sábado, junho 03, 2006

Área protegida na Arrábida sempre vigiada


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Land Rover Defender numa floresta

Cerca de 30 pessoas por dia, entre forças de segurança, bombeiros e voluntários, vão vigiar em permanência a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, durante a época de incêndios, que começa hoje e termina a 30 de Setembro.

Os meios foram apresentados, ontem, em conferência de imprensa, no âmbito do Plano de Prevenção e Vigilância de Incêndios Florestais - Operação Floresta Segura-Floresta Verde 2006.

"Os resultados obtidos nos últimos anos animam-nos. A redução da área ardida é visível. Desde que começámos, em 2000, passámos de 50.5 hectares para 1.5 em 2004, a maior parte mato sem grande significado", disse Henrique Carreiras, vereador do pelouro da Protecção Civil na Câmara de Almada, concelho onde no ano passado se registaram 117 fogos, mas cuja área ardida foi a menor do distrito de Setúbal.

"As ocorrências em média duraram 22 minutos", revelou António Godinho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas que adianta que cerca de seis equipas de combate a incêndios estarão prontas a intervir e, no terreno, haverá seis elementos com funções de patrulhamento e detecção de primeira intervenção.

O plano de prevenção incide sobre todo o concelho e, em especial, sobre os 560 hectares de área protegida, entre os Capuchos e a Fonte de Telha.

Além dos bombeiros, PSP e GNR e cerca de 10 voluntários vão ajudar, diariamente, a patrulhar a zona. Serão também distribuídos panfletos para sensibilizar os banhistas.

Henrique Carreiras enalteceu "o grande espírito de equipa que se conseguiu criar com esta iniciativa", lembrando a participação de escuteiros, clubes de todo-o-terreno, orientação e montanhismo e de privados, como o Hotel da Costa de Caparica, que vai oferecer refeições aos intervenientes nesta acção.

Esta colaboração entre bombeiros, forças de segurança, sociedade civil e tecido empresarial é de louvar e de apontar como exemplo do caminho a seguir.

A participação de uma unidade hoteleira, fornecendo refeições, deve ser especialmente focada, dado que corresponde a uma das propostas que temos vindo a fazer e esperamos ver alargada, com a inclusão de dormidas a preços especialmente reduzidos, de forma a mobilizar voluntários de outros pontos do País, algo que é essencial no caso de zonas do Interior mais desertificadas.

O papel da hotelaria, a par do restante tecido empresarial, é de importância vital tendo como contrapartidas a perservação da própria paisagem, essencial à sua actividade, e podendo ser compensada através publicidade que este tipo de colaboração sempre permite e por via fiscal, recorrendo à Lei do Mecenato, na sua vertente ambiental.

Bombeiros profissionais deverão existir em todos os municípios


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Auto-tanque dos Bombeiros de Vila de Rei em acção

Avaliar o índice de risco de cada concelho e, em função dessa classificação, impor a criação de meios profissionais de socorro será o princípio orientador da nova legislação sobre serviços municipais de protecção civil, que deverá estar preparada até final de Junho.

António Costa, ministro de Estado e da Administração Interna, entende que o Estado "deve impor um nível de serviços a assegurar", mas deixar aos municípios a possibilidade de escolherem o modelo adequado.

Recordando que actualmente já existem respostas muito diversas, que vão desde bombeiros municipais a corpos mistos, passando por associações de voluntários com pessoal profissionalizado, o governante explicou que a palavra decisiva será das autarquias.

Falando na sessão de encerramento do colóquio "Fogos florestais desafios e respostas", António Costa referiu a legislação que está a ser preparada como uma etapa essencial no esforço de profissionalização da estrutura iniciado este ano, com reforço da formação dos comandos e com a criação de uma unidade de socorro do Estado, no seio da GNR, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS).

Pegando nas conclusões de sucessivos estudos sobre o que falha no combate a fogos, António Costa enumerou o que foi feito em áreas como a coordenação de meios ou a sua qualificação para primeira intervenção.

