sábado, julho 05, 2008

58 aeronaves para combater os fogos - 2ª parte


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Um Beriev Be-200 no combate aos fogos

Esta táctica, que tem dado resultados positivos, obviamente não dispensa outros meios, seja porque os meios aéreos não operam durante a noite, seja porque nem sempre estão disponíveis em número suficiente nas áreas atingidas, mas o excessivo ênfase e o crescente investimento no recurso a aeronaves pode condicionar as verbas disponíveis para o combate em terra.

Mais do que uma mera opção táctica, a evolução demográfica tem condicionado a forma de combater os fogos, tentando-se suprir a falta de efectivos em várias zonas do País através de uma maior mobilidade e do impacto resultante do recurso maciço a aeronaves, mesmo quando os fogos são de pequenas dimensões e a utilização de meios aéreos pode parecer injustificada.

A substituição de meios humanos por material pode, em certa medida, resultar, mas só enquanto houver um equilibrio aceitável, pois não podemos, por exemplo, proceder racionalmente a operações de rescaldo, algo que muitas vezes falha, através do emprego de meios que excluam um número razoável de efectivos no terreno.

Por outro lado, os meios aéreos são dispendiosos, mais ainda com o aumento do preço dos combustíveis, eficazes em situações específicas, mas não podem ser encarados como uma panaceia ou uma solução milagrosa que compense debilidades ou faltas de investimento noutras áreas de actuação.

Será, pois, devido à falta de investimento em prevenção e ao cada vez maior desequilibrio regional que as tácticas foram sendo alteradas, respondendo a contingências sem que o problema de fundo, que consideramos residir na insustentabilidade de largas áreas do Interior e do seu consequente abandono, seja resolvido.

sexta-feira, julho 04, 2008

Petição contra o cancelamento de matrículas


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Clássico à espera de restauro

Está em curso uma petição contra o cancelamento automático de matrículas de veículos matriculados entre 1980 e 2000 e sem inspecção periódica obrigatória (IPO) realizada nos últimos cinco anos.

A nova legislação, feita numa perspectiva fiscal, pretende essencialmmente dar baixa de matrículas de quem não pague o Imposto Único de Circulação (IUC) de forma automática, evitando os problemas que um sistema automatizado que se baseia em bases de dados não actualizadas acaba por trazer.

Tal como mencionamos anteriormente, consideramos a nova legislação abusiva, sobretudo se nos lembrarmos que as conhecidas falhas no sistema informático podem cancelar matrículas de veículos que não estejam em falta, seja por isenção, seja porque, mesmo não tendo IPO, cumpriram todas as suas obrigações fiscais, podendo cair-se no absurdo de quem acabou de pagar o IUC ver a matricula ser cancelada.

Sugerimos, pois, a assinatura desta petição que faz todo o sentido num País onde os registos tendem a não bater certos e todos nós, mesmo os cumpridores, arriscamo-nos a surpresas desagradáveis, para as quais não contribuimos, mas que podem sair extremamente incómodas e, inclusivé, dispendiosas.

Cartas de risco já cobrem todo o território nacional - 1ª parte


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Exemplo de carta de risco

As cartas de risco já cobrem todo o território nacional, fornecendo a autarquias e entidades ligadas à Protecção Civil uma importante ferramente no planeamento de medidas de prevenção e no próprio combate a flagêlos naturais como os incêndios florestais.

Estas cartas foram desenvolvidas pelo Instituto Geográfico Português (IGP), em parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), e sintetizam diversas variáveis que ajudam a estabelecer quais as zonas de maior risco de incêndio florestal.

As cartas de risco, feitas nas escalas 1/50.000 ou 1/25.000, cobrem detalhadamente a totalidade do território nacional e permitem planear antecipadamente acções preventivas, distribuir meios e estabelecer tácticas e procedimentos a seguir em caso de incêndio.

As cartas de risco carecem de permanente actualização, introduzindo todas as alterações relevantes, como a modificação da rede viária, abertura de caminhos florestais, existência de áreas queimadas e zonas de contenção, localização de pontos de água, de modo a que a informação permaneça actualizada e não se constituam, elas próprias, factores adicionais de risco para quantos a elas recorram.

Também é necessário ter em conta a regeneração de áreas ardidas, muitas vezes de forma desordenada, alterações nas culturas e a sua evolução, pelo que a precisão de perto de 90% relativamente às previsões pode facilmente deixar de verificar-se.

quinta-feira, julho 03, 2008

Membro da International Association of Hostage Negotiators


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Logotipo da IAHN

Foi recentemente oferecida a qualidade de membro vitalicio da International Association of Hostage Negotiators (IAHN), uma associação com base nos Estados Unidos que reune experiências e conhecimentos relativos à negociação de reféns e a incidentes com barricados.

