O bombeiro Daniel Falcão, de 25 anos, da corporação de Miranda do Douro que sofrera ferimentos graves no mesmo fogo de 01 de Agosto, de onde resultou a morte do colega António Ferreira, morreu esta noite no Hospital da Prelada, no Porto.
Este bombeiro ficou gravemente queimado num incêndio ocorrido em Miranda do Douro, não tendo resistido às queimaduras de segundo e terceiro grau que lhe afectaram entre 70 a 80% da superfície corporal, vindo por falência multiorgânica.
Com a morte do Daniel, sobe para oito o número de bombeiros que morreram desde o início de Agosto na sequência do combate aos incêndios florestais, sendo o segundo proveniente da corporação de Miranda do Douro.
sábado, setembro 07, 2013
sexta-feira, setembro 06, 2013
Demasiado novos para morrer... - 3ª parte
Naturalmente que factores de vária ordem podem ser considerados como diferenciadores, desde o tipo de apoio à logística, mas foi após o período de desgaste inicial, onde houve um maior equilíbrio, que os ingleses, com uma média de idades bastante superior à dos argentinos, não obstante alguns elementos muito jovens, não só se superiorizaram de forma decisiva, como sofreram menos de "stress" pós traumático do que o esperado.
Sabendo-se que em muitos conflitos morre um maior número de combatentes por suicídio, como resultado de distúrbios psicológicos, do que em missões de combate, a que acresce um elevado número de disfuncionalidades, a questão da maturidade, e inerentemente da idade, adquire uma maior preponderância.
Infelizmente, desconhecemos estatísticas quanto à forma como o "stress" afecta os bombeiros portugueses, sobretudo aqueles que ficaram feridos ou estiveram envolvidos em operações das quais resultaram vítimas, nem temos conhecimento da sua existência, mas duvidamos seriamente que, para além de uma primeira fase, o acompanhamento esteja de acordo com o exigível ou compatível com aquele que é prestado a outros profissionais, como aqueles que prestam serviço nas forças de segurança.
No entanto, quanto mais jovem, maior a probabilidade de um trauma a nível psicológico ter consequência irreparáveis, podendo ficar ocultas por um longo período, sob uma aparência de normalidade, mas com consequências devastadoras no futuro, que podem afectar não apenas o próprio, mas também com que ele conviva ou dependa.
Sabendo-se que em muitos conflitos morre um maior número de combatentes por suicídio, como resultado de distúrbios psicológicos, do que em missões de combate, a que acresce um elevado número de disfuncionalidades, a questão da maturidade, e inerentemente da idade, adquire uma maior preponderância.
Infelizmente, desconhecemos estatísticas quanto à forma como o "stress" afecta os bombeiros portugueses, sobretudo aqueles que ficaram feridos ou estiveram envolvidos em operações das quais resultaram vítimas, nem temos conhecimento da sua existência, mas duvidamos seriamente que, para além de uma primeira fase, o acompanhamento esteja de acordo com o exigível ou compatível com aquele que é prestado a outros profissionais, como aqueles que prestam serviço nas forças de segurança.
No entanto, quanto mais jovem, maior a probabilidade de um trauma a nível psicológico ter consequência irreparáveis, podendo ficar ocultas por um longo período, sob uma aparência de normalidade, mas com consequências devastadoras no futuro, que podem afectar não apenas o próprio, mas também com que ele conviva ou dependa.
Morreu o sétimo bombeiro vítima dos incêndios este ano
Morreu o sétimo bombeiro, vítima dos combates aos fogos desde o início de Agosto, que ficara ferido num incêndio em Sanfins, no concelho de Valença, a 27 de Agosto, e que se encontrava em estado considerado grave, em coma induzido e com respiração assistida, com prognóstico muito reservado.
O bombeiro Fernando Manuel Reis, de 50 anos, dos Bombeiros Voluntários de Valença, tinha sofrido queimaduras em 19% do corpo tendo sido internado no Hospital de Braga e transferido a 29 de Agosto para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde veio a falecer perto ontém, quinta-feira.
Este bombeiro tinha muita experiência, sendo voluntário desde 1987 e ficou gravemente queimado, sobretudo na cabeça e pescoço, numa reviravolta do fogo resultante de uma súbita mudança da direcção do vento, quando tentava retirar uma viatura de combate aos fogos, que também ficou danificada.
Diversos bombeiros permanecem internados, sobretudo nas unidades de queimados, alguns dos quais desde o início de Agosto, continuando em estado grave, alguns dos quais ainda correm risco de vida.
O bombeiro Fernando Manuel Reis, de 50 anos, dos Bombeiros Voluntários de Valença, tinha sofrido queimaduras em 19% do corpo tendo sido internado no Hospital de Braga e transferido a 29 de Agosto para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde veio a falecer perto ontém, quinta-feira.
Este bombeiro tinha muita experiência, sendo voluntário desde 1987 e ficou gravemente queimado, sobretudo na cabeça e pescoço, numa reviravolta do fogo resultante de uma súbita mudança da direcção do vento, quando tentava retirar uma viatura de combate aos fogos, que também ficou danificada.
