sábado, maio 27, 2006
Google, Picasa & Linux
A Google disponibilizou uma versão do Picasa capaz de correr em Linux, testado num equipamento a correr Wine, sem recurso a emuladores ou outro "software" adicional.
Para quem não conhece, o Picasa é um "software" que permite encontrar, editar e organizar imagens num computador pessoal e integra-se com outros produtos da Google, sendo distribuido gratuitamente via Internet.
Mesmo para quem não necessite deste produto, a aposta da Google no Linux é para nós particularmente bem vinda, pois esperamos uma versão do Google Earth para este sistema operativo de modo a testar algumas soluções de orientação a baixo custo.
Para quem não conhece, o Picasa é um "software" que permite encontrar, editar e organizar imagens num computador pessoal e integra-se com outros produtos da Google, sendo distribuido gratuitamente via Internet.
Mesmo para quem não necessite deste produto, a aposta da Google no Linux é para nós particularmente bem vinda, pois esperamos uma versão do Google Earth para este sistema operativo de modo a testar algumas soluções de orientação a baixo custo.
Jovens recebem 12 euros por dia para limpar a mata
Jovens a percorrer um itinerário florestal
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa no Governo Civil por Catarina Rodrigues, responsável da delegação do IPJ, na apresentação do programa para este ano, a que se podem candidatar autarquias e associações como entidades promotoras.
Os jovens voluntários, que terão de ter mais de 18 anos, recebem uma bolsa de 12 euros diários, terão um seguro de acidentes pessoais e formação geral e específica, mas não vão participar em acções de combate a incêndios por razões de segurança e operacionalidade, limitando a sua acção à prevenção, limpeza de matas e sensibilização de populações.
Filipe Neto Brandão, governador civil de Aveiro, sublinhou "a generosidade que os jovens emprestam ao que fazem" e a importância da "pedagogia cívica do programa" para a preservação da floresta.
António Ribeiro, o segundo comandante do Centro Distrital de Operações, considerou que é também uma oportunidade "para os jovens conhecerem a floresta por dentro", concluindo que "a limpeza e manutenção da floresta é um problema de gerações" pelo que a sensibilização tem de começar pelos jovens.
Sem mais detalhes, torna-se impossível avaliar a importância desta iniciativa, para além da sensibilização a nível dos próprios participantes, sobretudo tendo em conta a forma como acções semelhantes foram implementadas no passado.
No entanto, dividindo os participantes pelas semanas de actividade, teremos em permanência cerca de 50 jovens, desconhecendo-se detalhes organizativos e de logística, essenciais para o sucesso deste tipo de actividade.
A título de exemplo, sem que exista um sistema de transporte organizado, as áreas de actuação serão escassas e sempre na periferia das povoações, onde a prevenção é, efectivamente, protagonizada pelos próprios habitantes.
A própria "formação geral e específica" carece de ser explicada, para saber se estamos a falar de algo concreto, tecnicamente aprofundado e que será utilizado na prática, valorizando os formandos, ou das habituais sessões onde algumas ideias genéricas e do conhecimento de todos servem de base a divagações inúteis.
Sem enquadramento, meios de transporte e comunicações, não podemos falar de prevenção, quando muito de limpeza de algumas zonas selecionadas, resultando apenas numa forma de educar os participantes, sensibilizando-os para a problemática dos incêndios florestais.
sexta-feira, maio 26, 2006
10°Raid Todo-o-Terreno de Gouveia - Serra da Estrela
Cartaz do 10°Raid Todo-o-Terreno de Gouveia
Para além da prática de todo o terreno e do convívio que será proporcionado por esta actividade que decorre numa zona do País de grande beleza paisagística, existe uma vertente gastronómica que tem vindo a ganhar fama nesta região.
As inscrições, bem como informações complementares, podem ser realizadas no secretariado do 10º Raid de Gouveia, cuja morada é Apartado 60 6290-909 Gouveia, ou através do telefone/fax 238492891 e dos telemóveis 965402335 / 965156916 / 917001944.
Este "raid" conta com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Gouveia, pelo que aqui deixamos o convite a quem se possa deslocar a esta cidade da Beira Alta e deseje conhecer esta zona serrana com tantos atractivos.
O fogo na comunicação social
Um dos muitos incêndios transmitidos pela TV
Na verdade, não há respostas defenitivas mesmo para quem estudou o tema, como Rui Abrunhosa, docente da Universidade do Minho, que admite a insuficiência dos estudos, explicada pela "grande complexidade" do tema.
