Apesar de as queixas judiciais, em Portugal e nos tribunais europeus, terem sido, pelo menos temporariamente, ultrapassadas, através da típica figura do "interesse público", tal não implica que, na altura própria, os processos sejam devidamente avaliados e tenham consequências, pelo que o recurso a esta forma de controle de danos, porque disso não passa, pode assumir-se como uma autêntica bomba-relógio.
O passar de 7 para 12 rondas diárias, que ocorre a partir de 31 de Maio, não teve, obviamente, os resultados esperados pelo regulador, que manifestamente ignora como as operadoras, uma vez estabelecida a sua estratégia, vão actuar durante o concurso, apenas aumentou o nível de confusão e de conflitualidade, podendo resultar num conjunto de processos judiciais que, no limite, podem comprometer todo o processo.
A possibilidade de introduzir novas alterações regulamentares, porque já esperamos tudo de quem conduz este processo, dificilmente podem corrigir o que nasceu torto e que, com o prolongar do tempo, se veio a degradar muito para além do imaginável, transmitindo uma imagem pobre da regulação numa áerea estratégica para o desenvolvimento e competitividade do País.
Passados meses, não se vê fim à vista para um dos processos pior organizados e dirigidos de que há memória, e as justificações do regulador, que surgem como absurdas, atribuindo a responsabilidade às operadoras que, objectivamente, seguem as regras do leilão, não dispensando qualquer formalismo, roça o ridículo que quem se revela incapaz de assumir as suas evidentes falhas e a incompetência com que geriu todo o processo.
sábado, julho 17, 2021
sexta-feira, julho 16, 2021
Impunidade de Estado - 3ª parte
4ª - As pessoas não estúpidas subestimam sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas. Em particular, os não estúpidos esquecem-se constantemente que em qualquer momento, lugar e situação, tratar e/ou associar-se com indivíduos estúpidos revela-se, infalivelmente, um erro que se paga muito caro.
5ª - A pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigosa que existe.
Corolário - O estúpido é mais perigoso que o bandido.
Acrece, naturalmente que existe uma tendência natural para aqueles que, segundo estes princípios, se enquadram na categoria de "estúpidos", tendem a agregar-se quanto tal serve os seus interesses, conspirando à margem da lei e indiferentes a qualquer ética, como forma de obter algum tipo de vantagem, mesmo que intangível, independentemente do custo que tal possa ter para a sociedade.
Enquadramos aqui, naturalmente, os esquemas de corrupção, cada vez mais visíveis e tentaculares, e as detenções de Berardo e Vieira, no espaço de dias, são disso exemplo, sendo perceptível que existe uma correlação entre os casos, que, indubitavelmente, abrangem um vasto número de cúmplices, recrutados, sobretudo, entre decisores políticos que, seja por dinheiro, seja por simples vaidade, lhes oferecem vantagens inalcançáveis à luz da lei.
5ª - A pessoa estúpida é o tipo de pessoa mais perigosa que existe.
Corolário - O estúpido é mais perigoso que o bandido.
Acrece, naturalmente que existe uma tendência natural para aqueles que, segundo estes princípios, se enquadram na categoria de "estúpidos", tendem a agregar-se quanto tal serve os seus interesses, conspirando à margem da lei e indiferentes a qualquer ética, como forma de obter algum tipo de vantagem, mesmo que intangível, independentemente do custo que tal possa ter para a sociedade.
Enquadramos aqui, naturalmente, os esquemas de corrupção, cada vez mais visíveis e tentaculares, e as detenções de Berardo e Vieira, no espaço de dias, são disso exemplo, sendo perceptível que existe uma correlação entre os casos, que, indubitavelmente, abrangem um vasto número de cúmplices, recrutados, sobretudo, entre decisores políticos que, seja por dinheiro, seja por simples vaidade, lhes oferecem vantagens inalcançáveis à luz da lei.
quinta-feira, julho 15, 2021
Para quando 5G em Portugal? - 1ª parte
Actualmente, Portugal compete com a Lituânia pelo pouco honroso último lugar, entre os países da Europa comunitária, a dispor de uma rede 5G, considerada por muitos como um instrumento de importância estratégica para o desenvolvimento do País, dadas as inúmeras possibilidades que oferece nos vários sectores da economia, assumindo, igualmente, grande relevância para uso particular.
