Ambulância do INEM ou urgência móvel?
Ontem, foi uma criança de dois meses do sexo feminino a morrer a bordo de uma da ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) durante o trajecto entre o local onde foi efectuada uma tentativa de reanimação e uma urgência hospitalar.
Lembramos que a urgência do Hospital de Anadia foi uma das que foram encerradas, tendo-se a população manifestado por diversas vezes contra esta decisão do ministério da Saúde.
As versões relativamente ao sucedido são contraditórias, sendo que para o representante do movimento "Utentes para a Saúde", o atraso na assistência decorre de um desencontro entre a ambulância do INEM, que não teria pessoal especializado a bordo e a viatura de médica de emergência e reanimação (VMER), que inclui um médico e o equipamento neessário.
Para o INEM, não houve nem desencontros nem atrasos, tendo eventuais atrasos tido origem na opção dos pais da criança em dirigirem-se para o Hospital de Anadia, que já não tem urgência, pelo que não era possível prestar a devida assistência médica nesse local, razão pela qual foi marcado aí um encontro com uma ambulância.
Ainda segundo o INEM, a ambulância que interveio estava de regresso de Coimbra e encontrou-se com os pais da criança três minutos depois de accionada em pleno parque de estacionamento do Hospital da Anadia, sendo que passado cerca de um quarto de hora chegou uma VMER.
Nesta altura, após 40 minutos de esforços, foi possível reanimar o bebé que s encontrava em paragem cardio-respiratória, tendo sido transportado na ambulância do INEM para as urgências do Hospital Pediátrico de Coimbra, onde chegou já sem vida.
Para o porta-voz do INEM, o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro e o ministro da Saúde, apesar do desfecho, tudo decorreu com normalidade e os meios corresponderam de forma correcta, acrescentando que não é possível relacionar esta morte com recente fecho do serviço de urgências do Hospital da Anadia.