sábado, julho 29, 2006

400 hectares destruidos no Parque Natural do Guadiana


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Uma das muitas espécies do Parque

Cerca de 400 hectares de habitats considerados prioritários na zona de protecção máxima do Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG) foram destruídos por um incêndio que lavrou no concelho de Serpa foi combatido por 128 homens e 38 viaturas de 11 corporações de bombeiros do distrito de Beja, além do helicóptero de ataque rápido sedeado em Ourique.

O incêndio, que só foi extinto quase 24 horas depois de deflagrar, atingiu, além do PNVG, uma vasta área perto da localidade de Vale do Poço, ainda não quantificada pela Guarda Nacional Republicana.

Pedro Rocha, director do PNVG, adiantou que as chamas destruíram entre 350 a 400 hectares de uma zona de floresta composta essencialmente azinheiras, sobreiros, oliveiras e vegetação ribeirinha, na zona de protecção máxima, uma das quatro mais importantes do Parque, onde existem "habitats" considerados prioritários.

A área ardida, disse, inclui-se numa zona de vegetação diversa e abundante que serve de refúgio e "habitat" privilegiado de espécies como o gato preto, o javali e o toirão, um pequeno carnívoro aparentado com o furão que se encontra em vias de extinção, podendo ainda comprometer a instalação, na zona, de um casal de cegonhas pretas que tinha sido avistado a sobrevoar aquelas linhas de vegetação ribeirinha.

As chamas destruíram também "importantes linhas de vegetação ribeirinha" nas margens da ribeira de Limas e dos seus afluentes, o barranco do Beiçudo e a ribeira de Alfamar, compostas por espécies de flora protegidas como os salgueiros, silvas, freixos e loendros.

"Trata-se de vegetação essencial na cadeia alimentar de peixes que só existem naquelas ribeiras, como a boga do Guadiana, o barbo e o caboz de água doce", exemplificou Pedro Rocha.

"A zona ardida parece uma autêntica paisagem lunar", descreve, alertando ainda para os "graves efeitos futuros" das cinzas e da erosão dos solos nas águas das ribeiras, "que poderão afectar a cadeia alimentar dos peixes".

Esta é mais uma importante área que se perde e cuja recuperação deverá ser prioritária, dado o número de espécies que dela dependem, algumas das quais em vias de extinção.

Serve também para lembrar que as acções de prevenção em áreas protegidas, mais complexas de planear de modo a não prejudicar os "habitats", devem ser previlegiadas e planeadas com grande antecedência, sendo que neste caso tende a haver mais voluntários disponíveis dado o interesse particular que estas despertam.

Fica aqui a sugestão ao PNVG de, com a necessária antecedência, propor um conjunto de actividades que, sem dúvida, terão o devido acolhimento por parte de quem se interessa pela protecção da vida selvagem.

Durante as férias, ligue 112 em caso de fogo florestal


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Uma autoestrada rodeada por árvores

Hoje é dia em que muitos portugueses começam as suas férias, dirigindo-se para longe das grandes cidades, rumo ao Sul ou ao Interior do País.

Para além do desejo de umas férias retemperadoras, recordamos que a detecção dos incêndios numa fase inicial é decisiva para o sucesso no combate, para o que o papel de todos, alertando as autoridades competentes, é essencial.

Recordamos que, embora o 117, número de alerta para incêndios florestais ainda responda, as chamadas são encaminhadas para o número nacional de emergência, o 112, de acordo com as normas europeias que prevêm a utilização de um número único.

Lembramos ainda que, nesta época e em determinadas áreas, há restrições de circulação, para as quais alertamos num texto anterior, e que os veículos que aí se encontrem, para além da devida autorização, devem estar equipados com dispositivos anti-chamas nos tubos de escape, de modo a reduzir a possibilidade de incêndio.

Assim, seja para o 117, seja para o 112, lembramos que o sucesso deste combate depende de todos e que ninguém pode ficar indiferente a esta tragédia que anualmente se abate sobre o nosso País.

A todos, umas boas férias!

sexta-feira, julho 28, 2006

Preciso de uma família!


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Um apelo de quem que precisa de uma família

Quando se aproxima a época das férias, o número de animais abandonado aumenta e torna-se frequente encontrar quem procure desesperadamente uma nova família.

O comportamento de um animal abandonado destingue-se facilmente do daqueles que nunca tiveram dono, sendo mais confiante, com maior capacidade de interacção com os seres humanos e pela constante procura de quem o acolha.

