sábado, setembro 15, 2007

Concelhos da Guarda vão ter Equipas Permanentes de Bombeiros


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Viatura dos Bombeiros do Vidago (site no link)

Numa reunião realizada na 6ª feira, no Governo Civil da Guarda, onde estiveram presentes autarcas de 12 dos 14 concelhos do distrito e representantes das associações de bombeiros, o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, admitiu a possibilidade de poderem estar operacionais até Abril de 2008 um total de 14 equipas permanentes de bombeiros.

Na reunião, a que estiveram ausentes os representantes de Vila Nova de Foz Côa e de Pinhel, Ascenso Simões adiantou que esperar celebrar protocolos para a criação destas equipas até ao próximo mês de Outubro, faltando apenas afinar alguns pormenores.

Segundo este calendário, os elementos das equipas seriam selecionados até ao final deste ano, seguindo-se um período de dois meses de formação, de modo a que em Abril pudessem estar operacionais.

Segundo está previsto, as despesas resultantes destas novas equipas serão repartidas, em partes iguais, pelas Câmaras Municipais e pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, estimando-se que o custo anual de cada será da ordem dos 66.000 euros.

Os autarcas presentes admitiram que, apesar de este ser mais um encago para as autarquias, a dependência se um sistema unicamente baseado no voluntariado não assegura a disponibilidade suficiente, sobretudo quando se fala da compatibilização entre a actividade profissional dos bombeiros nos seus locais de trabalho e o serviço que prestam nas corporações.

Desta forma, pretende-se alcançar uma disponibilidade permanente e um maior profissionalismo, que garanta uma maior protecção de pessoas e bens, mesmo que a tal corresponda um encargo para as autarquias.

A intenção do Governo é a de, até 2009, haver um total de 200 equipas de intervenção permanente, espalhadas pelos concelhos onde os factores de risco são maiores, mas a questão do financiamento repartido e os efectivos de cada equipa prometem ainda levantar questões complicadas.

Por um lado, o efectivo de cada equipa de 5 elementos parece-nos manifestamente insuficiente, bastando para tal tentar conciliar a palavra "permanente" com a expressão "escala de serviço" para que algumas conclusões se possam extrair.

A outra vertente, que também já abordamos, diz respeito ao financiamento e à possibilidade de criação de uma taxa municipal que sustente as novas equipas, sendo que tal corresponde, em termos efectivos, a um aumento da carga fiscal por via indirecta que poderá ter algumas consequências desagradáveis.

A imposição de uma taxa que suporte as novas equipas pode ter o efeito perverso de levar alguns sócios das associações de bombeiros a desistir de pagar as quotas, dado enfrentarem uma situação de "dupla tributação", sendo possível que, no limite, desta opção resulte uma perda real de receitas.

Se bem que a assinatura destes protocolos seja positiva, consideramos que a excessiva dispersão dos elementos a contratar e a forma de financiamento encontrada pode comprometer a eficácia das novas equipas, sendo de equacionar se não seria uma opção mais acertada começar por uma estrutura profissional a nível distrital e evoluindo, depois, para o nível municipal.

sexta-feira, setembro 14, 2007

TerraNet testa sistema de telemóveis "peer to peer"


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Site do TerraNet

A empresa sueca TerraNet está a testar uma solução "peer to peer" que se destina a permitir comunicações sem a necessidade de implementar uma infraestrutura fixa.

Este conceito passa por conjunto de dispositivos com um adaptador ou "dongle" que se identificarão mutuamente, constituindo assim uma rede dinâmica capaz de enviar e receber dados entre eles e para equipamentos associados.

Os equipamentos são associados permanentemente a uma dada área, baseado na informação mútua de outros nós da mesma rede, o que permite conhecer a forma de encaminhamento de cada chamada, a qual pode ser alterada dependendo da presença ou não dos pontos intermédios na zona.

De certa forma, simplificando, é um conceito algo semelhante ao que aconteceria se cada um dos telemóveis que utilizamos, em vez de uma comunicação com uma dada antena, estabelecesse sessões com os equipamentos ao seu alcance, de modo a que, como numa corrida de estafetas, a informação fluisse entre eles de modo a alcançar o destino final.

