sábado, outubro 28, 2006

Sistema de alerta da Protecção Civil falhou durante as cheias


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Cheias no rio Douro

Numa recente entrevista, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, acusou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) de ter actuado de forma deficiente durante as cheias dos últimos dias.

Para além de minimizar o risco, não avisando as populações que poderiam ser mais atingidas, o SNBPC foi lento a agir, manifestando dificuldades de coordenação e na articulação com as autoridades regionais e locais.

Para o presidente da LBP, "o sistema possui indisfarçáveis vulnerabilidades", e falhou, sobretudo, "no alerta atempado às populações, na articulação entre entidades e no défice de planeamento de risco a nível municipal".

Nestes dias, verificaram-se quase um milhar de inundações, com a região Centro a ser particularmente atingida e concelhos onde os prejuizos destruiram ou danificaram bens no valor de vários milhões de euros e causaram a morte de duas pessoas.

É de destacar o caso de Pombal, onde só em equipamentos autárquicos os prejuizos ultrapassam os 5.000.000 de euros, a que devem ser acrescentados os sofridos por particulares, que deverão ser bastante mais elevados, bastando para tal contar as quase 300 viaturas danificadas ou inutilizadas.

Também as habitações e os estabelecimentos comerciais foram particularmente afectados, sobretudo a nível dos pisos subterraneos ou inferiores, estando ainda por contabilizar os prejuizos.

No entanto, existe quem não esteja de acordo com as falhas a nível autárquico, tal como Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), para quem as inundações não estiveram relacionadas com a "falta de atenção das autarquias", mas sim com as alterações climatéricas.

Nota-se que, devido aos incêndios dos últimos anos, o SNBPC se tem centrado cada vez mais na problemática dos fogos, esquecendo outros fenómenos naturais que ocorrem no nosso País, particularmente vulnerável a cheias devido à sua orografia.

Também a articulação e, sobretudo, os sistemas de alerta foram negligenciados, com as populações das áreas de risco a queixarem-se, com razão, que ninguém as avisou para os riscos que corriam e, menos ainda, sobre as medidas a adoptar no sentido de os minimizar.

É patente que a falta de prevenção não se verifica apenas no respeitante aos incêndios florestais e que a Protecção Civil em Portugal aje de forma tipicamente reactiva, numa perspectiva de socorro, quando se verifica como cada vez mais essencial a capacidade de prever, planear e informar as estruturas distritais e municipais através de mecanismos de alerta eficientes.

Nitidamente, após o termo da época de fogos, houve um relaxar no nível de alerta e prontidão, que pode de alguma forma derivar de meses de tensão e esforço, mas que não é aceitável dados os riscos que resultam para as populações.

Um sistema de alerta eficaz, capaz de passar a informação aos vários níveis da cadeia de socorro e às populações é algo de fundamental, mas no qual pouco tem sido investido, seja em termos de infraestruturas, seja na filosofia que deve reger a interacção entre o SNBPC e todas as entidades que colaboram no socorro às populações, bem como junto das entidades e dos próprios orgão de comunicação social necessários para dar um alerta rápido.

"Downtime" do Blogger


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Logo do Blogger

Como vários dos nossos leitores se têm apercebido, nesta última semana o Blogger tem tido problemas de que resultaram interrupções no serviço.

No "blog" do próprio Blogger, também ele afectado pelos mesmos problemas, foi hoje dada uma explicação para algo a que não estamos habituados numa plataforma do Google.

A descrição, em inglês, menciona os problemas de "hardware", as interrupções planeadas para manutenção e as imprevistas e a necessidade de efectuar algumas melhorias na plataforma, evoluindo para novas versões do sistema, sempre em formato de uma história fácil de ler e com pormenores interessantes.

Para quem queira saber mais sobre esta "semana negra" no Blogger, esta é uma leitura que aconselhamos sem reservas.

sexta-feira, outubro 27, 2006

LBP contesta aumento de efectivos do GIPS


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Bombeiros em acção durante o Verão de 2006

Os planos do Governo para aumentar o efectivo do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR) foi hoje contestado pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), através da voz dos seu presidente, Duarte Caldeira, que declarou que esta opção "não faz sentido" em termos de Protecção Civil.