O responsável pela IAHN, Dominick J. Misino foi um dos principais negociadores da polícia de Nova Iorque, tendo participado em mais de duas centenas de incidentes e é autor do livro "Negotiate and win", que já apresentamos, essencial para compreender os meandros de uma negociação nas difíceis circunstâncias que resultam da presença de reféns.

A primeira intervenção e gestão de situações de crise implica um conjunto de conhecimentos que devem estar ao alcance de quem efectua missões de socorro, que se pode defrontar com cenários complexos que podem evoluir rapidamente para o descontrolo caso não haja uma intervenção rápida.


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Logotipo da área resevada da IAHN

Apesar de existirem equipas especializadas, sobretudo no seio de forças policiais, existe um conjunto básico de técnicas e de procedimentos que devem ser do conhecimento geral e postos em prática enquanto não chega um especialista nesta área, podendo assim evitar suicídios, agressões ou outros actos que ponham em causa a segurança ds presentes.

Já publicamos uma série de textos onde é abordada problemática do suicídio, a sua incidência em profissões específicas, bem como algumas das técnicas ou abordagens para controlar incidentes onde esta possibilidade exista, de modo a ganhar tempo para que uma equipa especializada chegue e assuma o controle da situação, sendo importante o acesso aos recursos do IAHN, que incluem bibliografia e especialistas nesta área.

Consideramos essencial a existência de formação específica nestas áreas de conhecimento que surge, muitas vezes como reservadas a um conjunto restrito de especialistas que poderão não estar nas proximidades quando os primeiros elementos de socorro chegam a um cenário de crise e necessitam e manter a situação estável até à chegada de uma equipa especializada.

Vestuário inteligente para bombeiros - 1ª parte


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Vista posterior do vestuário

O pólo de Aveiro do Instituto de Tele-comunicações (IT), em parceria com a YDreams e com a Miguel Rios Design desenvolveu um vestuário inteligente para bombeiros, destinado a minimizar os riscos durante o combate aos fogos.

Este sistema, designado por I-Garment, conta com financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA) e permitirá um seguimento e monitorização dos sinais vitais de elementos durante operações de risco.

Os equipamentos já foram testados em simulações e implementam um conjunto de tecnologias que se destinam a aumentar a segurança dos portadores, fornecendo dados em tempo real com informações tão diversas como sinais vitais, passando pela localização até a alertas caso alguns parâmetros estejam fora dos valores previstos.


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Esquema do sistema de transmissões

Um conjunto de sensores permite seguir cada elemento em tempo real, verificando permanentemente o seu estado de saúde e alertando caso algum dos sinais vitais saia dos intervalos pré-estabelecidos, permitindo um socorro mais rápido em caso de necessidade.

Para além do sensores que monitoram o portador, o vestuário também possui um sistema de telemetria, informações posicionais via GPS, comunicações e alertas, que poderão ser desencadeados pelo utilizador através de um botão de emergência.

A informação recolhida por este conjunto de sensores é enviada depois, através de uma ligação sem fios tipo WiFi para um posto de comando que a fará chegar a um sistema central que estará alojado, por exemplo, na Protecção Civil, de acordo com a arquitectura exemplificada no esquema.

quarta-feira, julho 02, 2008

Cadeados à prova de água - 2ª parte


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Cadeados à prova de água junto a um modelo convencional

Quando comparados com os cadeados convencionais, os modelos à prova de água destacam-se pelo revestimento em plástico e borracha, que praticamente não deixam metal à vista e pelo maior volume, normalmente associado a uma cor viva como o amarelo ou azul.

No entanto, dado que a lingueta, devido ao revestimento em borracha, fica com um diametro por vezes incompatível com o sistema de fecho, pode ser necessário remover a manga em borracha, sendo que nesse caso aconselhamos a colar cuidadosamente com cola de contacto, as anilhas de borracha ao corpo do cadeado, vedando assim a entrada de água.

Para além do modelo de 40mm, o mais comum e pelo qual optamos, existem cadeados funcionalmente idênticos com outras dimensões e em embalagens de apenas uma ou duas unidades, neste último caso também com chave comum, mas aconselhamos o conjunto de quatro cadeados para todos quantos necessitem de pelo menos duas unidades, de modo a ficar com pelo menos um de reserva.

Esta é uma aquisição que aconselhamos a todos quantos têm Land Rover Series, pois o seu valor inicial mais elevado é francamente compensado pela maior resistência e durabilidade, bem como pela confiança que conferem e pela comodidade resultante da utilização de uma única chave para todos os cadeados.