O ministro reconheceu, contudo, que o sistema de informação e comunicação continua a ser um "ponto crítico" e admitiu a necessidade de melhorar a detecção e incorporar saber científico com vista a criar instrumentos de apoio à decisão.

Numa síntese dos trabalhos do colóquio, o deputado Miguel Veiga sublinhou o "consenso alargado sobre o que é preciso fazer", quer ao nível académico quer político, considerando ser "preciso aproveitá-lo para se abrir uma nova etapa".

Apesar da "ideia generalizada" de que este ano o país está melhor preparado para o combate, ficou o alerta de que "a floresta não mudou de um ano para outro e as condições estruturais mantêm-se".

Temos mantido que, sem por em causa a importância do voluntariado, deve haver um núcleo profissional e especializado, provido de equipamentos sofisticados e com o treino e experiência adequada às suas funções, capazes de constituir a base operacional da protecção civil a nível municipal.

Este núcleo profissional, para além de fornecer uma estrutura capaz de enquadrar e treinar os voluntários, permite um mínimo de disponibilidade permanente e a capacidade de responder a situações de emergência no menor tempo possível.

Esta perspectiva em nada diminui o papel do voluntariado, que estamos crentes continuará a fornecer a maioria dos participantes em operações de socorro e são um elo fundamental entre a sociedade civil e os elementos adstritos à sua protecção em situações de emergência, sendo o garante do empenho e do envolvimento de todos numa actividade que não pode ser deixada em exclusivo para o Estado e para os municípios.

sexta-feira, junho 02, 2006

Feira Nacional da Aventura começa hoje


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Cartaz da Feira Nacional da Aventura

Decorre a partir das 18:00 de hoje e até Domingo, mais uma edição da Feira Nacional da Aventura, com eventos ligados ao desporto, à ecologia e à natureza.

Esperam-se cerca de 20.000 visitantes para os 70 expositores e para as várias actividades que se podem praticar no Recinto de Feiras de Alcácer do Sal, local onde se realiza este evento após passagem pelo Montijo e por Alcochete.

A grande atracção desta adição será, o primeiro Mega Raid Aeroterrestre realizado em Portugal, que consiste numa concentração em Vendas Novas de veículos todo o terreno e quads, para daí seguir até Alcácer do Sal e que terá lugar já amanhã.

O trajecto do raid terrestre incluirá estradas secundárias, de modo a que os participantes fiquem a conhecer melhor esta região, com a primeira viatura a sair à passagem do primeiro avião, no que será o início da ligação aeroterrestre.

No Largo da Feira estão previstas diversas actividades, como descidas em slide, rappel, escalada, tiro com arco, balões de ar quente, air bungy e viagem de helicóptero.

Para quem tiver alguma disponibilidade este fim de semana e se interessar por todo o terreno ou desportos radicais, este é um evento a não perder.

O que irrita mais nos outros condutores?


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Mulheres a maquilharem-se ou homens a fazer a barba

As actividades que propomos implicam algumas deslocações de que decorre, inevitavelmente, algum tipo de interacção com outros condutores.

A Hagerty Insurance, uma companhia de seguros sedeada no Michigan, nos Estados Unidos, com uma carteira de 225.000 clientes e especializada em carros antigos e desportivos, fez um questionário aos seus clientes para saber quais são as atitudes mais irritantes dos condutores quando conduzem.

Os resultados obtidos, de acordo com a “ordem de irritação” provocada pelas várias atitudes propostas é:

1. Falar distraidamente ao telemóvel
2. Conduzir lentamente na faixa de esquerda
3. Condutores colados à traseira do carro da frente
4. Mudar constantemente de faixa para ganhar um ou dois lugares
5. Acelerar de propósito para impedi-lo de entrar na faixa deles
6. Mudar de faixas sem sinalizar
7. Condutores agressivos
8. Motociclistas que passam a alta velocidade entre os carros
9. Mulheres a maquilharem-se ou homens a fazer a barba
10.Condutores que se esquecem dos piscas ligados

Muitas outras atitudes consideradas irritantes nos ocorrem, algumas tipicamente lusitanas como o atirar algo pela janela, buzinar no meio de um engarrafamento ou circular com farois de nevoeiro ligados sem necessidade e desligados quando é preciso, mas esta será uma amostra do que não se deve fazer.