Para o dirigente da LBP, o aumento de efectivos do GIPS é "uma política de gestão de forças de segurança que, em termos de Protecção Civil, não faz sentido".

Após o termo da "Fase Charlie", feitas as primeiras contas, Duarte Caldeira conclui que as 22 equipas helitransportadas constituidas por bombeiros registaram um sucesso equivalente às 12 do GIPS, mas com um custo operacional inferior.

Na mesma ocasião, Duarte Caldeira anunciou que vai propor ao Ministério da Administração Interna (MAI) a constituição de uma subcomissão permanente para "acompanhamento contínuo e imediato" dos incêndios florestais, que garanta a participação dos bombeiros no planeamento do dispositivo para o próximo ano, e que deverá ser criada no âmbito da Comissão Nacional de Protecção Civil.

Para além do novo modelo de financiamento que temos vindo a noticiar, a LBP vai solicitar ao MAI que as "despesas extraordinárias dos incêndios florestais realizadas em 2006 pelas entidades detentoras dos corpos de bombeiros sejam regularizadas até ao final do próximo mês".

Tal como noticiamos, o ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, manifestou a intenção de aumentar de 315 para 500 o número de efectivos do GIPS, tendo a verba necessária sido incluida no Orçamento de Estado para 2007.

Desde o anúncio da sua criação, o GIPS foi contestado pelos bombeiros, que consideraram que esta unidade da GNR, destinada a intervir em incêndios florestais nascentes, calamidades e outros desastres naturais, era uma duplicação de meios de que resultam problemas organizativos e um custo injustificável.

Numa altura em que é necessário equacionar a Protecção Civil como um todo, funcionando como uma estrutura unificada e dependente de uma mesma hierarquia, a integração do GIPS como força permanente continua a levantar muitas dúvidas, agravadas pelo forte pendor político que presidiu à sua criação.

A discussão sobre o futuro do GIPS, que já equacionamos por diversas vezes, deverá ser feita após o balanço da última época de fogos e incluido num debate mais amplo, que vise reestruturar o socorro em Portugal, evitando a tentação de decisões casuísticas e parcelares que, tendencialmente, acabam por ser contraproducentes.

Google Comprehensive Alert


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Google Comprehensive Alert

A cada vez maior quantidade de informação disponível na Internet, seja em "blogs", "sites" de notícias ou outros leva a uma cada vez maior dificuldade em acompanhar as actualizações que mais interessam a cada um de nós.

Embora os sistemas que suportam "feeds" RSS permitam uma forma de notificação, outros há que não implementam ou suportam qualquer ferramenta que informe os seus leitores de alterações, obrigando a uma consulta para verificar se há novidades.

Para resolver este problema, o Google lançou um sistema de alertas que permite aos utilizadores determinar quais os "sites", o tipo de notícias, os autores ou outros critérios de selecção que activem uma notificação.

O sistema é personalizável por cada utilizador, que pode assim criar os alertas que melhor sirvam os seus gostos pessoais, recebendo as necessárias notificações.

O Google Alerts vem ajudar os leitores a saber quando algo que lhes interessa foi publicado ou alterado, facilitando as pesquisas e evitando acessos inúteis, facto particularmente interessante sobretudo numa altura em que o Blogger tem apresentado demasiados problemas de acesso.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Lançado o FireFox 2.0


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Écran do Firefox 2.0

Apenas alguns dias após termos noticiado o lançamento pela Microsoft da versão 7.0 do Internet Explorer, informamos que a "concorrência" também deu um passo em frente, com a apresentação do Firefox 2.0.

Este popular "browser", que ocupa o segundo lugar, logo atrás do Internet Explorer, surge após um longo período de desenvolvimento onde participaram inúmeros utilizadores, que foram testanto versões preliminares, dando sugestões ou reportando erros.

Esta nova versão do FireFox inclui diversas melhorias, como o filtro "anti-pishing", a possibilidade de recuperar páginas perdidas em caso de falha do sistema, novo acesso a "webmail", corrector ortográfico, entre muitas outras que evoluem desde a anterior versão, a 1.5.

Logo na altura do lançamento, existem versões portuguesas, entre elas a versão nacional, o que torna este produto particularmente interessante para quem opte por um "software" totalmente instalado na nossa língua.