O próprio relacionamento com os restantes gatos, que sempre viveram na rua e têm uma relação entre sí, é distante, levando a um quase completo isolamento, mesmo que na presença de outros felinos que, por vezes, o rejeitam.


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Deitado no passeio, à espera de festas

Ao contrário do que muitos pensam, os gatos são afectivos, excelentes companheiros capazes de estabelecer um relacionamento de grande amizade e podem, só por sí, alegrar uma casa e ser factor de estabilidade dentro de uma família.

Fica aqui o nosso apelo a quem tenha possibilidade de adoptar este gato particularmente meigo e que precisa de uma família, o favor de nos contactar, de modo a poder proporcionar-lhe a felicidade que merece.

A quem o quiser adoptar ou ajudar a passar esta mensagem, aqui ficam desde já os nossos agradecimentos.

"Walkie-Talkies" no Minipreço


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"Walkie-Talkies" KWT 400 no Minipreço por 15.99 euros

Sem o objectivo de substituir os comuns rádios utilizados nas viaturas, para efeitos de lazer ou de ligação entre elementos de uma equipa ou veículos que sigam em comboio a curta distância, o preço destes "walkie-talkie" pode tentar alguns dos nossos leitores.

Ao contrário de outros equipamentos, os "walkie-talkie" dispensam licensa por parte da ANACOM e permitem manter ligação a distâncias que podem ir até aos 3 Km em zonas relativamente abertas, mas que será substancialmente encurtada em cidades ou áreas montanhosas.

Com um preço de apenas 15.99 euros por duas unidades, este modelo tem 8 canais, com busca automática, écran LCD retro-iluminado e usa 3 pilhas AA, que poderão ser recarregáveis, podendo ser um equipamento útil ou uma prenda engraçada para os mais novos.

Ficheiros de configuração do OziExplorer


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Écran do OziExplorer

Muitas vezes surgem questões relativamente ao desfasamente entre o ponto assinalado pelo GPS no OziExplorer e aquele em que realmente nos encontramos, facto que já referimos num texto anterior relativo aos "datums", mas que pode dever-se a outras questões de configuração.

A configuração do OziExplorer é guardada basicamente no ficheiro oziexp.ini, e é exactamente este ficheiro que é alterado quando se altera algum parâmtero.

No exemplo que aqui deixamos, o receptor de GPS utiliza apenas instruções NMEA e está ligado via USB, sendo que este "interface" emula uma porta série, neste caso configurado pelo "software" como COM 5.

Para além deste ficheiro, caso haja nos ficheiros map alusão a um "datum" não directamente suportado, é necessário colocar no directório ou "folder" do programa um ficheiro de nome datums.dat, que permite reconhecer o "datum" dos "maps" antigos que usavam o "European 1950 - Portugal" e que exemplificamos no final do texto.