Depois de estar entre os primeiros países a dispor de redes 3G e 4G, como consequência de um processo de atribuição de frequências desastroso, baseado num leilão com regras absurdas, que apenas pode ser explicado como um misto de irrealismo e incompetência, não se vislumbra um fim para um processo que tinha tudo para correr mal, e para cujo caótico desenrolar a ANACOM foi avisada pelos operadores.
Face às experiências de outros países, e da forma como se desenrolaram concursos anteriores, perante os avisos dos operadores, é inexplicável a forma como a ANACOM conduziu o processo que, não obstante a introdução de alterações durante o seu decurso, do que pode decorrer a sua invalidação judicial, continua a marcar passo, enquanto o clima entre operadores e regulador se degrada diariamente.
Já foram vários os operadores a ameaçar avançar com queixas judiciais ou, o que pode ser ainda mais grave, a reduzir o investimento em Portugal, sobretudo na vertente tecnológica, dando prioridade a outros mercados e estabelecendo parcerias com instituições e universidades de outros países, compromentendo o desenvolvimento de uma importante área tecnológica em Portugal.
Depois de estar entre os primeiros países a dispor de redes 3G e 4G, como consequência de um processo de atribuição de frequências desastroso, baseado num leilão com regras absurdas, que apenas pode ser explicado como um misto de irrealismo e incompetência, não se vislumbra um fim para um processo que tinha tudo para correr mal, e para cujo caótico desenrolar a ANACOM foi avisada pelos operadores.
Face às experiências de outros países, e da forma como se desenrolaram concursos anteriores, perante os avisos dos operadores, é inexplicável a forma como a ANACOM conduziu o processo que, não obstante a introdução de alterações durante o seu decurso, do que pode decorrer a sua invalidação judicial, continua a marcar passo, enquanto o clima entre operadores e regulador se degrada diariamente.
Já foram vários os operadores a ameaçar avançar com queixas judiciais ou, o que pode ser ainda mais grave, a reduzir o investimento em Portugal, sobretudo na vertente tecnológica, dando prioridade a outros mercados e estabelecendo parcerias com instituições e universidades de outros países, compromentendo o desenvolvimento de uma importante área tecnológica em Portugal.
quarta-feira, julho 14, 2021
Impunidade de Estado - 2ª parte
As mudanças de direcção no combate à pandemia, com medidas tão ineficazes como de duvidosa legalidades, podendo-se mencionar como exemplos as restrições à saída da Área Metropolitana de Lisboa ou os testes para admissão em restaurantes durante os fins de semana, sendo tão incompreensíveis e prejudiciais quanto ineficazes, prejudicando os próprios autores, são, dentro da defenição de Carlo Cipolla, autênticos exemplos do que o autor define como "estupidez humana".
No seu livro "Allegro ma non tropo", está incluída uma pequena obra, de título, em português, "Leis Fundamentais da Estupidez Humana", que mencionamos no passado, no já longínquo ano de 2005, mas que é sempre de recordar, concretamente no respeitante à defenição que Carlo Cipolla faz desta autêntica pandemia, para a qual não existe nem cura, nem vacina.
1ª - Cada um de nós subestima sempre e inevitavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação.
2ª - A probabilidade de uma certa pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dessa mesma pessoa.
3ª - Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para sí, ou podendo até vir a sofrer um prejuizo.
No seu livro "Allegro ma non tropo", está incluída uma pequena obra, de título, em português, "Leis Fundamentais da Estupidez Humana", que mencionamos no passado, no já longínquo ano de 2005, mas que é sempre de recordar, concretamente no respeitante à defenição que Carlo Cipolla faz desta autêntica pandemia, para a qual não existe nem cura, nem vacina.
1ª - Cada um de nós subestima sempre e inevitavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação.
2ª - A probabilidade de uma certa pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dessa mesma pessoa.
3ª - Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que disso resulte alguma vantagem para sí, ou podendo até vir a sofrer um prejuizo.
terça-feira, julho 13, 2021
"Phishing" via SMS com aviso de chegada de encomenda - 2ª parte
Obviamente, em caso algum se deve seguir a ligação incluída ou, sequer, contactar o emissor, evitando entrar em diálogo ou confirmar que houve a recepção e leitura da mensagem, o que, inevitavelmente, torna este alvo, agora confirmado como válido, muito mais apetecível, o que tende a resultar num maior número de ataques.