Seja para efeitos de avaliação, seja para uma utilização permanente, sugerimos que esta nova versão seja testada pois em sistemas de menor "performance" demo-nos melhor com as versões recentes do FireFox do que com as do Internet Explorer.

MAI quer clarificar regime de financiamento dos bombeiros


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Quartel em construção em Viana do Castelo

Um novo regime de financiamento, que pretende clarificar os critérios das associações de bombeiros, está a ser preparado pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

Embora não tenha revelado todo o conteúdo, o MAI já apresentou as linhas mestras deste novo diploma aos visados, sendo consensual um modelo de comparticipação permanente que elimine as múltiplas fontes de receita ou reembolso.

O modelo pretende, sucintamente, fazer corresponder determinados serviços prestados aos financiamentos, com base no estabelecimento de contratos-programa entre o Estado e as associações.

Fora deste sistema, ficarão as compra de equipamento e os investimentos em instalações, que serão regulados após o termo de um estudo que actualmente decorre.

Neste modelo, cabe ao Estado avaliar se os serviços contratualizados estão a ser cumpridos, enquanto as associações terão de gerir-se com base em orçamentos feitos a partir de critérios pré-definidos, acabando assim com um sistema tão complexo quanto ineficaz.

Para o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira "a necessidade de mudar é consensual, porque o actual regime está desadequado" e o modelo em estudo pretende ser "responsabilizador de ambas as partes".

Actualmente, as receitas provêm de diversas entidades mas são atribuidas, na sua maioria, a título de reembolso o que obriga as associações a adiantar as verbas ou a recorrer ao crédito, dificultando a gestão e servindo de desculpa aos erros.

Na questão da reequação do financiamento entrarão as verbas provenientes dos Jogos Sociais da Santa Casa, actualmente repartidas de forma igual pelas corporações, independentemente da sua dimensão, actividade ou necessidade.

Igualmente indefenido, está o regime de reembolso de IVA na aquisição de equipamentos operacionais, estando a LBP à espera de um parecer da Direcção-Geral dos Impostos que esclareça qual o regime aplicável.

No entanto, e como mencionamos anteriormente, a nova fórmula de financiamento tripartida será partilhada com as autarquias, actualmente responsáveis por perto de 60% das verbas recebidas pelas associações de bombeiros, contra apenas 40% provenientes do Estado.

Jaime Marta Soares, dirigente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e ele próprio comandante de uma corporação de bombeiros, lembra que os autarcas há muito reclamam uma negociação tripartida e lamenta que o Governo "anuncie medidas sem falar com os parceiros".

O mesmo dirigente considera que "a Protecção Civil é uma competência do Governo, mas se as câmaras não apoiassem as associações, há muito estariam tecnicamente falidas", defendendo a adaptação de modelos padrão a cada caso concreto.

A questão é tanto mais premente quando o ministro da Administração Interna, António Costa, anunciou a criação do cargo de comandante municipal e de equipas permanentes numa centena de municípios de maior risco de incêndio, do que decorrem substanciais custos financeiros.

O problema do financiamento tem sido sucessivamente abordado e embora seja cada vez mais consensual que este seja tripartido entre poder central, autárquico e as próprias associações, falta defenir com clareza os mecanismos e os recursos disponíveis e a disponibilizar pelas entidades envolvidas.

Fora deste quadro, ficam, no entanto, um conjunto de equipamentos, reparações ou construções, que por serem de maior custo deverão merecer um tratamento especial, mas cujo quadro legam deve ser devidamente regulamentado antes de se avançar com soluções parciais.

Legislar de forma parcelar, sem uma perspectiva de conjunto que aponte para soluções integradas a nível de financiamento, poderá traduzir-se nas incompatibilidades ou dúvidas processuais a que nos vamos habituando e terminando na necessidade de rever toda uma legislação que, no fim, ninguém é capaz de interpretar.

quarta-feira, outubro 25, 2006

McAfee SiteAdvisor


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Écrans do SiteAdvisor

A McAfee, um dos líderes mundiais em sistemas de segurança informáticos, disponibiliza gratuitamente um produto que permite verificar se um "site" obedece a critérios de segurança ou se é suspeito de infectar o computador de quem a ele acede.

Este "software", designado por SiteAdvisor, inclui bases de dados com sistemas de validação e avisa o utilizador antes de carregar o "site" a que pretende aceder de eventuais riscos que podem incluir virus, "spyware", redirecionamentos ou outros.