Para Rui Abrunhosa, que colaborou na investigação do perfil do incendiário iniciada em 1999, é pelas características detectadas nos indivíduos estudados que se percebe a sensibilidade do tema.
Estamos a falar de pessoas com elevados níveis de perturbações mentais, 58% da amostra, alcoolismo, também com 58%, maus tratos na família de origem, perto dos 46%, ou internamentos prévios à detenção que chega aos 23%.
"Atendendo ao perfil, são pessoas com dificuldades em entender a ilicitude dos actos e com elevada vulnerabilidade perante influências externas", explicou Rui Abrunhosa.
Depois de Cristina Soeiro, que coordena o estudo do perfil, ter alertado para a baixa incidência da piromania, entendida enquanto compulsão sem qualquer outra motivação, vários jornalistas questionaram a pertinência de se proporem mecanismos de auto-regulação, que sendo imposta poderá assumir contornos de censura à comunicação social.
Também para o inspector Carlos Farinha, da Polícia Judiciária, "temos poucos pirómanos, mas muitos incendiários", definidos como pessoas que pela sua conduta tipicamente negligente são responsáveis por grande parte dos incêndios.
Segundo este inspector, "o papel da comunicação social também é dizer que o país arde porque há condutas incorrectas", sendo portanto improvável que da transmissão de imagens resulte o aumento de fogos propositados, mesmo havendo uma óbvia tendência a considerar como de origem criminosa a maioria dos incêndios para os quais não se encontra outra causa.
Temos, no entanto, uma outra vertente que tem sido explorada da pior forma, a exposição sensacionalista das vítimas, sobretudo no respeitante a quem perdeu os seus haveres, de uma forma quase obscena que nada tem a ver com o dever de informar.
Existe uma manifesta e lamentável predisposição para passar até à exaustão imagens de quem chora, grita ou lamenta, das quais não se pode tirar nenhuma conclusão que aquelas que há muito conhecemos, e que são as trágicas consequências dos incêndios, mas que acabam por expor seres humanos, que merecem o nosso respeito e solidariedade, de forma pouco digna, instrumentalizados como meros factores de aumento de audiências.
Não consideramos que da transmissão de imagens de fogos resulte um aumento de incidências que justifique medidas restritivas, mas que toda a envolvência humana tem, forçosamente, que ser tratada com um cuidado e um respeito que até agora não se verificou, sob pena de multiplicar os traumas das vítimas, sacrificadas, quem sabe mais uma vez, a meros interesses económicos que nada têm a ver com o dever de informar e o direito de ser informado.
Igualmente grave, é a tendência para o esquecimento uma vez que se verifique que o filão dos incêndios e de todas as tragédias humanas que daí resultam deixam de garantir o nível de audiências pretendido, altura em que, encontrado um novo interesse que habitualmente coincide com o regresso das férias e o reinício da actividade política, os fogos que alimentaram os orgãos de comunicação social durante o Verão, subitamente desaparecem.
Sem recorrer a mecanismos de censura, e sabendo que a auto-regulação tem tendência a não funcionar quando as contrapartidas financeiras falam mais alto, a existência de uma entidade reguladora e de regras parece essencial para moralizar uma actividade cujo impacto social é por demais conhecido.
quinta-feira, maio 25, 2006
Já nas bancas o nº 11 da revista Land Portugal
Capa do nº 11 da revista Land Portugal
Com artigos sobre os "nossos" Land Rover, bem como sobre encontros, mecânica, organização de passeios entre outros, esta é uma publicação que conquistou um lugar de referência entre os adeptos da marca.
Fica aqui esta sugestão de leitura a pensar no fim de semana que se aproxima e que esperamos coexista com os passeios a que o bom tempo convida.
GNR inicia combate aos fogos com falhas logísticas
Os helicópteros que servem as equipas do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR não estão certificados para helicordagem, o que constitui uma limitação no acesso a alguns cenários de fogo.
A falta de certificação para helicordagem, descida por cordas a partir de um helicóptero em voo estacionário, tem sido minimizada, por a técnica ser "pouco usada" no combate a fogos e "na perspectiva da GNR, estamos a ser transportados prioritariamente para o helicóptero aterrar".
"Quando as condições não permitirem, ou pousamos o mais próximo possível ou regressamos à base", explica o major Paixão, comandante do GIPS, que remete a questão de certificação dos aparelhos para o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Deste organismo, a resposta é lacónica, dizendo que "os hélis não têm o sistema de helicordagem instalado porque não é necessário para o ataque inicial", mas o facto é que esta questão pode inviabilizar a intervenção do GIPS caso não haja áreas de aterragem próximas do objectivo.
