sábado, outubro 20, 2007

Incêndios voltam ao distrito de Viana do Castelo


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Um fogo durante a noite no Verão de 2005

Um incêndio florestal deflagrou pelas 14:20 desta sexta-feira em Padreiro, no concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo.

O fogo, de origem ainda desconhecida e que não colocou em perigo populações, foi combatido por 61 bombeiros, com 17 veículos, tendo recebido o apoio do Grupo de Reforço de Incêndios Florestais do Porto.

Poucos minutos depois, pelas 14:40, um outro incêndio começou em Refoios, no concelho de Ponte de Lima, no mesmo distrito, que foi combatido por 10 bombeiros apoiados por quatro viaturas.

O calor que se fez sentir durante o dia, sobretudo a seguir à hora de almoço, poderá ter estado na origem destes incêndios, mas o facto de estarmos em Outubro também pode levar a uma menor vigilância, agravada por deixarem de vigorar um conjunto de disposições legais que são da maior importância em termos de prevenção.

Balizar a chamada "época dos fogos" com base no calendário e na experiência do passado pode vir a revelar-se um mau princípio, sobretudo se atentarmos na evolução climática dos últimos anos e nas altas temperaturas que se fazem sentir em pleno Outono ou no início da Primavera.

Após um Verão relativamente fresco, podemos esperar que temperaturas elevadas segundo as médias dos últimos anos se prolongem pelo Outono, criando situações algo imprevisíveis numa época em que o dispositivo já foi parcialmente desmobilizado.

Ubuntu 7.10 já está disponível para download


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Interface gráfico do Ubuntu 7.10

É disponibilizada, a partir de hoje, a versão 7.10 do sistema operativo da família Linux Ubuntu, incluindo as versões Server, Desktop, Kubuntu e Edubuntu.

As novas versões de um dos sistemas Linux mais populares em todo o Mundo incluem um novo "interface" gráfico, a melhoria da segurança e a correcção de algumas das falhas entretanto reveladas em distribuições anteriores.

Dado oferecer acesso ao código fonte, essencial para programadores, e possuir versões específicas para servidores, para adeptos do "interface" gráfico KDE, como acontece com o Kubuntu e para educação, caso do Edubuntu, esta será uma distribuição a acompanhar com interesse, sobretudo por quem não pretende suportar os custos inerentes a um sistema operativo da Microsoft.

A opção pelo Linux, oficial em vários países, oferece um conjunto de possibilidades interessantes em termos de aprendizagem e de desenvolvimento, mas também importantes do ponto de vista estrategico, ao permitir uma autonomia relativamente aos sistema operativos proprietários que vão depender da informação e da manutenção disponibilizada pelos fabricantes.

Quando o Governo português optou por subsdiar portáteis com um sistema operativo de um dado fabricante, em vez de optar por um sistema aberto e livre, cometeu simultanemante um erro estratégico e financeiro que diminui substancialmente a importância desta medida que devia visar objectivos educacionais e não fornecer equipamentos ou máquinas para jogos.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Mais um restauro de Land Rover Série 3


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Aspecto do S3 antes do restauro

Apresentamos hoje um "blog" dedicado essencialmente ao restauro de um Land Rover Série 3 88", proveniente da Guarda Nacional Republicana, que tem a particularidade de ter o tejadilho rígido e partes laterais em lona, típicos desta força militar.

Para quem frequente alguns fóruns de Land Rover portugueses, este é um Série conhecido, tendo pertencido ao João Bonacho antes de passar para o Miguel Serra, que o está a restaurar.

Nas primeiras fotografias publicadas no "blog" pode-se apreciar algum do trabalho inicial a nível de chassis, ao qual se sucederá a moroso tarefa de restauro da carroçaria.

Apesar de ser um projecto ainda no início, já se podem apreciar algumas das primeiras etapas que irão colocar de novo na estrada e em todo o seu esplendor um dos mais carismáticos modelos da Land Rover, mas será necessária muita paciência para apreciar o resultado final.

