sábado, julho 15, 2006

Telemóveis vão receber SMS do Governo


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Alerta do MAI chega via SMS

Os utilizadores de telemóveis das três redes nacionais vão receber, durante os próximos dias, uma mensagem pedindo-lhes que liguem para os números nacional de emergência, "112", ou de incêndios florestais, "117", caso avistem um incêndio, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).

"Em caso de incêndio ligue 112 ou 117 - Portugal sem fogos depende de todos" é o conteúdo da mensagem que vai ser enviada via SMS para os telemóveis das operadoras nacionais, com o objectivo de "sensibilizar a população a utilizar esses números para alerta de incêndios", informa o MAI em comunicado, que acrecenta que esta acção permitirá "uma mais rápida e eficaz gestão do dispositivo de combate".

A iniciativa conta com o apoio das três operadoras de telemóveis em Portugal, TMN, Optimus e Vodafone, que suportarão os custos deste envio, facto que o MAI agradece, salientando o "relevante contributo" das operadoras ao disponibilizarem-se para, sem custos para o Estado, fazer chegar a mensagem "a um maior número de portugueses".

Depois das campanhas nos canais televisivos, chega a vez dos telemóveis e um dia, quem sabe, será também utilizado o correio electrónico na sensibilização de todos para o problema dos incêndios florestais, algo que deverá ser feito durante todo o ano e muito especialmente quando ainda é possível organizar acções de prevenção e limpeza das matas.

Neste momento, sendo bem vinda, esta iniciativa peca por tardia e dificilmente terá um impacto significativo na actuação dos portugueses que deverão ser mobilizados para agir antes e não depois de os fogos começarem.

Beriev em terra e fumo negro no ar


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O antigo Be 12 opera bem em áreas mais restritas

Mesmo após terem sido concluidas as reparações e numa altura em que numerosos incêndios continuam activos, o Be-200 continua imobilizado na Base Aérea de Monte Real enquanto se espera pela conclusão de um inquérito que, provavelmente, apontará para erro humano.

Será esta a forma de perservar a excelência que se pretende para a aeronave selecionada por razões políticas e económicas, leia-se o pagamento da já mítica dívida russa para com Portugal, que parece não haver possibilidade de recuperar.

O acidente ocorrido na barragem da Aguieira verificou-se quando uma segunda trajectória foi tentada, para que o Beriev enchesse os tanques em mais de 40%, valor que se verificou na primeira tentativa e que é insuficiente.

Assim, porque não é prático fazer abastecimentos de água de apenas 40% em cada passagem, o que limita a operacionalidade do avião, dada a necessidade de repetição de que resulta tempo perdido e combustível gasto, a tripulação optou por uma nova rota tendo abastecido os tanques em 60% mas, como se verificou pelo resultado, sem margem de manobra para descolar em segurança.

Para além do apuramento de responsabilidades que prossegue, seria também de rever a lista de pontos de abastecimento de água, que foi nitidamente empolada, através da inclusão de locais como o da barragem da Aguieira, onde não é possível abastecer o Be-200 numa única passagem e com os níveis de água que se verificam no Verão.

Sem ter acesso ao estudo efectuado, torna-se difícil verificar onde residem os erros, mas o facto de este ter sido realizado durante os meses de Inverno, com um nível de água nas albufeiras muito superior ao actual, pode contribuir para explicar o desfasamento que agora se verifica e que tem penalizado fortemente esta aeronave.

Independentemente do resultado, com um início de testes tão problemático, começamos a acreditar que só razões de ordem política e económica poderão levar a adoptar este modelo que, repetimos, tem provado ser excelente nas condições para as quais foi concebido.

sexta-feira, julho 14, 2006

Óculos de protecção solar


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Óculos de protecção em celuloide

Feitos a pensar no deserto ou em zonas de alta luminosidade, onde o vento possa projectar areia contra os olhos, estes óculos em celuloide e tecido, com uma simples banda elástica para prender, foram utilizados no Norte de África e no Sul da Europa.

Este modelo, designado por M-42, é fornecido dobrado, dentro de um pequeno estojo em plástico flexível e ainda hoje se pode encontrar à venda no Ebay, por preços a partir dos dois euros, a que acrescem despesas de envio.

Sem a sofisticação de outros modelos, acabam por ser uma alternativa barata que pode ser facilmente transportada no bolso e usada em casos de emergência, preferencialmente onde o seu estranho aspecto não atrair demasiadas atenções.