oziexp.ini

[System]
User Toolbar Visible=1
Last Map File=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\431.map
Last Map Zoom=100
Last Map X=0
Last Map Y=0
MapView Size=normal
Last Map File Path=C:\Program Files\OziExplorer\Maps
Last Data File Path=
Last Image File Path=
Load Last Map=0
Load Last Zoom=0
Show Map View=1
Show Zoom Window=1
Ask Before Quitting=0
Data File Datum=European 1950 (Spain and Portugal)
Data File Path=c:\program files\oziexplorer\data
Map File Path=c:\program files\oziexplorer\maps
Alternate Grid=0
Window Position=0
Window Top=40
Window Left=40
Window Width=500
Window Height=430
Map Scroll Increment=100
[Help]
Show Start=0
Getting Started=0
[MapView]
Left=26
Top=166
[Map Images]
Check CD for Map Image=1
Image File Path 1=
Image File Path 2=
Image File Path 3=
Image File Path 4=
Check Drives=
Image File Path 1 Active=0
Image File Path 2 Active=0
Image File Path 3 Active=0
Image File Path 4 Active=0
[Maps]
MapView Thumbnail=0
Map Distance=Kilometers
Map Speed=KPH
Altitude Unit=Feet
Bearing Unit=True
Distance Calc=Ellipsoid
Lat/Long Display Format=Deg, Min
Map Region=Portugal (NW)
Keep Map Objects=1
Keep Zoom Level=1
User Grid Lat0=39,666666667
User Grid Lon0=-8,131906667
User Grid K0=1,000000000
User Grid X0=200000,00
User Grid Y0=300000,00
Use Map User Grid=1
Blank Map Datum=European 1950 (Spain and Portugal)
Display Datum=European 1950 - Portugal
[Navigation]
NMEA Update Rate=1
Track Log Distance=50
Track Log Units=Meters
Dock Controls=1
Current Map Dir=0
Ignore Map With Error=0
Track Tail Length=0
Scroll Method=0
Default Pointer=0
Default Pointer Scale=15
Pointer Color=255
Pointer Solid Color=0
Project Track Line=1
Project Track Line Width=1
Project Track Line Color=255
Show Compass Rose=0
Compass Rose Size=120
Compass Rose Circle Color=255
Compass Rose Line Color=16711680
Compass Rose Circle Width=0
Compass Rose Line Width=1
Compass Rose Cross Length=50
Compass Rose Direction=True North
Check NMEA Check Sum=0
Use Depth Sentence=0
Always Check for New Map=1
Always Check Map Interval=120
Show Leg Details=1
Show Line From Position=1
Distance Color=65535
Route Waypoint Proximity Distance=300
Alarm Duration=20
[GPS]
GPS Make=NMEA only
GPS Model=All Makes
GPS Symbol Set=Garmin Symbols
Number of Waypoints=1000
Waypoint Name Length=200
Number of Events=1000
Number of Plot Trails=75
Number of Plot Points=10000
Number of Routes=100
Number of Waypoints per Route=255
GPS Datum=WGS 84
GPS NMEA Output Datum=WGS 84
Garmin Warning=1
GPS Debug=0
[Waypoints]
Reserved Waypoint Lower=0
Reserved Waypoint Upper=0
[Routes]
Route Line Width=2
[Plot Trail]
Trail Plot Color=255
Trail Plot Width=2
[Track Control]
Track Control Size=1
[GPS Simulator]
Units=Kilometers
Initial Zoom Range=100
Waypoint Show Format=0
[GPS Communication]
Com Port=5
Baud Rate=9600
NMEA Baud Rate=4800
Parity=None
Stopbits=1
Use PVT=0
Serial Driver=1
[AutoPilot Communication]
Active=0
Com Port=1
Baud Rate=4800
Parity=None
Output Interval=1
APB Out=1
RMB Out=1
RMC Out=1
BWC Out=1
[Zoom Window]
Left=52
Top=107
[Index Map]
Map Search Path=c:\program files\oziexplorer\maps
Path Lock=0
Sub Folders=1
Left=100
Top=100
Width=372
Height=300
Last Map=
Last Zoom=100%
Last X=0
Last Y=0
[Find map]
Left=100
Top=100
Width=321
Height=222
Auto Close=1
[Recent Files]
Item_0=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\431.map
Item_1=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\362.map
Item_2=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\008j.map
Item_3=c:\program files\oziexplorer\maps\417.map
Item_4=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\191.map
Item_5=C:\Program Files\OziExplorer\Maps\003.map


datums.dat

European 1950 - Portugal, 6, -84.0, -107.0, -120.0
Datum Lisboa (Portugal), 6, -84.0, -107.0, -120.0

Aconselhamos quem tenha ainda algumas dúvidas a ler ou reler os textos que publicamos relativamente ao OziExplorer, onde são dadas explicações adicionais referentes a este programa.

quinta-feira, julho 27, 2006

Beriev intervem num fogo em Ferreira do Zêzere


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Beriev Be 200 num exercício

Um incêndio em Dornes, concelho de Ferreira do Zêzere, mobilizava hoje, cerca das 15:30, 153 bombeiros, apoiados por meios aéreos e 43 viaturas, segundo o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).

No combate a este incêndio florestal no distrito de Santarém, o único por circunscrever em território nacional, participava, entre outros meios, o aerotanque pesado Beriev Be-200, que se abasteceu na barragem de Castelo de Bode, e estava a ser acompanhado no terreno pelo comandante Distrital de Santarém.

Esta é a segunda vez, que seja do nosso conhecimento, que obtemos relatos de uma intervenção do Be-200 e a primeira em que há relatos de um reabastecimento em operações deste aparelho que se encontra em testes entre nós num clima de secretismo que levanta justificadas dúvidas.

Também a lista de locais de reabastecimento continua por divulgar, sabendo-se que estes incluem as barragens da Aguieira, onde se verificou um acidente, e Castelo de Bode, local do último reabastecimento.

Dos relatos ou descrições das intervenções desta aeronave, continua por saber quantas descargas, como foram efectuado os reabastecimentos de água e quais os resultados operacionais da sua intervenção, de modo a que este processo seja transparente aos olhos de todos.