O País dos pequenos feudos - 2ª parte


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Sala de audiência de um tribunal

A existência de serviços partilhados entre várias entidades, destinadas a suprir um conjunto de funções mais genéricas ou indiferenciadas, nomeadamente a nível de apoio administrativo ou de apoio em áreas não especializadas será uma das formas de rentabilizar e agilizar um conjunto de recursos que actualmente estão duplicados na maioria das estruturas orgânicas do Estado.

No entanto, pode-se ir mais longe e partilhar serviços especializados, integrando-os e promovendo a complementariedade de esforços que antes estavam dispersos por diversas entidades que, trabalhando em paralelo, pouco ou nada colaboravam.

Um exemplo típico de um serviço que pode ser desanexado da actual estrutura e passar a servir mais do que uma entidade, são os que estão actualmente encarregues dos processos de recuperação de dívidas para com o Estado, dependentes da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos, que opera sob a tutela do Ministério das Finanças, cujo âmbito de actuação continua limitado sectorialmente, perdendo-se assim a abrangência que podiam proporcionar.

Concretizando, lembramos que a cobrança de dívidas validadas pelos tribunais é uma das maiores falhas dos nosso sistema judicial, com processos executivos a arrastar-se durante décadas, muitos dele terminando sem resultados devido à excessiva demora, facto que descredibiliza a Justiça e prejudica a economia, retirando confiança a empresas e particulares e dando um prémio injusto a quem opta por prejudicar uma entidade particular e não o Estado.

A elaboração de uma conta-corrente para cada contribuinte, com deve e haver, onde sejam inscritas todas as dívidas validadas, seja pela Administração Fiscal, seja pelos Tribunais competentes, permite efectuar um encontro de contas, com movimentação automática dos valores existentes e com um sistema de cobranças único, evitando assim situações ridículas e prejudiciais de um dado contribuinte receber reembolsos fiscais enquanto o Estado o procura para cobrar dívidas resultantes de um processo judicial civil.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Apresentados os resultados do combate aos fogos


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Uma floresta queimada

Realizou-se no Centro de Congressos de Lisboa, a sessão de apresentação dos resultados do combate aos incêndios florestais com a presença, entre outros convidados, dos ministros da Administração Interna, Rui Pereira, e da Agricultura e Pescas, Jaime Silva.

Coube ao comandante operacional nacional de Protecção Civil, Gil Martins, anunciar que este ano as chamas apenas destruiram 17.354 hectares de floresta e mato, número muito abaixo dos 75.471 hectares ardidos no ano passado e menor ainda quando comparado com a média dos últims anos.

Gil Martins considerou que estes resultados se deveram a condições climatéricas, que este ano foram excepcionais, mas também à restruturação do dispositivo de combate aos fogos.

Por seu lado, Jaime Silva anunciou que durante o próximo ano serão formadas mais equipas de sapadores florestais como forma de reforçar o dispositivo existente e contribuir para acções de prevenção, área em que ainda há muito por fazer.

Na mesma ocasião, o segundo-comandante da Guarda Nacional Republicana informou que esta força, na sequência de acções de fiscalização, passou multas num valor total superior a 700.000 euros, mas que muitas destas coimas não estão a ser cobradas.

Esta foi uma sessão sem polémicas, destinada sobretudo a cumprir calendário, onde faltou apresentar um plano de prevenção e de reflorestação, algo que não será de estranhar porque as extensas áreas ardidas continuam a servir de barreiras naturais, substituindo assim as que deviam ser planeadas e criadas de forma artificial.

Compreende-se assim que não haja grande empenho em recuperar áreas queimadas, tal a importância destas na contenção das chamas e nos números divulgados, os quais nunca entram em conta com este aspecto extremamente condicionante da actual situação.