Aconselhamos, igualmente, a dar conhecimento à operadora responsável pelo emissor, informando-a do sucedido, com cópia da mensagem, e sugerindo que o número seja desactivado e o IMEI, o número único do equipamento em que foi utilizado, registado, porque será provável que, após o cartão ser bloqueado, tentem usar um novo cartão no mesmo equipamento.
Consideramos que os operadores, após terem sido avisados, caso permitem o uso indevido das suas redes, e lembramos que da violação dos temos e condições de uso pode resultar a suspensão do serviço, pelo que podem, legalmente, agir de imediato, passam a ser cúmplices caso nada façam, pelo que, se a sua inação for detectada, será de contactar a ANACOM, como autoridade reguladora do sector, bem como as autoridades policias competentes, no caso concreto, a Polícia Judiciária.
O aumento deste tipo de tentativa de burla, numa altura em que existem mudanças processuais na entrega de encomendas provenientes do exterior da União Europeia, era esperado por quem analiza questões relacionadas com a segurança dos sistemas de informação, sendo certo que as dúvidas dos utilizadores, que ainda não se adaptaram a uma nova realidade, iriam ser exploradas pelos criminosos que promovem este tipo de burlas.
Aconselhamos, igualmente, a dar conhecimento à operadora responsável pelo emissor, informando-a do sucedido, com cópia da mensagem, e sugerindo que o número seja desactivado e o IMEI, o número único do equipamento em que foi utilizado, registado, porque será provável que, após o cartão ser bloqueado, tentem usar um novo cartão no mesmo equipamento.
Consideramos que os operadores, após terem sido avisados, caso permitem o uso indevido das suas redes, e lembramos que da violação dos temos e condições de uso pode resultar a suspensão do serviço, pelo que podem, legalmente, agir de imediato, passam a ser cúmplices caso nada façam, pelo que, se a sua inação for detectada, será de contactar a ANACOM, como autoridade reguladora do sector, bem como as autoridades policias competentes, no caso concreto, a Polícia Judiciária.
O aumento deste tipo de tentativa de burla, numa altura em que existem mudanças processuais na entrega de encomendas provenientes do exterior da União Europeia, era esperado por quem analiza questões relacionadas com a segurança dos sistemas de informação, sendo certo que as dúvidas dos utilizadores, que ainda não se adaptaram a uma nova realidade, iriam ser exploradas pelos criminosos que promovem este tipo de burlas.
segunda-feira, julho 12, 2021
Impunidade de Estado - 1ª parte
Cada vez que passa uma mensagem contraditória, com instruções impossíveis de cumprir, ou de cujo seguimento resulta um prejuízo objectivo, sem que se possa verificar qualquer benefício, a autoridade do Estado diminui, dificultando a aceitação das suas directivas e aumentando o crescente clima de revolta, alternativa, ou, possivelmente evolução, da indiferença que já se sentia.
A forma errática, caótica e, ultimamente, incompetente como o Governo tem gerido a pandemia, com erros clamorosos, sobretudo na altura do Natal e passagem de Ano, com decisões a custarem a vida de centenas de portugueses, antecipa problemas que atingem directamente as fundações do estado democrático, bem patentes nas ilegítimas restrições de liberdades constituicionais, que apenas promovem perigosos populismos, cujo número de seguidores aumenta diariamente.
A crise de saúde veio expor o real funcionamento de um Estado que, sendo supostamente democrático, está enredado por uma teia de cumplicidades, baseados em interesses obscuros, e com ligações que vão surgindo de forma mais evidente, sendo cada vês mais óbvio como se forma e exerce o verdadeiro poder em Portugal, fruto de relações perigosas e interesses conflituantes.
Em poucas semanas, defrontamo-nos com uma sucessão de revelações e incidentes que vieram expor de forma particularmente visível o que muitos ainda tentam negar, o facto de vivermos num sistema onde a Constituição e legislação em vigor são ignorados, ou contornados, com maior ou menor habilidade, mas sempre de forma que, mesmo assumindo aparências de legalidade, ou a sua assumpção face à ausência de contestação legal, sem que daí decorram as consequências legalmente previstas.