O obstáculo é o mais flagrante entre outras dificuldades a nível de logística com que as várias secções do grupo se têm confrontado na fase de instalação no terreno, mas também as comunicações têm levantado problemas num universo onde a falta de uniformidade de meios leva a incompatibilidades entre os equipamentos utilizados pelos vários intervenientes na mesma operação que, por vezes, encontram no telemóvel o único meio comum a todos os participantes.
"Sabemos que o nível de exigência é alto e de alguma forma temos todos os olhos postos em nós. Mas as críticas até têm constituído uma motivação adicional e sinto que estes homens querem demonstrar que são capazes", descreve o capitão Antunes, comandante da 1ª Companhia do GIPS, sedeada na Lousã.
Desde dia 15 que o GIPS começou a operar, embora nesta fase com apenas cerca de metade dos meios, ficando com o efectivo completo a partir de Julho, com a chamada "Fase Charlie" do dispositivo de combate a fogos.
A estreia no contacto com as chamas deu-se na quinta-feira passada e é descrita pelo comandante da companhia com orgulho. "Em Figueiró dos Vinhos ardeu meio hectare, junto à vila. Actuámos em parceria com os bombeiros e correu muito bem", garante este oficial.
Depois da desconfiança inicial com que a criação do GIPS foi recebida, o capitão Antunes acredita que a cooperação vai imperar e já iniciou contactos com comandos de corporações de bombeiros e tenciona efectuar reuniões de trabalho "para nos darmos a conhecer e assim dirimir eventuais conflitos".
Relativamente à criação do GIPS, já nos pronunciamos por diversas vezes e continuamos a considerar que teria sido mais eficaz se o investimento fosse feito na profissionalização e equipamento de bombeiros experientes.
Assim, temos uma força pouco experiente mas dotada de equipamentos de qualidade muito superior ao dos bombeiros, com uma capacidade de mobilidade superior à destes, mas com uma menor capacidade de combate e preparada para suportar apenas períodos de intervenção extremamente curtos.
Também a questão das comunicações é particularmente sensível, sendo absolutamente necessário compatibilizá-las antes de tentar colocar no terreno em operações conjuntas quem possa vir a ter dificuldades em manter o contacto.
Em termos de opção táctica, parece-nos errada, e como mensagem política, surge como particularmente infeliz, fruto de uma falta de diálogo que parece imperar a vários níveis e que pode ter consequências delicadas em situações futuras.
A falta de certificação para helicordagem, descida por cordas a partir de um helicóptero em voo estacionário, tem sido minimizada, por a técnica ser "pouco usada" no combate a fogos e "na perspectiva da GNR, estamos a ser transportados prioritariamente para o helicóptero aterrar".
"Quando as condições não permitirem, ou pousamos o mais próximo possível ou regressamos à base", explica o major Paixão, comandante do GIPS, que remete a questão de certificação dos aparelhos para o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Deste organismo, a resposta é lacónica, dizendo que "os hélis não têm o sistema de helicordagem instalado porque não é necessário para o ataque inicial", mas o facto é que esta questão pode inviabilizar a intervenção do GIPS caso não haja áreas de aterragem próximas do objectivo.
O obstáculo é o mais flagrante entre outras dificuldades a nível de logística com que as várias secções do grupo se têm confrontado na fase de instalação no terreno, mas também as comunicações têm levantado problemas num universo onde a falta de uniformidade de meios leva a incompatibilidades entre os equipamentos utilizados pelos vários intervenientes na mesma operação que, por vezes, encontram no telemóvel o único meio comum a todos os participantes.
"Sabemos que o nível de exigência é alto e de alguma forma temos todos os olhos postos em nós. Mas as críticas até têm constituído uma motivação adicional e sinto que estes homens querem demonstrar que são capazes", descreve o capitão Antunes, comandante da 1ª Companhia do GIPS, sedeada na Lousã.
Desde dia 15 que o GIPS começou a operar, embora nesta fase com apenas cerca de metade dos meios, ficando com o efectivo completo a partir de Julho, com a chamada "Fase Charlie" do dispositivo de combate a fogos.
A estreia no contacto com as chamas deu-se na quinta-feira passada e é descrita pelo comandante da companhia com orgulho. "Em Figueiró dos Vinhos ardeu meio hectare, junto à vila. Actuámos em parceria com os bombeiros e correu muito bem", garante este oficial.
Depois da desconfiança inicial com que a criação do GIPS foi recebida, o capitão Antunes acredita que a cooperação vai imperar e já iniciou contactos com comandos de corporações de bombeiros e tenciona efectuar reuniões de trabalho "para nos darmos a conhecer e assim dirimir eventuais conflitos".