58 aeronaves para combater os fogos - 1ª parte


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Um Dromader no combate aos fogos

Em 2008, a Empresa de Meios Áereos (EMA) disponibiliza 56 aeronaves para combater os fogos, incluindo 35 helicópteros, cinco helibombardeiros, 14 aviões e dois aerotanques pesados anfíbios.

Destas aeronaves, seis helicópteros pesados e três ligeiros pertencem à EMA, sendo os restantes serão alugados a empresas particulares.

Os dois aviões pesados anfíbios a ser alugados para o período de 15 de Junho a 15 de Outubro e para os anos 2008 e 2009, vão custar perto de 12.600.000 euros, enquanto os sete helicópteros ligeiros para operar entre 15 de Maio e 15 de Outubro deste ano ficam pelos 5.000.000.

Acresce o aluguer de quatro helicópteros médios,que vão operar entre 15 de Maio e 30 de Setembro de 2008, cujo aluguer custa 2.400.000 euros e outros 1.700.000 para outros dois helicópteros médios permanentes, que estarão disponíveis entre 1 de Junho e 15 de Outubro.

Estão disponíveis, para além destes 56 meios aéreos, os dois helicópteros bombardeiros ligeiros da AFOCELCA, dando assim seguimento a uma opção que previlegia uma intervenção rápida helitransportada em coordenação com largada de água como forma de contenção enquanto não chegam reforços por via terrestre.

Desta forma, no total, serão 58 aeronaves a operar durante o período máximo de esforço, consubstanciando uma opção a nível de combate que surge como cada vez mais como sendo uma inevitabilidade.

terça-feira, julho 01, 2008

Targus HeatDefense: arrefecimento de portáteis


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Targus HeatDefense

Com a chegada do calor, surgem novos problemas para quem utiliza computadores portáteis fora de casa, como, por exemplo, quem os integra numa solução de navegação a bordo de um veículo.

A Targus, um fabricante conhecido sobretudo como fabricante de malas para transporte de computadores portáteis e acessórios, apresentou uma base que tem como finalidade arrefecer e aumentar a duração das baterias dos portáteis.

O painel, uma espécie de almofada designado por HeatDefense, é composto por cristais que se mantém cinco graus centígrados abaixo da temperatura ambiente, absorvendo o calor do equipamento.

O HeatDefense é compatível com portáteis com ecrans entre as 12 e as 17 polegadas e não possui nenhum tipo de ventoinha, sendo, portanto inteiramente silencioso, estando disponível em diversas cores.

O preço é de uma trintena de Euros e justifica-se para quem use o portátil por longos periodos fora de portas durante o tempo quente do Verão, podendo desta forma evitar avarias que surgem quando os computadores são submetidos a um aquecimento excessivo.

Começa hoje a "Fase Charlie"


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Equipa de sapadores florestais

Começa hoje a "Fase Charlie" de combate aos incêndios florestais, mobilizando mais de 9.600 elementos apoiados por 2.266 veículos e 56 meios aéreos, correspondendo ao período de máximo esforço do dispositivo.

Relativamente ao ano passado, existe um um reforço de mais de 800 elementos, prevendo-se que nesta fase exista um total de 2373 brigadas de combate a incêndios e um dispositivo de alerta que inclui 236 postos de vigia activos.

Os 56 meios aéreos à disposição da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) incluem 35 helicópteros, 14 aviões, dois aerotanques pesados e cinco helibombardeiros pesados Kamov Ka-32.

Os bombeiros são complementados pela Guarda Nacional Republicana, através do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), terá 720 elementos, a que acrescem 383 das 127 brigadas da Polícia de Segurança Pública e 236 contratados pela associação de empresas do sector das celuloses e do papel, a AFOCELCA, que disponibiliza 236 efectivos e dois helicópteros.

Entre os objectivos, pretende-se que não haja incêndios com áreas ardidas superiores a 1.000 hectares e que o ataque inicial seja inferior a menos de 20 minutos, em 90% dos casos.

Por outro lado, queremos lembrar a entrada em vigor das medidas que condicionam a circulação em determinadas áreas, a proibição de queimadas ou a obrigatoriedade de autorização para lançar fogo de artifício, as quais devem ser respeitadas como forma de prevenção dos fogos.

Este Verão prevê-se que seja dos mais quentes, com duas a três vagas de calor, pelo que, para além do dispositivo de combate, é de apelar a todos para que evitem comportamentos de risco, origem da grande maioria dos incêndios que têm vindo a devastar Portugal.