Este será um caso que continuaremos a acompanhar, tal como a selecção dos Kamov Ka-32 como helicópteros médios, não obstante não estarem certificados para transporte, dado que se exige total transparência em todos estes processos que estão avaliados em muitos milhões de euros.

Uma lição de História: "Puff the Magic Dragon"


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Imagem de "Puff the Magic Dragon"

Para muitos, "Puff, the Magic Dragon" não será mais do que o título de uma música do grupo "Peter, Paul and Mary", mas houve um avião de ataque, feito a partir de um velho aparelho de transporte, que adoptou o mesmo nome e operou com sucesso na guerra do Vietnam.

Baseado num C-47, o velho "Dakota" que já fora usado durante a 2ª Guerra Mundial como transporte de tropas e material, a introdução de armamento transformou-o no modelo de ataque ao solo AC-47, com a particularidade de as armas estarem apontadas para o lado esquerdo do aparelho.

A disposição do armamento destinava-se a permitir ao aparelho efectuar voos circulares mantendo a pontaria para o mesmo ponto central, que seria saturado com o poder de fogo das armas instaladas, sem que o AC-47 alguma vez estivesse na vertical do alvo.


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Fotografia de "Puff the Magic Dragon"

Num aparelho de combate aos incêndios florestais, esta disposição apresenta vantagens a três níveis essenciais.

Sendo projectada, por acção de um sistema de ar comprimido ou outro, e não largada por gravidade existe uma maior concentração do jacto sobre a zona a atingir.

Talvez ainda mais relevante seja o facto de, sendo dirigida lateralmente e não por cima das chamas, a evaporação ser particularmente reduzida, aumentando assim a carga útil do aparelho.

Finalmente, o facto de estar mais afastado de altas temperaturas e das projecções resultantes dos fogos, diminui o risco, facto que é realçado pela melhor visibilidade resultante do afastamento dos fumos.

Logicamente, não se pretende que as aeronaves de combate aos fogos florestais circulem o alvo, até porque as distâncias ou alcances dos jactos de água ou retardante não o permitem, mas o facto de poderem voar em maior segurança paralelamente às frentes de incêndio, corresponde a menores riscos e uma maior eficácia na sua utilização.

quarta-feira, julho 26, 2006

"Há Fogo na Floresta"

A Editorial Caminho lançou o livro "Há Fogo na Floresta", da autoria das escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Pedro Mendes, direccionado ao público infantil.
"Trazem-nos duas histórias inéditas e ajudam-nos a defender a nossa floresta, com informações úteis sobre a sua protecção, os cuidados básicos para evitar incêndios e o que fazer para dar o alerta em caso de fogo ou qualquer outro tipo de ameaça. Um livro indispensável para toda a família que nos apresenta a vida da floresta portuguesa, as nossas plantas, os nossos animais e a vivência de todos."
Qualquer iniciativa que vá no sentido de educar os jovens desde cedo para a importância do ecossistema e que os desperte para o grave problema dos incêndios florestais só pode merecer o nosso louvor.

Só nos perguntamos porque razão são sempre os jovens a ser abordados quando se fala de assuntos como a poluição, o civismo, os fogos florestais, etc. Como se eles tivessem qualquer culpa pelos problemas que existem nessas áreas, ou tivessem eventualmente alguma responsabilidade acrescida de resolver esses problemas, que afinal são de todos nós e a todos nos afectam, não somente a eles. É talvez mais fácil admoestar os inocentes do que os culpados, mas também é mais inútil.

Investigadores alemães testam químico contra incêndios


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Incêndio num campo de trigo

Dois investigadores químicos alemães estão a desenvolver um produto que, garantem, pode revolucionar o combate às chamas.

Este produto é uma composição biológica que constitui uma "camada protectora" capaz de tornar as matérias não combustíveis, foi apresentado no aeródromo de Beja através da criação de um perímetro em pasto onde foi aplicado este químico.

Seguidamente, foi ateado fogo à volta e constatou-se que as chamas, ao chegarem à zona pulverizada, apagaram-se, mantendo o perímetro intacto.

Olaf Becker, representante em Portugal dos dois químicos alemães que desenvolveram o projecto, diz que tudo foi descoberto casualmente, quando "estavam a fazer investigação em tintas e, por acaso, descobriram esta solução. Começaram então a aprofundar e a aperfeiçoar o produto".