Numa época de altas temperaturas, com uma grande intensidade de raios solares e a necessidade de protefer a vista, aqui fica a sugestão de um presente original que não deverá levar ninguém à falência.

Bombeiro perde a vida a caminho de um fogo


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O autotanque após o acidente de que resultou um morto

Dois elementos dos Bombeiros Voluntários de Arrifana, únicos ocupantes de um autotanque, sofreram anteontem um grave acidente quando seguiam para um fogo em Lobão, tendo falecido um deles e o outro ficado ferido com gravidade.

O autotanque, carregado com 8.000 litros de água, despistou-se num cruzamento com inclinação, em Caldas de S. Jorge, nos arredores de Santa Maria da Feira, e precipitou-se por uma ravina de quatro metros de que resultou o esmagamento da cabina.

No acidente, morreu Michael Pinto, solteiro, de 25 anos e residia em S. João da Madeira, enquanto o condutordo autotanque, Pedro Miguel Lopes, de 29 anos, ficou ferido com gravidade e foi transportado para o Hospital de S. Sebastião, na Feira, onde permanece internado livre de perigo.

Segundo disse ao Correio da Manhã o comandante dos Voluntários de Arrifana, Joaquim Teixeira, "a causa do acidente está a ser investigada, mas o mais provável será uma falha mecânica dos travões, isto apesar de o carro ter as revisões em ordem".

O comandante da Corporação não coloca a hipótese de erro humano porque, garante, "o condutor é muito experiente".

O autotanque, que iria servir de retaguarda a uma equipa rápida que se deslocava à frente para o incêndio, ficou destruído, tendo a equipa voltado para trás em socorro dos bombeiros acidentados.

Tem havido diversos acidentes com autotanques, normalmente devido a falhas mecânicas ou resultantes de fadiga de material, nomeadamente a nível das jantes, com consequências particularmente graves e de que têm resultadas diversas mortes, pelo que urge tomar as medidas possíveis para evitar que provoquem mais vítimas.

Dado que a utilização de autotanques é absolutamente necessária e que estes derivam, normalmente, de veículos de série que são adaptados às novas funções, resta proteger os ocupantes através da instalação de uma estrutura apropriada e, eventualmente, reforçar o sistema de travagem susbtituindo alguns dos componentes mais acessíveis.

Idealmente, a cabine destes veículos deveria ser protegida por uma estrutura em ferro, que sabemos ser dispendiosa, mas que poderia salvar as vidas dos ocupantes e cuja instalação deverá, um dia, ser obrigatória.

Por ser um equipamento de segurança que consideramos essencial, iremos pesquisar os materiais existentes de modo a poder imaginar a forma de conceber e instalar um "roll bar" que ofereça a necessária segurança sem os preços proibitivos que se praticam no mercado, publicando em textos futuros os resultados dessa investigação.

quinta-feira, julho 13, 2006

CD-ROM de peças na Land Rover Owners


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Novo Freelander 2 em análise na Land Rover Owner

Para além de uma análise do novo Freelander 2, a Land Rover Owner International de Julho, já disponível nas bancas, inclui um CD-ROM com peças do Range Rover Classic e do Discovery em formato pesquisável.

Este CD-ROM, da Land Rover Classic Parts (LRCP), possui ainda versões PDF com imagens das peças, fundos de écran da vários modelos, acessórios da linha "Land Rover Gear", lista de revendedores em Inglaterra e publicações técnicas.

A título de experiência, pesquisamos por "rear bumper" e surgiram-nos quatro peças possíveis, destinadas aos Range Rover e Discovery e identificadas pelo ano de fabrico.

Dado que é raro uma revista de origem inglesa incluir em Portugal as ofertas que são oferecidas no país de origem, e tendo em conta a utilidade do conteúdo deste CD, aconselhamos sinceramente a aquisição de um número que deve esgotar rapidamente.

Fogos de Norte a Sul


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Auto-tanque prestes a entrar em acção

Seis incêndios florestais deflagraram durante a tarde de ontem, de Norte a Sul do país, estão a ser combatidos por 186 bombeiros e apenas um está dominado, segundo informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

Em Santa Vitória do Ameixial, no concelho de Estremoz, distrito de Évora, deflagrou um incêndio às 12:00, encontrando-se no local 27 bombeiros e oito veículos.

No mesmo distrito, outro incêndio, este em Ribeira do Loureiro, concelho de Portel, teve início às 14:50 e está a ser combatido por 22 bombeiros, apoiados por cinco veículos.

