domingo, maio 21, 2006

Combate a incêndios florestais reforçado em Leiria


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Apresentação do dispositivo do distrito de Leiria

Foi apresentado em Leiria o Dispositivo Distrital de Vigilância e Combate aos Incêndios Florestais em 2006, no ano seguinte a um Verão particularmente difícil, com elevados prejuizos, onde foi preciso activar o Plano Distrital de Emergência.

Pretende-se a detecção atempada dos incêndios florestais, o envio imediato de meios de ataque de modo a dominar os incêndios em espaços florestais no seu início, limitando a extensão das áreas ardidas e reduzindo o número de reacendimentos.

O Governador Civil de Leiria, José Miguel Medeiros, afirmou, na cerimónia de apresentação do Plano Operacional Distrital "a grande prioridade, no âmbito das competências na área da protecção civil, é o problema dos incêndios florestais", reconhecendo que "2005 foi um ano especialmente difícil, tendo em conta um número anormalmente elevado de incêndios florestais e de área ardida no distrito de Leiria".

José Miguel Medeiros anunciou que o Governo Civil de Leiria irá atribuir equipamentos de protecção individual aos corpos de bombeiros do distrito, de modo a garantir melhores condições de segurança aos bombeiros no combate aos incêndios.

O Governo Civil irá realizar, nos meses de Maio e Junho, acções de formação e sensibilização para as escolas, com a distribuição de filmes e panfletos alusivos à temática dos incêndios florestais, com actividades exteriores de simulacro de incêndios e exercícios diversos, bem como a apresentação de viaturas de vigilância, primeira intervenção e combate aos incêndios.

O Comandante Operacional Distrital, José Manuel Moura, apontou que "64% do total da área do nosso distrito está inventariada como florestal", revelando que como meio tecnológico, "contamos a partir do corrente ano com o sistema de videovigilância, cobrindo integralmente todo o sul do distrito, permitindo uma vigilância de pormenor para esta região bem como um acompanhamento das operações em tempo real".

Na fase considerada mais problemática, entre Julho e Setembro, estarão disponíveis no distrito 310 bombeiros e 66 viaturas terrestres, dois helicópteros e um avião anfíbio do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, para além de sapadores florestais, elementos da GNR e do Instituto de Conservação da Natureza.

Para efeitos de reforço da prevenção, em pontos estratégicos do distrito serão montadas quinze torres de vigia.

Também o dispositivo terrestre, comparativamente com o ano passado, é bem maior, com uma quase duplicação entre meados de Maio e finais de Junho, durante a "Fase Bravo", e entre Julho e Setembro, na "Fase Charlie", é aumentado em um terço.

O conceito de operação visa a intervenção imediata em incêndios florestais declarados, com meios aéreos, equipas helitransportadas e equipas terrestres, de forma a dominá-los na sua fase nascente, potenciando o binómio detecção e envio inicial de meios, garantindo permanentemente a recuperação da capacidade de ataque inicial do dispositivo, especialmente dos meios aéreos.

Procura-se antecipar as acções de combate, nos períodos de maior risco meteorológico, com a organização de patrulhamentos por equipas/brigadas de sapadores florestais e brigadas móveis de vigilância, assim como pré-posicionar e patrulhar com equipas de combate a incêndios dos bombeiros em zonas mais susceptíveis, à ordem do Comando Distrital de Operações de Socorro, em articulação com as Comissões Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios e a GNR.

Está definido o envio de forma automática de um helicóptero de ataque inicial e respectiva equipa helitransportada dos bombeiros ou do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GNR) da GNR ou de um aerotanque, quando o tempo de chegada deste ao incêndio se situar até quinze minutos de voo ou 30 quilómetros da sua base.

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