Afinal, talvez para o ano que vem voltemos a ter sorte com o clima e as medidas estruturais que há muito são necessárias possam continuar a ser adiadas sem que dai resultam graves prejuizos para o País nem danos políticos para a imagem do Governo.

O País dos pequenos feudos - 1ª parte


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Um castelo feudal

Nos últimos meses temos assistido a uma profusão legislativa que visa modificar a estrutura e o funcionamento dos mais diversos sectores, abrangendo áreas que envolvem números insignificantes de trabalhadores e teminando no próprio Estado.

Estas alterações, mas na forma do que no conteúdo, acabam por ter um impacto reduzido no funcionamento dos serviços enquanto são devastadores para inúmeros funcionários públicos, cujas carreiras e a própria inserção na sociedade se vêm ameaçadas por esta medida.

Na verdade, poucos são os dirigentes que, em nome da eficiência e da racionalidade, aceitem prescindir de parte dos seus subordinados, que seriam transferidos para serviços partilhados por vários departamentos ou organismos, recusando-se a ver a sua influência diminuida pela perda de colaboradores.

Efectivamente, um dos critérios pelos quais o peso e a influência de muitos dirigentes, nos mais variados escalões, são avaliados tem a ver directamente com o número de funcionários que deles dependem, do que resulta uma maior dotação orçamental e um maior peso na máquina do Estado, cuja avaliação de desempenho continua a depender de critérios desconhecidos e cuja aplicação obedece a parâmetros de clientelismo partidário.

Muito se falou de mobilidade, de requalificações, mas sempre a nível individual, esquecendo que o maior problema não reside no funcionário, mas numa organização caduca que continua imóvel e consumindo recursos que são sustentados pelo sucessivo aumento da carga fiscal.

Por outro lado, a formação e o progresso de trabalhadores ou funcionários como uma equipa que desenvolve um projecto conjunto para cujo sucesso a contribuição de todos é necessária, é omitida, promovendo apenas uma competição individual que poderá revestir-se de aspectos pouco sadios.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Anunciadas mais 36 viaturas de emergência até meados de 2008


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Uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação

Durante uma visita a Estremoz, durante a qual apresentou quatro novas ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), o ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou um conjunto de novos meios a serem disponibilizados até meados de 2008.

Estas viaturas têm uma tripulação composta por um enfermeiro e um técnico de emergência, mas não dispõe de médico nem de qualquer tipo de equipamento que obrigue à presença deste.

No total, serão 36 novas viaturas de emergência, distribuidas por todo o País, e um reforço dos recursos humanos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Assim, haverá mais 23 ambulâncias SIV, 12 ambulâncias de emergência e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), a única que dispõe de médico a bordo.

Estas quatro SIV ficarão baseadas nos centros de saúde de Estremoz, Moura e Odemira e no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, reforçando assim o sistema de emergência no Alentejo e vem no seguimento de uma promessa feita após a morte de dois homens no concelho de Odemira, distrito de Beja, na sequência de um atraso na prestação de socorro.

Para além destes meios, foram instaladas VMER em Évora e Portalegre e criados quatro serviço de urgência básica nesta região onde o socorro enfrenta sérias dificuldades.

Durante a visita, foi também anunciado que o orçamento do INEM para o próximo ano será aumentado em 11.9%, resultante de uma autorização do Ministério das Finanças que permite o recurso à mobilização de verbas.

A opção pelo encerramento de centros de saúde, mesmo que supostamente compensados por meios de socorro adicionais, não devolve a confiança necessária às populações residentes e não atrai novos habitantes, mesmo com o argumento de uma carga fiscal mais baixa ou, o que é ainda mais vantajoso, a proximidade da fronteira espanhola e a possibilidade de adquirir um conjunto de bens a preços mais favoráveis.

Também as novas SIV, que não incluem um médico na tripulação, acabam por merecer contestação e serão para muitos uma versão económica das VMER, com menos valências e uma capacidade de intervenção reduzida, naquilo que parece ser um escalão intermédio numa cadeia de socorro onde não há, certamente, tempo a perder.

