sábado, julho 19, 2008

Governo que por "chips" nos automóveis - 3ª parte


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Um dos modelos de duplicação de transponders

Uma vertente diferente dos perigos inerentes ao uso de "transponders", para a qual queremos alertar, resulta de um conjunto de vulnerabilidades que lhes são inerentes e que derivam da sua própria concepção.

Estes sistemas electrónicos de curto alcance são lidos de forma aberta a partir de um equipamento simples, muito semelhante ao que é usado para ler os pequenos "chips" usados para identificar os animais, podendo a sua informação ser recolhida, ilicitamente, à passagem e usada para diversos fins, que poderão ir desde um estudo de mercado não autorizado até à recolha dos códigos para posterior duplicação.

A própria gravação de sistemas de "transponder", algo que é similar a muitas das actuais chaves remotas de automóveis, pode ser efectuada recorrendo a equipamentos acessíveis, cujo valor em lojas na Internet anda pela centena e meia de Euros, pelo que podemos esperar a sua rápida falsificação.

Surge, ainda, a possibilidade de furto, dado que o seu posicionamento nos veículos tende a ser num local de alguma exposição, essencial para que a leitura seja efectuada com facilidade, surgindo como alternativa fácil à sempre mais complexa e dispendiosa duplicação, dando origem a um tipo de crime que se pode associar à crescente falsificação de chapas de matrícula.

Os "transponders", para além dos problemas constitucionais que já foram levantados, apenas terão utilidade num conjunto de situações, nas quais não haja oportunidade de serem substituidos ou adulterados, podendo ser extremamente úteis no combate a algum tipo de criminalidade, mas dificilmente resolverão os problemas que deram origem a esta iniciativa governamental, tornando-se mais um incómodo do que uma vantagem.

Somos favoráveis ao recurso a "transponders" para combater o "carjacking", quando colocados voluntariamente pelos proprietários e integrados numa estratégia que vise combater este tipo de crime, mas o recurso a estes equipamentos para efeito de verificação de obrigações cuja sanção é contraordenacional seria um exagero semelhante ao de recorrer a intercepções telefónicas para averiguar se alguém não pagou atempadamente uma qualquer taxa.

sexta-feira, julho 18, 2008

Ministério impõe 47 cêntimos para o transporte não urgente - 1ª parte


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Ambulância de socorro dos bombeiros

O ministério da Saúde actualizou de 40 para 47 cêntimos por quilómetro o valor a pagar às corporações de bombeiros pelo transporte de doentes não urgentes, com efeitos retroactivos a dia 1 de Julho, no que é a primeira revisão desde Outubro de 2006.

Este aumento de 17.5% não teve o acordo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que o considera insuficiente e não resulta de um acordo, mas sim de um simples acto administrativo por parte do ministério, que assim impõe a proposta feita durante uma reunião realizada há duas semanas e que fora recusada pelos bombeiros.

Este valor repõe o valor ponderado correspondente ao peso aumento dos combustíveis no serviço de transporte, mas não tem em conta os restantes aumentos, como o de seguros, manutenção, encargos com pessoal, que, conjuntamente, determinam o custo real da actividade de transporte.

Apesar do comunicado ministerial se intitular "Ministério da Saúde e Liga dos Bombeiros chegam a acordo", segundo a LBP esta é uma conclusão abusiva, dado que é uma decisão unilateral e não corresponde ao valor mínimo de 50 cêntimos considerados como aceitáveis pelos bombeiros, após uma primeira proposta de 60 cêntimos que acabou por ficar esquecida.

Segundo o ministério, este é o aumento possível sem a necessidade de um orçamento rectificativo, mas o valor pago, mesmo aceitando que um aumenento será sempre bem vindo, não permite equilibrar financeiramente as corporações, muitas das quais continuam asfixiadas pelos constantes aumentos das parcelas que compõe o custo final do transporte e que acaba por prejudicar as restantes missões na área do socorro.

Google implementa nova tecnologia para combater "phishing"


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Detecção de "phishing" no Gmail

O Google adquiriu à Yahoo uma tecnologia que permite analisar o domínio do remetente de mensagens de correio electrónico enviados a utilizadores do Gmail, incluindo aqueles que, estando associados a domínios independentes, como o do Verão Verde, estão alojados nos mesmos servidores.

