É de notar que o leitor, com os respectivos controladores, não garantem a leitura do conteúdo do cartão, estabelecendo apenas a ponte para que o programa de leitura, normalmente desenvolvido pela entidade que disponibiliza o cartão, possa aceder a este, pelo que esta não será uma forma de leitura universal ou generalizada.
A título de exemplo, para ler o conteúdo do comum Cartão de Cidadão, é necessário proceder à descarga e instalação do "software" que o Estado português disponibiliza e que irá, nas alturas em que tal for solicitado para efectuar uma operação, proceder à leitura dos conteúdos e validar os pedidos do utilizador.
A administração pública favorece os contactos por via digital, por vezes praticando preços completamente díspares para uma mesma operação, que, no caso de um simples pedido de um documento automóvel, por exemplo, pode custar 60 Euros quando efectuado presencialmente e 30 caso feito "online", sendo que a poupança resultante desta única operação corresponde ao triplo do valor pago pelo leitor, resultando, depois da aquisição deste, numa poupança de 20 Euros.
Este leitor tem dimensões muito reduzidas, facilitando o seu transporte num bolso, tendo apenas 70 x 36 x 12 milímetros, com o cabo USB de 61 milímetros incorporado a ficar protegido no seu interior, quando não em uso, e custa perto de uma dezena de Euros, incluindo portes a partir da Ásia e o IVA, sendo uma das muitas opções actualmente disponíveis num mercado crescente.
sábado, março 05, 2022
sexta-feira, março 04, 2022
Comunicações encriptadas com o Signal - 1ª parte
Num Mundo onde a segurança nas comunicações é essencial, faz todo o sentido recorrer a plataformas seguras, com encriptação ponta a ponta, que garantam privacidade, o que implica não recolher dados de utilizadores e que ofereçam as funcionalidades necessárias a cada caso.
Embora muito menos conhecido e utilizado do que alguns concorrentes, o Signal pode ser uma solução a ter em conta, por contemplar os critérios supra mencionados, e disponibilizar aos utilizadores as funcionalidades essenciais, não requerendo mais dados do utilizador para além do número de telefone, que é verificado, cabendo a cada utilizador a verificação dos contactos, já que o Signal não armazena dados.
O Signal pode enviar, para recipientes individuais ou grupos, mensagens de texto, aúdio ou vídeo completamente encriptadas, tendo ainda funcionalidades a nível da protecção de écran, mensagens que desaparecem após um período de tempo ou desfocar uma face, impossibilitando a identificação do indivíduo numa dada foto, pelo que estamos diante de um produto bem pensado em termos de segurança e privacidade.
Estão disponíveis chamadas e vídeo-chamadas, igualmente a nível individual ou em grupo, sempre encriptadas, uma ferramenta de tratamento de imagens, tema escuro, diversos tipos de notificação, incluindo discretas, usando o livro de endereços do dispositivo como forma de estabelecer contactos, e implementando diversos níveis de segurança na própria aplicação, para que não seja utilizada por estranhos.
Embora muito menos conhecido e utilizado do que alguns concorrentes, o Signal pode ser uma solução a ter em conta, por contemplar os critérios supra mencionados, e disponibilizar aos utilizadores as funcionalidades essenciais, não requerendo mais dados do utilizador para além do número de telefone, que é verificado, cabendo a cada utilizador a verificação dos contactos, já que o Signal não armazena dados.
O Signal pode enviar, para recipientes individuais ou grupos, mensagens de texto, aúdio ou vídeo completamente encriptadas, tendo ainda funcionalidades a nível da protecção de écran, mensagens que desaparecem após um período de tempo ou desfocar uma face, impossibilitando a identificação do indivíduo numa dada foto, pelo que estamos diante de um produto bem pensado em termos de segurança e privacidade.
Estão disponíveis chamadas e vídeo-chamadas, igualmente a nível individual ou em grupo, sempre encriptadas, uma ferramenta de tratamento de imagens, tema escuro, diversos tipos de notificação, incluindo discretas, usando o livro de endereços do dispositivo como forma de estabelecer contactos, e implementando diversos níveis de segurança na própria aplicação, para que não seja utilizada por estranhos.
quinta-feira, março 03, 2022
Adicionar "bluetooth" a equipamentos antigos - 1ª parte
Um processo simples para modernizar um equipamento antigo, conferido-lhe capacidade de transmissão sem fios é adquirir um simples receptor que possa ser instalado num conector de 3.5 milímetros, presente na maioria das televisões e auto-rádios, que passam, imediatamente, a ter novas possibilidades.