A forma errática, caótica e, ultimamente, incompetente como o Governo tem gerido a pandemia, com erros clamorosos, sobretudo na altura do Natal e passagem de Ano, com decisões a custarem a vida de centenas de portugueses, antecipa problemas que atingem directamente as fundações do estado democrático, bem patentes nas ilegítimas restrições de liberdades constituicionais, que apenas promovem perigosos populismos, cujo número de seguidores aumenta diariamente.
A crise de saúde veio expor o real funcionamento de um Estado que, sendo supostamente democrático, está enredado por uma teia de cumplicidades, baseados em interesses obscuros, e com ligações que vão surgindo de forma mais evidente, sendo cada vês mais óbvio como se forma e exerce o verdadeiro poder em Portugal, fruto de relações perigosas e interesses conflituantes.
Em poucas semanas, defrontamo-nos com uma sucessão de revelações e incidentes que vieram expor de forma particularmente visível o que muitos ainda tentam negar, o facto de vivermos num sistema onde a Constituição e legislação em vigor são ignorados, ou contornados, com maior ou menor habilidade, mas sempre de forma que, mesmo assumindo aparências de legalidade, ou a sua assumpção face à ausência de contestação legal, sem que daí decorram as consequências legalmente previstas.
domingo, julho 11, 2021
Land Rover Owners de Agosto de 2021 já nas bancas
Já está disponível nos pontos de venda habituais a edição de Agosto de 2021 da Land Rover Owners International, tendo na capa um Defender, do modelo anterior, completamente transformado em termos de mecânica, com um motor BMW a debitar 350 cavalos, e de interior, apresentando acabamentos de luxo, completamente diferentes daqueles que podemos encontrar no veículo original.
O restauro de um Serie I, agora absolutamente irrepreensível, a conversão de um Discovery 2 para veículo de recuperação, com um guindaste instalado, um Range Rover Classic com o motor VM, pouco apreciado por muitos, e que, depois de recuperado, ganha estatuto de clássico, são igualmente interessantes, justificando uma leitura atenta.
Um conjunto de 10 trajectos fora de estrada no País de Gales e uma aventura nos desertos da Repúblicas Árabes Unidas, bastante desafiante, para além de um teste ao Range Rover Evoque "plug in" Híbrido, a história dos Defender "Crew Cab" e dos Range Rover Classic ao serviço da Polícia inglesa ou o teste de um "Carawagon", um modelo adaptado para o caravanismo podem servir de inspiração, mesmo extrapolando para outra realidade.
Nas secções habituais encontramos as rúbricas onde participam os leitores e a divulgação de actividades de clubes, a apresentação de novos produtos e o teste prolongado daqueles que há se encontram disponíveis há mais tempo e foram selecionados para o efeito pelos editores, e uma área técnica onde a conversão de um Defender 2.2 Tdci para a norma Euro 6 merece especial relevo, abrindo novas perspectivas de utilização para o último dos antigos Defender.
O restauro de um Serie I, agora absolutamente irrepreensível, a conversão de um Discovery 2 para veículo de recuperação, com um guindaste instalado, um Range Rover Classic com o motor VM, pouco apreciado por muitos, e que, depois de recuperado, ganha estatuto de clássico, são igualmente interessantes, justificando uma leitura atenta.
Um conjunto de 10 trajectos fora de estrada no País de Gales e uma aventura nos desertos da Repúblicas Árabes Unidas, bastante desafiante, para além de um teste ao Range Rover Evoque "plug in" Híbrido, a história dos Defender "Crew Cab" e dos Range Rover Classic ao serviço da Polícia inglesa ou o teste de um "Carawagon", um modelo adaptado para o caravanismo podem servir de inspiração, mesmo extrapolando para outra realidade.
Nas secções habituais encontramos as rúbricas onde participam os leitores e a divulgação de actividades de clubes, a apresentação de novos produtos e o teste prolongado daqueles que há se encontram disponíveis há mais tempo e foram selecionados para o efeito pelos editores, e uma área técnica onde a conversão de um Defender 2.2 Tdci para a norma Euro 6 merece especial relevo, abrindo novas perspectivas de utilização para o último dos antigos Defender.
Subscrever:
Mensagens (Atom)