O Google já dispõe de uma tecnologia de autenticação de e-mails, conhecida por todos quantos usam o Gmail e se apercebem que várias mensagens são classificadas como "phishing", alertando os utilizadores para os perigos de seguir as ligações que podem levar a "sites" fraudulentos.

A nova tecnologia, designada por DomainKeys, verifica automaticamente o domínio de origem da mensagem, detectando se existe ou não uma coincidencia e alertando o receptor para o facto.

A título de demonstração, recorrendo a exemplos dados, uma mensagem que diz ser proveniente de uma instituição bancária, como a Caixa Geral de Depósitos, cujo domínio é cgd.pt, mas cujos cabeçalhos ou "headers" apontam para um servidor de outro domínio, como o de uma escola secundária, é manifestamente um ataque de "phishing", facto para o qual o Google alerta o utilizador.

A aposta do Google neste tipo de tecnologia, bem como naquela que combate o "spam", justifica-se plenamente, pois será a segurança a nível de correio electrónico a determinar a preferência de muitos utilizadores que cada vez mais escolhem o Gmail como o melhor serviço de email gratuito actualmente disponível.

quinta-feira, julho 17, 2008

Protecção contra tensão excessiva


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Protecção contra tensão excessiva

Nos últimos anos, nos dias de saída de férias, ou seja no início de cada período escolhido para início de férias, temos verificado que a corrente eléctrica apresenta variações perigosas, com picos registados pela nossa Unidade de Alimentação Ininterrupta perto dos 250V.

Estes picos, que ultrapassam em muito o admissível, ocorrem, normalmente no primeiro dia útil que se segue a uma saída em massa para um período de férias, como a primeira segunda-feira de Julho ou de Agosto, podendo provocar avarias pelas quais, por experiência própria, a empresa distribuidora não se responsabiliza.

Sugerimos a instalação de um dispositivo que evite as consequências desta falta de regulação na rede, capaz de neutralizar esta ameaça num raio de 35 metros em redor da sua instalação e desde que no mesmo segmento da instalação eléctrica.

A partir desta 5ª feira, nas lojas do Lidl em Lisboa, por um preço de 19.99 Euros, é possível adquirir uma protecção contra sobretensões, algo que será aconselhável tais os prejuizos que podem resultar de uma avaria na rede eléctrica quando esta passa a fornecer corrente a 248V, como registado na nossa zona durante este mês.

Cada incêndio devasta mais área do que em 2007 - 2ª parte


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Um incêndio florestal

Relativamente às condições climáticas, era expectável que as excepcionais condições que ocorreram em 2007 não se repetissem, algo que em termos estatísticos seria de uma quase absoluta improbabilidade, sendo que este factor é, obviamente, incontrolável pelo que apenas resta aceitá-lo como condicionante, mas quanto ao ressurgimento de vegetação, normalmente desordenada, em zonas queimadas, esta levanta questões concretas quanto à prevenção e ao ordenamento do território.

A possibilidade de anos problemáticos, com uma área ardida superior à média ponderada, ou seja, tendo em conta a diminuição de área florestal que se tem verificado, foi colocada por diversos especialistas imediatamente a seguir aos anos de 2003 e 2005, os quais avisaram para a necessidade de impedir o crescimento desordenado de vegetação, a maioria da qual sem valor comercial e que apenas potencia a propagação das chamas.

Avaliando os investimentos dos últimos anos, contrapondo os que foram efectuados em meios de combate com os feitos na área da prevenção, é manifesto que o esforço continua a ser no sentido de combater os incêndios e não de os prevenir, independentemente das consequências económicas inerentes a esta opção e sem ter em conta os riscos que esta opção acarreta para todos quantos combatem as chamas e para as próprias populações.

Este ano, o aumento da área ardida que se verificou nos primeiros seis meses de 2008, mais do que das condições atmosféricas, atenuadas por algumas chuvas tardias, resultam da insustentabilidade de largas áreas do território nacional, do que resulta uma indiferença de muitos proprietários, alguns sem capital para investir ou demasiado envelhecidos, que deixam terras ao abandono, sem limpar os terrenos nem mesmo onde a lei obriga a fazê-lo.