Relativamente à criação do GIPS, já nos pronunciamos por diversas vezes e continuamos a considerar que teria sido mais eficaz se o investimento fosse feito na profissionalização e equipamento de bombeiros experientes.
Assim, temos uma força pouco experiente mas dotada de equipamentos de qualidade muito superior ao dos bombeiros, com uma capacidade de mobilidade superior à destes, mas com uma menor capacidade de combate e preparada para suportar apenas períodos de intervenção extremamente curtos.
Também a questão das comunicações é particularmente sensível, sendo absolutamente necessário compatibilizá-las antes de tentar colocar no terreno em operações conjuntas quem possa vir a ter dificuldades em manter o contacto.
Em termos de opção táctica, parece-nos errada, e como mensagem política, surge como particularmente infeliz, fruto de uma falta de diálogo que parece imperar a vários níveis e que pode ter consequências delicadas em situações futuras.
quarta-feira, maio 24, 2006
Comunicado da APBV
Site da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários
O projecto de alteração apresentado pela APBV contempla 25 propostas que beneficiarão não só os Bombeiros Voluntários, bem como, os seus familiares directos e os directores das Associações detentoras dos nossos corpos de bombeiros.
2 A APBV entregou no dia 10 de Maio, no Ministério da Administração Interna, um conjunto de propostas que deverão ser contempladas no anteprojecto de diploma do Regime Jurídico dos Bombeiros.
3 Aquando da audiência com Exmo. Senhor Presidente do SNBPC, Major-General Arnaldo Cruz, a APBV entregou, também, um conjunto de propostas que deverão ser apreciadas e contempladas na futura legislação.
4 CARTÕES DE ASSOCIADO
Por forma a serem remetidos os cartões de associado, a APBV vem solicitar a todos os seus associados o favor de enviarem, com a maior brevidade possível, uma foto tipo passe. A mesma poderá ser enviada por e-mail e/ou via CTT. Os cartões (tipo Multibanco) serão enviados a todos os associados que tenham liquidado a quota referente ao ano de 2006.
5 EMISSÃO DE RECIBOS
A APBV vem solicitar a todos os seus associados que ainda não liquidaram a quota referente ao ano de 2006 o favor de a liquidarem, por forma, a manter actualizado o ficheiro de associados, poderem ser emitidos os recibos e os cartões de associado.
6 ELEIÇÃO DE DELEGADOS LOCAIS E DISTRITAIS
A APBV irá convocar a eleição dos Delegados Locais, Delegados Distritais e seus Adjuntos, bem como, os Delegados Representantes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Tudo faremos, com o V/ contributo e empenho, para que este processo esteja concluído até finais de Junho de 2006.
7 CAMPANHAS
A APBV congratula-se por ter sido escolhida para ser o “rosto” de duas importantes campanhas que irão decorrer a nível nacional. Oportunamente serão dadas a conhecer mais informações.
8 FORMAÇÃO
A APBV está a apostar fortemente na formação. Relembramos que entre 17 e 25 de Junho decorrerá, em Vila do Conde, o Curso de Guias de Cães de Busca e Salvamento. Para mais informações visite o nosso site em www.APBV.org.
9 AGRADECIMENTO
A APBV agradece a todos aqueles que deram o seu contributo na recolha de assinaturas para a entrega da petição na Assembleia da Republica, que se associaram nesta Associação que é de todos nós e que visa representar, dignificar e defender os Bombeiros Voluntários, bem como, a todos os que têm “angariado” novos associados. A todos, o nosso bem-haja.
Saudações Humanitárias
“Ser Bombeiro não é o que fazemos, é o que somos!”
Fechadura para o capot
Aspecto da fechadura para o capot com cadeado
A Land Rover dispõe, como opcional, desta peça, inicialmente destinada aos Série 2 e 2A, que era suposto ser colocada na grelha em metal e permitia prender o suporte da fechadura com alguma segurança.
Como a grelha dos Série 3 é em plástico, o mesmo posicionamento não fazia sentido, tendo optado por uma posição diferente e colocando-a na chapa, do lado direito da grelha.
Detalhe da fechadura no capot vendo-se os parafusos
Para além de servir como fecho de segurança, duplicando as funções do sistema original, permite levar um cadeado, adicionando algum tipo de protecção que será proximamente reforçada através da colocação do sobressalente sobre o capot.
Ficam assim protegidos os acessos mais vulneráveis de um Série, concretamente o depósito e o motor, dificultando a vida a quem pretenda vandalizar este modelo de Land Rover.
