sábado, agosto 07, 2010

Julho foi o pior mês de fogos dos últimos quatro anos - 2ª parte

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Bombeiros no combate a um incêndio em Portugal

Os recentes anos de acalmia, sobretudo a partir de 2005, não foram aproveitados para analisar e corrigir erros estruturais e menos ainda para investir na floresta ou sequer no desenvolvimento sustentável do Interior do País.

Ao invés, grande parte das áreas ardidas foram ocupadas por vegetação nascida expontanea e desordenadamente, dando origem a novas zonas de difícil acesso onde se acumulam combustíveis e que não possuem interesse económico relevante seja para os proprietários, seja para o Estado, que daí não retira qualquer provento por via fiscal.

Se a estes factores adicionarmos o envelhecimento das populações e o abandono dos solos, agravado pelo desincentivo à fixação de jovens, que pouco interesse terão numa actividade pouco rentável, exercida numa zona remota e privada de um conjunto de valências, como unidades de saúde ou tribunais, encerradas por opção política, é evidente que a evolução tem sido negativa.

A maior eficácia no combate aos fogos, que parece evidente, não pode contrariar esta evolução e, menos ainda, rentabilizar extensões florestais que parece não interessarem a ninguém, pelo que nos interrogamos quanto ao real interesse na protecção de muitas destas áreas de valor praticamente nulo.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Sistema "MOLLE" em coletes - 2ª parte

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Interior de um colete táctico "MOLLE"

Para além desta bolsa, incluido no colete tipicamente haverá um par de bolsos ou bolsas laterais, sendo todos os demais acessórios para adicionar de acordo com as necessidades de cada missão.

Entre os acessórios incluidos encontra-se uma bolsa para rádio, outra para pequenos utensílios, como lanternas, canetas, canivetes ou talheres, outras duas para serem colocadas na rectaguarda, que incluem um sistema de fixação para volumes de maiores dimensões e mais um par de bolsas duplas para a parte da frente do colete.

Estas bolsas, que incluindo uma fixa, um conjunto de duas e outra de três, ambas amovíveis, têm uma configuração tipicamente militar, destinando-se a transportar carregadores, mas podem ser utilizadas para transportar outros items ou serem susbsituidas por outro tipo de bolsa, de formato mais adequado às necessidades do portador.

Outros acessórios terão apenas utilização militar, pelo que não se justifica mencioná-los, havendo no mercado inúmeros outros acessórios que podem ser adquiridos separadamente, normalmente a bom preço, de modo a aumentar a polivalência destes coletes.

Julho foi o pior mês de fogos dos últimos quatro anos - 1ª parte

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Um incêndio em Portugal

Segundo o Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais que avalia a extensão de áreas ardidas através de imagens de satélite, o passado mês de Julho terá sido o pior dos últimos quatro anos, com mais de 16.000 hectares destruidos.

A Autoridade Florestal Nacional a contabilizou 5.308 ocorrências, incluindo 24 grandes incêndios, com área acima dos 100 hectares, tendo ainda que ser avaliada a devastação resultante de fogos de menores dimensões e o adicionados os fogos ocorridos desde o início deste mês de Agosto.

Com os incêndios a voltarem às primeiras páginas e as condições climáticas, cuja evolução é por demais conhecida, a serem utilizadas como justificação para a inversão de uma tendência que deriva sobretudo de factores operacionais e conjunturais do que estruturais, um flagêlo que parecia esquecido volta, subitamente, a ser preocupante.

Analisando sumariamente estes últimos anos, em que o decréscimo da área ardida foi manifesto, algumas vertentes saltam imediatamente à vista, como o do ordenamento do território e o da estutura fundiária, os quais remetem imediatamente para segundo plano opções tácticas que, por muito eficazes que sejam, limitam-se a controlar danos e dar ao poder político um tempo que este manifestamente não aproveita.

quinta-feira, agosto 05, 2010

Sistema "MOLLE" em coletes - 1ª parte

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Um colete táctico "MOLLE"

O sistema "MOLLE", abreviatura de "MOdular Lightweight Load-carrying Equipment" é um "standard" militar destinado a compatibilizar acessórios com um colete ou sistema base, permitindo que este seja configurado e adaptado a necessidades específicas.

Com um desenho simples, que pode ser o de um simples colete ajustável, fechado por um fecho éclair, mas dotado de uma série de encaixes, os coletes "MOLLE" podem ser adquiridos numa configuração simples, quase sem bolsos, mas servem de base a sistemas de carga complexos e versáteis, com um mínimo de gastos.

Muitos dos modelos básicos de colete são feitos em "nylon 1000D", de alta densidade e grande resistência, com zonas em rede, de modo a serem leves e facilitarem a respiração, e podem incluir uma bolsa interna, fechada por velcro, para um sistema de hidratação tipo "camel back" de até 2.5 litros.