Se algum dos nossos leitores é adepto de uma destas práticas, aqui fica o aviso para o facto de poder não ser o condutor mais popular do Mundo.

Resposta a mensagens via "chat" no Gmail


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Respostas a mensagens agora via chat no Gmail

Para além do espaço que disponibiliza, o Google Mail tem introduzido várias inovações, sendo a mais conhecida a forma como agrupa as mensagens de uma mesma conversa.

Hoje surge mais uma inovação, a de responder a uma mensagem via "chat", surgindo para tal um botão novo, ao pé do "Reply" ou do "Forward", que permite usar o sistema de "instant messaging" ou de mensagem instantanea para a resposta.

Esta possibilidade é válida para os interloctores que estejam disponíveis na lista de "quick contacts" para "instant messaging", sendo que a nossa resposta surge integrada como um prolongamento da mensagem recebida.

Esta inovação, que vem esbater a fronteira entre mensagens e "chat", integrando-as numa única sequência, justifica pelo menos uma experiência, pelo que recordamos, mais uma vez, que dispomos de endereços de Gmail que cedemos a quem deles necessitar.

quinta-feira, junho 01, 2006

Galp apoia criação de empresas de biocombustíveis


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Refinaria da Galp

A Galp, petrolífera que produz 95% do gasóleo consumido no País, anunciou que vai aumentar gradualmente a incorporação de biodiesel no gasóleo, de acordo com a disponibilidade da produção nacional daquele combustível não poluente.

Para isso, admite a possibilidade de vir a promover e a incentivar a criação de novas unidades de fabricação do biocombustível, nomeadamente as que pretendam instalar-se em zonas próximas das suas refinarias, nomeadamente da de Sines, disse ao Diário de Notícias (DN) Cristina Cachola, directora de logística da petrolífera nacional.

Assim, partir do final do mês de Junho, a Galp terá toda a estrutura logística adaptada para passar a abastecer o mercado nacional de gasóleo já com uma incorporação de 5% de biodiesel.

Para garantir esta incorporação, a petrolífera celebrou com a Iberol, com produção em Alhandra, e a Torrejana, instalada em Torres Novas, dois contratos que lhe garantem o fornecimento de 160.000 toneladas anuais do biocombustível, que depois é misturado com o gasóleo nas suas refinarias.

O preço que o consumidor final pagará é exactamente o mesmo do gasóleo sem a incorporação daquele combustível, garantiu ao DN Cristina Cachola.

Tal deve-se ao facto de, embora a produção de biocombustível seja mais cara, este produto está isento do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, mas deve-se ter em atenção que a diferença de custo de produção é muito menor do que a do ISPP.

Seria, portanto, expectável que houvesse uma real descida do preço, tal como já referimos, sem o que se está a aumentar os lucros das empresas que incorporem biodiesel.

Este lucro é tanto maior, quanto o investimento realizado na readaptação das estruturas a este processo de incorporação é muito pequeno, pelo que não há lugar a custos a amortizar.

"Não foi por causa do investimento que a Galp não introduziu o biodiesel mais cedo, mas sim por falta de produção suficiente deste produto no mercado nacional", disse esta responsável.

A Galp garante assim o cumprimento da medida anunciada pelo primeiro-ministro na sexta-feira, quando afirmou que a partir de Junho cada litro de gasóleo passará a incorporar 5% de biodiesel.

Em declarações aos jornalistas, no final do debate mensal na Assembleia da República, o primeiro-ministro referiu que a medida do Governo está enquadrada "na legislação da União Europeia", que visa "incentivar a utilização deste combustível", de modo a "proteger o ambiente".