O SiteAdvisor é compatível com o Internet Explorer 5.5 ou superior, bem como as versões mais recentes do Firefox e necessita de um sistema operativo da família Windows, sendo recomendado o XP.

Os requisitos mínimos em termos de equipamento são um processador a 400 Mhz, 128 Mb RAM, 10 Mb de espaço em disco livre e uma ligação à Internet.

Quando instalado no Internet Explorer, o SiteAdvisor adquire a forma de um pequeno "plug-in" que necessita de apenas 528 Kb de memória para ser executado e diminui grandemente alguns dos riscos hoje existentes na Internet.

Tendo em conta os actuais riscos, sobretudo para quem efectua transações, esta pode ser uma boa opção para aumentar a segurança e proteger quer o utilizador, quer o computador a partir do qual é feito o acesso.

Manutenção no Blogger hoje


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Logo do Blogger

Como tem sido verificado por alguns dos nossos leitores, tem havido dificuldades em aceder ao "blog" do Verão Verde devido a problemas que afectaram o Blogger.

A avaria de "hardware" que originou uma degradação do sistema que acabou por parar no fim de semana ainda não se encontra totalmente resolvida, estando prevista uma interrupção do serviço pelas 20:00, hora de Portugal Continental, que deverá durar perto de uma hora.

Caso o "blog" esteja indisponível temporariamente, agradecemos que visitem este espaço cerca de uma hora após a tentativa, altura em que esperamos estar novamente "on-line".

MAI admite comprar 4 Canadair e 2 Beriev


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Beriev Be-200 durante uma largada

O Ministério da Administração Interna (MAI) admite a aquisição de quatro aviões Canadair e dois Beriev Be-200 para o combate aos fogos florestais e para outras missões da Protecção Civil, num investimento de cerca de 80.000.000 de euros.

A decisão sobre uma eventual aquisição do Beriev, que esteve em teste entre Junho e Agosto últimos, só será efectuada após a avaliação estar concluida e dependerá da relação custo/benefício, que também envolve a questão do pagamento da dívida soviética para com o nosso País.

Entretanto, a investigação do acidente sofrido pelo Be-200, em Julho na barragem da Aguieira, quando o hidroavião embateu na copa das árvores, conclui que este se deveu a falha humana derivada de "um erro de planeamento".

Segundo uma fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (GPIAA), cujo relatório, após várias demoras, estará concluído no final do mês, "o mapa estava desactualizado" e só após uma comparação com a carta militar da zona foi detectado o erro.

O director executivo da Aeronova, empresa que representa a marca Beriev no País, Paulo Galacha, admitiu que houve um erro de planeamento, adiantando que já tinham sido efectuados outros cinco reabastecimentos com base nos mesmos mapas antes do acidente na barragem da Aguieira.

Testado em Itália pela Protecção Civil, o relatório sobre o desempenho do Be-200 aponta para a necessidade de modificações estruturais, como a introdução de travões aerodinâmicos, para reduzir a velocidade durante abastecimento nas barragens.

O Beriev, segundo a Protecção Civil italiana que o testou durante dois anos num cenário mais favorável que o nosso, tem limitações no combate aos incêndios, nomeadamente em termos de manobra e na necessidade de grandes lençois de água que permitam o seu reabastecimento completo.

A opção em Itália, de manter os Canadair e complementá-los com o Be-200 poderá ser seguida pelo Governo português, mas nessa situação levantam-se problemas de custo a nível de mantuenção, formação de equipagens e pessoal de terra, "stocks" de peças e outros ainda a quantificar.

Por outro lado, recordamos que em Itália as condições de operação eram francamente mais favoráveis ao Be-200, com possibilidade de reabastecer no Mediterrâneo, algo que é virtualmente impossível no Oceano Atlântico devido à ondulação normal que aí se verifica.

No entanto, o mais grave desta questão deriva do mencionado erro de planeamento, absolutamente inadmissível a este nível e que poderia ter resultado numa verdadeira tragédia para a tripulação e para quem se encontrava em terra.

Planear um voo sem o recurso a mapas militares, facilmente obteníveis, ou de imagens de satélite das zonas em questão, disponíveis na Internet através de recursos tão conhecidos como o Google Earth, é algo que dificilmente pode ser crível e levanta as maiores dúvidas quanto ao que efectivamente se passou.