Diversos bombeiros permanecem internados, sobretudo nas unidades de queimados, alguns dos quais desde o início de Agosto, continuando em estado grave, alguns dos quais ainda correm risco de vida.
quinta-feira, setembro 05, 2013
Demasiado novos para morrer... - 2ª parte
Seguidamente, temos a maturidade, e neste caso, por mais formação que exista, por muita experiência que se possa obter participando no maior número de operações possível, depende de factores que não são controláveis e, embora varie para cada pessoa, vai depender essencialmente do tempo.
Temos, depois, um inegável componente físico, sabendo-se que um conjunto de características, ligadas à resistência e endurance, vai aumentando durante mais tempo do que outras, mais relacionadas com velocidade ou força, facto que é facilmente entendido quando se compara a idade em que um sprinter e um maratonistas atingem o seu melhor desempenho.
Num âmbito diferente, e como forma de reforçar a nossa posição, queremos lembrar os combates entre ingleses e argentinos nas Falkland ou Malvinas, onde o maior profissionalismo dos britânicos, aliado a uma maior resistência e maturidade, factores que se começaram a sentir após alguns dias de combate, levou a melhor sobre os muito mais jovens oponentes.
Temos que pensar seriamente no facto de os últimos quatro bombeiros a falecer terem entre os 19 e os 24 anos, sendo portanto muito jovens, enquanto os dois primeiros andavam na casa dos quarenta, sendo que estes números ganham especial dimensão quando comparados com os efectivos das faixas etárias a que pertencem.
Temos, depois, um inegável componente físico, sabendo-se que um conjunto de características, ligadas à resistência e endurance, vai aumentando durante mais tempo do que outras, mais relacionadas com velocidade ou força, facto que é facilmente entendido quando se compara a idade em que um sprinter e um maratonistas atingem o seu melhor desempenho.
Num âmbito diferente, e como forma de reforçar a nossa posição, queremos lembrar os combates entre ingleses e argentinos nas Falkland ou Malvinas, onde o maior profissionalismo dos britânicos, aliado a uma maior resistência e maturidade, factores que se começaram a sentir após alguns dias de combate, levou a melhor sobre os muito mais jovens oponentes.
Temos que pensar seriamente no facto de os últimos quatro bombeiros a falecer terem entre os 19 e os 24 anos, sendo portanto muito jovens, enquanto os dois primeiros andavam na casa dos quarenta, sendo que estes números ganham especial dimensão quando comparados com os efectivos das faixas etárias a que pertencem.
quarta-feira, setembro 04, 2013
Demasiado novos para morrer... - 1ª parte
A morte de seis bombeiros desde o início do mês de Agosto (sete no dia seguinte à publicação deste texto), entre eles quatro muito jovens, deve ser objecto de reflexão, sendo importante uma atenção especial em relação às idades daqueles que perderam a vida como resultado directo de operações de combate aos incêndios florestais.
Se cada caso é específico, e tem que ser averiguado e analisado individualmente, o que será feito através de um inquérito, a questão da idade das vítimas de de um conjunto de condicionalismo relacionados devem ser abordados, dado estarmos diante de situações verdadeiramente preocupantes e que dependem de diversos factores.
A primeira vertente é a da formação, e esta tem vindo a progredir a todos os níveis ao longo dos últimos anos, com um sistema de ensino mais adequado às realidades, mais exigente em termos teóricos e técnicos, que permite aos elementos recém admitidos participar em operações com maior segurança e confiança do que no passado.
Em segundo lugar, levanta-se a questão da experiência, e esta apenas pode ser adquirida com a prática, participando nas operações, contactando com a realidade e aprendendo com quem já participa activamente neste tipo de missão há longos anos complementa o sistema de formação no terreno.
Se cada caso é específico, e tem que ser averiguado e analisado individualmente, o que será feito através de um inquérito, a questão da idade das vítimas de de um conjunto de condicionalismo relacionados devem ser abordados, dado estarmos diante de situações verdadeiramente preocupantes e que dependem de diversos factores.
A primeira vertente é a da formação, e esta tem vindo a progredir a todos os níveis ao longo dos últimos anos, com um sistema de ensino mais adequado às realidades, mais exigente em termos teóricos e técnicos, que permite aos elementos recém admitidos participar em operações com maior segurança e confiança do que no passado.
Em segundo lugar, levanta-se a questão da experiência, e esta apenas pode ser adquirida com a prática, participando nas operações, contactando com a realidade e aprendendo com quem já participa activamente neste tipo de missão há longos anos complementa o sistema de formação no terreno.
terça-feira, setembro 03, 2013
Localizadores no socorro - 2ª parte
Interior de um TK-102, vendo-se o IMEI
Uma característica importante é o botão de SOS, que, uma vez accionado envia as coordenadas do equipamento para um número ou endereço pré-configurado através da rede GSM, sendo possível obter som ambiente recolhido a partir do microfone do localizador o que permite avaliar melhor a situação no local.As pequenas dimensões deste equipamento, inferiores às de um maço de tabaco, permitem que seja transportado com grande facilidade, preso a um capacete ou no bolso de um casaco, por exemplo, devendo-se ter alguns cuidados, nomeadamente a nível da protecção física, contra impactos, e térmica, evitando temperaturas excessivas.