Onde estão os helicópteros?


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Incêndio florestal em 2005

O presidente da Câmara Municipal de Monção, o socialista José Emílio Moreira, considerou ser "vergonhoso" o facto de não haver durante a "Fase Bravo" em todo o Minho "um único helicóptero disponível" para o combate aos fogos florestais.

"Há dinheiro para submarinos, há dinheiro para helicópteros das Forças Armadas, mas pelos vistos não há dinheiro para meios aéreos para o combate aos fogos florestais", criticou José Emílio Moreira, em declarações à Agência Lusa.

O autarca insurgiu-se assim com o facto de um incêndio florestal que deflagrou cerca das 13:00 de quarta-feira na freguesia de Trute, concelho de Monção, que se estendeu à freguesia de Anhões e que às 22:30 de ontem ainda não estava circunscrito, estar a ser combatido apenas com meios terrestres.

"São locais de floresta muito densa e de difíceis acessos, pelo que os meios aéreos seriam fundamentais para controlar as chamas", acrescentou.

O 2º comandante dos Bombeiros Voluntários de Monção, João Parra, declarou que o combate às chamas está a ser dificultado também pelo "muito vento" que se faz sentir na região, adiantando que "nesta situação, não é possível prever quando é que o incêndio estará circunscrito".

No combate às chamas estão envolvidas as corporações de bombeiros de Monção, Valença e Arcos de Valdevez, num total de 25 homens e oito viaturas.

Na chamada "Fase Bravo", que vai de Maio a Junho, o dispositivo integrado do distrito de Viana do Castelo integra, permanentemente, 28 bombeiros e 7 veículos, sem qualquer meio aéreo, números que, na "Fase Charlie", de Julho a Setembro, subirão para 98 e 23, respectivamente, além de um único meio aéreo.

Este dispositivo, francamente insuficiente em caso de incêndios de maior dimensão, normais quando as temperaturas atingem os valores que só são esperados a partir de Julho, resulta de uma franca sub-avaliação das necessidades e de uma política economicista cujos resultados são patentes.

A existência de uma força de reserva com grande capacidade de mobilidade, que poderia ser semelhante ao Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR mas constituida por bombeiros experientes, poderia colmatar este tipo de situação, evitando que corporações sem o equipamento adequado lutem durante horas com pouco sucesso.

Infelizmente, até que esta reserva exista ou estejam disponíveis os meios previstos para a "Fase Charlie", esta é uma situação que certamente se irá repetir.

quarta-feira, maio 31, 2006

Dois bombeiros feridos em despiste


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Os acidentes com veículos de bombeiros são comuns

O autotanque dos Bombeiros Voluntários da Sertã, que se despistou, anteontem à noite, numa rotunda à entrada da vila, vai fazer muita falta à corporação.

Segundo o comandante Luís Simões, "era o único tanque com capacidade para 32.000 litros de água", pois os outros três ao dispor da corporação são mais pequenos.

No acidente, ficaram ligeiramente feridos dois bombeiros, o motorista, de 27 anos, e uma bombeira, de 29, regressavam de um incêndio em Proença-a-Nova quando, ao entrar numa rotunda de grandes dimensões, à saída do IC8, sucedeu o acidente.

"O rodado terá tocado no lancil da rotunda e, a partir daí, o condutor perdeu o controlo da viatura", explicou o comandante, garantindo que "não seguia em excesso de velocidade".

Na ocasião, o autotanque transportava cerca de 15.000 litros de água, o que poderá ter contribuído para o despiste, de acordo com Luís Simões.

Os dois bombeiros receberam assistência médica, tendo a jovem sido transportada para o Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, por suspeita de fractura num braço, o que acabou por não se confirmar.

Segundo o comandante, o veículo ficou bastante danificado, mas, "em princípio, terá condições para ser reparado", sendo, no entanto, impossível utilizá-lo nesta próxima campanha de incêndios.