Em zonas remotas, sem uma infraestrutra de rede, esta seria uma solução possível, mas que depende fortemente do nível de implementação e da distância de transmissão e recepção do sinal.

Actualmente, estão a ser realizados testes na Tanzânia e Equador desta tecnologia que permitirá efectuar chamadas gratuitas sem os elevados custos de sistemas acessórios, cuja instalação pode ser impraticável por razões económicas.

Neste momento, esta tecnologia apenas funciona com um número restrito de equipamentos, mas poderá vir a ser uma funcionlidade adicional em todos os telemóveis, especialmente nos que têm Bluetooth.

Uma forma de comunicação baseda nestes conceitos "peer to peer" pode representar o fim do actual modelo de comunicação GSM ou Global System for Mobile, que necessita de uma pesada infraestrutura de antenas e de sistemas de retransmissão fixas, mas tem alguns problemas de implementação, o principal dos quais será a difusão do sistema.

Com um alcance relativamente curto, a viabilidade desta ideia baseia-se na densidade de utilizadores, que assegurariam a continuidade da ligação entre os vários nós, mas caso se verifique uma distância superior à capacidade de transmissão do nó mais próximo e não haja um caminho alternativo, então o trajecto é interrompido.

O outro problema é a sustentabilidade financeira de um modelo que não é, obviamente, do agrado das empresas que investiram na rede GSM, que representa cerca de 70% das comunicações móveis, e que dificilmente estarão dispostas a abdicar de um sistema conhecido, com um grau de fiabilidade elevado e, sobretudo, com uma alta previsibilidade, algo que não acontece com redes que se baseiam na suposição da presença de um dado conjunto de nós.

Independentemente de ser ou não posta em prática, esta é uma ideia interessante e que, caso haja equipamentos mistos suficientemente difundidos no mercado, com capacidade de recorrer a um sistema "peer to peer" quando disponível ou ao actual GSM, pode vir a evoluir no sentido de complementar a actual oferta.

"Spot" televisivo de Famalicão da Serra


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Incêndio no Verão de 2006

Foi com algum espanto que assistimos a um "spot" televisivo onde a morte de seis bombeiros em Famalicão da Serra serviu de mote numa campanha contra comportamentos negligentes.

O motivo da estranheza não é tanto o conteúdo, dado que é necessário alertar as populações para comportamentos dos quais podem resultar situações semelhantes, mas pelo facto de se ter mantido um absurdo secretismo quanto às conclusões do relatório deste incêndio e ao apuramento dos factos que levaram à morte de seis bombeiros.

Mesmo admitindo que exista um fundo pedagógico, seria francamente mais útil para todos divulgar o relatório, dar formação e rever procedimentos do que expor uma situação para a qual parece, em termos operacionais, não haver nada a corrigir.

Usar o episódio de Famalicão da Serra de forma redutora, com o único objectivo da prevenção de alguns comportamentos, mas não como forma de prevenir opções tácticas que se podem revelar erradas, não é a forma mais adequada de lembrar quem perdeu a vida num acidente que parece só ser recordado de forma selectiva e segundo critérios de interesse duvidosos.

Comportamentos negligentes, infelizmente, haverá sempre, pelo que se tem que aprender com os erros de modo a que, em circunstâncias semelhantes, os resultados não sejam os mesmos e neste ponto, lamentavelmente, as entidades oficiais esqueceram-se de quais as principais lições a extrair desta tragédia.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Uma oportunidade: Euro atinge máximo face ao Dólar


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Notas de euro e de dólar

Não se trata de qualquer tipo de conselhos de investimento, menos ainda de especulação cambial, mas a actual taxa de câmbio do euro face ao dólar pode ser aproveitada para efectuar algumas aquisições pagas na moeda americana.

Hoje, o euro variou entre um mínimo de 1,3824 dólares e um máximo de 1,3914 dólares, batendo os 1,3826 dólares a que negociava na terça-feira ao final do dia, e atingindo um novo máximo histórico.

Para quem necessite de fazer aquisições no estrangeiro e tenha a possibilidade de pagar com a moeda americana, tal como acontece em muitos mercados asiáticos, esta é uma oportunidade a aproveitar, dado que os preços, uma vez convertidos para euros estarão mais baixos do que o habitual.

