sábado, junho 29, 2019

A impressora de resina ONO 3D - 4ª parte



Ao câmbio actual, e porque na Europa pagamentos podem ser feitos directamente em Euros, impressora ONO 3D custa 88.16 Euros, com envio a partir de um centro de distribuição na Itália, enquanto 100 milílitros de resina e uma película de impressão ou um conjunto de 10 películas de impressão têm o preço de 13.36 Euros, pelo que uma solução completa, que permita algumas impressões, vai ficar perto dos 130 Euros, para incluir pelo menos duas garrafas de resina e películas de impressão.

Naturalmente, o preço surge como convidativo, sobretudo tendo em conta o preço elevado as impressoras de resina, que facilmente ficam pelos 400 Euros, mas esta ONO tem um volume de impressão diminuto, de apenas 72 x 124 x 52 milímetros, e é lenta a imprimir, ficando dependente de um equipamento a fornecer pelo utilizador, cujo desempenho e características têm influência nos resultados finais.

Por outro lado, para além dos problemas de financiamento já descritos, a resina é proprietária, não podendo ser utilizada outra que se encontre disponível no mercado, do que resulta uma dependencia perigosa, já que, caso esta deixe de estar disponível, e salvo seja possível obter uma alternativa, a impressora deixa de ser utilizável.

Sabemos que está em desenvolvimento outro modelo de impressora, completamente distinto, que também recorre aos mesmos princípios, usando igualmente um telemóvel como dispositivo de gestão e controle e como fonte de luz, pelo que este é um conceito que pode ter futuro, tal como se tem verificado noutros campos onde se recorre às funcionalidades de um telemóvel, complementando-o com os dispositivos físicos que lhe faltam, como sensores de diversos tipos, evitando assim custos duplicados ao recorrer a algo de que o utilizador já dispõe.

sexta-feira, junho 28, 2019

Land Rover Owners de Julho de 2019 já nas bancas

Já chegou aos locais de venda habituais a edição de Julho de 2019 da Land Rover Owners International, com o protagonismo a ir não para um veículo ou modelo, mas os vários percursos que se podem efectuar em Inglaterra, com numerosas opções, variandas entre sí, e com mapas de suporte.

Merece igualmente destaque o Defender que surge na capa, um modelo 90 equipado com um motor Chevvy V8 com 430 cavalos de potência, mas um P38 transformado para expedições, numa transformação efectuada pelo proprietário, e as expedições em Omã, recorrendo a um Discovery 1 Camel, merecem igualmente uma leitura atenta.

Um Serie 1 109" construído na Austrália, um Discovery 2 híbrido, o restauro de Range Rover Classic são igualmente interessantes, tal como é o recurso aos "kits" da Mud UK para ampliar o espaço disponível nos Defender, conhecidos pela falta de locais para arrumação, sobretudo no caso dos modelos produzidos antes do "facelift" intermédio dos Td5.

Está presente uma interessante secção técnica, com instruções sobre a instalação de um sistema de bateria dupla e a manutenção dos Range Rover L322, bem como as rúbricas e secções habituais, destacando-se a apresentações de novos produtos, bem como diversos testes prolongados, sempre complementadas pela extensa publicidade temática onde tendem a surgir novidades interessantes ou as cartas dos leitores, que permitem esclarecer muitas dúvidas, algumas delas bastante comuns.

quinta-feira, junho 27, 2019

Reportagem da TVI sobre o SIRESP - 2ª parte

Manifestamente, as anunciadas comunicações redundantes via satélite não estão presentes e os cabos continuam por enterrar, passando junto a árvores que, caindo ou ardento, interrompem o circuito, impedindo as comunicações de o utilizar a rede primária, num local onde a secundária não funciona.

Estamos diante de áreas com alguns quilómetros de extensão onde o SIRESP não funciona, sendo que as redes móveis, muitas vezes, estão igualmente indisponíveis, e em vários locais apenas está presente a rede da MEO, a mesma que suporta o SIRESP, o que impossibilita qualquer tipo de comunicações, do que decorre uma situação da maior gravidade, podendo resultar na perda de vidas humanas, o que, infelizmente, sucedeu em 2017.

Sugerimos aos nossos leitores que vejam esta reportagem, que espelha o estado em que uma rede que custou muito ao Estado e que, quase certamente, irá custar muito mais no futuro, após a aquisição de acções que fez transitar a responsabilidade por inteito para o Estado, a qual, efectivamente, continua a não oferecer a fiabilidade e cobertura adequadas aos seus propósitos.

Os 485.000.000 de Euros da adjudicação entre triplicaram e quadruplicaram a estimativa inicial do investimento, destinado a implementar uma solução tecnológica ultrapassada, cuja escolha foi justificada com o argumento de que a solução proposta pela Vodafone não contemplava um dos requisitos pretendidos por se encontrar ainda em testes.

quarta-feira, junho 26, 2019

A impressora de resina ONO 3D - 3ª parte

Este tipo de resina, desenvolvido para esta impressora, não precisa de ser submetida a nenhum processo de cura, bastando a exposição à luz para que endureça, após o que pode ser pintada, lixada ou colada, recorrendo às tintas e colas mais comuns, entre estas aquelas que são habitualmente utilizadas pelos modelistas, podendo dar origem a um modelo de muito boa qualidade.

