sábado, março 17, 2012

Temperaturas sobem na 4ª feira - 3ª parte

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Altas temperaturas e seca em Portugal

Mesmo a ocorrência de alguns períodos de chuva, tão inevitáveis quanto ilusórios, em pouco podem contribuir para minorar substancialmente os problemas resultantes da seca nas suas várias vertentes, pelo que será de assumir que pouco se fez durante os últimos anos e são necessárias medidas de fundo para combater esta situação.

Manifestamente, a capacidade de armazenamento de água e, sobretudo, a sua distribuição, apresenta numerosas falhas, e investimentos de monta, como no Alqueva, estão sub aproveitados, resultando numa muito baixa rentabilidade face aos imensos gastos dispendidos na construção deste enorme lago artificial que deveria permitir irrigar largas áreas do País.

O fraco aproveitamento destes recursos e dos vultuosos investimentos realizados à sua volta, traduz uma manifesta falta de visão de conjunto, uma perspectiva global e uma ideia concreta para o desenvolvimento do País, tal como a incapacidade de integrar os vários recursos existentes de forma a que se complementem e daí se extraia a devida rentabilidade.

Com o agravar da seca, que ocorre com uma cada vez maior frequência, não obstante a diminuição da área de explorações agrícolas, do que será expectável uma redução dos consumos de água, já não são as actuais soluções ou o pedido de ajuda externa que podem resolver este tipo de problemas, constituindo paleativos que apenas adiam uma catástrofe anunciada.

sexta-feira, março 16, 2012

Combate aos fogos na época crítica custa 70.000.000 de Euros - 2ª parte

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Combate a um fogo florestal em Portugal

No entanto, para além das verbas, importa ter em atenção todo o planeamento, o qual inclui deste o posicionamento e articulação do dispositivo à sua disponibilidade, passando pelas regras e procedimentos que, em época de contenção, tendem a restringir o uso dos meios mais dispendiosos.

Também não podemos esquecer que, ao contrário de anos anteriores, ou com maior gravidade, o período de seca que se atravessa traduz-se num maior risco quando as temperaturas, já elevadas, começarem a subir, dando origem a uma situação potencialmente explosiva.

Assim, o que é um dispositivo com um ligeiro aumento de efectivos relativamente ao ano anterior, pode não acompanhar devidamente o aumento de risco resultante das condições climáticas destes últimos meses, durante os quais o número de fogos florestais tem sido francamente superior à média dos últimos anos e com tendência para aumentar.

quinta-feira, março 15, 2012

Temperaturas sobem na 4ª feira - 2ª parte

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Altas temperaturas e seca em Portugal

A falta, ou impossibilidade de reacção, a nível governamental é manifesta, com declarações de interesse ou preocupação, do acompanhamento e estudo da situação, do relato junto das autoridades comunitárias, mas sempre sem qualquer acção concreta que vise controlar esta situação.

Mesmo a declaração de calamidade, que na verdade não resolve a maioria dos problemas, mas que os pode atenuar em casos concretos, continua a ser adiada, não se prevendo que surjam ajudas de vulto, incompatíveis com a situação económica do País, nem qualquer alternativa, seja por via fiscal, seja pelo apoio na reconversão sempre que tal seja justificável.

Entretanto, mesmo com a previsão de alguns aguaceiros para este final de semana, a perspectiva para os dias que se seguem é a de as temperaturas continuarem a subir, pelo que seja a seca, seja o problema com os fogos, terão tendência para se agravar.

Este é um problema não apenas climático, mas estrutural, agravado pelo contínuo ignorar de alertas e pelas más opções a nível de investimento público, com a prioridade para vias de comunicação redundantes enquanto sistemas de armazenamento de água e de irrigação, essenciais para a agricultura, pastorícia ou pecuária, eram negligênciados.

quarta-feira, março 14, 2012

Combate aos fogos na época crítica custa 70.000.000 de Euros - 1ª parte

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Um incêndio florestal em Portugal

O combate aos fogos no próximo Verão terá um custo estimado em 70.000.000 de Euros, com os meios disponíveis a aumentar um pouco relativamente aos que se encontravam mobilizados em 2011, ano onde, por razões climáticas, a redução de meios não se fez sentir.