O ajuste é feito através de um conjunto de três presilhas de cada lado, localizadas sob os braços, bem como de um cinto acolchoado, incluido no conjunto, ajustável, preso por presilhas na parte inferior do colete.

Acidente na A1 mata bombeiro - 3ª parte

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Piso danificado de um pneu

Também as deslocações a velocidades elevadas, com carga máxima, acelerações e travagens bruscas ou curvas nas quais se sente um aumento de tensão nas paredes laterais dos pneus, contribuem para um desgaste prematuro, podendo começar a haver problemas estruturais antes de o desgaste ser visível.

Avaliar problemas estruturais num pneu, excepto em situações muito graves, é virtualmente impossível de efectuar através de uma simples observação, mas um exterior em aparente bom estado, com o piso de acordo com o legalmente imposto, não garante que no interior a situação seja análoga.

Uma das opções será a de limitar o número de quilómetros de uso dos pneus, independentemente do seu aspecto exterior, algo que sabemos ser um encargo pesado ou mesmo insuportável, mas a alternativa será a de testes, que passam pela desmontagem dos pneumáticos e avaliação numa entidade com a competência técnica para efectuar este tipo de verificação.

Apesar de esta última alternativa também implicar custos, sobretudo porque terá que ser efectuada periodicamente, o risco de utilizar pneus com danos invisíveis é francamente superior, com consequência que, infelizmente, são do conhecimento de todos.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Primeira versão "beta" do Internet Explorer 9 sai em Setembro

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Écran da "preview" do Internet Explorer 9

A primeira versão "beta" do Internet Explorer 9 vai ser disponibilizada em Setembro, um mês após a data inicialmente prevista pela Microsoft, desconhecendo-se ainda se será acessível em simultâneo para todos os utilizadores ou apenas a técnicos.

Neste momento já existem diversas versões de "preview", com um número muito limitado de funções, destinadas a desenvolvimento de aplicações no ambiente do próximo "browser" da Microsoft, sendo esta primeira "beta" a primeira versão a disponibilizar com as funcionalidades que permitam a sua utilização corrente.

Este é um lançamento de importância estratégica para a Microsoft, que conseguiu recentemente inflectir a tendência de perda de quota de mercado com a actual versão do Explorer, ultrapassando em pouco os 60% na preferência dos utilizadores perante uma cada vez maior concorrência dos seus rivais.

Acidente na A1 mata bombeiro - 2ª parte

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Operações de socorro após o acidente

É sabido que o esforço exigido dos veículos e respectivas tripulações durante as vagas de fogos que assolam o País implica um acréscimo de riscos, mas para além daquilo que será dificilmente controlável existe um conjunto de factores que será de ter em conta e têm a ver com o planeamento e a manutenção das viaturas, os quais devem ser devidamente analizados.

O número de acidentes devido ao rebentamento de pneus merece uma especial atenção, sendo difícil de aceitar que se devam apenas a imponderáveis, pelo que a hipótese de um desgaste anormal, devido a condições de utilização particularmente agressivas deve ser tido em conta.

Os veículos de combate aos fogos são submetidos a tempertaturas particularmente elevadas, com destaque para os pneus, os quais estão permamentemente em contacto com o solo, o qual pode estar extremamente quente e acima dos valores de tolerância para a borracha com que são feitas as carcassas.

Acresce a esta exposição a temperaturas elevadas, o elevado peso das viaturas, bem como o facto de muitas vezes a deslocação ser efectuada sobre terrenos difíceis, fora de estradas e em vias florestais onde se podem encontrar numerosos detritos, alguns deles capazes de ferir as camadas externas e enfraquecer o pneumático.

terça-feira, agosto 03, 2010

Substituição da suspensão no Defender - 4ª parte

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O Defender visto de lado

Após substituição da suspensão, optamos por deixar passar algum tempo e percorrer uma distância razoável antes de efectuar medições, tomando como base a altura medida na vertical até à aba das rodas.

É de ter em atenção que as abas foram substituidas por umas mais largas, pelo que o seu contorno poderá ter algumas diferenças relativamente às originais, mas serve como forma de comparação com outros Defender.

Nesta medição, também a dimensão dos pneus tem importância, sendo que os pneus GoodYear Wrangler MT 33 12.50 têm igualmente influência, dado que estes têm um diametro aproximado de 840 mm, pelo que o centro do eixo estará, sensivelmente a 420 mm do solo.

Com as abas dianteiras a 93 cm do solo e a 96 no caso das traseiras e a rectaguarda do tejadilho a 202 cm, é manifesto visualmente que o Defender está mais alto, algo que se confirma facilmente quando se entra e sai do veículo, sentindo-se que o nível do habitáculo está mais elevado.