Concessionários das auto-estradas devem criar acessos a florestas
Uma das muitas auto-estradas sem acesso
Responsáveis da DGRF reuniram-se com todas as entidades gestoras das auto-estradas de Portugal, tendo-lhes sido apresentado um "caderno de acções" que devem executar no âmbito do programa "Defesa da Floresta Contra Incêndios".
"Foram analisadas todas as actividades que as auto-estradas estão a desenvolver para prevenir incêndios, junto dos principais eixos rodoviários portugueses e que se resumem ao corte e remoção do mato no separador central e numa faixa lateral de acordo com a legislação em vigor (dez metros)", referiu a mesma fonte.
"É salutar verificar que já começa a ser visível a preocupação de defender a floresta contra incêndios, nomeadamente naquelas auto-estradas onde no passado existiram focos de incêndio resultado do comportamento inconsciente dos utentes, como lançar pontas de cigarro pela janela do automóvel" adiantou a DGRF.
"É certo que uma percentagem significativa dos incêndios nos últimos anos teve uma ignição, comprovada, junto às bermas e imediações da rede viária. Quando isso acontece, além dos danos da floresta, já por si avultados, há milhares de pessoas e mercadorias que sofrem com os cortes de estradas que são efectuados por causa do fogo", disse a mesma fonte.
A Direcção-Geral dos Recursos Florestais pretende dos concessionários mais do que o trabalho de corte e remoção do mato no separador central das auto-estradas e nas faixas laterais, embora considere essa acção muito positiva.
Nesse sentido e para "prevenir o futuro", a DGRF elaborou um conjunto de medidas que visam diminuir a probabilidade de início de incêndio na berma das auto-estradas e dificultar a propagação de incêndios nascentes.
"Neste plano de acção estão incorporadas medidas infraestruturais que passam pela criação de acessos directos das vias a maciços florestais circundantes e a criação de reservas de água aproveitando as águas pluviais", explicou a DGRF.
Solicitada a revelar mais pormenores do plano apresentado aos concessionários das auto-estradas, a mesma fonte disse tratar-se de "um documento interno que está a ser analisado por todos os interessados que, por enquanto, se vai manter nesse âmbito".
A DGRF pretende, também, obter junto da população em geral "uma necessária mudança de comportamentos" em termos de prevenção de incêndios, pelo que irá contactar os utilizadores das vias, através de campanhas de sensibilização nas auto-estradas e em todos os equipamentos a elas associados, nomeadamente estações de serviço e áreas de descanso.
Se bem que a ideia de criar acessos para os bombeiros seja positiva, necessita de um extremo cuidado a nível quer da implementação, quer da segurança dos novos acessos, evitando usos abusivos das novas entradas sobretudo por parte de populações que se sentem excluidas pelos traçados.
Por outro lado, o principal problema das ignições nas proximidades de vias de comunicação não ocorre junto das auto-estradas, mas em vias secundárias pouco cuidadas e vigiadas, onde o mato chega praticamente ao alcatrão.
terça-feira, maio 23, 2006
Modificação da tranca da tampa do depósito de combustível
Na sequência do texto anterior, descrevemos a forma como a tranca para a tampa do depósito de combustível foi reforçada, de modo a evitar ser forçada de forma tão fácil e permitindo que, caso tal venha a suceder, o facto seja visível.
A tampa do depósito dos Série sofreu algumas evoluções, mas nenhuma delas particularmente segura, pois são apenas três pequenas peças em forma de gancho que, ao rodar, a fixam em três encaixes.
O principal inconveniente da peça original da Land Rover é prender apenas do lado inferior da tampa, através de um cadeado, a qual fica, na parte superior, presa apenas por um pequeno encaixe.
A nova peça foi aparafusada, ficando na parte superior da entrada do depósito, de modo a que fique devidamente alinhada e permita a colocação de um cadeado.
Para além de dificultar uma eventual remoção da tampa, esta modificação também facilita a inspecção visual, facilitando a detecção de eventuais problemas, dado ser muito mais difícil ocultar os danos provocados por uma abertura forçada.
Obviamente, perde-se um pouco de originalidade, mas é uma modificação que se torna inevitável quando situações repetidas obrigam a reforçar a segurança.
A tampa do depósito dos Série sofreu algumas evoluções, mas nenhuma delas particularmente segura, pois são apenas três pequenas peças em forma de gancho que, ao rodar, a fixam em três encaixes.
O principal inconveniente da peça original da Land Rover é prender apenas do lado inferior da tampa, através de um cadeado, a qual fica, na parte superior, presa apenas por um pequeno encaixe.
