda controlada, e que o impacto da fuselagem na superfície das águas causou danos de extrema gravidade, tendo projectado o piloto para o exterior, impossibilitou a saída dos passageiros, que, face à violência do impacto terão, possivelmente, perdido a consciência ou mesmo falecido na altura.

Naturalmente, perante uma avaria crítica, com uma falha generalizada, os procedimentos mais adequados não teriam sido possíveis de seguir, sem possibilidade de permitir aos passageiros libertar-se de equipamentos que dificultem a natação ou os arrastem para o fundo, saltar antes do impacto, a de desligar o motor na altura certa ou a escolha do melhor local para a amaragem, algo que só o inquérito poderá revelar com o grau de certeza necessário.

Após a recuperação do helicóptero, faltando algumas peças relevantes, e com a análise do mesmo e o contributo de testemunhos, haverá uma conclusão quanto ao sucedido, esperando-se que sejam adoptadas as medidas possíveis para minimizar um risco, que sempre existirá neste tipo de missões, e que podem passar pela adopção de novos procedimentos, melhor adequação dos meios utilizados, revisão dos parâmetros das missões ou outros que possam contribuir para uma maior segurança de todos quantos participam nestas operações.

Também se espera que exista um maior rigor na prevenção das causas dos incêndios florestais, que estão na origem destas missões, e que as punições sejam proporcionais às consequências, e aqui podemos lembrar que na origem dos graves incêndios na Madeira esteve o lançamento de foguetes, porque, independentemente dos métodos a que se possam recorrer para reduzir os riscos no combate, a forma efectiva de os controlar passa pela redução do número de ocorrências, onde se deve investir um esforço adicional.

domingo, setembro 01, 2024

4 anos de "webcam" 2K - 1ª parte

Após quatro anos de utilização, a pequena câmara que temos ligada ao computador tem demonstrado fiabilidade e as funcionalidades adequadas, o que vem provar que mesmo dispositivos de baixo preço podem ter uma vida longa e manter-se funcional, e actual, durante um bom período de tempo.

Na altura, optamos por um modelo 2K, em promoção, e por oferecer a melhor relação entre o preço e a qualidade, sendo pouco mais cara do que o modelo de 1K e custando perto de metade da versão de 4K, numa altura em que o 8K ainda não estava disponível nesta família de câmaras, sendo pouco provável que as plataformas de comunicações de então transmitissem vídeo de alta defenição com uma resulução tão elevada.

Algumas funcionalidades foram consideradas determinantes, concretamente a focagem automática, que permite seguir o utilizador, um suporte adequado, concretamente um tripé orientável, já que coloca a câmara sobre um écran que já tem uma barra de luz é inviável, e uma protecção física de privacidade.

Entre as funcionalidades do modelo adquirido encontra-se, para além das funcionalidades pretendidas, um microfone, que não compensa um modelo externo, orientável e posicionável de forma independente, preferencialmente com um botão que o desligue, um altifalante que, não sendo potente, é aceitável, e o equilíbrio automático de cor e luminosidade. o que melhora bastante a imagem.