sábado, setembro 12, 2009

Projecções e datums em linguagem comum - 2ª parte


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Projecções plana, cónica e cilíndrica

Conforme o tipo de cortes, o número, o angulo, etc, assim ficará a superfície e quando mais cortes, maior uniformidade e melhor a compensação dos espaços que se vão abrindo, tanto mais real a representação bidimensional do que era uma superfície curva.

No fim, após preencher os espaços abertos prolongando linhas ou distorcendo ligeiramente as várias fatias de modo a obter a continuidade que se vê num mapa, sabes-se que o que lá está é artificial, se bem que reproduza aproximadamente a realidade.

Se em vez de uma faca usarmos um modelo matemático, tradutível em fórmulas, obtemos uma projecção, sendo que a sua correcta selecção no GPS é absolutamente necessária para compensar as distorções que mencionamos.

Conjuntamente, o local de início e o processo de planificação da superfície tridimensional, que surgem em termos de configuração como "datum" e projecção, são os factores fundamentais a ter em atenção quando nos apercebemos de que a posição indicada pelo GPS sobre um mapa tem um desvio relativamente à geografia, sendo este um erro mais comum do que um problema na calibragem dos mapas ou na recepção do GPS.

sexta-feira, setembro 11, 2009

8º aniversário do ataque contra o World Trade Center


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Aspecto do ataque contra as Torres Gémeas

Quando se lembra mais um aniverário sobre o ataque contra o World Trade Center, recordamos as vítimas deste atentado, incluindo todos os que perderam a vida nos esforços de socorro, bem como quantos faleceram durante missões que visavam o salvamento de outrém.

O elevado número de bombeiros que perderam a vida resultou no estabelecimento desta data para homenagear os profissionais que enveredaram por esta carreira arriscada, de muito sacrifício, mas que também pode proporcionar uma extrema satisfação pessoal no desempenho de missões de socorro e salvamento.

Muito do que havia para dizer acerca deste atentado já foi dito e muito, possivelmente ficará para sempre por dizer, mas tal não pode fazer esquecer as vítimas, bem como todos aqueles que diariamente arriscam a própria vida para salvar a dos outros.

Já ardeu mais em 2009 do que a soma dos dois últimos anos - 2ª parte


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Pausa no combate a um fogo florestal

Mesmo faltando quase quatro meses para o fim do ano, com toda a probabilidade a área ardida em 2009 ficará abaixo dos 100.000 hectares que constituem o limite imposto pelas entidades governamentais, mas que, na verdade, carece de significado real na actual conjuntura.

Independentemente do número ou do limite considerado, que pode se o actual ou outro, seria mais adequado que se falasse de um rácio entre área ardida e reflorestada, assumindo o Governo a responsabilidade de repovoar uma área, por exemplo, 50% superior à que fosse destruida.

Apenas invertendo a actual tendência para a diminuição de área florestal se pode equacionar em termos de sucesso o combate aos fogos, sem o que, independentemente da área ardida, esta continua a ser uma batalha perdida no meio de uma inconsequente e arrasadora política que parece pouco preocupada com a deflorestação que é visível aos olhos de todos.

Estabelecer números que não se enquadram numa estratégia global, para além de redutor, demonstra que impera o facilitismo de navegar à vista, evitando males maiores que, no fundo, acabam por ser o prolongar da longa agonia de um Portugal rural que já quase desapareceu e há muito deixou de ser sustentável.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Coletes de carga - 2ª parte


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Um colete de carga da Timberland

Para além dos bolsos de maiores dimensões, o colete tem ainda outros três na zona do peito, fechados por velcro, bem como um velcro para uma etiqueta com o nome, sendo o conjunto feito num tecido 100% algodão.

Optamos por este modelo pelo conforto que oferece, pela resistência e pela leveza, bem como pela facilidade de poder ser lavado à máquina, mais do que pela sua capacidade de carga, no que encontramos melhores alternativas.

No entanto, factores como a impermeabilização, o isolamento térmico obtido através de um forro ou alguma característica particular pode condicionar fortemente a escolha e, provavelmente, implicar pagar um preço mais elevado.

Por perto de uma trintena de euros, que inclui portes e registo, esta será uma opção a ter em conta num universo de alternativas que começam na dúzia de euros e podem atingir facilmente perto de uma centena, dependendo das características e do renome do próprio fabricante.

Já ardeu mais em 2009 do que a soma dos dois últimos anos - 1ª parte


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Um incêndio florestal em Portugal

Os incêndios florestais já destruiram mais de 50.000 hectares durante o presente ano, ultrapassando assim a soma das áreas destruidas em 2007 e 2008, a qual totalizou 48.694 hectares.

Até ao final de Agosto, segundo o relatório mensal da Autoridade Florestal Nacional, a área ardida era de 35.257, sendo que já em Setembro o grande incêndio do Sabugal destruiu 11.000 hectares, acrescendo outros fogos de menores dimensões.