Vista lateral do fecho para tampão com reforço
A nova peça foi aparafusada, ficando na parte superior da entrada do depósito, de modo a que fique devidamente alinhada e permita a colocação de um cadeado.
Para além de dificultar uma eventual remoção da tampa, esta modificação também facilita a inspecção visual, facilitando a detecção de eventuais problemas, dado ser muito mais difícil ocultar os danos provocados por uma abertura forçada.
Obviamente, perde-se um pouco de originalidade, mas é uma modificação que se torna inevitável quando situações repetidas obrigam a reforçar a segurança.
Desempregados na prevenção dos incêndios
Instituto do Emprego e Formação Profissional
"As câmaras municipais podem socorrer-se de trabalhadores que recebem subsídio de desemprego para as operações de limpeza e desmatação", afirmou Fernanda Ramos, ao enumerar o dispositivo de combate a incêndios florestais no distrito.
Nas vésperas de iniciar uma série de visitas aos diferentes concelhos do distrito, onde deverá abordar a problemática dos incêndios, a representante distrital do governo renovou o apelo aos proprietários florestais para a limpeza das florestas.
As serras dOssa e de Portel, onde predominam montados, são algumas das zonas mais vulneráveis no distrito em matéria de incêndios.
O dispositivo de combate no distrito de Évora mobiliza, na chamada "Fase Bravo", a decorrer até fins de Junho, cerca de 150 homens, 40 viaturas e uma Torre de Vigia.
No distrito de Évora, verifica-se um aumento de 53% dos recursos no terreno no período de Verão em relação ao ano passado, depois de, na Primavera, esse aumento atingir os 71%.
O helicóptero adstrito à região vai ser desviado de Viana do Alentejo para o Alandroal, uma vez que se trata de uma zona com mais incêndios de maiores dimensões, além de permitir ainda atingir mais áreas de maior risco comparado.
A opção pela contratação de desempregados inscritos nos Centros de Emprego para reforçar acções de limpeza tem sido proposta por diversas vezes, inclusivé por muitos cidadãos anónimos, que consideram que quem recebe um subsídio do Estado, deve prestar uma contrapartida na medida das suas possibilidades.
Se devidamente enquadrados, estamos de acordo com esta opção, tal como o estariamos se fossem integrados reclusos em regime virado para exterior ou como penas de substituição para condenados, de modo a que todos pudessem prestar um serviço ao País, reforçando o dispositivo existente.
Esta será também uma forma de ajudar os próprios participantes, integrando-os na sociedade e na vida activa, mesmo que através de uma actividade alternativa, e fomentando a sua própria auto-estima, criando assim condições para a próxima fase da sua vida como cidadãos.
Lamentavelmente, a maior parte das autarquias não utiliza este recurso que tem ao seu dispor, embora tenhamos conhecimento de desempregados que, voluntariamente, tenham participado em actividades de prevenção e de limpeza e de outros que, tendo-se oferecido para participar, nunca foram chamados pelas entidades que contactaram.
segunda-feira, maio 22, 2006
Tranca da tampa do depósito de combustível
Fecho para tampão de depósito para Série
Apesar de termos um cadeado e a peça opcional que prende a tampa do depósito, verifica-se que, com uma simples chave de fendas, é fácil forçar a parte superior da tampa, fazendo-a sair.
Felizmente, a situação foi detectada atempadamente, de modo a evitar danos ou problemas de maior, dado que no primeiro caso, a tampa estava fora do lugar e no segundo, apesar de esta ter sido recolocada, o facto de o indicador de nível de combustível estar no máximo denunciou o sucedido.
Ao contrário do que se possa pensar, o principal crime resultante deste acto não é o de danos, pois para além de uma ligeira marca e da perda do combustível, só resultou em tempo perdido.
Tranca original para tampão de depósito colocada
Quando o combustível é substituido por água, o motor desliga-se subitamente, deixando o veículo sem tracção e desactivando todos os sistemas hidráulicos que podem incluir travões e direcção assistida, numa situação de extremo perigo para os ocupantes e restantes utentes da via.
O facto de a tampa ter sido recolocada, indicía claramente a intenção de provocar uma avaria de consequências imprevisíveis longe do local do crime, de modo a dificultar a descoberta do responsável, demonstrando um completo desrespeito pela segurança e, no limite, pela integridade física e pela vida de ocupantes e quem estivesse próximo, caso este acto não fosse descoberto atempadamente.