Já alertamos para a especificidade da condução de veículos de emergência, nomeadamente ambulâncias e autotanques dado que normalmente acarretam riscos acrescidos.

Se no caso das ambulâncias, os perigos são intuitivos e derivam normalmente da pressa, o caso dos autotanques passa mais desapercebido e factores como o peso e a súbita variação do centro de gravidade, quando estes se encontram meio cheios, são por vezes negligenciados.

Mais perigoso do que transportar um reservatório cheio de água, a qual pouco se move devido à falta de espaço, é ter um nível intermédio, de modo a que a inércia projecte esta massa no sentido do movimento do veículo, dificultando travagens e contrariando as curvas.

Para quem está habituado a efectuar transportes, nomeadamente a distribuir carga em navios, o perigo de carregar uma enorme massa solta, que se move ao sabor do movimento do veículo e com tendência a prolongá-lo, é sinónimo de desastre eminente, razão pela qual este assunto deve ser objecto de alerta a nível das várias corporações.

Caso não seja possível, por qualquer razão, conduzir a velocidade moderada ou num piso que ofereça segurança, a nossa sugestão é a de que a água seja totalmente esvaziada, mesmo que a tal corresponda um desperdício, evitando assim acidentes como o que relatamos.

Temos vindo a insistir na necessidade de uma formação permanente nos corpos de bombeiros e no facto de não bastar ter carta de condução para habilitar a conduzir, com um nível de risco aceitável, um veículo de emergência sobretudo em situações de maior stress.

Helicópteros avariados vão ter manutenção rápida no terreno


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Exemplo do interior de uma "motor-home"

Portugal vai ter, a partir de 2007, um serviço de manutenção de helicópteros de combate a incêndios capaz de operar no local da avaria com rapidez e sem a necessidade de deslocar a aeronave para instalações de manutenção.

"Pela primeira vez no País, vai-se garantir assistência técnica no terreno, contrariamente ao que sempre tem sucedido, em que a aeronave avariada é deslocada para uma oficina e passa lá vários dias ou até semanas em reparação", segundo declarou ao Diário de Notícias Paulo Galacha, presidente da direcção da Associação de Ensino e Resposta a Desastres (AERD).

A ideia é ter "equipamentos espalhados pelas zonas onde estejam concentrados mais helicópteros em acções de combate a incêndios, usando grandes camiões TIR, que são autênticas oficinas de aeronáutica sobre rodas, deslocam-se para essas áreas, seguindo também para lá carros que transportam peças para reparar as aeronaves".

"Por via aérea são transportados engenheiros e equipamentos de análise e medida para verificar as aeronaves", adiantou Paulo Galacha que garante que assim, "os dez helicópteros da plataforma aérea permanente do Estado vão ter tempos de paragem mínimos e grandes vantagens em termos de operacionalidade".

Além disso, este serviço de manutenção "também inclui apoio aos pilotos nas fases de descanso e enquanto os helicópteros estão parados para reparação".

Uma "motor-home", um camião semelhante a uma das autocaravanas que estamos habituados a ver na Fórmula 1, desloca-se para alojar comodamente as tripulações durante esses períodos, evitando-se que o piloto passe horas e horas sentado numa pedra ao lado do aparelho avariado à espera que alguém o vá buscar.

"Os serviços de assistência técnica funcionam 24 horas por dia durante 365 dias por ano e já estão incluídos no negócio que o Estado celebrou com a Heliportugal para adquirir quatro helicópteros ligeiros e seis médios", revelou o mesmo responsável, que adiantou que aquela empresa contratou a logística de operações da AERD para participar no apoio à assistência especializada.

"Em Janeiro de 2007 chega o primeiro helicóptero médio adquirido pelo Estado português", referiu Paulo Galacha, que acrescentou que os restantes cinco "são entregues à medida que vão sendo fabricados na Rússia".