O modelo C28 da Bakeey é um simples adaptador "bluetooth", obedecendo à norma 5.0, destinado a ser instalado em qualquer equipamento com conector de 3.5 milímetros e capaz de operar em diversos modos, sendo compatível em modo de transmissão com computadores, televisões ou projectores e em modo de recepção com altifalantes e microfones.
A instalação física é intuitiva, bastando introduzir o C28 no conector do equipamento, depois de devidamente carregado, após o que tem que ser emparelhado com o dispositico receptor, num procedimento idêntico ao da maioria dos dispositivos que recorrem a comunicações "bluetooth", ficando pronto para ser utilizado e com funcionalidades que dependem do equipamento ao qual foi adicionado.
Uma das funcionalidades mais interessantes do C28, quando instalado num auto-rádio e emparelhado com um telemóvel, é a possibilidade de ser utilizado como "kit" de mãos livres, usando o sistema de som do veículo par transmitir o som da chamada telefónica e recorrendo ao microfone incorporado para efeitos de transmissão, sem que seja necessário qualquer "software" adicional.
O modelo C28 da Bakeey é um simples adaptador "bluetooth", obedecendo à norma 5.0, destinado a ser instalado em qualquer equipamento com conector de 3.5 milímetros e capaz de operar em diversos modos, sendo compatível em modo de transmissão com computadores, televisões ou projectores e em modo de recepção com altifalantes e microfones.
A instalação física é intuitiva, bastando introduzir o C28 no conector do equipamento, depois de devidamente carregado, após o que tem que ser emparelhado com o dispositico receptor, num procedimento idêntico ao da maioria dos dispositivos que recorrem a comunicações "bluetooth", ficando pronto para ser utilizado e com funcionalidades que dependem do equipamento ao qual foi adicionado.
Uma das funcionalidades mais interessantes do C28, quando instalado num auto-rádio e emparelhado com um telemóvel, é a possibilidade de ser utilizado como "kit" de mãos livres, usando o sistema de som do veículo par transmitir o som da chamada telefónica e recorrendo ao microfone incorporado para efeitos de transmissão, sem que seja necessário qualquer "software" adicional.
quarta-feira, março 02, 2022
Ministério dos Negócios Estrangeiros alvo de ataque informático - 3ª parte
É sem dúvida a nível do Estado que devemos recear um ataque de maiores proporções, tendo em conta que a deslocação de serviços físicos para plataformas "online" não foi acompanhada pelo necessário investimento em segurança e, sobretudo, em especialistas, que, actualmente, têm uma procura que lhes permite auferir um vencimento completamente incompatível com o praticado na função pública.
Mesmo tendo em conta as diferenças entre instituições, é impossível não comparar a postura da Vodafone, que foi recentemente atacada, e que foi de uma clareza e transparência que gerou confiança e solidariedade, com a do Minsitério dos Negócios Estrangeiros, que apenas após inquirido pela imprensa admite o sucedido, sem adiantar nada de concreto, o que aumenta a desconfiança que muitos sentem em relação à classe política e a incerteza quanto ao que realmente terá sucedido.
Entre o adiantado pela comunicação social, que aponta para uma situação grave, que pode ter começado antes do fim de semana e teria sido detectada pelo SIS e as afirmações do ministério, que apenas confirma um ataque na passada quarta feira, sem acesso a áreas mais sensíveis e que desencadeou mecanismos de alerta implementados na rede, vai uma diferença enorme, que as respostas vagas do ministro responsável em nada esclarecem, levantando mais dúvidas do que certezas.
Este ataque, pela gravidade que pode atingir, merece uma especial atenção, sendo óbvio que iremos continuar a acompanhar esta situação, na medida do possível, e verificaremos a consistência das informações que nos chegarem, no sentido de apurar a verdade e entender aquilo que realmente sucedeu, bem como o possível alcance desta intrusão, que pode ser muito mais grave do que aquele que pretendem dar a entender.
Mesmo tendo em conta as diferenças entre instituições, é impossível não comparar a postura da Vodafone, que foi recentemente atacada, e que foi de uma clareza e transparência que gerou confiança e solidariedade, com a do Minsitério dos Negócios Estrangeiros, que apenas após inquirido pela imprensa admite o sucedido, sem adiantar nada de concreto, o que aumenta a desconfiança que muitos sentem em relação à classe política e a incerteza quanto ao que realmente terá sucedido.
Entre o adiantado pela comunicação social, que aponta para uma situação grave, que pode ter começado antes do fim de semana e teria sido detectada pelo SIS e as afirmações do ministério, que apenas confirma um ataque na passada quarta feira, sem acesso a áreas mais sensíveis e que desencadeou mecanismos de alerta implementados na rede, vai uma diferença enorme, que as respostas vagas do ministro responsável em nada esclarecem, levantando mais dúvidas do que certezas.