Às 12:34 teve início um fogo em Souto Novo, no concelho de Vila Verde, distrito de Braga, que está a ser combatido por 46 bombeiros e 12 viaturas.

Pelas 14:26, começou um em Monteiras, concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, estando no local 32 bombeiros, apoiados por sete veículos, um helicóptero e dois aviões.

No distrito de Aveiro, deflagrou às 14:45 um fogo em Junqueira, concelho de Vale de Cambra, que está a ser combatido por 30 bombeiros, com sete viaturas, e o apoio de um helicóptero.

Lembramos que, ainda há uma semana, com o tempo encoberto e uma temperatura baixa para a época do ano, o ministro da Administração Interna referiu o facto de estarem a ocorrer menos incêndios do que no ano anterior, facto que, aparentemente, constituiria uma vitória para o Governo que apostou no actual dispositivo como solução para o problema dos incêndios florestais.

Tentando comparar o incomparável, pois não há dois anos iguais e, mesmo escolhendo dias com condições meteorológicas idênticas, um sem número de factores que podem ir desde o desgaste do dispositivo após dias de maior trabalho até aos mais diversos imponderáveis, prejudica a comparação, foram efectuadas afirmações perigosas que em nada contribuem para o sucesso nesta luta.

Apenas dois dias após esta intervenção, o Beriev Be 200 sofreu um acidente e passados três dias, ocorreu a morte de seis bombeiros, demonstrando que a súbida de temperatura e a alteração das condições atmosféricas facilmente desmentem o ministro.

Na verdade, mesmo com alguns reforços, a falta de trabalho de fundo durante o resto do ano, quando as prioridades são dadas a outros problemas, acaba por comprometer sucessivamente o esforço que os bombeiros fazem durante o verão, única altura em que o País desperta para uma realidade que, deliberadamente, esquece durante longos meses, como se assim evitasse um triste acordar.

quarta-feira, julho 12, 2006

Mais uma vez, o esquecimento


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Site dos bombeiros chilenos

Não podemos deixar aqui uma nota para a fraca dimensão do impacto que a morte de seis bombeiros teve quer nos noticiários, quer no próprio sentir popular.

Julgamos que tal se deve ao facto de cinco das seis vítimas serem estrangeiros, sem famílias em Portugal para os chorar ou funerais para acompanhar, facto de que resultou o esquecimento dos seus nomes, sendo indistintamente referidos como "técnicos chilenos".

Se lermos os jornais, assistirmos aos noticiários ou ouvirmos as rádios, apenas o nome do bombeiro Sérgio Rocha foi ouvido, enquanto os nomes dos sapadores chilenos que estavam entre nós no cumprimento de uma difícil missão, foi ignorado, como se apenas contando apenas para as estatísticas de quantos perderam a vida vítimas dos incêndios florestais, como se o facto de não terem nascido no nosso País de alguma forma tornasse mais tolerável o sucedido.

Para que ninguém se esqueça de que, tal como o bombeiro português, merecem ser recordados, aqui ficam os nomes dos sapadores chilenos que vieram morrer longe da sua pátria:

Sergio Cid, chefe da equipa
Juan Carlos Escobar
Fabian Tramolao
Bernabé Barto
Henry Bravo

Lembramos, ainda, porque a memória é curta, sobretudo quando a culpa é muita, os dois colegas que morreram em 2003 em Mortágua:

Manuel Montoya
Isaías Huenhuam

Esperamos que o Estado português honre as suas memórias e auxílie as suas famílias e não deixe cair estes nomes no esquecimento.

Cartografia de zonas interditas


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Animais procuram abrigo durante um fogo florestal

Já nos ocorreu, por diversas vezes, propor uma cartografia de zonas interditas, cuja configuração permita considerar que o risco de trânsito ou permanência é demasiadamente elevado para ser permitido o acesso excepto em situações de perigo para a vida humana.

Em condições que descrevemos sucintamente, existem áreas, por exemplo com declives acentuados, em gargantas estreitas, que constituem verdadeiras armadilhas de onde, em caso de um imprevisto, dificilmente se pode sair.

A cobertura do território nacional feita pelo Instituto Cartográfico do Exército tem vindo a ser actualizada e melhorada, podendo ser complementada por sistemas interactivos como o Google Earth, o TerraServer ou o Lusiglob português, dando origem a informações rigorosas que sirvam de base a um tratamento por parte de especialistas.