No entanto, mais do que responsabilizar estes proprietários, é necessário que as medidas que visam rentabilizar a floresta portuguesa, algumas das quais foram anunciadas mas ainda sem uma execução generalizada, sejam implementadas, com a disponibilização dos instrumentos financeiros que permitam aos proprietários rentabilizar as suas terras, mas também com a responsabilização efectiva de quem, podendo reuperá-las, opte pelo abandono.

A posse da terra não pode, na nossa opinião, ser equiparada à de um simples bem, como um automóvel ou uma casa, dadas as implicações sociais que derivam da detenção de um bem não reprodutível nem fabricável, pelo que existe um conjunto de obrigações, pelo menos a nível moral, que convém por em evidência, responsabilizando os proprietários pelo mau uso de um bem essencial para todos.

quarta-feira, julho 16, 2008

Palm apresenta novo "smartphone"


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Smartphone Palm Treo 800W

Num momento em que o iPhone 3G, atrai todas as atenções, a Palm apresentou o seu novo modelo do seu "smartphone" Treo 800w, com um preço estimado de venda entre os 150 e os 200 euros.

Este modelo, que pretende rivalizar com o Blackberry pela liderança do mercado, é um equipamento de 3ª geração, com capacidade de videochamada, que inclui um teclado completo, comunicações "wireless" WiFi, sistema de navegação por satélite e câmara digital.

Apesar de algo volumosos, os Treo têm excelentes capacidades e uma flexibilidade de utilização que, aliada ao preço, lhes permite competir qualitativamente com equipamentos francamente mais dispendiosos, constituindo-se como uma alternativa interessante para quem necessite de um conjunto de funcionalidades que incluam, por exemplo, um sistema de orientação.

Devemos, também, alertar para o facto de, na altura de escolher um "smartphone" ou um PDA, averiguar cuidadosamente se as aplicações que se pretende utilizar correm no sistema operativo do dispositivo móvel e se este tem as características e recursos para as correr sem constrangimentos nem demoras excessivas, essencial para quem usa o equipamento para efeitos de navegação.

Cada incêndio devasta mais área do que em 2007 - 1ª parte


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Um incêndio numa encosta

Domingo passado foi o dia em que se verificou um maior número de incêndios florestais desde o início da "Fase Charlie", com 105 ocorrências a serem registadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), envolvendo um total de 1.619 bombeiros apoiados por 402 viaturas.

Este ano, segundo os dados da ANPC entre 01 de Janeiro e 29 de Junho, verificou-se um substancial aumento da área ardida relativamente a 2007, com 3.569 hectares de área ardida contra os 1.381 do ano anterior.

Igualmente, o número de ocorrências aumentou significativamente, com 3.676, que incluem 872 incêndios e 2.804 fogachos, contra os 2.941 do ano de 2007.

Verifica-se que o aumento de área ardida é significativamente superior ao de ocorrências, pelo que se pode extrair que, mais do que o aumento do número, é o facto de cada incêndio atingir maiores proporções que leva a um aumento de área devastada de perto de 250%, facto que convém analisar em termos comparativos.

Se comparando os meios existentes este ano e no anterior e a eficácia no combate, usando como base os tempos de resposta da primeira intervenção, se pode concluir que não terá havido perda de eficácia, dois factores surgem como preocupantes, nomeadamente as condições climáticas de um Verão onde são esperadas diversas vagas de calor, e o início da regeneração expontânea das extensas áreas queimadas nos anos trágicos de 2003 e 2005.

terça-feira, julho 15, 2008

OpenId e moderação nos comentários


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Écran de moderação nos comentários

Devido a alguns comentários cujo teor lamentamos e rejeitamos, optamos por alterar as configurações deste "blog", implementando o sistema de moderação prevista pelo Blogger.

Assim, todos os utilizadores com OpenId, e não apenas os que estão inscritos no Blogger, poderão deixar comentários nos textos, os quais ficarão disponíveis após aprovação de um dos responsáveis pelo "blog", sendo que os que não se enquadrem nestes parâmetros serão rejeitados sem chegar a ser visualizados ou publicados.