Neste caso, ou houve uma negligência absolutamente criminosa, ou se pretende atribuir a uma questão de planeamento algo que deriva de uma limitação natural da aeronave, concebida segundo requisitos do Ministério para as Situações de Emergência da Federação Russa e que se destina a operar em zonas cuja orografia difere em muito da nossa.

Concluimos que, no termo deste inquérito, são mais as dúvidas do que as certezas e recusamos que um erro de planeamento tão grosseiro possa servir como desculpa para um acidente que se deveu inteiramente a características de um avião que, sendo excelente para operar nas condições para as quais foi concebido, terá pouco a ver com a realidade nacional.

terça-feira, outubro 24, 2006

Cintos de segurança nos "truck cab"


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Suporte superior direito para um truck cab

Já abordamos a questão da colocação de cintos de segurança em modelos com capota rígida e de lona, mas faltava ainda mencionar as diferenças nos modelos de cabina, habitualmente designados por "truck cab".

Se os pontos de ancoragem inferiores e a nível da caixa que serve de base aos assentos são idênticos aos dos restantes modelos, os pontos superiores são completamente distinto, pelo que as fixações que já descrevemos são incompatíveis com este modelo.

Como opção, existem as peças de ancoragem destinadas aos Defender com "truck cab", as quais podem ser adaptadas aos Série, tal como tem acontecido com outros opcionais que têm aqui sido mencionados.

Estas peças podem ser adquiridas no EBay inglês por um valor que ronda as 20 libras cada, sendo necessário comprar modelos distintos para o lado direito, como a da foto, e esquerdo do veículo.

Não sendo uma opção tão barata como a dos modelos de tecto rígido, será uma boa opção em termos de melhoramento da segurança dos "truck cab" como alternativa à possibilidade de instalar um sistema de "roll bar", esse sim, francamente mais dispendioso.

Verbas para o ICN diminuem 50% em 5 anos


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Entrada do "site" do ICN

Nos últimos cinco anos, as verbas destinadas ao Instituto de Conservação da Natureza (ICN) sofreram uma redução para perto de metade.

Esta redução, que dos 55.000.000 de euros em 2002 atinge na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2007 uns insignificantes 28.000.000, não chegam para conter a degradação do ICN e tornam virtualmente impossível a defesa de espécies e habitats.

Relativamente ao orçamento de 2006, o ICN vê as suas verbas reduzidas em 18.6%, sendo apenas batido, em termos percentuais, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve que em 2007 receberá menos 58%.

Para investir nos parques e reservas naturais, ao abrigo do Plano de Mitigação de Fogos em Áreas Protegidas, estão disponíveis 5.100.000 de euros que incluem acções de recuperação de espécies e habitats situados em zonas ardidas.

Quer a oposição, que os ambientalistas, criticam esta redução e lamentam que o Ministério do Ambiente continue a ser secundarizado, no que dizem constituir a prova de que esta é a última das prioridades do actual executivo.

Hélder Spínola, presidente da Quercus, lembra situações tantas vezes relatadas, como a falta de verbas que permitam pagar despesas tão essenciais como a manutenção e combustível dos veículos ou as comunicações.

Para o PSD, ainda mais grave do que os cortes orçamentais, que consideram ser "prova que o Governo não conseguiu conter a despesa pública e, como tal, corta agora no investimento", é a falta de estratégia para o ambiente.

Para Francisco Madeira Lopes, do partido Os Verdes, "ano após ano, as áreas protegidas perdem dinheiro. A face mais visível deste desinvestimento são os fogos que destruíram os parques naturais".

O pretende ainda a elaboração de um Programa Nacional de Conservação da Natureza determine as áreas de intervenção prioritárias, bem como um programa a nível nacional sobre o turismo de natureza.

Este estudo é contestado pela Quercus, que considera que "há gastos com estudos e mais estudos sobre assuntos que estão mais do que estudados" porque "todas as equipas governativas acham que têm de fazer a sua avaliação" de algo que já é conhecido.

Lembramos também que, para além do ambiente, o mesmo ministério tem a seu cargo o ordenamento do território e o desenvolvimento regional, algo que também tem sido particularmente esquecido pelo poder central e que em 2007 será, mais uma vez, sacrificado.