Do total, a grande maioria, perto de 45.000.000 de Euros, destina-se ao pagamento dos meios aéreos, que este ano serão 44, contra os 41 disponíveis em 2011, ano onde estes meios diminuiram muito substancialmente face aos anos anteriores.

Prevê-se que os gastos com pessoal ande pelos 17.000.000 de Euros, dez vezes mais do que o atribuido a combustíveis, enquanto 6.500.000 de Euros são destinados a despesas extraordinárias.

Assim, no período mais crítico deste Verão estarão mobilizados 9.327 bombeiros, contra os 9.210 de 2011, apoiados por 1.987 viaturas, face às 1.945 do ano anterior, e um total de 44 meios aéreos, o que representa um acréscimo de três relativamente ao ano passado.

terça-feira, março 13, 2012

O Galileoscope na fotografia - 6ª parte

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A Lua fotografada por uma Lumix LX-3 com Galileoscope (foto Samanancy)

Também é preciso deslocá-lo ao longo da calha conforme a sua extensão, que depende do uso ou não da peça extensora incluida com o equipamento e da extensão resultante da focagem, que faz variar o comprimento na rectaguarda.

Tal implica efectuar vários furos ou abrir ligeiramente a calha em diversos locais, de modo a que seja possível aparafusar nesta a câmara e o Galileoscope nas várias configurações e distâncias focais, sendo inevitável proceder a um conjunto de testes por forma a descobrir quais os furos a efectuar.

Segura-se a calha, sensivelmente a meio, no tripé, escolhendo o ponto de equilíbrio correcto, usando o próprio parafuso e recorrendo a uma das porcas e, caso necessário, a espaçadores, após o que todo o sistema fica rígido e pronto para ser utilizado.

Sugerimos que a porca que fixa o tripé seja colada no interior da calha, independentemente da configuração a usar, evitando assim a possibilidade de a perder, deixando livre as restantes para efeitos de um melhor ajuste de todo o conjunto, o que pode implicar efectuar diversos furos na calha.

segunda-feira, março 12, 2012

Temperaturas sobem na 4ª feira - 1ª parte

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Altas temperaturas e seca em Portugal

O Instituto de Meteorologia (IM) prevê que as temperaturas, já muito altas para esta época do ano, possam vir a subir a partir da próxima quarta-feira, sobretudo nas regiões Norte do País, onde a seca mais se faz sentir.

Quando o mais previsível seria a descida, após um longo período de altas temperaturas e de seca, a previsão do IM vem aumentar as preocupações não apenas dos agricultores, mas das populações em geral, dadas as consequências que esta subida de temperaturas podem implicar.

Para além do perigo de fogos florestais, que continuam a fazer-se sentir, o efeito na agricultura e nas pastagens afectam a economia, resultando numa subida generalizada de preços, tanto mais grave quando ocorre durante um período de crise, podendo agravar o custo de vida, privando os mais desprotegidos de parte da sua alimentação.

É nas zonas economicamente mais deprimidas, no Interior Norte, que mais se sente este efeito, com os custos na alimentação dos animais a aumentar substancialmente dada a impossibilidade de recorrerem aos pastos, resultando na sua venda a baixo custo e no empobrecimento dos produtores.

domingo, março 11, 2012

Caça à multa? - 3ª parte

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Uma operação "stop" em Lisboa

Não contestamos a necessidade de fazer cumprir a legislação em vigor, nem sequer a sua adequação na maioria dos casos, mas tão somente o que parece ser uma autêntica caça à multa, que se traduz pelo substancial aumento de receitas do Estado à custa, muitas vezes, de quem não representa um perigo para sí e para os restantes utentes da via e pode nem sequer ter a capacidade financeira de corrigir esta situação legal.

No caso dos proprietários dos Land Rover, a situação assume maior gravidade dado que, ao contrário da maioria dos fabricantes, esta não permite o uso de pneus que não constam da ficha de homologação do veículo chegando ao aburdo de cobrar dezenas de Euros por uma declaração que permita usar os que estão homologados caso, por lapso, não constem dos documentos do veículo.

Chamamos a atenção para o facto de, mesmo que os pneus estejam homologados para um dado modelo, caso a medida não conste dos documentos, será multado da mesma forma que usando pneus não homologados, incorrendo na mesma multa.