Este ataque, pela gravidade que pode atingir, merece uma especial atenção, sendo óbvio que iremos continuar a acompanhar esta situação, na medida do possível, e verificaremos a consistência das informações que nos chegarem, no sentido de apurar a verdade e entender aquilo que realmente sucedeu, bem como o possível alcance desta intrusão, que pode ser muito mais grave do que aquele que pretendem dar a entender.
terça-feira, março 01, 2022
Fogos de Inverno são os mais graves dos últimos 20 anos - 3ª parte
A tendência será, portanto, para piorar, sendo certo que os paliativos são apenas ilusórios e que o adiar de uma decisão que ataque corajosamente esta problemática implica que o tempo necessário para corrigir e inverter esta trajectória aumentará exponencialmente e com consequências imprevisíveis, enquanto o risco de um colapso, sempre possível caso um dos factores essenciais de altere, será constante.
Temos as maiores dúvidas que seja a actual classe política a ter a capacidade, e a coragem, de enfrentar esta situação, com múltiplas consequências, entre as quais podemos incluir o aumento da área ardida em pleno Inverno, e que, muito provavelmente, apenas numa situação de eminente ruptura, perto de um colapso, iremos assistir a uma resposta mais incisiva que, nessas condições, pode não revelar-se nem a mais adequada, nem conduzida por quem tenha a competência e legitimidade para a conduzir.
Não podemos, de forma simplista, separar os incêndios, incluindo-se aqui estratégias de prevenção e combate, de uma conjuntura muito mais vasta e que, consequentemente, será mas difícil analisar e combater, nem esperar que a situação se inverta sem uma política incisiva, constante e um esforço prolongado, que terá custos pesados, mas que representam, ao contrário de muitos outros gastos, um investimento inevitável.
Os incêndios de Inverno são um alerta, mais um, para o degradar de um País que se encontra muito perto do abismo, à mercê de qualquer alteração conjuntural, que tanto pode ser uma guerra na Ucrânia, como uma subida de taxas de juros nos mercados internacionais ou o aumento descontrolado da inflação, para que, mais uma vez, entre em colapso e necessite de ajuda externa, com todos os sacrifício que tal implica, enquanto os decisores ignoram o essencial e se refugiam numa catadupa de decisões acessórias que, efectivamente, se revelarão completamente irrelevantes.
Temos as maiores dúvidas que seja a actual classe política a ter a capacidade, e a coragem, de enfrentar esta situação, com múltiplas consequências, entre as quais podemos incluir o aumento da área ardida em pleno Inverno, e que, muito provavelmente, apenas numa situação de eminente ruptura, perto de um colapso, iremos assistir a uma resposta mais incisiva que, nessas condições, pode não revelar-se nem a mais adequada, nem conduzida por quem tenha a competência e legitimidade para a conduzir.
Não podemos, de forma simplista, separar os incêndios, incluindo-se aqui estratégias de prevenção e combate, de uma conjuntura muito mais vasta e que, consequentemente, será mas difícil analisar e combater, nem esperar que a situação se inverta sem uma política incisiva, constante e um esforço prolongado, que terá custos pesados, mas que representam, ao contrário de muitos outros gastos, um investimento inevitável.
Os incêndios de Inverno são um alerta, mais um, para o degradar de um País que se encontra muito perto do abismo, à mercê de qualquer alteração conjuntural, que tanto pode ser uma guerra na Ucrânia, como uma subida de taxas de juros nos mercados internacionais ou o aumento descontrolado da inflação, para que, mais uma vez, entre em colapso e necessite de ajuda externa, com todos os sacrifício que tal implica, enquanto os decisores ignoram o essencial e se refugiam numa catadupa de decisões acessórias que, efectivamente, se revelarão completamente irrelevantes.
segunda-feira, fevereiro 28, 2022
Ministério dos Negócios Estrangeiros alvo de ataque informático - 2ª parte
Outra vertente intrigante é, segundo as notícias, ter sido o SIS, o Serviço de Informações e Segurança, a detectar uma intrusão que devia ter activado alarmes e ser prontamente detectada, avaliada e contida por quem administra a rede, sem que fosse necessário a intervenção de uma entidade externa para denunciar uma situação que, potencialmente, poderia decorrer desde há dias sem ser detectada e corrigida.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, para além de desvalorizar o sucedido, afirmando que não foi acedida informação sensível, o ataque teria ocorrido apenas na 4ª feira, dia em que foi revelado pela imprensa, e fora detectado pelos serviços do ministério, sendo apenas mais um de entre muitos que ocorrem de forma quase constante, dando a crer que esta é uma situação normal e quase irrelevante.