Há, no entanto, uma proposta que, devidamente enquadrada, poderia dar alguns frutos, se aliarmos o turismo ambiental a um conjunto de acções em colaboração com entidades regionais e locais, que visem valorizar e proteger o ambiente através de propostas de actividades que aliem um conjunto de vertentes capazes de valorizar os próprios participantes.

Sobre esta questão já nos debruçamos por diversas vezes ao longo de um conjunto de textos com propostas concretas, as quais não mereceram, até agora, uma resposta positiva de quem prefere continuar a elaborar estudos que confirmem evidências do que a tomar qualquer iniciativa que evite a destruição do nosso património natural.

Existem soluções simples, dentro do actual quadro orçamental e com suporte na actual legislação que podem ser implementadas, sem gastos excessivos, que sabemos serem incomportáveis para o Estado, mas que não obriguem a abdicar de um património que está cada vez mais em risco de desaparecer.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Inundações: uma consequência pouco discutida


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Inundações: uma consequência pouco discutida

Quem assistiu a um dos noticiários televisivos de hoje poderá ter-se apercebido de uma das consequências menos conhecidas e raras vezes inventariadas dos incêndios florestais.

Nas reportagens efectuadas sobre os efeitos das chuvas que cairam em todo o País, mas com especial destaque no concelho de Pampilhosa da Serra, podem-se ver algumas das consequências indirectas dos incêndios, como responsáveis por grande parte das inundações verificadas.

Normalmente, os prejuizos dos incêndios são quantificados em termos de área ardida, de bens perdidos ou das vítimas directas que causam, sem tomar em conta que as alterações que estes provocam, quer no meio ambiente, quer na modificação de cursos de água, para mencionar algumas das situações mais evidentes, não são tidos em conta, mesmo que resultem em prejuizos que em muito ultrapassam a época dos fogos.

Os prejuizos causados neste fim de semana, ainda por quantificar, não serão, quase certamente, atribuidos às suas causas indirectas, as que criaram o cenário para que, de forma inevitável, as águas das chuvas e de cursos transbordantes destruissem ou danificassem bens e propriedades.

Do aluimento de terras, soltas pelo desaparecimento das árvores queimadas, a alteração de cursos de água ou a sua obstrução têm resultado um conjunto de fenómenos, por vezes descritos como naturais, mas cuja origem é, em grande parte fruto de acção humana, seja intencional, seja por mera negligência.

Resultam, assim, situações meteorológicas consideradas extremas, mas que podem não ser mais do que situações perfeitamente normais, cujas consequências derivam não tanto da acção da natureza, mas do cenário criado pela acção humana e que potencia e multiplica o efeito de qualquer fenómeno que, apenas há uns anos, era inofensivo.

Convirá, a bem da verdade e do rigor científico, que os prejuizos agora verificados sejam atribuidos às verdadeiras causas, acabando com teorias que apontam para fenómenos unicamente naturais como os culpados da destruição que hoje se verificou.

Trailgauge: visualização 3D em "software" gratuito


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Écran do Trailauge

Na sequência de vários outros programas gratuitos, apresentamos hoje o Trailgauge, que foi "shareware" durante vários anos e que, após mudanças na equipa, passou a "freeware".

Ao contrário de outros programas que aqui apresentamos, o Trailgauge destina-se a complementar os GPS Garmin, destinando-se a uma utilização "off-line", em que a interacção com os equipamentos é feita na altura em que carrega ou descarrega informação a partir destes.

Sendo compatível com os equipamentos da Garmin, incluindo o Forerunner, consegue fazer o "download" de "tracklogs", rotas e "waypoints" armazenados nestes GPS, bem como o "upload" de alterações ou dados feitos no computador pessoal para estes GPS.

Este produto, que suporta uma larga quantidade de formatos gráficos como mapas e inclui centenas de projecções geográficas permite gerar mapas a partir de informação de altitude Shuttle Radar Topography Mission (SRTM).

O Trailgauge pode descarregar da Internet projecções topográficas devidamente calibradas e fotografias aéreas do Terraserver, conjugando com imagens de mapas e dados do utilizador, como "waypoints", de modo a obter um resultado final de alta qualidade.