Esta opção impõe-se de modo a evitar que comentários que não merecem ser publicados, nos quais não se adiantam alternativas ou justifica uma posição diferente da nossa, que respeitariamos e, eventualmente, aceitariamos caso devidamente explanada, sejam visualizados.

Tal como anteriormente, continuaremos a publicar os comentários que, não concordando com a nossa opinião, sejam devidamente fundamentados e respeitem as normas de educação pelas quais nos regemos, mas não toleraremos expressões insultuosas ou falsidades que, sempre que se justifique, serão devidamente reportadas.

Governo que por "chips" nos automóveis - 2ª parte


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Um dos muitos modelos de transponder

Assim, para além dos cuidados a ter com a instalação dos identificadores, o mesmo deve acontecer com o local de implementação dos sistemas de leitura, sendo que estes devem ser avaliados sob diversas vertentes e autorizados individualmente, de acordo com a relevância do tipo de informações que possa ser extraido.

Um sistema como o proposto devia ser de adesão voluntária, inclusivé porque implica custos para o utilizador, e nunca deveria estar permanentemente activo, mas tão somente quando houvesse uma razão que determinasse a intercepção do veículo em que está instalado, tendo em conta o equilíbrio entre a gravidade da situação concreta e o direito constitucional à privacidade.

Assim, tal como propusemos no caso do "carjacking", só havendo um motivo concreto seria autorizado o estabelecimento da correspondência entre o número codificado no "transponder" e a base de dados que contém os registos referentes ao veículo em causa, de modo a que o sistema ignorasse todas as restantes leituras, evitando assim violar a privacidade dos proprietários.

Propusemos ao Ministério da Administração Interna, já há algum tempo, que os proprietários dos veículos pudessem adquirir e instalar "transponders", semelhantes aos usados na Via Verde, como alternativa ao sistema de identificação automática de matrículas para combater o "carkjacking", mas nunca no sentido de manter dados do veículo que possam o violar direito à privacidade, resultante da permanente inspecção efectuada sempre que se passa por um sistema de leitura.

Somos favoráveis ao recurso a este tipo de tecnologia no âmbito do combate à criminalidade, mantendo a proporcionalidade entre os meios e os fins que se pretende atingir, mas a sua utilização para efeitos de controle administrativo ou fiscal dificilmente estará de acordo com os princípios constitucionais vigentes, sobretudo se a ligação entre identificadores, matrículas e proprietários estiver permanentemente activa, permitindo cruzar dados que violam o direito à privacidade.

segunda-feira, julho 14, 2008

Bombeiros da Guarda exigem formação


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Um incêndio fora de controle

A Associação Amigos Bombeiros do Distrito da Guarda (AABDG) lembrou a tragédia onde há dois anos seis bombeiros perderam a vida em Famalicão da Serra durante o combate a um incêndio florestal e aproveitou a ocasião para exigir melhor formação para todos quantos combatem os fogos.

Para Sérgio Cipriano, presidente da AABDG, apesar de o relatório ter apontar para falhas na protecção individual, não se verificou evolução nesta área e continua a "existir um défice muito grande de formação", facto que agrava em muito os riscos para quem combate fogos florestais.

A morte dos seis bombeiros, um voluntário português e cinco sapadores chilenos, foi reconstituída, estudada e analisada, tendo sido dado especial ênfase ao comportamento do fogo de que resultou esta tragédia.

Nestas jornadas foi abordado o chamado "efeito chaminé" ou comportamento eruptivo do fogo, o fenómeno responsável por um grande número de mortes entre os bombeiros, contando para isso com a experiência do professor Xavier Viegas da Universidade de Coimbra, cujo trabalho nesta área é, provavelmente, único em Portugal e merece ser devidamente realçado.

Quer o equipamento, quer a formação, sobretudo quando aborda temas tão complexos como o comportamento do fogo e as várias variáveis que interagem entre sí e o condicionam são essenciais, tal como o é a adopção de atitudes prudentes, eliminando uma certa temeridade que tende a ser confundida com coragem quando, na verdade, não passa de uma irresponsabilidade que pode por em risco a vida de toda uma equipa.