Apesar da necessidade de racionalização de meios, consideramos que estamos diante de apostas erradas, seja no encerramento de centros de saúde, seja na opção pelas SIV em detrimento das VMER, sendo que estas opções transmitem uma mensagem política de menorização do Interior, sendo, só por sí, suficientes para anular o que de positivo se possa encontrar nas decisões do Ministério da Saúde.

Os princípio de subsidariedade inerentes resultantes de uma política de solidariedade nacional não se compadecem com medidas que, independentemente do seu valor ou da falta deste, surgem aos olhos da opinião pública como paliativos que pouco compensam as perdas substanciais sentidas pelas populações do Interior, que cada vez mais se sentem abandonadas pelo poder central.

Serra eléctrica ou machado


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Uma serra eléctrica

A partir da próxima 5ª feira, dia 18 de Outubro, vai estar à venda no Lidl, entre outros equipamentos, uma serra eléctrica pelo preço de 59 euros, o qual inclui uma garantia de 3 anos.

Este modelo tem uma velocidade de 12.1 metros/segundo e uma potência de 2.000 Watts, incluindo um sistema de lubrificação automática e uma lâmina de 40 cm.

Esta serra tem um sistema de tensor rápido, uma corrente de baixa vibração e um travão com sistema de segurança, de modo a facilitar o uso e reduzir os riscos inerentes à utilização deste tipo de ferramentas

Com um inversor de corrente adequado e uma bateria suplementar, esta serra pode ser operada a partir de um veículo durante um período limitado de tempo, embora a sua concepção a destine a uma utilização mais estática e ligada a uma tomada eléctrica.


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Conjunto de machados

Para quem necessite de uma ferramenta de corte, capaz de ser utilizada em emergências e não disponha dos mesmos recursos financeiros ou do material necessário para recorrer a uma serra eléctrica, propomos o sistema manual, ou seja, um machado.

Por um preço de 4.99 euros e construido em aço carbónico e, dependendo do modelo, com cabe ergonómico em madeira ou em borracha com perfil, esta será uma opção de substituição ou de complementaridade.

Este tipo de ferramenta tem inúmeros usos, sendo particularmente úteis para quem vive em zonas rurais e necessita de proceder a operações de limpeza da zona circundante à habitação, essenciais para a segurança em época de incêndios, mas poderão dar servir para dar um contributo nas acções de prevenção que continuam a ser necessário efectuar, nomeadamente nos meses mais frios, em que se deve preparar antecipadamente a chegada de condições que propiciam o alastrar das chamas.

terça-feira, outubro 16, 2007

Google Earth permite geolocalizar vídeos do YouTube


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Um vídeo referenciado no Google Earth

A partir de agora passa a ser possível localizar no Google Earth os vídeos alojados no YouTube, aumentando assim a quantidade e a qualidade da informação disponível.

Para que tal seja possível, os vídeos devem ser geo-referenciados, sendo-lhes agregado a informação que permitirá o seu posicionamento sobre as visualizações do Google Earth, após o que serão apresentados numa janela separada da aplicação, a qual fica sobreposta às imagens geográficas.

Esta nova possibilidade, que resulta de um "layer" ou camada do Google Earth, vem na sequência da referenciação geográfica de fotografias, tal como acontece com o Panoramio, sendo, em termos de princípios de funcionamento, equivalente a qualquer sistema que permite colocar uma marca com uma ligação exterior.

Em conjunto com legendas e fotografias, a inclusão de vídeo permite uma descrição mais eficaz de uma dada localização geográfica, complementando-a com novas informações e tornando o Google Earth cada vez mais interactivo e uma plataforma de navegação extremamente completa.