Equipamentos electrónicos, como os GPS, sistemas de telecomunicações, ou outros, que são do interesse de muitos e podem ajudar em diversas actividades, podem, portanto, ser adquiridos com algum desconto que, obviamente, será transitório e dependente das evoluções cambiais.

Quem tenha alguma disponibilidade e, simultaneamente, a necessidade de adquirir algum dos muitos "gadgets" que temos vindo a apresentar, poderá vir a beneficiar desta oportunidade e aliar alguns bons negócios que se podem efectuar, por exemplo, no EBay obtendo um valor final mais baixo.

Photo Story 3 for Windows - 2ª parte


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Selecção e sequenciação de imagens

Por defeito, o "Photo Story 3 for Windows" atribui cinco segundos a cada imagem, podendo este valor ser facilmente alterado, mas é uma técnica prudente, numa primeira experiência, escolher as imagens em função da duração do fundo sonoro.

Assim, se optarmos por uma música com dois minutos, que se traduz em cento e vinte segundos, podemos equacionar a possibilidade de colocar na sequência uma dúzia de imagens, cada uma com dez segundos de duração, ou, noutro exemplo, escolher 24 imagens que permancerão visíveis pelos 5 segundos pré-configurados.

Após a sequenciação das imagens, pode-se acrescentar texto, como legendas ou descrições, bem como proceder a diversos ajustes, como a selecção de molduras.

Por uma questão de facilidade, optamos por cortar todas as imagens de modo a terem exactamente a mesma dimensão, sendo aconselhável uma proporção de 4:3 e um formato final de 320 por 240 pixels, um dos valores mais habituais neste tipo de vídeo, razão pela qual optamos por não adicionar elementos que alterem de alguma forma o tamanho pretendido.

Outra razão para optar pelos 320 por 240 pixels, que podem ser redimensionados em termos de visualização, tem a ver com a largura de banda ocupada e com o facto de um formato muito superior poder dificultar o processamento em computadores mais antigos ou com uma placa gráfica mais fraca, os quais poderão não ter a capacidade de apresentar a sequência toda.

Pelas experiências efectuadas, é vantajoso ter a sequência de imagens completa, escolhendo a temporização e a forma de transição de cada uma antes de avançarmos para a inclusão do som, evitando assim ajustes posteriores que nem sempre terminam da melhor forma.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Fogo no Parque Natural do Douro Internacional já está extinto


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Um incêndio no Verão de 2005

O incêndio que começou hoje pelas 14:00 numa zona de mato do Parque Natural do Douro Internacional entrou em rescaldo ao fim da tarde e já está se encontra extinto, segundo informou a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

A meio da tarde, perto de 80 bombeiros apoiados por 22 viaturas combatiam este incêndio, contando ainda com o reforço de um helicóptero de um dos Beriev Be-200.

O fogo consumiu uma área de mato rasteiro na zona de Lagoaça, composto essencialmente de urzes e carqueija, e não colocou em perigo directo o património ecológico deste Parque Natural.

Também já foi dominado o fogo que desde perto das 16:00 devastou uma zona de mato em Castelo, no concelho de Moimenta da Beira, distrito de Viseu, e que foi combatido por 41 bombeiros e oito viaturas, apoiados por um helicóptero e dois aerotanques pesados Canadair.

Finalmente, o incêndio em área florestal que lavrava em Barrelo, no concelho de Cinfães, também no distrito de Viseu, também ficou circunscrito ao fim da tarde, cerca de duas horas após ter sido detectado, permanecendo no local 20 bombeiros apoiados por quatro viaturas e, enquanto a visibilidade permitiu, auxiliados por um helicóptero.

Em algumas zonas do País, onde caiu chuva com intensidade, o número de ocorrências foi praticamente nulo e a probabilidade de fogos nos próximos dias é especialmente baixa, facto de salientar quando ainda nos encontramos na primeira quinzena de Setembro de um ano completamente atípico.

Com isto não se quer dizer que se possa prever um período de absolutas tréguas, já que das chuvas fora de época e da erosão provocada pelos incêndios resultam, por vezes, inundações, e as trovoadas com tempo quente podem originar incêndios florestais, como aconteceu recentemente no Alentejo.

Photo Story 3 for Windows - 1ª parte


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Écran de selecção inicial

A publicação de um pequeno "spot" de prevenção de incêndios florestais levantou algumas questões quanto à sua elaboração a que não quisemos deixar de responder.