Os sistemas de orientação e comunicações, como os GPS e os rádios portáteis, inclusivamente em modelos integrados, facilitam contactos e permitem a um centro de controle manter todo o dispositivo devidamente coordenado, com conhecimento do posicionamento concreto de cada unidade.

Desta forma, a presença de equipas em zonas consideradas de maior risco poderá ser minimizada, dando informação aos operacionais do perigo em que se encontram e coordenando esforços de modo a, sem comprometer a eficácia do combate, reposicioná-los em zonas mais seguras.

Tal obriga a um investimento em meios, provavelmente não tão dispendiosos como os que muitas vezes são inutilmente adquiridos, e, sobretudo, em formação, tal como temos vindo a insistir desde há muito.

Dois dias após a trágica morte de seis bombeiros, é absolutamente essencial reflectir sobre os procedimentos a adoptar e o papel que cada um, seja a nível institucional ou particular, deve desempenhar no sentido de evitar que situaçõe semelhantes se repitam.

terça-feira, julho 11, 2006

Beriev volta a estar operacional na próxima 5ª feira


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Beriev Be 200 estacionado

O avião russo Beriev Be-200, que sofreu um acidente na semana passada durante um abastecimento na Barragem da Aguieira, deverá voltar a estar operacional na quinta-feira, informou hoje o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).

Em conferência de imprensa, o tenente-coronel Joaquim Leitão, do SNBPC, disse que "o problema do motor e da estabilidade" do Beriev Be- 200 já está resolvido e neste momento "estão a ser feitos os últimos ajustes" e que "quarta-feira de manhã serão feitos testes em terra e à tarde irá realizar-se um teste através de um voo de verificação".

Segundo o calendário previsto, o Be-200 deverá voltar a estar operacional após a conclusão destes testes, pelo se espera que 5ª feira possa intervir em caso de necessidade e prosseguir a missão de avaliação no nosso País.

"Efeito chaminé" ou "comportamento eruptivo do fogo": causa ou consequência


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Erupção de fogo ao longo de uma fissura no terreno

"Efeito chaminé", é o nome que dão os bombeiros ao que tecnicamente pode ser designado por "comportamento eruptivo do fogo".

Se bem que estas duas expressões descrevam o mesmo fenómeno, responsável pela maioria das mortes em incêndios florestais, existe uma diferença fundamental entre elas.

A primeira, usada por quase todos, descreve uma situação aprendida empiricamente mas cujas causas profundas, a forma de a detectar e de a evitar são provavelmente apenas conhecidas por quem usa a segunda expressão e estudou este fenómeno que tem custado tantas vidas.

No entanto, e apesar da dificuldade em prever esta situação, ela não acontece de repente e, com uma formação e acompanhamento rigorosos, é possível detectá-la antes de acontecer uma fatalidade como a de ontem.

Na verdade, confunde-se causa e consequência, atribuindo a uma súbita mudança do vento ou das condições atmosféricas aquilo que, na realidade, resulta do comportamento do próprio fogo.

A descrição do fenómeno que apanha desprevenidos bombeiros e civis é sempre a mesma: uma mudança repentina das condições, associada a uma viragem brusca do vento de que resulta o fogo ganhar dimensões incalculáveis, surpreendendo e cercandos pelas chamas que estiver no local.

Na prática, o comportamento eruptivo do fogo vai-se formando de forma invisível, nomeadamente em declives e quando o fogo sobe uma encosta, o sub-solo vai ardendo, mesmo sem chamas visíveis.

Só quando surge uma muralha de fogo intransponível, após ter consumido o sub-solo, é que o perigo se torna subitamente visível, muitas vezes cercando os bombeiros que podem não conseguir fugir.

Quando emerge, é o próprio fogo que cria o vento que, por sua vez, faz aumentar ainda mais a velocidade das chamas, algo que, em muitos casos é confundido com a causa do sucedido e não como uma consequência do mesmo.

Na altura da tragédia de ontem, segundo os dados fornecidos pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), que menciona uma temperatura de 32 graus, uma humidade relativa de 19% e vento de 7 km/h, pode-se estar ainda em condições de risco moderado, longe dos conhecidos 30-30-30, mas no relevo apropriado, uma erupção do fogo pode surgir com condições de risco muito inferiores.

Esta situação, para além do esforço para acabar com os incêndios através de medidas estrurais e de uma prevenção adequada, reforça a necessidade de uma formação mais rigorosa de todos os intervenientes e de uma investigação séria e isenta de cada acidente, de modo a que estes não se repitam no futuro.