Lembramos que existem programas complementares que permitem colocar dados provenientes de um GPS sobre a versão gratuita do Google Earth, de modo a convertê-lo num programa concorrente dos mais tradicionais OziExplorer ou CompeGPS, sendo que a vantagem de uma maior interactividade tem como contraponto a necessidade de uma ligação de alta velocidade permanente à Internet, algo que ainda não é possível de ter em qualquer lugar.

Já analisamos por diversas vezes o Google Earth como instrumento de construir e partilhar itinerários ou "road books", bem como a sua uitlização como alternativa a sistema mais convencionais, esperando que o aumento da cobertura da banda larga móvel, sobretudo no Interior do País e em zonas rurais, venha a permitir o seu uso sem as actuais restrições.

Despiste de veículo dos bombeiros causou quatro feridos


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Operações de socorro a seguir ao acidente

Um acidente de viação provocou ferimentos em quatro bombeiros voluntários de Leiria que regressavam do combate a um incêndio que ocorreu na zona de Vale Sepal.

Os feridos foram assistidos no Hospital de Santo André, em Leiria, sendo que dois dos ocupantes apresentavam lesões consideradas graves.

O acidente ocorreu perto da hora de almoço, em consequência de um despiste numa curva apertada, perto de uma ponte da Ribeira do Sirol.

Nestes dias em que o calor voltou, têm-e verificado algumas ocorrências de pouca gravidade, mas que, infelizmente, tal como qualquer missão de socorro, envolvem riscos e a possibilidade de danos colaterais como os que hoje se verificaram.

Concretamente, não podemos deixar de lembrar a necessidade de implementar o uso do cinto de segurança em todas as circunstâncias, salientando que no regresso das missões, salvo circunstâncias verdadeiramente excepcionais, não há qualquer razão que justifique a sua não utilização.

Mesmo sabendo que colocar um cinto de segurança representa a perda de um par de segundos, no caso do condutor, já que os restantes elementos podem colocá-los ou retirá-los com o veículo em movimento, estamos convictos de que esta é a atitude correcta, sobretudo quando não haja, previsivelmente, vidas humanas em risco, devendo haver na viatura um responsável por verificar este procedimento.

Será, portanto, de verificar se todos os lugares dos veículos têm cintos devidamente instalados e com suportes em condições de suportar o esforço e de implementar procedimentos e atitudes que reduzam os riscos, mesmo reconhecendo que nem todos podem ser evitados.

A implementação de uma cultura de segurança, eliminando alguns gestos ou atitudes temerárias que ainda hoje são confundidas com coragem, é um dever de todos, especialmente por parte dos comandos, que não podem compactuar com formas de actuar que tendem a potenciar riscos que, sabemos, sempre estarão presentes.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Quem troca 0.5 % do seu rendimento por um socorro eficaz?


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Linhares da Beira vista do ar

Os recentes incentivos para as empresas localizadas no Interior do País em termos de IRC, com reduções que podem alcançar os 15% no caso de novas iniciativas, bem como a possibilidade, observada por algumas autarquias, de baixar o IRS dos residentes, não pode deixar de merecer um comentário mais em jeito de interrogação.

Relativamente ao IRC, este incentivo será de alguma importância para as empresas que tiverem lucro, tal como a redução de poucos pontos percentuais na taxa de IRS apenas é relevante para quem, pelos rendimentos declarados, paga este imposto.

Quais as empresas aceitam deslocar-se para longe de centros decisionais e logísticos importantes, suportando os custos da interioridade, em troca de uma redução na taxação de lucros que poderão ou não existir nas condições adversas que terão que enfrentar?

Quantos de nós, em troco de um valor que poderá ser de escassas décimas do rendimento total, aceitará deslocar-se com a sua família para um local onde as dificuldades de socorro e assistência médica aumentaram devido ao encerramento de postos de atendimento e de urgências?