Vaga de fogos em Portugal Continental - 3ª parte

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Descarga sobre um incêndio florestal

Acresce ainda uma manifesta incapacidade da Justiça, sobretudo face ao actual enquadramento jurídico e a um Código do Processo Penal ineficaz, que continua a permitir que actos do foro criminal, seja negligentes, seja dolosos, não se traduzam em consequências penais.

Mais grave é o número de incendiários reincidentes que, sendo sucessivamente libertados devido às actuais disposições legais, continuam a praticar o mesmo tipo de crime, devendo-se salientar que entre estes existe um elevado número com manifestos problemas do foro mental que não são nem tratados, nem acompanhados.

No entanto, os casos dolosos tendem a ser sobre-estimados, atribuindo-se a actos intencionais a origem de numerosos incêndios, usando-se este argumento como forma de dirimir responsabilidades por parte de quem não adoptou medidas de prevenção ou atribui os meios necessários ao combate, evitando assim assumir os manifestos erros que são visíveis até para os menos esclarecidos.

Atribuir culpas a factores externos, tão imponderáveis como a acção humana, já que em termos climáticos pode ser efectuada uma previsão com algum rigor, mesmo tendo em conta as óbvias alterações verificadas nos últimos anos, acaba por ser um fraco justificativo a que nos tentam habituar, independentemente da manifesta falta de provas concludentes, usando como argumento tão somente algumas probabilidades e estatísticas pouco consistentes.

segunda-feira, agosto 02, 2010

O "roof rack" da Benchmark 4x4

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O "roof rack" da Benchmark 4x4

A Benchmark 4x4 é uma empresa inglesa baseada em Huddersfield que constrói diversos modelos de "roof racks", aceitando encomendas de versões básicas ou específicas, com a possibilidade de incluir numerosos opcionais.

A estrutura principal é feita em ferro com uma secção quadrada de 25 mm, enquanto as restantes peças têm uma secção de 20 mm, de modo a que sejam sólidos, mas sem um peso excessivo.

Entre os opcionais encontram-se pontos de montagem para antenas de rádios CB, para "jerry cans", pneus ou luzes, com a possibilidade de serem encomendados posteriormente e instalados pelo proprietário com um custo mínimo.

O preço da versão base, para os Defender 90, é de 200 libras, a que acrescem portes, custando uma versão específica com as mesmas características perto de 50 libras adicionais, pelo que esta será uma opção interessante para quem tenha projectos entre mãos.

Acidente na A1 mata bombeiro - 1ª parte

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A viatura acidentada

O despiste na A1, entre o nó de Aveiro-Sul e o da Mealhada, de uma viatura pesada de combate aos incêndios florestais da corporação de Cabo Ruivo em Lisboa, que regressava de uma missão de combate aos fogos, resultou na morte de um bombeiro e em ferimentos noutros cinco, dos quais dois se encontram em estado grave.

Com a violência do impacto, o pesado veículo partiu-se em dois, ficando os destroços espalhados na berma da A1, tendo a via ficado temporariamente cortada para proceder às operações de socorro, que incluiram a evacuação aérea do ferido mais grave.

Numa primeira análise, e excluindo cansaço do condutor, o despiste da viatura ter-se-à devido ao rebentamento de um pneu, o que tornou impossível o seu controle, com os feridos mais graves a serem encaminhados para os Hospitais da Universidade de Coimbra e dos Covões.

Para além de enviar os mais sentidos pêsames aos familiares e amigos do 2º comandante dos bombeiros de Cabo Ruivo, Carlos Santos, e os votos de melhoras aos feridos, esperamos que o inquérito revele não apenas as causas do acidente, como permita adoptar medidas que evitem situações análogas.

domingo, agosto 01, 2010

Filtros de partículas para escapes - 2ª parte

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Um sistema de filtro de partículas para escapes

Nos Estados Unidos, a homologação apenas é concedida a dispositivos capazes de deter partículas até aos 0.6 mm, enquanto em termos europeus, a norma ISO9467, destinada essencialmente a moto-serras, é a única existente.

Não é apenas a temperatura que vai desgastar estes dispositivos de retenção de fagulhas, mas também a pressão dos gases de escape, já que a rede funciona como restritor, tendo influência no comportamento e no desempenho do veículo.

Assim, fora das zonas onde o seu uso é obrigatório, será sempre recomendável remover o "spark arrester", de modo a evitar o seu desgaste, bem como o esforço suplementar pedido a um motor cujos gases de escape não saem livremente.

No EBay, ou numa loja da especialidade, estes dispositivos custam perto de 25 euros, a que acrescem portes para Portugal, devendo ser selecionados conforme o tipo de escape onde serão aplicados.