O producto, designado provisoriamente por "Flameprotect", é um pó que se dilui em água na proporção de um para três, e depois de aplicado por veículos ou meios aéreos, cria uma camada de micro-cristais que vedam a entrada do fogo nos mais diversos materiais.

Já foram realizados testes com madeira, papel e agora em palha, sempre com resultados positivos, de acordo com Dinis Silva, dos bombeiros de Pombal, que estabeleceu a ponte entre os investigadores e o nosso país para efectuar este teste.

"Escolhemos o alentejo porque é uma zona com condições favoráveis à existência de fogos", disse o responsável dos bombeiros, adiantando que o produto ainda está em testes mas que os resultados são "muito animadores".

Canudo Sena, comandante distrital da Protecção Civil de Beja, diz que é prematuro criar expectativas, mas admitiu que achou a experiência "interessante".

O mesmo responsável adiantou ainda que será importante esclarecer alguns pormenores, um deles respeitante à comercialização da substância e a pormenores como, por exemplo, a relação custo-preço deste novo produto, bem como a viabilidade deste inibidor de combustão noutro tipo de materiais.

O "Flameprotect", segundo os inventores, é biodegradável, pode continuar activo por meses se não chover, elimina-se apenas com água e depois de retirado vai funcionar como adubo para os solos.

Uma das principais vantagens deste produto será a aplicação em residências ou viaturas de combate em caso de cerco pelo fogo e a possibilidade de se criar um "aceiro químico de segurança".

Logicamente, tornam-se necessários mais testes, sobretudo porque as condições em que este se verificou, com vegetação rasa e sem grandes projecções, num ambiente controlado, acaba por não permitir grandes conclusões.

Pode, no entanto, vir a ser um auxiliar precioso, sobretudo na protecção de habitações ou outras estruturas que muitas vezes são difíceis de isolar e que mobilizam meios vultuosos, muitas vezes desguarnecendo outras áreas de intervenção.

Áreas de risco no CompeGPS para PDA: uma possibilidade futura


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Imagem de écran do CompeGPS para PDA

tinhamos sugerido que fossem classificadas determinadas áreas como "interditas" ou "perigosas", com possibilidade de um alerta sonoro e visual automático através de um PDA com GPS e o "software" apropriado.

Recentemente, sugerimos que numa próxima versão do CompeGPS para PDA, esta possibilidade fosse contemplada, no sentido de diminuir os riscos para quem tenha que intervir em áreas de maior perigo conhecido.

Na passada 2ª feira, enviamos a seguinte mensagem, colocando a questão acerca desta possibilidade e sugerindo a sua implementação em futuras versões:

I need to know if is possible to "shadow" areas classified as forbidden and to set any kind of alarm if the user come inside it. My goal is to alert users not to enter several areas classified as "dangerous" and "forbidden".

The purpose is to deliver the PDA's to firefighters and set automatic alarms when they approach or enter areas that we may consider too dangerous, such as places with only one escape route or with natural traps that can result in severe accidents.

Early this month, 6 firefighters die when trap inside a area where the only escape route was cut off by a wild fire and I'm trying to find a software that work with our military maps and can warn when the team enter a danger zone.

Thanks for your attention.

Hoje, apenas um dia depois, recebemos a resposta por parte do suporte técnico do CompeGPS, com o seguinte conteúdo:

Hello Nuno,

As far as I know, this feature is not included in CompeGPS. It is an interesting function and it could help to the safety of many persons. I will talk with developers about the chance to create it for a next version of CompeGPS Pocket.

Right now, an alternative could be to work with waypoints. If you keep the pointer pressed over an moving map field of the navigation bar and select "program alarms" you can set a minimum/maximum value for it. If you select "Distance to next" you can set a security perimeter around next waypoint, so if you are inside this perimeter an alarm will be activated.

Regards

Caberá, posteriormente, a cada entidade, com base em critérios a estabelecer, determinar quais as zonas onde existe uma maior perigo, seja pela dificuldade do terreno, falta de vias de evacuação alternativas ou outras características que sejam consideradas relevantes.

Esperamos que esta possibilidade, que seria única entre os produtos para PDA que conhecemos, possa vir a ser implementada em breve, certos de que, para além da segurança que virá introduzir, corresponde a uma mais valia comercial capaz de tornar o CompeGPS ainda mais apetecível para quem actue em áreas de risco.

terça-feira, julho 25, 2006

Almargem promove campo de trabalho internacional na fonte da Benémola


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Logo da Almargem

Entre 24 de Julho e 7 de Agosto, a Almargem irá dinamizar um campo de trabalho internacional no âmbito do Programa Mobilidade e Intercâmbio para Jovens promovido pelo Instituto Português da Juventude.