No caso concreto do acidente de Famalicão da Serra, no concelho da Guarda, a comissão de inquérito já nomeda conta com o Professor Xavier Viegas, especialista que se tem dedicado a este tema, bem como elementos do SNBPC e da Afocelca, empresa de que dependiam os sapadores chilenos falecidos, esperando-se que, para além das conclusões, sejam feitas as necessárias sugestões para que incidentes semelhantes não se repitam.

30.000 visitas!


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30.000 visitas!

Ainda parece que foi ontem que chegamos às 20.000 visitas e acabamos de chegar às 30.000.

Neste dia, não queremos deixar de agradecer aos nossos leitores, e muito especialmente aos que fizeram ligações para este espaço, pelo apoio e incentivo que nos têm dado ao longo destes meses de actividade.

Esperamos continuar a receber as vossas visitas neste espaço de reflexão e contamos com as vossas sugestões e críticas no sentido de nos ajudar a melhorar os conteúdos e ir mais de encontro aos vossos interesses.

A todos, o nosso muito obrigado!

segunda-feira, julho 10, 2006

O maior avião de combate a incêndios do Mundo


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Boeing Evergreen em acção

Enquanto muitos noticiários continuam a classificar o Beriev Be 200 como o maior avião de combate a incêndios do Mundo, torna-se necessário repor a verdade e apresentar sucintamente algo concebido a uma escala completamente diferente.

Com base no Boeing 747, durante anos o maior avião comercial em operação, foi concebido um avião de combate a incêndios baptizado de "Evergreen" com capacidade para 24.000 galões ou perto de 90.000 litros de retardante.

Concebido com o apoio da Boeing, o Evergreen apresenta diferenças substanciais relativamente a outros aviões-tanque, sendo da maior importância o facto de não largar o retardante por gravidade e sim por pressão.

Desta forma, o Evergreen pode operar a uma altitude e velocidade mais elevadas, necessárias para um aparelho destas dimensões, mantendo a eficácia de uma largada a baixa altitude.

Sem advogar a aquisição deste gigantesco aparelho que pouco se adaptará à realidade nacional, não queremos deixar de convidar os nossos leitores a visitar o "site" do fabricante onde podem ser encontradas as características deste modelo pouco conhecido fora dos Estados Unidos.

Vai ser instaurado um inquérito para apurar causa da morte de bombeiros


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Bombeiro durante um fogo florestal

O Ministério da Administração Interna já mandou instaurar um inquérito para apurar as causas da morte de seis bombeiros, no combate a um incêndio na freguesia de Famalicão da Serra, concelho da Guarda, tendo o titular da pasta dirigido-se ao local do acidente, tal como o tinha feito o Secretário de Estado Ascenso Simões.

Os seis homens morreram quando uma rotação de vento fez propagar de forma imprevisível as chamas, na altura em que combatiam o fogo através da construção de um aceiro, ou seja, de uma linha de contenção que é feita no terreno para permitir travar e combater as chamas.

Segundo algumas informações no local, na altura do acidente, o helicóptero tinha-se ausentado para reabastecer de água, não tendo sido possível evacuar os elementos no terreno.

Em conferência de imprensa na sede do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), em Carnaxide, o Comandante Operacional Nacional, Gil Martins, afirmou hoje que "só o inquérito vai permitir saber se a equipa estava bem posicionada e se a organização de trabalho escolhida foi a mais indicada".

Acrescentou ainda que "os incêndios florestais são imprevisíveis e traiçoeiros" e que Famalicão da Serra é "uma zona montanhosa com ventos locais".

O Comandante Operacional Nacional admitiu, no entanto, que "alguma coisa não correu bem, embora, em termos técnicos, apenas o inquérito possa determinar o que falhou".

Assim, quando as condições meteorológicas se alteraram, parte dos bombeiros ainda conseguiram alcançar uma zona de segurança, mas os cinco sapadores chilenos das equipas helitransportadas da Afocelca e o bombeiro de São Gonçalo ficaram cercados pelas chamas, acabando por morrer.

Também a Afocelca, associação de empresas do sector da celulose para a qual trabalhavam os cinco chilenos, anunciou que será instaurado um inquérito para apurar as causas do acidente.

Lembramos que dois sapadores chilenos também a trabalhar para a Afocelca, faleceram há três anos no combate a um incêndio florestal e que esta empresa contribui com 3 helicópteros ligeiros e duas centenas de sapadores para o dispositivo nacional de combate aos fogos florestais.