Este ataque segue-se a uma vaga extensa, alguns dos quais são bem conhecidos e devidamente tipificados, como aqueles que visam obter o pagamento de um resgate, enquanto outros ainda levantam muitas dúvidas quanto às suas reais motivações, que, pelo menos no caso dos que se revelam mais sofisticados, nunca serão por mero vandalismo ou a vontade de prejudicar terceiros, sendo sempre de equacionar outras possibilidades, tal como fizemos quando abordamos o ataque à Vodafone.
Tendo em conta o número de ataques em Portugal, é óbvio que alguns deles estarão ligados, podendo uns serem uma preparação ou uma acção exploratória necessária para o passo seguinte, ou uma acção complementar, que visa obter um resultado que apenas pode ser alcançado através de um conjunto de intrusões, como parte de um plano elaborado e que explora as vulnerabilidades no nosso País.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, para além de desvalorizar o sucedido, afirmando que não foi acedida informação sensível, o ataque teria ocorrido apenas na 4ª feira, dia em que foi revelado pela imprensa, e fora detectado pelos serviços do ministério, sendo apenas mais um de entre muitos que ocorrem de forma quase constante, dando a crer que esta é uma situação normal e quase irrelevante.
Este ataque segue-se a uma vaga extensa, alguns dos quais são bem conhecidos e devidamente tipificados, como aqueles que visam obter o pagamento de um resgate, enquanto outros ainda levantam muitas dúvidas quanto às suas reais motivações, que, pelo menos no caso dos que se revelam mais sofisticados, nunca serão por mero vandalismo ou a vontade de prejudicar terceiros, sendo sempre de equacionar outras possibilidades, tal como fizemos quando abordamos o ataque à Vodafone.
Tendo em conta o número de ataques em Portugal, é óbvio que alguns deles estarão ligados, podendo uns serem uma preparação ou uma acção exploratória necessária para o passo seguinte, ou uma acção complementar, que visa obter um resultado que apenas pode ser alcançado através de um conjunto de intrusões, como parte de um plano elaborado e que explora as vulnerabilidades no nosso País.
domingo, fevereiro 27, 2022
"37 dias", a mecânica de uma guerra
A actual crise na Ucrânia não pode deixar de lembrar alguns episódios similares occoridos no passado, a maioria dos quais, partindo de uma situação aparentemente inconsequente, ou que seria rapidamente ultrapassada, terminaram numa guerra de grandes proporções, das quais resultaram milhões de mortes e uma enorme devastação.
A mini-série "37 dias", da autoria da BBC, é composta por três episódios, tendo sido emitida, pela primeira vez, em 2014, no centenário do início da Grande Guerra, narrando o sucedido em perto de cinco semanas e que, partindo do assassinato do arquiduque austriaco Franz Ferdinand, a 28 de Junho de 1914, narra a sequência de eventos que terminaram na declaração de guerra.
Com um excelente rigor histórico, fruto de uma investigação séria e profissional, contando com a participação de um conjunto de excelentes actores que se movem em cenário que retratam fielmente os originais, esta série facilmente prende a atenção dos espectadores, sendo uma excelente lição de História e um ensinamento que a todos deve interessar.
Sugerimos a quem tenha oportunidade de ver esta série, de apenas três episódios, que não deixe de o fazer, porque nela se podem encontrar um conjunto de mecanismos que, inexoravelmente, mesmo contra a vontade de muitos, podem ser manipulados por parte de quem, sem o revelar directamente, visa o conflito e, subtilmente, tudo vai fazendo para que este desfecho seja inevitável.
A mini-série "37 dias", da autoria da BBC, é composta por três episódios, tendo sido emitida, pela primeira vez, em 2014, no centenário do início da Grande Guerra, narrando o sucedido em perto de cinco semanas e que, partindo do assassinato do arquiduque austriaco Franz Ferdinand, a 28 de Junho de 1914, narra a sequência de eventos que terminaram na declaração de guerra.
Com um excelente rigor histórico, fruto de uma investigação séria e profissional, contando com a participação de um conjunto de excelentes actores que se movem em cenário que retratam fielmente os originais, esta série facilmente prende a atenção dos espectadores, sendo uma excelente lição de História e um ensinamento que a todos deve interessar.
Sugerimos a quem tenha oportunidade de ver esta série, de apenas três episódios, que não deixe de o fazer, porque nela se podem encontrar um conjunto de mecanismos que, inexoravelmente, mesmo contra a vontade de muitos, podem ser manipulados por parte de quem, sem o revelar directamente, visa o conflito e, subtilmente, tudo vai fazendo para que este desfecho seja inevitável.
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