Assim, não resta outra hipótese que a de apresentar uma queixa-crime junto das autoridades por actos criminosos, que vão desde danos até crime contra a segurança rodoviária e a de modificar a peça que consta da fotografia, cujo resultado será objecto de um novo texto.
Agradecemos a quem tenha contactos junto das forças de segurança ou do Ministério Público, o favor de nos contactar, pois apesar de termos quase a certeza de quem foi o autor, é necessário que o esforço que fizemos seja complementado por uma investigação policial.
Bombeiros do Cartaxo demitem-se
Bombeiros em acção no Verão de 2005
Em declarações à Agência Lusa, Paulo Catarino, comandante demissionário dos bombeiros, explicou que a estrutura perdeu sete elementos profissionais, dois deles por não renovação dos contratos, colocando em causa a própria gestão do dispositivo de protecção civil.
"Face à contenção das despesas não posso continuar a assumir a responsabilidade desta situação", afirmou o comandante que já viu o seu pedido de demissão aceite pela autarquia, à semelhança do resto dos elementos de comando.
Os bombeiros do Cartaxo são um corpo misto, com cerca de três dezenas de elementos profissionais e outros tantos voluntários, e este impasse na gestão da corporação tem estado a arrastar-se desde Janeiro, quando foi público que a autarquia queria impor novos cortes.
"Nós já reduzimos muito nas despesas de pessoal mas não podemos fazer mais", afirmou Paulo Catarino, que irá manter as funções de comandante somente até ao final do mês.
Sábado de manhã, decorreu uma reunião entre os bombeiros e a autarquia, que garante a escolha de um comando de acordo com as necessidades da corporação e do concelho, mas que respeite as novas regras orçamentais.
No entanto, esta posição da autarquia poderá levar ao abandono de grupos de voluntários da corporação, como explicou à Agência Lusa um dos bombeiros, que deu um prazo de uma semana a todas as partes para ultrapassar o impasse.
Mesmo sabendo que existem dificuldades orçamentais, tal como acontece na maioria das autarquias a nível nacional, a opção por cortes em áreas tão sensíveis como as respeitantes ao socorro das populações, para além de consequências graves para a segurança destas, tem uma leitura política que não deixará de ser explorada na altura própria.
Esta situação é ainda mais grave porque a corporação do Cartaxo, com parte dos elementos profissionais e outra parte como voluntários, poderia ser um bom exemplo do equilibrio que se devia alcançar em termos organizativos, sendo esta a direcção certa no futuro.
domingo, maio 21, 2006
Combate a incêndios florestais reforçado em Leiria
Apresentação do dispositivo do distrito de Leiria
Pretende-se a detecção atempada dos incêndios florestais, o envio imediato de meios de ataque de modo a dominar os incêndios em espaços florestais no seu início, limitando a extensão das áreas ardidas e reduzindo o número de reacendimentos.
O Governador Civil de Leiria, José Miguel Medeiros, afirmou, na cerimónia de apresentação do Plano Operacional Distrital "a grande prioridade, no âmbito das competências na área da protecção civil, é o problema dos incêndios florestais", reconhecendo que "2005 foi um ano especialmente difícil, tendo em conta um número anormalmente elevado de incêndios florestais e de área ardida no distrito de Leiria".
José Miguel Medeiros anunciou que o Governo Civil de Leiria irá atribuir equipamentos de protecção individual aos corpos de bombeiros do distrito, de modo a garantir melhores condições de segurança aos bombeiros no combate aos incêndios.
O Governo Civil irá realizar, nos meses de Maio e Junho, acções de formação e sensibilização para as escolas, com a distribuição de filmes e panfletos alusivos à temática dos incêndios florestais, com actividades exteriores de simulacro de incêndios e exercícios diversos, bem como a apresentação de viaturas de vigilância, primeira intervenção e combate aos incêndios.
O Comandante Operacional Distrital, José Manuel Moura, apontou que "64% do total da área do nosso distrito está inventariada como florestal", revelando que como meio tecnológico, "contamos a partir do corrente ano com o sistema de videovigilância, cobrindo integralmente todo o sul do distrito, permitindo uma vigilância de pormenor para esta região bem como um acompanhamento das operações em tempo real".
Na fase considerada mais problemática, entre Julho e Setembro, estarão disponíveis no distrito 310 bombeiros e 66 viaturas terrestres, dois helicópteros e um avião anfíbio do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para além de sapadores florestais, elementos da GNR e do Instituto de Conservação da Natureza.
Para efeitos de reforço da prevenção, em pontos estratégicos do distrito serão montadas quinze torres de vigia.
