Um incêndio florestal em Portugal
Esta é, portanto, uma situação expectável e previsivel à luz dos anos mais recentes, o que deve ser tido em conta no balançar do dispositivo, abrangendo mais meses e, eventualmente, reduzindo o efectivo na "
Fase Charlie", de modo a poder distribuir mais meios pelo resto do ano, tal como tem sucedido com o número de ocorrências.
No entanto, não são apenas os incêndios em sí, o seu combate e as consequências daí resultantes que devem ser analisados, mas também a forma como estes eventos têm sido tratados pela comunicação social num período em que o País atravessa uma profunda crise e se debate com numerosos escândalos, alguns deles protagonizados por entidades oficiais.
Chamamos a atenção para algumas peças televisivas que consideramos de muito mau gosto, explorando sobretudo o sofrimento e o pânico das populações, com sequências que em nada contribuiam para uma visão objectiva da situação.
Este tipo de imagens, muito usadas durante alguns anos, recentemente caiu em desuso, mas infelizmente agora são retomadas, algo que lamentamos e condenamos, considerando que ultrapassam os limites que a informação deve respeitar, evitando aquilo que, sem contribuir para informar, pretende apenas explorar a infelicidade alheia.