Mesmo para quem possua rendimentos acima da média e num concelho que ofereça o máximo de desconto no IRS, estamos a falar de algo que não deverá ultrapassar 0.5% do rendimento total, calculando uma taxa de 25% de IRS e um desconto de 2% por via autárquica, mas que de pouco servirá à maioria dos habitantes destas regiões, cujo rendimento e idade os coloca numa situação de exclusão económica e social.

Esta medida, que será positiva em sí mas que surge desgarrada de toda uma realidade que revela falta de planeamento, poderá ter algum sucesso num País onde o desemprego tem vindo a aumentar, mas dificilmente será o suficiente para deslocar para o Interior quem tenha as qualificações necessárias para se manter nos grandes centros urbanos, onde o acesso à educação, à saúde e a tantos outros bens e serviços necessários é francamente mais fácil do que nas áreas mais remotas.

Será que em vez de oferecer um suposto desconto, essa verba que o Estado está disposta a sacrificar, acreditando na boa fé desta medida, não seria mais útil se utilizada para reforçar os meios de socorro no Interior do País?

Adobe apresenta sistema de imagens semi-tridimensional


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Imagem do sistema de lentes usado

A Adobe apresentou recentemente um sistema que permitirá obter uma imagem fotográfica tridimensional, como base de uma reflexão acerca de possíveis tecnologias a desenvolver e implementar no futuro.

Alguns dos detalhes e da visão da Adobe quanto ao futuro da fotografia e composição de imagens digitais foram apresentadas pelo responsável desta área, Dave Story, que salvaguardou que esta tecnologia ainda se encontra em fase e projecto.

Para chegar a estes resultados, existe uma combinação entre "hardware", concretamente a nível da câmara, e o "software" instalado no computador, que se conjugam para dar profundidade a imagens que, de outro modo, seriam bidimensionais.

Essencial é a forma como o sistema de lentes funciona, sendo composto por 19 planos diferentes que capturam simultaneamente a imagem de forma fraccionada e segundo angulos distintos, de modo a compor uma imagem quase tridimensional.

Será com base neste conjunto de imagens, correspondente ao número de lentes, que o programa informático pode reconstituir uma imagem de aparência tridimensional dando-lhe volume e permitindo uma extrapolação que permite vários tipo e visualização.

Para os mais curiosos ou interessados, neste "site" francês podem-se encontrar explicações e um vídeo que ilustra este conceito que a Adobe tem vindo a desenvolver mas que requer para a sua aplicação prática da adesão do mercado, de modo a que este tipo de implementação seja padronizada.

A possibilidade de obter imagens tridimensionais com recurso a equipamentos portáteis e de preço acessível abre novas possibilidades não apenas na área da fotografia, mas em campos tão distintos como o da cartografia ou da concepção de protótipos de modelos tridimensionais.

Mesmo sendo apenas um projecto, que dependerá da adesão da indústria e do mercado para singrar, esta pode ser uma inovação extraordinariamente importante, sobretudo se o "software" que a acompanha permitir uma exportação para programas de desenho assistido ou computador ou exista um sistema de controle que facilite a sua impressão numa das impressoras tridimensionais já existentes no mercado.

domingo, outubro 14, 2007

"Service Pack 3" do XP já existe e IE7 não exige validação


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Logo do "Service Pack 3" do XP3

Já começou a circular na Internet uma versão provisória do "Service Pack 3" (SP3) destinado ao Microsoft Windows XP, antecipando-se à disponibilização oficial deste conjunto de correcções.

Alguns "sites" de partilha de ficheiros já disponibilizam esta colecção de correcções ao sistema operativo original, cujo lançamento a Microsoft tem vindo a adiar sucessivamente.

Já não é a primeira vez que este tipo de fugas se verifica, tendo o mesmo acontecido com diversos produtos, pelo que surge a dúvida se esta não será intencional, de modo a obter reacções por parte dos utilizadores e corrigir alguns erros que surjam e não tenham sido detectados nos laboratórios da própria Microsoft.