Estes aparelhos, 6 Kamov Ka32, no valor de 42.000.000 de euros, com capacidade para transportar 4.800 litros de água e 4 Eurocopter, no valor de 2.200.000 de euros, capazes de transportar até 1.000 litros de água, foram adquiridos na sequência de um processo que já levou os restantes concorrentes a contestar os resultados

A ideia da assistência no local, sendo interessante, obriga, no entanto, à existência de vias de comunicação que permitam a um camião TIR aproximar-se do helicóptero avariado, sem o que este terá que ser removido como até agora.

Infelizmente, e apesar da capacidade do Kamov para operar mesmo com algumas avarias, o risco de prolongar o voo até uma área onde o acesso da assistência seja mais fácil e possa ser realizado no local parece-nos inaceitável, sendo contra todos os procedimentos de segurança aeronáuticos, pelo que só com mais detalhes se poderá avaliar devidamente esta opção.

Apesar dos anúncios sucessivos, o facto é que este processo de aquisição promete ainda fazer correr muita tinta e o debate só ficará concluido, provavelmente, após decisão em tribunal ou até haver certificação para transporte para os Kamov.

terça-feira, maio 30, 2006

Portugal regista 518 incêndios florestais numa semana


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Um incêndio fora de controle no Verão de 2005

O número de incêndios em áreas verdes e agrícolas em Portugal desde o início do ano foi três vezes menor que no mesmo período do ano passado, segundo o Serviço Nacional de Bombeiros e a Defesa Civil.

Entre 1º de janeiro e terça-feira passada, houve 3.314 ocorrências, contra 10.498 no mesmo período do ano passado e a área queimada este ano totaliza 1.585 hectares, contra 10.931 nos primeiros meses de 2005.

O número de incêndios florestais foi de 144 na sexta-feira, o dia mais "quente" desde 14 de Maio, tendo sido registados 90 incêndios, sendo que na semana passada, houve ao todo 518 incêndios.

Ainda anteontem, um incêndio florestal consumiu uma área de pinhal em Vale da Galega, Pedrógão Pequeno, concelho da Sertã e, de acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco, o incêndio, foi combatido por 59 bombeiros, de seis corporações, apoiados por 16 viaturas e um helicóptero.

Na sexta-feira, foi anunciado o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, que visa reduzir progressivamente os incêndios em Portugal, sendo que a detecção rápida e a integração de uma única equipe são a grande aposta do dispositivo de combate aos incêndios, segundo o ministro da Administração Interna, António Costa.

Com a manutenção do tempo quente e cada vez mais atenções desviadas para o próximo Mundial de Futebol, assunto que abordaremos em breve, este é um Verão que antevemos particularmente problemático em termos de incêndios florestais, com o risco acrescido de passarem ao lado da opinião pública, mobilizada para outros eventos.

Sobressalente no capot


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Suporte de sobressalente já instalado no capot

Há muito que tinhamos as peças necessárias para colocar o sobressalente sobre o capot e que consta de uma peça central ou suporte e de quatro borrachas que servem de suporte ao pneu, para além de acessórios de fixação.

Existem dois modelos disponíveis, um com tranca, que consiste numa peça ou "espigão" onde é colocado o típico cadeado, e que pode ser visto na fotografia, sendo que a outra variante não possui esta peça que também ajuda a alinhar a jante no suporte.

Estas peças são fáceis de instalar, bastando para tal fazer no capot os furos necessários para rebitar ou aparafusar, tendo o cuidado de escolher a posição correcta em termos de apoios, de modo a coincidirem com a vertical do pneu.

No nosso caso, optamos por colocar parafusos, dado que permitem a remoção mais fácil quando optarmos por pintar o capot, mas quem já tenha passado essa etapa poderá, com vantagem, usar rebites.

Chamamos a atenção para o facto de ser necessário ter em atenção que as borrachas têm que ficar na diagonal do suporte central e não em cruz, de modo a que fiquem à mesma altura, e que o "corte" no circulo da peça central fique na direcção da frente do veículo.