O "Photo Story 3 for Windows" é um programa gratuito da própria Microsoft que se destina a agregar fotografias, integrando-as com som, mensagens gravadas e outros efeitos, gerando uma animação.

Este é um programa extremamente fácil de utilizar, particularmente intuitivo, e que, deixando as opções que vêm pré-configuradas, permite obter resultados aceitáveis com poucos minutos de trabalho.

Para utilizar com sucesso o "Photo Story 3" é necessário, essencialmente, um conjunto razoável de imagens e de efeitos sonoros ou músicas em formato MP3 ou WMF e planear com algum cuidado as sequências e a forma de integrar os vários componentes que darão origem ao resultado final.

Apesar da sua facilidade de utilização, já nos apercebemos de que o pleneamento é essencial e de que ao mudar, por exemplo, a duração da história após incluir a música e gravar o projecto, origina alguns erros de sequenciação.

Também se torna essencial escolher imagens e adequá-las em termos de dimensão, evitando dimensões exageradas que podem levantar problemas em computadores com menos recursos e escoher músicas ou sons com uma duração que não exceda a sequência planeada ou que estejam contidos em ficheiros demasiado pesados.

terça-feira, setembro 11, 2007

9/11 - 6º aniversário do atentado contra o World Trade Center e o Pentágono


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Bombeiros hasteiam a bandeira sobre as ruinas

Passam hoje seis anos sobre os atentados contra as Torres Gémeas do World Trade Center e o edifício do Pentágono e a perda de milhares de vidas inocentes em terra e nos aviões desviados pelos terroristas que perpretaram este crime.

Também queremos lembrar as centenas de elementos das forças de segurança, bombeiros e voluntários que perderam a vida nas operações de salvamento e que tiveram a coragem de participar numa missão extraordinariamente arriscada em condições em que a segurança era praticamente inexistente.

Entre os mortos estavam 343 bombeiros da cidade de Nova Iorque, 23 polícias e 37 agentes da Autoridade Portuária que colaboraram nas operações de resgate e foram apanhados pelo colapso das Torres.

O Mundo mudou desde o dia 11 de Setembro de 2001, mas dificilmente podemos dizer que a evolução tenha sido no sentido positivo ou que as lições deste ataque tenham sido aprendidas e se tenha progredido de forma decisiva na prevenção de um atentado desta envergadura.

As reflexões e debates sobre o ataque contra as Torres Gémeas irão continuar e, provavelmente, nunca se conhecerá toda a verdade deste dia, mas o respeito e a admiração por todos quantos participaram nas operações de salvamento e resgate é unânime e merece ser mais uma vez recordada.

Fogos ainda activos em Arouca e Arcos de Valdevez


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Reabastecimento de água de um Beriev Be-200

Mais de uma centena de bombeiros, apoiados por 28 viaturas, ainda combatiam incêndios activos nos distritos de Viana do Castelo e Aveiro, de acordo com informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Um fogo em área florestal detectado às 20:26 em Alvarenga, no concelho de Arouca, distrito de Aveiro, mantinha duas frentes activas e era combatido por 52 bombeiros apoiados por 15 viaturas.

Em Tibo, no concelho de Arcos de Valdevez, também no distrito de Viana do Castelo, um incêndio em mato que começou pelas 19:26 ficou circunscrito às 20:13, tendo sido enviados para o local 12 bombeiros apoiados por três viaturas, um grupo de análise e uso do fogo e um grupo de reforço para incêndios de Aveiro.

Ao fim da tarde continuava por circunscrever o incêndio no concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo, que mobilizava 29 bombeiros com oito viaturas.

O incêndio começou pelas 17:42 numa zona de mato de Tangil e estiveram presentes os dois Beriev Be-200 a operar em território nacional, estando no local o segundo comandante operacional distrital, um grupo de análise e uso do fogo táctico e um grupo de reforço proveniente do Porto.

Durante a tarde um incêndio de grandes dimensões lavrou durante duas horas e meia em Nico, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu, levando à mobilização de mais de 150 bombeiros apoiados por 41 viaturas e quatro aerotanques, incluindo os dois Beriev Be-200.