Em princípio, o SP3 deveria ser disponibilizado em 2008, mas existem rumores de que alguns fabricantes terão uma versão preliminar que estarão a testar nos computadores que ainda são vendidos ou devem suportar este sistema operativo.

Tal como mencionamos no passado, apesar de o Vista ser o sistema operativo em que a Microsoft actualmente aposta, muitos clientes, sobretudo a nível institucional, mantêm o XP e não equacionaram ainda a possibilidade de migração para a nova plataforma.

Noutra área, a Microsoft deixou de exigir a validação do sistema operativo para instalar o Internet Explorer 7, eliminando assim um obstáculo que obrigava numerosos utilizadores a manter uma versão anterior do programa ou a migrar para a concorrência, instalando "browsers" como o Firefox ou o Navigator, os quais possuem funções francamente mais avançadas do que as antigas versões que tinham nos seus computadores.

Mais do que um acto de generosidade, a opção da Microsoft destina-se a não peder quota de mercado em termos de "browsers", dando assim a todos os utilizadores a possibilidade de usar o seu produto mais recente em vez de os empurrar para uma inevitável substituição.

Estas são duas actualizações que sugerimos sejam instaladas, embora no respeitante ao SP3 apenas quando a versão defenitiva estiver disponível e efectuando o "download" através do "site" da Microsoft, de modo a evitar versões piratas que podem incluir algum tipo e vírus.

Queimada autorizada provoca incêndio em Vila Verde


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Um incêndio durante o ano de 2006

Uma queimada de palha de arroz em Vila Verde, no concelho da Figueira da Foz, realizada na passada sexta-feira, ficou fora de controle devido aos fortes ventos que se sentiam na região e deu origem a um incêndio.

As queimadas de palha e arroz são normais nesta época do ano na região do Baixo Mondego, sendo autorizadas pelas entidades competentes, mas circunstâncias imprevistas e uma temperatura ainda elevada acabou por, neste caso, resultar num fogo que ficou circunscrito aos campos de arroz vizinhos.

O incêndio, que foi combatido por 17 elementos e cinco veículos, provenientes de três corporações de bombeiros, auxiliados por uma brigada de sapadores florestais e não ameaçou as áreas circundantes aos campos de arroz, merece uma pequena reflexão, sobretudo porque esta é a época do ano em que as queimadas que não puderam ser efectuadas nos meses anteriores começam a ter lugar.

A existência de uma autorização, só por sí, não deveria ser suficiente para que uma operação que sempre tem riscos pudesse ser efectuada, pelo que será do interesse de todos imaginar e implementar um sistema simples que evite a sua efectivação quando as condições climatéricas sejam desfavoráveis.

Mesmo quando autorizadas, como era o caso, em caso de ventos fortes ou de temperaturas elevadas, as queimadas deviam ver a autorização automaticamente revogada, cabendo às autoridades estabelecer um conjunto de critérios objectivos que determinem a sua manutenção ou cancelamento.

É de lembrar que as alterações climáticas acabam por dificultar o planeamento, pois se há alguns anos atrás, a chegada do Outono equivalia quase sempre a uma descida de temperatura e às primeiras chuvas, actualmente as estações do ano parecem esbater-se, com Verões mais frios ou Invernos mais quentes a dificultar algumas operações.

Idealmente, caso a temperatura, humidade ou vento ultrapassassem determinados valores pré-estabelecidos, a queimada não poderia ser efectuada, sendo, por exemplo, necessário solicitar uma confirmação na altura do seu início, a qual poderia ser obtida por via telefónica através de um contacto com o quartel de bombeiros mais próximo, caso não estivesse presente quem estivesse credenciado para avaliar a situação e as consequências resultantes de um fogo que se pretende controlado.

Sem que este código, ou outra forma de autenticação, não tenha sido recebido, a queimada não poderia realizar-se legalmente, podendo um sistema semelhante ser adoptado para outras situações em que uma dada autorização só perante as condições concretas do momento deve ou não ser validada.