Naturalmente que o funcionamento depende da existência e funcionalidade da rede móvel, o que nem sempre acontece em ambiente rural, mas, dado o baixo volume de dados transmitidos, excluindo a comunicação de som, mesmo com sinal fraco e degradado a ligação pode continuar activa.
Os dados podem ser recolhidos em tempo real num servidor, com os dados a serem afixados sobre um mapa digital, permitindo a quem monitoriza o sistema decidir com rapidez e a informação adequada quais as opções que melhor se adequem à situação, enviando meios para o local, caso tal seja considerado necessário.
segunda-feira, setembro 02, 2013
"Walkie talkies" no Lidl
O conjunto de "walkie talkies" do Lidl
Mesmo não sendo os modelos mais adequados para comunicações de recurso, os "walkie talkie" ou PMR 446, de Private Mobile Radio 466 MHz, apresentam diversas vantagens, como o baixo preço e o facto de dispensarem licença, pelo que, mesmo tendo um alcance fraco, não deixam de ser uma opção a ter em conta em situações muito específicas, sobretudo de carácter lúdico.O modelo comercializado nas lojas Lidl, da marca Silvercrest, tal como muitos outros equipamentos electricos e electrónicos distribuidos por esta cadeia, é relativamente simples, seguindo o desenho mais comum, e possui as características de fiabilidade e resistência necessárias para serem utilizados na maioria das situações.
Estes "walkie talkies" têm um alcance de até 8 km, sem obstáculos, e possuem função VOX, com 3 níveis de sensibilidade, um total de 8 canais, cada um deles com 38 subcanais (CTCSS) e 83 subcanais (CDCSS), evitando sobreposições e mantendo a reserva das comunicações.
A partir desta 2ª feira, dia 02 de Setembro, este conjunto que inclui, para além de um par de "walkie talkies", o carregador, pilhas, 2 auscultadores com microfone e 2 clips para cinto estarão disponíveis nas lojas da cadeia Lidl por um preço de 34.99 Euros.
Localizadores no socorro - 1ª parte
Um localizador portátil TK-102
Desenvolvemos recentemente um projecto que envolve o uso de localizadores pessoais, os quais enviam a informação posicional e alertas para um servidor, que recorre ao GPS Gate sobre um sistema operativo Windows Server 2003, instalado num simples computador pessoal com ligação permanente à Internet.Esta solução foi pensada como forma de proteger pessoas e bens, que podem incluir desde objectos móveis a veículos, mas a mesma pode ser facilmente utilizada para outros fins, em situações e circunstâncias distintas, nomeadamente como forma de monitorar quem participe em missões de socorro ou no combate aos fogos.
Os contornos da solução foram descritos em textos anteriores, onde as características dos diversos modelos de localizadores, no caso os Xexun ou derivados, do modelo TK-102, móvel, e TK-103 para serem instalados em veículos e com características adicionais, bem como o "software" instalado no servidor, pelo que sobre este assunto solicitamos a leitura destes "posts".
O objectivo deste novo conjunto de textos é o de abordar o uso deste tipo de equipamento e da respectiva plataforma de gestão em operações relacionadas com o socorro, incluindo aqui a necessidade de socorrer quem participa no combate aos fogos e que, tantas vezes, necessita de auxílio imediato, tanto mais eficaz quanto maior for a rapidez do mesmo.
domingo, setembro 01, 2013
Morreu 5º bombeiro este Agosto e o 3º nos fogos do Caramulo - 2ª parte
Evacuação de um ferido de um incêndio
Noutro incidente, um bombeiro de Valença de 50 anos, com bastante experiência, sofreu queimaduras graves numa reviravolta do fogo em Sanfins, quando tentava retirar uma viatura, que também ficou danificada, tendo sido evacuado para o hospital de Braga em estado grave.Outros quatro bombeiros provenientes do Corpo de Bombeiros de Famalicão da Serra, ficaram feridos em Vila Nova de Foz Coa, tendo sido assistidos no local e posteriormente na unidade de saúde básica de Vila Nova de Foz Côa.
Com uma morte e mais de uma dezena de feridos, a passada quinta feira foi mais um dia trágico no combate aos fogos, com um número de ocorrência elevado, uma vasta área ardida e um combate extremamente difícil, com um elevado nível de risco sempre presente, facto que deve fazer todos refletir.
É inegável, e implicitamente inevitável, que o combate aos fogos seja uma actividade que envolve risco, mas o elevado número de vítimas entre quem combate os incêndios justifica plenamente uma análise cuidada e a adopção de medidas e procedimentos que contribuam para uma maior segurança de todos quantos estão envolvidos nas operações.
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