Notícias recentes adiantam que foi detido pela Guarda Nacional Republicana um indivíduo, suspeito de ter sido o responsável pelo incêndio onde morreram estes 6 bombeiros.

Espera-se que haja um inquérito rápido e rigoroso e que não nos voltemos a deparar com uma série de contradições, de justificações fatalistas e de chavões que impeçam o apuramento da verdade.

Infelizmente, já nada pode ser feito para salvar os bombeiros que morreram neste acidente, mas o facto de muitos inquéritos não serem conclusivos, refugiando-se em ambiguidades e evitando denunciar erros ou falhas, impede que se tirem as necessárias elações e se salvem outras vidas.

Esta responsabilidade e este dever para com os que faleceram e para com aqueles que continuam a combater as chamas, é um dever de quem dirige o combate aos incêndios a nível político e operacional e cuja falha em apurar responsabilidades e aprender lições é absolutamente indesculpável.

domingo, julho 09, 2006

6 bombeiros morrem no distrito da Guarda


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Os fogos florestais causaram mais 6 vítimas

No combate a um incêndio na freguesia de Famalicão, no concelho e distrito da Guarda, morreram hoje à tarde 6 bombeiros, incluindo 5 chilenos de uma brigada helitransportada e 1 português.

Segundo as primeiras informações, terão ficado cercados pelas chamas, sem posibilidade de fuga e morreram asfixiados.

Dada a falta de detalhes e a gravidade da situação, disponibilizaremos mais detalhes quando estes estiverem disponíveis.

Land Rover apresenta o novo Freelander 2


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Imagem oficial do novo Freelander

A Land Rover já disponibilizou imagens e características do novo Freelander, que apresenta um desenho no seguimento das linhas da restante gama, nomeadamente do Discovery 3 e do Range Sport, e apresenta-se como uma proposta de topo no seu segmento de mercado.

O novo modelo é mais alto, comprido e largo que o seu antecessor, tem mais espaço interior e prevê duas motorizações disponíveis no lançamento, uma diesel, que será a mais popular entre nós, e outra a gasolina.

O 2.2 TD4 a gasóleo, de origem Ford/PSA, debitará 158 cv e permitirá ao novo Freelander atingir os 0-100 km/h em 10.9 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 180 km/h.

O TD4, inclui de série uma caixa manual de seis velocidades, estando disponível, como opção, uma caixa automática sequencial também de seis relações.

O motor a gasolina de 3.2, associado a uma caixa automática de seis velocidades e muito penalizado em Portugal, é de origem Volvo e já foi montado no XC90, debitará 230 cv, mas fará o Freelander alcançar uma velocidade máxima de 200 km/h e atingir os 100 km/h em 8.4 segundos.

O sistema Terrain Response, é de série e conta com Roll Stability Control, Gradient Release Control e Hill Descent Control, contribuindo assim para um melhor comportamento em todo o terreno.

Prevê-se que as vendas dste novo modelo comecem em 2007, mas a data de lançamento em Portugal não foi revelada.

Incêndio em Alenquer mobiliza mais de uma centena de bombeiros


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Bombeiro durante o combate a um incêndio

Mais de uma centena de bombeiros combatem um incêndio que deflagrou ao início da tarde no concelho de Alenquer, um dos dois fogos florestais que se encontravam por circunscrever cerca das 16:30 de sábado.

Segundo o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), as chamas lavram na freguesia de Cabreira e no seu combate estão, além de 103 efectivos, 31 veículos e uma aeronave.

Mais a norte, no concelho da Guarda, 49 bombeiros, 12 viaturas e uma aeronave foram mobilizados para um incêndio que deflagrou cerca das 15:30 na freguesia de Albardo.

O SNBPC dá conta de outro fogo ainda activo em Atalaia, no concelho de Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém, mas os 43 efectivos e 11 viaturas destacadas para o local já conseguiram circunscrever as chamas.

Durante o dia de ontem, o SNBPC registou 209 incêndios de diferentes dimensões, quase o dobro da véspera, que mobilizaram um total de 1.797 bombeiros e 445 viaturas.

O risco de incêndio tem vindo a aumentar devido às altas temperaturas que hoje se registam em Portugal Continental, em especial nas regiões do Interior Sul, e que deverão continuar a subir até à próxima segunda-feira, sendo de prever dificuldades nos próximos dias com um crescente número de ignições.