Este evento faz parte do leque de acções que esta associação procura regularmente desenvolver no Algarve em torno da conservação e divulgação dos seus valores ambientais, sendo neste caso o Sítio Classificado da Fonte da Benémola o alvo dessa atenção.

Durante um período de 15 dias, um grupo de 17 jovens, oriundos de vários pontos da Europa, irão instalar-se em Querença e daí partirão diariamente para a Benémola onde se envolverão directamente na realização de diversas actividades em torno da recuperação do seu património natural e construído.

Entre as acções programadas salientam-se a limpeza e remoção de vegetação invasora na ribeira (ex. canas), recuperação do antigo sistema de levadas de rega, recuperação de antigos trilhos pedestres, vigilância de fogos, sensibilização a visitantes, etc.

Paralelamente, procurar-se-á incutir no grupo de participantes o interesse pelas tradições da região através, nomeadamente, do contacto com actividades de artesanato, gastronomia, animação, entre outras.

Este projecto é financiado pelo Instituto Português da Juventude e conta desde já com várias parcerias, designadamente a Câmara Municipal de Loulé, a Fundação Viegas Guerreiro, a Casa do Povo de Querença, a Associação de Bem Estar dos Amigos de Querença e a Junta de Freguesia de Querença, entidades que, de diferentes formas, irão contribuir em muito para o pleno sucesso deste evento.

A iniciativa conta ainda com o apoio técnico da CCDR-Algarve e o financeiro de privados, designadamente da Toyota/Salvador Caetano.

Actualmente ainda estão por preencher algumas vagas neste campo de trabalho pelo que todos interessados em participar poderão obter mais informações junto do Instituto Português da Juventude através do 289 891820 ou do endereço ipj.faro@ipj.pt ou contactando directamente a Almargem através do endereço almargem@mail.telepac.pt.

Bombeiros feridos em acidente de viação


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Incêndio no Algarve

Os três incêndios registados na tarde de domingo no território continental foram extintos, indicou a Protecção Civil, num dia em que cinco bombeiros da corporação de São Brás de Alportel, no Algarve ficaram feridos no despiste de uma viatura.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, o acidente ocorreu cerca das 16:00, após o rebentamento de um pneu da viatura, quando se dirigia para o combate a um fogo no concelho de Tavira, entretanto extinto.

Durante a tarde, registaram-se incêndios florestais em Capelins, no concelho de Alandroal, distrito de Évora e em Fontiscos, no concelho de Santo Tirso, distrito do Porto, e um rural em Boassas, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu.

Também no dia 14, outros cinco bombeiros ficaram feridos num acidente de viação, em consequência também do rebentamento de um pneu da viatura em que se faziam transportar, quando se dirigiam para uma frente de incêndio florestal em Roalde.

Os feridos, com idades entre 25 e 35 anos e pertencentes à corporação dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa, sofreram apenas algumas escoriações e foram assistidos no centro hospitalar Vila Real/Peso da Régua.

Felizmente, de ambos os acidentes, que se deveram a causas semelhantes, apenas resultaram feridos ligeiros, mas o facto de nas duas situações ter havido rebentamento de pneus deve ser entendido como um alerta para situações que normalmente decorrem de problemas orçamentais, mas que devem ser analisadas com alguma distância, de modo a impor normas de segurança que os previnam.

Neste aspecto, lembramos a série de textos relativamente aos cuidados a ter com as jantes e iremos debruçar-nos proximamente sobre algumas questões relacionadas com a segurança.

segunda-feira, julho 24, 2006

Bombeiros recolhem óleo usado para biodiesel


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Esquema de um equipamento de produção

Os bombeiros de Guimarães vão passar a usar nas suas viaturas biodiesel produzido a partir de óleos alimentares reciclados, pelo que estão a apelar ao contributo dos vimaranenses, para que não deitem fora óleos usados, mas sim num "oleoponto" instalado no seu quartel.

A partir de hoje, a corporação vimaranense desenvolve uma campanha de recolha de óleos alimentares, em parceria com o Centro para a Valorização de Resíduos, sedeado no "campus" de Azurém da Universidade do Minho, com o objectivo de transformar o óleo recolhido para a produção de biodiesel, que poderá ser utilizado como combustível nos carros de combate a incêndios da corporação.