O incêndio que começou pelas 20:00 de domingo em Vale de Pia, no concelho de Torre de Moncorvo, já se foi circunscrito, tendo estado envolvidos no combate 49 bombeiros apoiados por 13 veículos, que demoraram cerca de oito horas a controlar a situação.

Tal como mencionamos anteriormente, a intervenção de meios aéreos pesados em incêndios combatidos por poucas dezenas de bombeiros parece ser a grande novidade deste ano, parecendo repetir-se com regularidade.

Também a presença de especialistas em fogos tácticos tem vindo a repetir-se, sendo esta opção mais interessante e que poderá dar mais frutos do que o recurso contínuo a aeronaves pesadas que poderão brevemente não estar disponíveis.

Se do ponto de vista noticioso tem, efectivamente, sido dado especial relevo aos Beriev, que actuam em situações que, em condições normais, poderiam não justificar este tipo de meio, o recurso a especialistas na análise e no fogo táctico passou relativamente desapercebida, quando será um método que, quando completamente recuperado e posto em prática, terá um maior efeito do que os meios aéreos pesados.

Mais do que a aquisição e o aluguer de material, o "know how" é essencial para melhorar as tácticas de combate e diminuir riscos, sendo este o caminho a seguir.

Seria com agrado que aceitariamos que se sacrificasse um meio pesado, se a mesma verba fosse dispendida em formação de especialistas nas várias corporações de bombeiros, de modo a que em todas elas houvesse elementos com a capacidade para analisar a evolução do fogo e recorrer aos métodos mais adequados à sua contenção, certos de que os resultados desta opção corajosa seriam muito mais duradoros do que os obtidos hoje através de um elevado número de meios aéreos.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Spot de Prevenção de Incêndios

Spot de prevenção de incêndios

Não são necessários grandes recursos nem um dispêndio importante de verbas para realizar um pequeno "spot" publicitário sobre a prevenção de incêndios florestais.

Com um conjunto de fotografias de dimensões idênticas e uma pequena banda sonora em formato MP3 ou WMF, é possível, através de um programa apropriado, neste caso o "Photo Story 3 for Windows", compor uma sequência que transmita a mensagem desejada.

As fotografias, que publicamos previamente neste "blog", foram ajustadas para um formato de 300 por 225 pixels, de modo a que fossem rápidas a processar e não pesassem muito em termos de tráfego.

De igual forma, escolhemos uma música em formato MP3 com uma qualidade média, evitando os 128 bits que aumentam substancialmente a dimensão do ficheiro.

Este conjunto de ficheiros foi depois agregado através de um programa que, de forma que pode ser automática, faz as transições de uma imagem para outras, ajusta as dimensões e grava um ficheiro em formato WMF que pode ser visualizado por qualquer computador com o Windows Media Player instalado.

Tendo os ficheiros a ser processados disponíveis, a elaboração de uma sequência como esta demora poucos minutos a concretizar e pode constituir uma alternativa a meios mais dispendiosos e que, muitas vezes, não alcançam os objectivos propostos.

O objectivo deste vídeo, para além de reforçar a mensagem que temos vindo a transmitir, é o de inspirar quem tenha talento e criatividade a seguir o exemplo e a utilizar este recurso na prevenção dos incêndios florestais.

Número de ocorrências durante a noite aumenta


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Combate a um incêndio florestal durante a noite

Para o comandante operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Gil Martins, o número de incêndios iniciados ou detectados duranet a noite, num período de menor vigilânica, é preocupante.

Num ano em que o número de ocorrências diminuiu substancialmente em relação à média dos últimos anos, conforme estatísticas recentemente divulgadas pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais, o aumento do número de fogos iniciados entre as 20:00 e as 09:00 merece uma atenção especial e uma analise cuidada por parte das autoridades competentes.

Para além da menor vigilância e presença no terreno, que atrasam a detecção e o alerta, o facto de os meios aéreos não operarem durante a noite permitem que os fogos atinjam maiores proporções antes de ser possível um combate eficaz.

Segundo o comandante da ANPC, o número de ignições noturnas terá aumentado consideravelmente em Agosto e nos primeiros dias de Setembro, com distritos como o de Guimarães, onde as ocorrências em período noturno já correspondem a 60% do total.

