Obviamente, apenas o inquérito irá estabelecer o que realmente sucedeu, sabendo-se, pelas imagens e testemunhos existentes que não foi possível efectuar uma amaragem, nem sequer uma queda controlada, e que o impacto da fuselagem na superfície das águas causou danos de extrema gravidade, tendo projectado o piloto para o exterior, impossibilitou a saída dos passageiros, que, face à violência do impacto terão, possivelmente, perdido a consciência ou mesmo falecido na altura.
Naturalmente, perante uma avaria crítica, com uma falha generalizada, os procedimentos mais adequados não teriam sido possíveis de seguir, sem possibilidade de permitir aos passageiros libertar-se de equipamentos que dificultem a natação ou os arrastem para o fundo, saltar antes do impacto, a de desligar o motor na altura certa ou a escolha do melhor local para a amaragem, algo que só o inquérito poderá revelar com o grau de certeza necessário.
Após a recuperação do helicóptero, faltando algumas peças relevantes, e com a análise do mesmo e o contributo de testemunhos, haverá uma conclusão quanto ao sucedido, esperando-se que sejam adoptadas as medidas possíveis para minimizar um risco, que sempre existirá neste tipo de missões, e que podem passar pela adopção de novos procedimentos, melhor adequação dos meios utilizados, revisão dos parâmetros das missões ou outros que possam contribuir para uma maior segurança de todos quantos participam nestas operações.
Também se espera que exista um maior rigor na prevenção das causas dos incêndios florestais, que estão na origem destas missões, e que as punições sejam proporcionais às consequências, e aqui podemos lembrar que na origem dos graves incêndios na Madeira esteve o lançamento de foguetes, porque, independentemente dos métodos a que se possam recorrer para reduzir os riscos no combate, a forma efectiva de os controlar passa pela redução do número de ocorrências, onde se deve investir um esforço adicional.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário