sábado, agosto 06, 2022

Preparar para falhas de energia - 4ª parte

Uma opção é colocar o gerador no seguimento de um dos ramais da instalação, a seguir ao fusível do quadro, funcionando como opção caso a energia da rede falhe, mantendo apenas, por exemplo, um conjunto de tomadas alimentadas, sabendo que outros equipamentos, como iluminação do tecto ou equipamentos conectados a outros segmentos não serão alimentados, o que reduz o preço da solução, mantendo um mínimo de funcionalidades.

Naturalmente, a possibilidade de utilizar outras fontes de energia, como a solar ou eólica, parece tentador, mas não podemos esquecer que as falhas de energia podem ocorrer, sobretudo, quando estas fontes de energia menos produzem e para estas existe pouca potência segura, proveniente de outras fontes, que assegure a energia necessária, pelo que, podendo ser um investimento a ter em conta em termos económicos, pode ser pouco adequado a uma emergência.

Com instalação, incluindo os diversos equipamentos, temos sempre que equacionar um valor entre os 1.500 e os 2.000 Euros para uma solução que garanta alguma autonomia energética em situações de emergência, caso se recorra aos equipamentos mais baratos, mas facilmente subirá, se a opção for por equipamentos de melhor qualidade, mais potentes e com outro tipo de capacidade.

É virtualmente impossível prever com exactidão se as falhas de energia irão ocorrer, para além do normal, bem como o número de ocorrências e duração, pelo que o tipo de investimento na mitigação de algo que é apenas uma possibilidade deve ser encarada com cautela, equacionando-se os custos deste tipo de investimento face à perda de produtividade e outros prejuizos que possam ocorrer num cenário cujos contornos são difíceis, se não impossíveis, de defenir.

sexta-feira, agosto 05, 2022

Visão noturna por 55 Euros - 1ª parte

Dispor de um equipamento de visão noturna, mesmo que um modelo de baixo custo e com algumas limitações, seja em termos de qualidade, seja de desempenho, pode fazer toda a diferença em muitas situações, incluindo na busca por algo ou alguém em condições de fraca visibilidade, pelo que o investimento de pouco mais de meia centena de Euros pode justificar-se plenamente.

A maior parte dos equipamento desta gama baseia-se, essencialmente na electrónica, cada vez mais acessível, e menos na óptica, sempre dispendiosa, pelo que existem restrições e limitações em tudo o que tem componentes físicos, como lentes, que tentam ser compensadas pela lógica da programação interna, cada vez mais aperfeiçoada, mas sempre passível de erros.

O modelo concreto que apresentamos possui um sistema de zoom digital que amplia 5 vezes e um iluminador infra vermelhos 3W 850nm, o que permite ver no escuro até distâncias até aos 200 a 300 metros, mesmo em escuridão absoluta, com a energia a ser proporcionada por três baterias AA de 1.5V.

As lentes, com 24 milímetros de diâmetro, têm uma abertura F 1.2 f=25mm, um campo de visão de 10º, com a imagem a ser apresentada num écran interno TFT de 2.4" e visualização num écran de 98 x 48 milímetros, recorrendo a uma ampliação óptica de 4x, onde também são visíveis os menús de configuração, disponíveis em diversas linguagens, entre estas o português e o inglês, com as teclas de navegação na superfície superior.

quinta-feira, agosto 04, 2022

Preparar para falhas de energia - 3ª parte

Também é possível equacionar a existência de alguns equipamentos destinados ao campismo, como os pequenos frigoríficos usados em veículos, o que permite manter no frio alguns alimentos cuja preservação seja mais crítica, como congelados, e que podem ser igualmente ligadas a uma bateria, e, como substituito do gás canalizado, dispor de um fogareiro a gás com uma bilha autónoma, o que permite, apesar das limitações, cozinhar alguns alimentos, incluindo aqueles que corram o risco de se estragar.

Obviamente, grandes electrodomésticos só podem manter-se em funcionamento dispondo de baterias de muito maior capacidade ou dispondo de um gerador, sendo esta uma opção a ter em conta para uma solução mais completa, na qual as baterias mantivessem os equipamentos em funcionamento durante o espaço de tempo necessário para que o gerador, ao detectar a falta de energia, começar a funcionar.

Naturalmente, incluir um gerador encarece toda a solução, não apenas devido ao custo do equipamento, que, para um modelo adequado, de arranque eléctrico, tem um preço que começa pero do milhar de Euros, mas também porque a instalação, para ser a mais correcta, deve envolver um profissional, sendo ainda necessário dispor de um local para a instalação do gerador, de preferência onde o funcionamento deste não o torne incómodo e permita a exaustão dos gases de escape.

Existem aqui algumas questões a ter em conta, sendo uma o mencionado local de instalação, que deve ser acusticamente isolado, caso num prédio ou havendo vizinhos próximos, mas também a questão do armazenamento do combustível, sobretudo se este for gasolina, e que tem uma regulamentação exigente em termos de segurança, algo que faz todo o sentido e deve ser respeitado, não apenas por razões legais, mas porque o risco de acidente está presente.

quarta-feira, agosto 03, 2022

Melhoramentos no Kiri - 2ª parte

Para quem nunca experimentou este tipo de solução, deixamos as ligações para os diversos componentes necessários, incluindo o "software" do Kiri, que tem que ser instalado num "smartphone", seja Android ou iOS, o MeshLab, para visualização, e o modelo, tal como o obtivemos depois de processado.

Kiri Innovation
MeshLab
Modelo 3D

Todo o processo de instalação dos diversos programas estão devidamente documentados nos respectivos "sites", sendo que, em boa parte, o sucesso depende da prática, o que implica diversas experiências, até que sejam obtidos os resultados pretendidos, sabendo, desde já, que existem limitações inerentes à não utilização de um "scanner" 3D, que possui outro tipo de recursos.

Esta é a solução para efectuar digitalizações 3D mais acessível, sendo virtualmente grátis para um pequeno número de unidades, que conhecemos e o facto de ter progredido em termos técnicos significa que, quase certamente, em breve surgirão outras opções, o que vai permitir dispor de produtos de melhor qualidade e a preços mais acessíveis, com esta tecnologia a tornar-se cada vez mais próxima dos utilizadores que dela necessitam.

terça-feira, agosto 02, 2022

Preparar para falhas de energia - 2ª parte

Uma unidade de alimentação ininterrupta, ou UPS, de 600 a 650 VA e 360 a 400V, com baterias internas de 12V / 7 ou 8 AH têm um preço que fica entre os 45 e os 50 Euros, se de um fabricante menos reputado, existindo aqui uma grande variação de preço, não apenas como consequência da qualidade, mas também das funcionalidades, que podem incluir sistema de gestão, ou o facto de terem um écran que permita verificar o estado da unidade.

Nas várias opções, estudamos unidades de alimentação que se podem obter em Portugal ou Espanha e que podem ser entregues em dois a três dias, o que contrasta com as barras de luz e candeiros, que foram adquiridos no mercado asiático através de um grossista, e que, não obstante a distância, foram entregues em duas semanas, existindo soluções com entrega mais rápida, mas mais dispendisosas.

Uma unidade deste tipo permite manter em funcionamento um computador pessoal durante algum tempo, e aqui depende muito do modelo e da inclusão do écran, tendo a possibilidade de alimentar durante um período prolongado um "router" e um portátil ou, em opção um sistema de iluminação "led" e alguns pequenos dispositivos ou carregar telemóveis e "tablets" mesmo na ausência de corrente na rede.

Naturalmente, o cálculo exacto da autonomia conferida por uma unidade de alimentação depende de diversos factores, tendo o consumo dos equipamentos ligados um papel determinante, mas o essencial é que, por um lado, oscilações e cortes de curta duração, correspondendo a poucos minutos, não levem a que um equipamento informático desligue, e, se esta se prolongar, seja possível manter alguns dispositivos, como um "router", que pode ou não ser útil, dependendo da rede de comunicações se manter activa ou não, e algum tipo de iluminação.

segunda-feira, agosto 01, 2022

Idosa morre após esperar hora e meia por ambulância - 4ª parte

Para os técnicos de emergência, são apontadas como causas a falta de pessoal, que sabemos existir, te tem imobilizado um largo número de veículos de socorro, pelo que os disponíveis nominalmente não são os que realmente podem operar, bem como processos de triagem distintos e que agilizem o socorro, o que pode passar por uma revisão dos centros de orientação de doentes urgentes e do reforço e requalificação dos operadores.

O reforço de meios, só por sí, duvidamos que resolva o problema, podendo apenas mitigá-lo, à custa de um maior dispêndio de dinheiros públicos, não acelerando o socorro, algo que é essencial e para o que é essencial que a velocidade dos meios utilizados seja superior, algo que implica mexer com a rede viária e a circulação dentro das cidades e uma alteração no sistema de saúde que evite o fecho de serviços e valências, sobrecarregando outros e aumentando as distâncias a percorrer.

Infelizmente, ninguém quer tocar no essencial, sobretudo porque, em muitos casos, implica ser impopular ou politicamente inconveniente, o que, acreditam, leva a uma perda de votos, provavelmente ignorando que a coragem política e a capacidade de resolver problemas, sobretudo quando tal colide com interesses instalados, também é valorado, sendo o único caminho para minorar os problemas que afectam o socorro.

Aguardamos, obviamente, o resultado do inquérito, enquanto observamos qual o impacto dos reforços anunciados no socorro, certos de que resolver problemas que resultam da falta de planeamento e coordenação com reforços é um mau investimento, desperdiçando dinheiro público sem que se obtenham resultados proporcionais ao investimento, algo que, infelizmente, é característica da governação e da máquina do Estado, que anuncia como vitórias gastos em vez de eficiência.

domingo, julho 31, 2022

Preparar para falhas de energia - 1ª parte

Infelizmente, face à actual conjuntura internacional e à crise energética que vivemos, não podemos deixar de antecipar a possibilidade de alguns problemas a nível do fornecimento contínuo de electricidade, o que pode resultar em cortes, de maior ou menor duração, ou flutuações na tensão, com consequências que dependem da amplitude das oscilações.

Mesmo sem uma forma de produzir energia, confiando apenas que é distribuída através da rede, pode-se minorar o impacto de algumas falhas através de alguns investimentos de valor módico que, nalguns casos, permitem diminuir o consumo de energia de forma substancial, o que tem impacto na altura de pagar a factura da electricidade.

Uma das primeiras alterações, que representa um investimento que ronda os 25 Euros por unidade, é o recurso às barras de luz que se colocam sobre os écrans dos computadores e candeiros com "leds", ambos com possibilidade de serem alimentados via USB, ou seja, a 5V, o que permite que uma bateria ou "power bank" os mantenha em funcionamento de forma autónoma, mesmo que desligados da instalação eléctrica.

Na imagem que ilustra este texto, para além do brilho e reflexo dos écrans, apenas uma barra de luz está ligada, conjuntamente com um candeeiro com "leds", ambos a funcionar a 5V, neste caso ligados cada um a um alimentador de telemóvel que pode ser conectado numa unidade de alimentação, o que proporciona muitas horas de funcionamento, caso nesta não estejam ligados outros equipamentos.