"Portugal sem fogos depende de todos", esperando-se que este ano da colaboração e cooperação de todos, incluindo a sociedade civil, evite um substancial aumento da área ardida e, sobretudo, evite a perda de vidas humanas.

segunda-feira, junho 30, 2008

Cadeados à prova de água - 1ª parte


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Conjunto de cadeados à prova de água

A maioria dos proprietários de Land Rover Series acaba por ter uma extensa colecção de cadeados, um pouco espalhados por todo o veículo, protegendo o acesso a diversos compartimentos, como o do motor, de uma caixa de segurança, de ferramentas ou do depósito de combustível.

A um elevado número de cadeados também é típico associar outras tantas chaves, sendo que, muitas vezes, a fraca qualidade do material e a sua vulnerabilidade à chuva e humidade pode levantar problemas desagradáveis, como a impossibilidade de abrir o reservatório de combustível quando este está quase esgotado.

A nossa opção foi adquirir no EBay Inglês um conjunto de quatro cadeados de 40 mm à prova de água que partilham a mesma chave, por um preço de perto de uma dúzia de Euros, incluindo os portes para Portugal, de forma a substituir os cadeados que temos no compartimento do motor e no depósito de combustível, ficando com outro para a caixa sob o assento e o último como reserva ou para usar numa outra caixa interior ou no "hi-lift".

Estes cadeados são feitos em aço endurecido, possuem um revestimento em plástico e borracha e tampas de protecção de modo a evitar a entrada de humidade pelo orifício da chave, tendo no interior molas em aço inoxidável.

PP vai propor que alunos tenham formação em socorrismo


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Cartaz de instrução de socorrismo

O Partido Popular (PP) vai propor que a partir do próximo ano lectivo os alunos do ensino secundário passem a ter formação obrigatória de suporte básico de vida.

Esta formação de 10 horas seria ministrada em colaboração com entidades como o Instituto Nacional de Emergência Médica, a Cruz Vermelha e a Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, de acordo com um programa a estabelecer a aplicar a nível nacional.

Outra vantagem desta formação será alertar e consciencializar os jovens para os perigos resultantes das falsas chamadas para o 112, muitas vezes resultantes de brincadeiras de mau gosto que podem ter consequências graves, para além de constituir um ilícito criminal.

Como complemento de algumas acções de formação existentes ou substituindo as que tenham menos interesse, esta é uma proposta que deveria merecer o acolhimento por parte das várias forças políticas, dada a importância de que se reveste a disseminação deste tipo de conhecimentos.

O papel da escola deve incluir uma preparação para a vida, educando e ensinando de forma tão abrangente quanto possível, preparando os alunos para a vida em sociedade e para a interdependência que resulta da sua integração social.

Nesta prespectiva, existe um conjunto de conhecimentos essenciais, que vão desde a segurança rodoviária ao socorrismo, que são essenciais e podem significar a diferença entre a vida e a morte, pelo que esperamos que esta proposta do PP não seja vítima de querelas partidárias sem sentido e seja aprovada e implementada com a rapidez possível.

domingo, junho 29, 2008

Ministério só aceita pagar 47 cêntimos aos bombeiros pelo transporte de doentes - 1ª parte


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Ambulância dos bombeiros

O Ministério da Saúde (MS), após uma recusa inicial, aceitou actualizar o preço por quilómetro pago aos bombeiros para o transporte de doentes não urgentes, mas chegou aos 60 cêntimos pedidos pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) dada escassez de verbas orçamentadas para o efeito, contrapondo apenas 47 cêntimos.

Recebida pelo MS após três meses de pedidos, a LBP viu reconhecida "a justeza" da sua reivindicação e o impacto do aumento dos combustíveis nos custos do serviço de transporte de doentes prestado pelas corporações de voluntários.

Após a reunião com o ministério, houve concordância na necessidade de rever o valor por quilómetro, com a LBP a avisar, desde logo, que não aceitava menos de 50 cêntimos, valor que fica abaixo do que resultaria caso todas as actualizações anuais protocoladas há 23 anos tivessem sido efectuadas.

A LBP apresentou as contas referentes aos encargos com o transporte de doentes, que se mantém nos 40 cêntimos por quilómetro desde 2006, não obstante a subida dos custos, particularmente agravados pelos sucessivos aumentos dos combustíveis, asfixiando as corporações.

Com um valor por quilómetro estimado em 81 cêntimos, a LBP descreveu as várias parcelas e o seu peso percentual, de modo a demonstrar a fórmula de cálculo, onde o preço do combustível corresponde a 22% do custo total do transporte, sendo incluidos os valores de manutenção, seguros, amortizações dos veículos e encargos com pessoal.