Também o dispositivo terrestre, comparativamente com o ano passado, é bem maior, com uma quase duplicação entre meados de Maio e finais de Junho, durante a "Fase Bravo", e entre Julho e Setembro, na "Fase Charlie", é aumentado em um terço.
O conceito de operação visa a intervenção imediata em incêndios florestais declarados, com meios aéreos, equipas helitransportadas e equipas terrestres, de forma a dominá-los na sua fase nascente, potenciando o binómio detecção e envio inicial de meios, garantindo permanentemente a recuperação da capacidade de ataque inicial do dispositivo, especialmente dos meios aéreos.
Procura-se antecipar as acções de combate, nos períodos de maior risco meteorológico, com a organização de patrulhamentos por equipas/brigadas de sapadores florestais e brigadas móveis de vigilância, assim como pré-posicionar e patrulhar com equipas de combate a incêndios dos bombeiros em zonas mais susceptíveis, à ordem do Comando Distrital de Operações de Socorro, em articulação com as Comissões Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios e a GNR.
Está definido o envio de forma automática de um helicóptero de ataque inicial e respectiva equipa helitransportada dos bombeiros ou do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GNR) da GNR ou de um aerotanque, quando o tempo de chegada deste ao incêndio se situar até quinze minutos de voo ou 30 quilómetros da sua base.
Governo atribui 6.000.000 de euros anuais aos sapadores florestais
Incêndio florestal em Portugal no Verão de 2005
"A gestão tem de ser assumida pelos detentores da floresta e apoiada pelas entidades públicas", afirmou o ministro da Agricultura, Jaime Silva, adiantando que 93% da floresta portuguesa é detida por privados.
Considerando os sapadores florestais como os "actores principais da silvicultura preventiva", Jaime Silva destacou o "trabalho de fundo que leva anos a fazer" para mudar a situação das florestas portuguesas.
O governante disse também que existem instrumentos financeiros e que o Governo apoia um novo ordenamento florestal, mas, avisou, "não se pode limpar num dia o que não se limpou durante 30 ou 40 anos", cita a agência Lusa.
Segundo os protocolos hoje homologados, cada associação recebe do Estado 35.000 euros anuais por equipa de cinco elementos, um apoio que corresponde a 50% do custo total da equipa.
Aquele montante mantém-se fixo durante o período de cinco anos que dura o protocolo, na vigência do qual o acordo será objecto de uma avaliação por parte da Direcção-Geral de Recursos Florestais, podendo ser estendido por mais cinco anos.
O ministro da Agricultura assumiu que falta à floresta portuguesa "aquilo que durante anos não se fez", dar-lhe sustentabilidade económica de modo a que os proprietários e empresários percebam que há uma aposta económica a fazer, há apoios do Governo e "ganham os proprietários, o país e a economia nacional".
Jaime Silva frisou que a mensagem a deixar às gerações futuras é a de que a floresta "não é para arder", desafiando os proprietários a juntarem-se e criarem zonas de intervenção florestal, tal como já tem vindo a acontecer em várias áreas do País.
"Têm apoio para a reflorestação, para a gestão activa e têm uma parceria para criar equipas de sapadores florestais, que durante o Inverno limpam a floresta e durante os meses críticos participam no comando único que combate os fogos florestais", afirmou ainda o ministro.
Existe uma óbvia necessidade de equipas permanentes de sapadores florestais, essenciais em termos dos trabalhos de limpeza e prevenção que têm falhado ao longo dos anos, mas estas deverão ser complementadas por outras medidas a nível sócio-económico.
Com efeito, sem uma política de desenvolvimento do Interior e esquecendo a necessidade de envolver a sociedade civil, as equipas de sapadores dificilmente poderão ter exito numa campanha que depende em muito da viabilidade sócio-económica das regiões onde vão operar e da rentabilidade das actividades florestais.
Nos últimos tempos, tem sido enviada a mensagem política errada relativamente ao desenvolvimento do Interior e à necessidade de aí fixar as populações, dado que mesmo propostas e medidas tecnicamente correctas, quando não explicadas, são interpretadas como uma forma de centralizar os recursos do Estado nas regiões mais previlegiadas e desenvolvidas do Litoral.
Torna-se cada vez mais necessário enviar uma nova mensagem de solidariedade, dirigida sobretudo a quem ainda resiste nas zonas cada vez mais desertificadas e empobrecidas do País, mas também alertando os restantes portugueses para a necessidade de um esforço de unidade que, provavelmente, obrigará a alguns sacrifícios por parte das regiões que têm sido mais beneficiadas pelas políticas de desenvolvimento dos últimos anos.
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