A Associação Amigos Bombeiros do Distrito da Guarda (AABDG) lembrou a tragédia onde há dois anos seis bombeiros perderam a vida em Famalicão da Serra durante o combate a um incêndio florestal e aproveitou a ocasião para exigir melhor formação para todos quantos combatem os fogos.
Para Sérgio Cipriano, presidente da AABDG, apesar de o relatório ter apontar para falhas na protecção individual, não se verificou evolução nesta área e continua a "existir um défice muito grande de formação", facto que agrava em muito os riscos para quem combate fogos florestais.
A morte dos seis bombeiros, um voluntário português e cinco sapadores chilenos, foi reconstituída, estudada e analisada, tendo sido dado especial ênfase ao comportamento do fogo de que resultou esta tragédia.
Nestas jornadas foi abordado o chamado "efeito chaminé" ou comportamento eruptivo do fogo, o fenómeno responsável por um grande número de mortes entre os bombeiros, contando para isso com a experiência do professor Xavier Viegas da Universidade de Coimbra, cujo trabalho nesta área é, provavelmente, único em Portugal e merece ser devidamente realçado.
Quer o equipamento, quer a formação, sobretudo quando aborda temas tão complexos como o comportamento do fogo e as várias variáveis que interagem entre sí e o condicionam são essenciais, tal como o é a adopção de atitudes prudentes, eliminando uma certa temeridade que tende a ser confundida com coragem quando, na verdade, não passa de uma irresponsabilidade que pode por em risco a vida de toda uma equipa.
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