"É simples colaborar", garantem os responsáveis dos bombeiros, salientando que para tal basta que qualquer pessoa resolva colocar o óleo usado num recipiente de plástico, sem necessidade de efectuar qualquer processo de filtração, e depois depositá-lo no "oleoponto".

Desta forma, salienta o Centro para a Valorização de Resíduos, além do aproveitamento do óleo, estamos perante uma iniciativa ecológica de redução da poluição nas redes de saneamento.

A iniciativa decorre no âmbito de um projecto de investigação que o Centro para a Valorização de Resíduos tem em curso e que envolve a Universidade do Minho, escolas e autarquias.

O Centro para a Valorização de Resíduos é uma instituição privada sem fins lucrativos que presta serviços de investigação, análise científica e aplicação de soluções reais na área da valorização de resíduos.

Tripé de suporte no Lidl


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Tripé de suporte no Lidl

Vai estar à venda no Lidl, a partir desta 2ª feira, 24 de Julho, um conjunto de dois tripés de suporte para veículos, que são particularmente úteis para quem efectua reparações ou mudanças de pneus.

Este modelo é ajustável para 3 alturas, de 27.5, 31.5 e 36 cm e articuláveis, de modo a serem fáceis de arrumar e por 9.99 euros, pode-se aquirir um conjunto de 2 unidades.

Na mesma promoção, estarão disponíveis diversas outras ferramentas, sobretudo destinadas a bricolage doméstica, pelo que serão de interesse reduzido para quem sobretudo se dedique a questões de mecânica.

Incêndios este ano duram menos


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Um dos muitos incêndios florestais de 2005

Segundo as estatísticas oficiais, até meio deste mês, a Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF) contou menos incêndios e menos hectares destruídos pelo fogo do que em anos anteriores, com uma diminuição substancial a nível dos grandes incêndios de vários dias, como os que ocorreram em 2003 e em 2005.

Apesar de terem ocorrido 17 grandes incêndios, classificação atribuída quando as chamas queimam 100 ou mais hectares, responsáveis por 58% da área ardida, poucos fogos duraram mais do que 24 horas, pelo que a área ardida, seja por comparação directa, seja comparada com a média dos últimos 5 anos, tem diminuido.

Na primeira quinzena de Julho, refere o documento, registaram-se 2.214 incêndios, que destruíram 1.706 hectares, e que são valores "significativamente inferiores aos valores médios para este período".

Os bombeiros reconhecem que a aposta na primeira intervenção, cuja medida mais visível foi a criação de uma unidade especial da Guarda Nacional Republicana, pode ter contribuído para este resultado, mas, como sucedeu há duas semanas com a morte de seis bombeiros na Guarda, a actividade das forças helitransportadas não está isenta de riscos.

Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), identifica três factores que contribuem para este resultado.

"É indiscutível que é acertada a aposta feita na primeira intervenção aos fogos. Essa é uma das razões. Não só uma aposta nas forças terrestres, mas também no dispositivo aéreo, por exemplo na vigilância armada, com aviões carregados de água. Embora aí a taxa de detecção de incêndios permaneça muito baixa", considera este dirigente.

A introdução do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS) da GNR, cujos militares são largados nas zonas críticas nos primeiros minutos, foi a principal novidade na apresentação do dispositivo de combate a incêndios, apesar de já existirem brigadas helitransportadas do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que actuam de forma semelhante.

O segundo factor que pode ajudar a explicar os registos deste ano, sugere Duarte Caldeira, começa por ser meteorológico e acaba no campo táctico.

Segundo o dirigente da Liga, "houve dias de muito calor, mas seguidos de períodos de chuva ou granizo, o que provoca menos ocorrências".

De acordo com contas da LBP, no ano passado houve nove dias com mais de 500 ocorrências, enquanto este ano, ate 15 de Julho, o valor máximo está nas 277 ocorrências, registado a 14 deste mês.

"Se há menos ocorrências, há menor dispersão de meios, ou seja, é possível geri-los melhor", diz Duarte Caldeira que encontra assim a explicação para a diminuição de área ardida.

Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, não é adepto da "teoria" da primeira intervenção, mas concorda com Duarte Caldeira quanto ao terceiro factor.

"Há uma melhor organização nos níveis de comando e apostou-se na profissionalização", considera Fernado Curto, enquanto Duarte Caldeira, por seu lado, aplica a expressão "salto qualitativo" para classificar as mudanças introduzidas aos níveis local, municipal e distrital de combate aos incêndios florestais.