Também lembramos que devem ser feitos furos no capot alinhados com o local dos parafusos de fixação do sobressalente, tendo estes um pequeno orifício que permite colocar um "clip", de maneira a que só possam ser desaparafusados até uma certa altura, mas não retirados sem abrir o capot.

Sendo um opcional que se pode adquirir a baixo custo no Ebay inglês, cuja instalação, para além de fácil não deve demorar mais do que uma hora, este pode ser um conjunto interessante que quase se torna essencial para quem pratica todo o terreno e necessita de mais de um sobressalente.

segunda-feira, maio 29, 2006

Dia Mundial da Energia


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Combustível com 20% de biodiesel e 80% de gasóleo

Apesar da crescente dependência energética e do impacto que esta situação causa na balança comercial e no ambiente, as medidas governamentais para combater este problema continuam escassas e sem aplicação prática.

Para além da burocracia, que por diversas vezes fez perder investimentos a favor de Espanha, a carga fiscal que incide sobre equipamentos destinados ao uso de energias renováveis é superior à que incide, por exemplo, sobre o gás ou a electricidade.

Mesmo a recente incorporação de biodiesel no gasóleo, que se cifra nos 5%, peca por escassa dado que a percentagem pode ser aumentada até 20% para os motores mais recentes sem perigo para o seu funcionamento e fiabilidade.

Caso fosse implementada uma forma de justiça fiscal, deveria haver opção para os consumidores de adquirirem gasóleo com 5 ou 20%, pagando o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos apenas sobre a parte de combustível derivada do petróleo, do que resultaria que, quem escolhesse uma mistura com maior percentagem de biodiesel, teria que pagar menos imposto.

O Dia Mundial da Energia devia, portanto, ser aproveitado para o governo anunciar medidas que incentivem a utilização de energias renováveis, utilizando programas estruturados, alterações fiscais e diminuição da burocracia, e para todos refletirmos sobre a necessidade de encontrar alternativas rápidas a combustíveis que, para além de poluentes e caros, em breve estarão esgotados.

Fica aqui o nosso apelo, a todos, para que escolham fontes de energia menos poluentes, obtidos a partir de energias renováveis, e que pressionem os nossos governantes no sentido de incentivar o uso de combustíveis alternativos.

Área ardida será reduzida nos próximos anos


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Incêndio florestal a 4 metros de um veículo

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, sustentou, em Lisboa, que é possível reduzir de forma significativa "as ignições e a área ardida" resultante dos incêndios florestais em Portugal.

"Sabemos que o problema dos incêndios é complexo, mas temos metas ambiciosas e dizemos "não" à renúncia ou ao conformismo. Podemos fazer bastante melhor, em comparação, por exemplo, com Espanha e França", acrescentou António Costa, que intervinha na sessão final do colóquio "Fogos Florestais: Desafios e Respostas", organizado pela Comissão Parlamentar Eventual para os Fogos Florestais.

Depois de referir que a reflexão sobre a questão dos incêndios "exige a convocatória de múltiplos saberes, da academia aos produtores florestais", António Costa realçou uma série de medidas governamentais executadas ou em fase de preparação para melhorar o combate aos fogos florestais.

O ministro da Administração Interna referiu, nomeadamente, a criação do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) na orgânica da Guarda Nacional Republicana para o combate de primeira intervenção aos fogos nascentes, através de equipas helitransportadas, que vêm reforçar as que já existiam em corporações de bombeiros e em associações de produtores florestais.

António Costa deu também ênfase à criação do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS), que é um conjunto de normas e procedimentos que asseguram que todos os agentes de Protecção Civil actuam, no plano operacional, articuladamente sob um comando único, sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e funcional.

Outra medida referida pelo ministro da Administração Interna foi a recente adjudicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).

Utilizando tecnologia digital, o SIRESP estará instalado e a funcionar em todo o país dentro de três anos e meio, garantindo a possibilidade de todos os agentes do sector do socorro e da segurança comunicarem entre si, o que não é assegurado pelos actuais sistemas de rádio.