Queixas dos Kamov no transporte de pessoal - 2ª parte


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Um Kamov Ka32 em missão de transporte

Todas estas queixas por parte de quem trabalha ou colabora com entidades oficiais, seja no INEM, seja na ANPC, são consideradas sensíveis e reservadas, pelo que a discussão não segue as vias oficiais nem tem sido prevista qualquer solução que não a da contratação de meios alternativos, algo que inicialmente não estaria previsto.

Para a EMA, que se defende com a participação dos Kamov em cinco operações de evacuação médica, três de transporte de órgãos e 12 de buscas e salvamentos realizadas entre Fevereiro e Maio, portanto 20 operações em quatro meses, o que significa menos de uma por mês por aeronave, o Ka-32 continua a ser a melhor opção e a escolha acertada de entre os helicópteros existentes no mercado com este tipo de caracteristicas.

Lembramos que, ao contrário dos Bell, os Kamov não foram concebidos para transporte de tropas e assalto, pelo que o arranjo interno continua a ser condicionado pela solidez da estrutura de um helicóptero que tem origem num projecto destinado à marinha soviética e, mesmo podendo transportar 13 passageiros, para além da tripulação, existem condicionalismos que dificultam algumas movimentações.

Observando o próprio exterior, é notório que as portas laterais dos Bell permitem uma entrada e saida de passageiros muito mais rápida e que o arranjo do espaço interior deste modelo permite uma flexibilidade e modularidade que tem garantido a um modelo com quase meio século continuar actual.

Em contrapartida, muitos dos arranjos internos que valorizam os Bell são impossíveis nos Kamov, concebidos como plataformas para armas anti-submarinas, dotados de grande autonomia e com capacidade de operar em condições extremamente adversas, mas que, como helicópteros navais não previam um conjunto de situações nas quais alguns agora agora pretendem utilizá-los.

Relativamente aos Kamov, mantemos que são excelentes aeronaves quando operem nas missões para as quais foram concebidas, não se podendo atribuir a uma defeciência intrínseca mas a uma falta de adequação quanto a algumas operações em que teriam que participar as limitações que se têm verificado, as quais não comprometem as qualidades deste helicóptero.

Prevê-se, portanto, que se mantenha o aluguer dos Bell 212 e que os Ka-32 vejam a sua actividade cada vez mais restringida, o que levanta ainda mais questões quanto à sustentabilidade da EMA e ao futuro de uma empresa de que sempre duvidamos como solução para a gestão dos meios aéreos do Estado pelas razões que debatemos oportunamente.

domingo, julho 13, 2008

Governo que por "chips" nos automóveis - 1ª parte


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Transponder num automóvel americano

O Governo tem intenção de legislar no sentido de serem instalados nos veículos automóveis "chips" que, em ligação a uma base de dados, forneçam informações relativamente a seguro, inspecção periódica obrigatória (IPO), pagamento de Imposto Único de Circulação (IUC), podendo ter ainda dados adicionais relacionados com a Via Verde ou outros sistemas de leitura.

Cada "chip" terá, previsivelmente, o valor de 10 euros, a serem suportados pelos proprietários e a implementação desta medida deverá ser ainda analisada pela Comissão de Nacional de Protecção de Dados, que assegurará que não haverá violação do direito do utilizador do veículo à privacidade.

Faltam ainda detalhes técnicos, mas este Dispositivo Electronico de Matrícula (DEM) incluirá apenas um número de série, sendo da responsabilidade de um sistema de leitura o envio da informação lida que será associada a um registo de uma base de dados onde estarão registados os dados referentes ao veículo.

Este sistema, que se baseia num "transponder" apenas pode ser lido a curta distância, pelo que não permite o seguimento de veículos permanente, mas, como base nos sucessivos locais de passagem onde os equipamentos de leitura se encontram, abrem-se um conjunto de possibilidades que não devem ser ignoradas.

Por um lado, é possível, registando os sucessivos pontos de passagem, conhecer itinerários, hábitos, distâncias percorridas e todo um conjunto de informações que permitem tipificar o uso do veículo, podendo ser alargado, por exemplo, a sistemas de cálculo de velocidade que, caso o sistema seja implementado, permitem multar automaticamente o condutor com base na média obtida através de dois pontos de passagem.