Devemos dizer que o aumento de ignições noturnas poderá ser mais aparente do que real, tal como o será o de fogos postos, por ganharem especial relevância percentual num ano em que o total de ocorrências diminuiu substancialmente e a identificação das causas é facilitada.

Se em anos com maior número de ignições, muitos fogos iniciados de noite são atribuidos a reacendimentos ou a projecções, quando estas possibilidades deixam de ser viáveis torna-se necessário equacionar outras causas que, naturalmente, têm que ser devidamente investigadas.

De certa forma, este problema poderá ser abordado de forma idêntica ao do fogo posto, que num ano com menos ocorrências e onde a investigação pode ser efectuada com maior cuidado, tendem a aumentar, pelo menos em termos percentuais, sem que a tal corresponda um efectivo aumento do total de crimes.

Tal como noutros casos, os fogos noturnos, por se revestirem de um conjunto de particularidades, devem ser devidamente analisados e implementadas medidas de vigilância que permitam seja a sua detecção atempada, seja, quando tal se verifique, a captura dos responsáveis pela ignição.

No entanto, e dado que a vigilância efectiva do terreno se torna particularmente difícil durante a noite, deve-se insistir na prevenção, nomeadamente a nível de medidas de ordenamento e de barreiras naturais, que evitem uma fácil propagação das chamas e as contenham em áreas circunscritas, minimizando os efeitos de ocorrências que não podem ser evitadas na sua totalidade.

domingo, setembro 09, 2007

Incêndios em Vinhais, Ponte da Barca e Veiria do Minho


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Bombeiros durante o combate a um incêndio

A meio da tarde havia três incêndios activos em áreas de mato de Vinhais, Ponte da Barca e Vieira do Minho, segundo informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC),

No concelho de Vinhais, distrito de Bragança, um incêndio detectado pelas 14:20 foi combatido por 10 bombeiros, apoiados por dois veículos, sendo dado como circunscrito às 15:26.

Por circunscrever está o incêndio que lavra desde as 14:13 em Medronha, no concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo, e que mobiliza 28 bombeiros, apoiados por 10 veículos e dois helicópteros.

O incêndio que mobilizou mais meios é o de Tabuadelo, no concelho de Vieira do Minho, distrito de Braga, que começou pelas 08:16 e só ficou circunscrito pelas 16:00.

No combate estiveram envolvidos 28 bombeiros, apoiados por oito veículos e dois aerotanques pesados.

Nos dois últimos dias, a ANPC registou um total de 387 incêndios florestais, cujo combate mobilizou 6.970 bombeiros e 1.781 viaturas.

Chamamos, mais uma vez, a atenção para a proporção entre meios terrestres e aéreos, que apresenta este ano valores completamente díspares dos anteriormente verificados.

Se uma proporção normal entre bombeiros e veículos de apoio de aproximadamente 4 a 5 para 1 tem sido uma norma comum, incluindo anos anteriores, a presença repetida de meios aéreos pesados em ocorrências que mobilizam poucas dezenas de efectivos é algo de inédito.

Este ano, temos visto actuar seja os Canadair, seja os Beriev Be-200 em incêndios que contam com menos de meia centena de efectivos no solo, facto que vem demonstrar que o baixo número de ocorrências permite concentrar e utilizar um conjunto de meios que permite conter as chamas com maior facilidade.

Neste enquadramente surge, pois, o comentário do actual titular da Administração Interna quando diz que "Portugal tem meios aéreos a mais" e minimiza o facto de os helicópteros adquiridos pelo Estado não estarem, e deduz-se pelas palavras do ministro, que nem precisarem de estar operacionais.

Se efectivamente se pode estar a assistir a uma intervenção algo exagerada dos meios aéreos, também não deixa de ser verdade que o ataque musculado numa primeira fase dos incêndios acaba por permitir controlá-los com rapidez, libertando assim recursos, inclusivé as próprias aeronaves, que poderão intervir noutra ocorrência.

A utilização destes meios, que tem sido possível devido ao baixo número de ocorrências, não pode, no entanto transformar-se em doutrina, pois dificilmente se poderá repetir num ano considerado normal, onde as condições climáticas não tenham o papel decisivo no controle dos incêndios, pelo que o exemplo deste ano não poderá fazer escola, mas merece ser objecto de análise.