Com o número de militares do GIPS a impedir que estes possam ter um impacto decisivo nas estatísticas, resta efectivamente a questão organizacional e, sobretudo meteorológica, de que tem resultado uma menor pressão sobre o dispositivo do que em aos anteriores.

Até agora, tendo em conta o número e a frequência de incêndios, uma comparação com o sucedido o ano passado ou em 2003 é completamente impossível, sabendo-se que as dificuldades aumentam não de forma directa mas exponencial em relação aos fogos activos, com uma agravante em termos de perda de rendimento quando a situação tende a prolongar-se.

Falta ainda ter em conta que as áreas ardidas não têm sido integralmente repostas, pelo que a diminuição da área total a proteger permite concentrar meios e aumentar a eficácia do combate, mas com a agravante de cada hectare ardido hoje ser uma percentagem mais importante do que há alguns anos, pelo que o impacto ambiental para a mesma área ardida é actualmente significativamente maior.

domingo, julho 23, 2006

Os culpados do costume...


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As prisões nunca são para os verdadeiros culpados

É sempre considerado como "fogo posto" quando um incêndio resulta de alguma forma da acção humana, dando a crer que houve um certo grau de intencionalidade no começo das chamas.

Na verdade, nem sempre é assim e na maioria dos casos foi apenas uma falta de atenção ou de conhecimentos, aliada ao tradicional facilitismo dos portugueses que originou a maior parte das ocorrências.

No caso concreto do incêndio que vitimou seis bombeiros, trata-se de um evidente caso em que não há intencionalidade por parte de quem operava uma máquina agrícola, concretamente uma motoroçadora, de onde sairam algumas fagulhas que originaram o trágico fogo.

Mesmo estando proibido o uso tipo de equipamento durante esta época sem dispositivo de contenção de faíscas ou chamas, tudo aponta para negligência, que nada tem a ver com os títulos dos jornais onde o sensacionalismo aponta para o agricultor de 19 anos, que estava a limpar um terreno, como um assassino convicto.

Com isto não se quer dizer que não haja culpa nem culpados, mas tão somente que a visão redutora e facilitista a que nos habituamos aponta para o elo mais fraco e mais vulnerável, esquecendo todas as circunstâncias que rodearam este trágico acidente e que só serão apuradas após a conclusão do inquérito.

No entanto, podemos, desde já, sem mencionar casos concretos, apontar para razões estruturais que levam ao abandono dos campos, falta de limpeza, incumprimento da lei, falhas a nível de coordenação, inexistência de formação adequada, e tantas outras que deverão ser tidas em conta e apontar para os verdadeiros responsáveis pelos inúmeros incêndios que se verificam em Portugal.

Os próprios relatórios acabam por cair em generalidades, sem tocar nas razões estruturais, responsabilizando quem tem menos possibilidades de se defender ou já nem sequer o pode fazer.

Quando se reduz o um problema tão vasto a algumas fagulhas que saem de uma máquina agrícola, estamos a esquecer o essencial, a tapar o Sol com a peneira e a permitir aos verdadeiros responsáveis continuar a praticar impunemente os crimes que destroem este País há décadas.

Há efectivamente culpados, mas não são os que aparecem nas páginas dos jornais!

"Roll-Bar" - 6ª parte


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Desenho da sapata, uma peça fácil de fazer

Em textos anteriores descrevemos quer o sistema que imaginamos, quer a peça que servirá nos angulos ou nos cruzamentos das barras, ficando a faltar a peça que permite prender o "roll-bar" ao veículo.

O desenho desta peça é extremamente simples e semelhante às bases utilizadas para prender os cintos de segurança nos veículos de competição, com a diferença de ter um cilindro no topo em vez de uma porca de fixação para um parafuso.

A sapata, que será soldada ou aparafusada numa zona da estrutura do veículo, é composta por uma base, com 150 x 60 mm e uma espessura de 5 mm, na qual está colocado um cilindro de 50 mm de diametro por 60 de altura.

No cilindro desta peça encaixa o tubo que serve para a estrutura principal do "roll-bar", que, por sua vez, será encaixado na outra extremidade nas peças que descrevemos anteriormente.

Tal como mencionamos, também do cilindro que serve de encaixe a esta peça podem ser feitos um par de orifícios de 10 mm de modo a que sejam atravessados por parafusos e desta forma haja uma forma alternativa de prender o tubo.

Esta peça é o segundo componente cujo fabrico é necessário para a construção do "roll-bar", já que para além das duas peças mencionadas, este apenas inclui, nesta versão inicial, tubos que podem ser adquiridos no mercado e cortados na medida pretendida.