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Animação gerada pelo Trailauge

O Trailgauge usa um sistema semelhante ao dos jogos 3D para modelar terrenos virtuais em tempo real, permitindo vários tipos de visualização ou de voo e gravar o percurso em ficheiros de formato AVI, podendo apresentá-los e formato de écran completo ou "full screen".

É possível voar em modo virtual sobre uma determinada rota e aplicar efeitos como texturas e elementos naturais, para além de distâncias ou tirar fotografias e compará-las com as obtidas através de uma camara.

O Trailgauge também permite gerar uma base de dados com as informações provenientes do GPS que pode ser tratada através de sentenças de SQL para maior flexibilidade no tratamento.

Um sistema de interpolação de pontos sofisticado permite produzir uma superfície suave e precisa, de forma a que o resultado seja realista e permita medições precisas em termos de distância, alturas e no próprio tempo de deslocação.

Este programa destina-se sobretudo a quem tenha GPS da marca Garmin, mas pode ser utilizado por quem pretenda elaborar mapas, fazer visualizações ou gravar sequências de voos virtuais, podendo complementar alguns dos produtos já aqui mencionados nesta área específica.

domingo, outubro 22, 2006

Avaria no Blogger


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Logo do Blogger

O Blogger, "site" onde está alojado o "blog" do Verão Verde, tem tido alguns problemas que levaram a uma perda de "performance" a partir de 6ª feira, seguindo-se falhas intermitentes e culminando numa avaria que impediu a visualização de páginas e conteúdos na noite de sábado para domingo.

Esta avaria impediu a publicação atempada de conteúdos, segundo os horários que tentamos manter, pelo que pedimos desculpa aos nossos leitores.

Durante o dia de hoje, dependendo da estabilidade da plataforma do Blogger, esperamos disponibilizar os textos previstos, algo que se tem verificado quase impossível dado que os erros na altura da publicação obrigam a sucessivas tentativas sem sucesso.

Proposta criação de equipa de especialistas em fogos


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António Costa cumprimenta uma bombeira

O ministro da Administração Interna (MAI), António Costa, propôs a criação de uma comissão de análise de fogos capazes de avaliarem os recursos existentes e a eficácia da articulação dos meios no terreno.

Esta proposta foi feita durante uma reunião que o titular do MAI teve com cerca de 30 docentes, técnicos e gestores de grandes áreas florestais, no âmbito da semana de contactos para balanço da época de incêndios.

À margem da reunião, o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, explicou aos jornalistas que se trata de uma "equipa multidisciplinar", proposta pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) para fazer "a análise dos grandes incêndios, para o Governo perceber as dificuldades de articulação e as necessidades dos recursos adequados em termos de logística".

Entre as propostas do SNBPC, encontram-se outras que visam "reforçar a capacidade técnica em fogos controlados e do contra-fogo foram também bem acolhidas" defendidas por diversos especialistas e que já foram muito utilizadas com sucesso pelos antigos Serviços Florestais.

Este tipo de equipas, comissões ou estruturas, quaisquer que seja a designação a adoptar, levanta-nos muitas dúvidas quer quanto ao processo de criação e organização, quer quanto aos resultados finais e, muito especialmente, no respeitante à aplicação prática destes.

Nos últimos anos temos assistido a um proliferar de pedidos de pareceres nas mais diversas áreas de actuação do Estado, normalmente remetidos para consultores ou serviços externos, de que resultam relatórios que ninguém lê e cujas conclusões, consequentemente, nunca são aplicadas.

Parece contraditório que, por um lado, o Estado pretenda recursos próprios no combate aos incêndios e, por outro, use entidades externas para a avaliação permanente desse mesmo combate, do que resultam encargos acrescidos para o erário público.

Por outro lado, o SNBPC, que deverá ser transformado numa Autoridade Nacional com autonomia e poderes reforçados, deverá ter em sí próprio e de forma permanente as valência desta comissão que agora se propõe ser criada, evitando a sazonalidade dos estudos e a perda de "know how" que resulta do recurso a equipas externas cuja composição vai variando periodicamente.

Assim, a nossa proposta é a de que este tipo de avaliação seja feita pelo próprio SNBPC, com os seus próprios meios, recorrendo à contratação de especialistas a título permanente caso haja áreas de conhecimento em que seja necessário um reforço.