Este é um modelo pequeno e resistente, com o corpo construído em polímeros, de fácil transporte, muito silencioso, que usa uma conexão USB ou simples pilhas como forma de alimentação, fácil de operar, com actuadores de lubrificação automática, que requer muito pouca manutenção e cujo "software" é bastante intuitivo, sobretudo para quem está habituado a recorrer a "smartphones".



Segundo o CEO da empresa, Filippo Moroni, a ideia foi desenvolver um dispositivo barato, de fácil utilização, que permita um primeiro contacto com o universo da impressão 3D, destinada essencialmente ao mercado doméstico e ao lazer, estando em projecto uma versão de maiores dimensões, com 24 polegadas, que será compatível com "tablets" e permite impressões de muito maiores dimensões.

A impressora vem acompanhada de um filme de impressão com protecção de ambos os lados, chave para ajuste da base, uma espátula para remoção de impressões, um funil para reutilizar resina, um par de luvas de trabalho, podendo, num pacote mais completo, incluir um saco de transporte, mas contando sempre com uma fonte de alimentação do utilizador.

terça-feira, junho 25, 2019

Reportagem da TVI sobre o SIRESP - 1ª parte

Pela pertinência do tema, independentemente de alguma polémica na abordagem, justifica-se ver a reportagem da TVI, do programa "Ana Leal" acerca do funcionamento do SIRESP nas zonas afectadas pelos incêndios de 2017 na zona de Pedrogão Grande, onde são patentes as falhas destes sistema ao qual foi imputada grande parte da responsabilidade pelo então sucedido.

Numa zona que volta a ser invadida pelo mato, onde reconstruções polémicas continuam a dividir as populações, muitas são as zonas onde a cobertura do SIRESP é inexistente, sendo patente que não há melhorias na cobertura, resultando em entre 30 a 40% da zona onde as comunicações via rede de emergência são impossíveis ou impraticáveis.

Estes testes foram efectuados nos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró do Vinhos e Monchique e no Pinhal de Leiria, portanto, em zonas fortemente afectadas pelos incêndios, sendo certo de que o mesmo se passa em muitas outras que, por esta falhas terem tido um impacto muito menor, surgem como menos visíveis.

É de notar que os testes são apenas de cobertura, mas não incluem problemas de saturação, existentes durante operações onde estão presentes um elevado número de efectivos e que, devido ao súbito aumento do tráfego, resulta em indisponibilidades temporárias, impedindo as comunicações nas alturas em que tal se verifica, o que, em situações críticas pode ter um impacto devastador na condução das operações.

segunda-feira, junho 24, 2019

A impressora de resina ONO 3D - 2ª parte

A impressora mede apenas 180 x 128 x 185 milímetros, pesa só 720 gramas e permite imprimir objectos com até 72 x 124 x 52 milímetros, sendo compatível com telemóveis com écran até 5.8 polegadas, sendo constituída, essencialmente, pelos seguintes componentes:

1 LED "interface"
2 Alojamento do motor
3 Actuador do eixo Z
4 Cama de impressão
5 Reservatório de resina
6 Filme de impressão
7 Base ajustável
8 Suporte almofadado para telemóvel
9 Telemóvel do utilizador

Está presente um sistema de auto-nivelamento, que faz o "reset" do eixo Z antes de cada impressão, o tanque de resina e placa de impressão são fáceis de remover, o que facilita a limpeza, e o filme de impressão pode ser utilizado até 10 vezes na mesma posição, algo que se adequa, sobretudo, a múltiplas impressões do mesmo objecto.

Estão disponíveis diversos tipos de resina, todas proprietárias, em várias cores e transparente, tendo características distintas, podendo ser completamente rígidas ou ter algum grau de flexibilidade, estando previsto, no futuro, resinas que se possam misturar entre sí, de modo a obter novas cores e propriedades físicas.


domingo, junho 23, 2019

Novo modelo de Documento Único Automóvel

O Documento Único Automóvel (DUA), sucessor do livrete dos veículos, vai mudar, passando a ter um formato semelhante ao de um cartão do cidadão ou cartão bancário, tornando este documento mais durável, com um conjunto de informações mais facilmente acessível e mais fácil de transportar.

Esta alteração entra em vigor a 1 de Agosto, abrangendo, numa fase inicial, os veículos agora matriculados, sendo de prever que a partir de 2020 abranja todos os veículos, não estando ainda estabelecido o processo de transição e, naturalmente, quais os custos que daí resultem para os proprietários.

No novo documento estão presentes informações codificadas, destinadas a serem lidas por dispositivos electrónicos, como um código QR, e toda a leitura é francamente mais fácil, sobretudo face à degradação de muitos documentos impressos em cartolina que, com alguma facilidade, se tornavam ilegíveis.

Naturalmente que, podendo haver vantagens nesta mudança, caso esta seja obrigatória, mesmo sem alteração do conteúdo, estaremos diante de um procedimento abusivo, essencialmente uma fonte de financiamento do Estado, numa espécie de imposto encapotado que, efectivamente, não oferece vantagens comparáveis com os custos da renovação de um documento cuja validade é ilimitada, salvo alterações que impliquem a respectiva substituição.