O técnico da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, João Pinho apresentou um retrato dos fogos no colóquio parlamentar, que contou com a participação não só de deputados e governantes, mas também de agentes do sector dos Bombeiros e Protecção Civil e estudiosos do fenómeno dos incêndios.

"No Verão de 2003, Portugal assistiu à pior época de incêndios florestais de sempre. Vinte pessoas morreram em consequência directa dos fogos e quase 4.000 famílias foram directamente afectadas. A superfície ardida totalizou cerca de 420.000 hectares, valor quatro vezes superior à média dos dez anos anteriores, correspondendo a 8,5% da superfície arborizada, o que não teve paralelo nos países vizinhos, nem em qualquer outro país ocidental nas décadas mais recentes", adiantou João Pinho.

Sabemos, no entanto que o SIRESP irá demorar anos a estar operacional, com prioridade para as forças de segurança em detrimento dos bombeiros, que provavelmente só daqui a muito tempo estarão integrados neste sistema de comunicações.

Seria conveniente que, entretanto, se compatibilizassem meios, nomeadamente em termos de rádios e se instalasse uma base de comunicações digitais, mesmo que não encriptadas, que cobrissem todo os território nacional e permitissem uma forma, mesmo que rudimentar, de localização dos intervenientes.

No entanto, não é apenas com uma melhoria das comunicações, mas da coordenação operacional que se pode esperar uma melhoria significativa, pelo que o anúncio de um instrumento não pode ser equiparado à resolução de um problema prático para o qual a formação no uso destas novas ferramentas é essencial.

domingo, maio 28, 2006

Painel auxiliar para Série


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Diversas versões de painel auxiliar para Série 2/2A

Este opcional tem-se revelado raro e difícil de obter, atingindo por vezes valores algo absurdos e pouco de acordo com a sua real condição.

Felizmente, têm surgido réplicas de boa qualidade e que podem ser adquiridas com um, dois ou sem qualquer dos orifícios de 50 mm destinados a manometros adicionais ou a um relógio e para veículos de condução à direita ou à esquerda.

Com um preço de compra de 9.50 libras, sensivelmente equivalente a 14 euros, a que acrescem portes no Ebay inglês, esta é uma opção que poderá ser de ter em conta para quem deseje instalar um conjunto de manómetros adicionais ou simplesmente melhorar o interior por vezes detriorado de um Série.

Gasóleo passará a incorporar 5% de biodiesel


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Sistema de fabrico de biodiesel

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que, a partir de Junho, o gasóleo passará a incorporar 5% de biodiesel, no seguimento de uma medida prevista na legislação da União Europeia para defender o ambiente e reduzir a dependência energética.

Em declarações aos jornalistas, no final do debate mensal na Assembleia da República, José Sócrates declarou que a medida do Governo está enquadrada "na legislação da União Europeia", que visa "incentivar a utilização deste combustível" e "proteger o ambiente".

Segundo a revista AutoHoje, o Governo prepara-se para legislar no sentido de obrigar à incorporação em cada litro de gasóleo 5% de biodisel e que esta prática não provocará qualquer aumento do preço do gasóleo.

Embora parcialmente, a BP e a Repsol já estão a comercializar gasóleo que incorporou biodiesel nas fábricas de Alhandra e Torres Novas, sendo de prever que em breve a Galp lhes siga o exemplo.

No entanto, e de acordo com o Orçamento Geral de Estado, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos apenas devia incidir sobre a parte do combustível obtida a partir do petróleo, pelo que seria lógico assistir a uma ligeira descida de preço derivado do facto de o ISPP não dever incidir sobre a percentagem de biodiesel incorporada.

Assim, esperamos que esta medida se concretize e sejam prestados os devidos esclarecimentos, nomeadamente em termos fiscais, de modo a que esta medida não se traduza num abuso de legalidade duvidosa com o ISPP a incidir sobre produtos que não derivam do petróleo.