Agosto voltou a ser, até agora, o mês com maior número de incêndios, num total de 4691, entre os quais 23 foram classificados como "grandes incêndios" por representarem uma área ardida superior aos 100 hectares, sendo que oito foram considerados como ateados de forma intencional enquanto outros 14 estão sob investigação.

O distrito do Porto, com 3.688 ocorrências, o de Viseu, com 1.960 e o de Braga, com 1.701, são responsáveis por quase metade dos 15.106 incêndios registados até ao fim de Agosto, ficando a zona do Alentejo no extremo oposto, com apenas 162 fogos.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Fennec Alpha 3 já disponível para dispositivos Windows Mobile


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Um écran do Fennec

A Mozilla já disponibilizou a versão "Alpha 3" do "browser" Fennec para equipamentos baseados no sistema operativo Windows Mobile e que surgiu inicialmente para os Nokia baseados na plataforma Maemo.

A nova versão, ainda em desenvolvimento, é mais rápida, suporta maiores resoluções de écran e inclui um sistema de renderização que mantém em cache áreas de écran previamente usadas e renderizadas, evitando assim a repetição do processo.

Esta versão ainda se encontra em desenvolvimente, aproximando-se agora da fase "Beta", altura em que terá a estabilidade para começar a ser testado por utilizadores menos experientes, sendo ainda pouco aconselhável instalá-lo em equipamentos mais sensíveis caso não haja alternativas.

Autor de incêndio de grandes dimensões fica em prisão preventiva


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Um incêndio florestal

Ficou em prisão preventiva o pastor de 48 anos que ateou um fogo, destinado a renovar pastos, que resultou num incêndio de grandes dimensões que lavrou no concelho de Gouveia.

Com base nos indícios e elementos de prova recolhidos pela Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, e pela Guarda Nacional Republicana, o juiz aplicou a medida de coação mais grave prevista na legislação portuguesa, facto que começa a suceder com maior frequência neste tipo de situação.

No primeiro interrogatório judicial do responsável pelo fogo que começou no dia 05, ficou estabelecido que este ateara o que se converteu num incêndio que destrui pinhal, vinha, zona frutícola e colocou habitações em risco para renovar pastos, portando, sem com intenção de propositadamente provocar um incêndio.

É de notar que este medida foi aplicada na sequência de um crime por negligência, onde é manifesto a ausência de dolo, o que corresponde a uma substancial alteração de critérios quando comparados com o elevado número de incendiários, que ateiam fogos intencionalmente, e são deixados em liberdde, com medidas de coação que não os impede de reincidir.

Os actos devem ser apreciados tanto em função da gravidade das consequências, como aconteceu neste caso, como também na vertente da intencionalidade e do perigo potencial, mesmo que este não se concretize em absoluto, pelo que se deve equacionar uma maior uniformidade de critérios que evite reincidências por parte de quem repete este tipo de crime.

terça-feira, setembro 08, 2009

Coletes de carga - 1ª parte


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Um colete de carga da Timberland

Os coletes com múltiplos bolsos, destinados sobretudo a actividades de exterior, existem numa infinidade de modelos, com qualidade e concepção completamente díspar o que, naturalmente, se reflete no preço.

Para além de questões orçamentais, a necessidade de um modelo capaz de suportar uma utilização mais intensa, requerer algumas características concretas, como o volume de carga que pode transportar, impermeabilização ou isolamento térmico, são condicionantes e podem justificar um investimento superior que será rentabilizado no uso.

Uma vez estabelecidos os requerimentos e um orçamento, optamos por procurar no EBay inglês, onde por vezes surge a oportunidade de adquirir um modelo de uma marca conceituada, o que só por sí não garante a qualidade mas pode indiciá-la, tendo licitado num colete da Timberland o qual foi adquirido pelo valor base em leilão.

Este modelo tem algumas características comuns à maioria, como o fecho eclair frontal e bolsos de grandes dimensões de ambos os lados, mas também outras menos vulgares, como a duplas segurança de velcro para fechar os bolsos ou a abertura lateral através de botões metálicos de pressão.

INEM investiu 13.500.000 de euros em meios de socorro dos bombeiros - 2ª parte


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Uma ambulância do INEM

Tal como sucede em inúmeras situações, o reforço dos meios de socorro ou a implementação de planos de contingência não pode ser encarado como um triunfo e menos ainda como substituição de uma política adequada e que proteja as populações.

Sobretudo no Interior do País, em regiões onde as condições meteorológicas podem condicionar fortemente a deslocação de meios de socorro, seja por via terrestre, seja por via aérea, é patente que a introdução de novas ambulâncias não substitui a falta de urgências instaladas localmente, podendo ainda revestir-se de efeitos secundários perversos.

Para além de uma falsa sensação de segurança, o recurso a meios de socorro como substitutos de valências hospitalares, implica maiores deslocações, realizadas a maior velocidade como forma de compensar o aumento das distâncias a percorrer e um risco acrescido para as tripulações e para quem é transportado nas ambulâncias, sendo intuitivo o aumento do número de acidentes em missões deste tipo.

O recurso a medidas temporárias, que tanto acontece no socorro, como no combate aos fogos, com em tantas outras situações, é uma necessidade como forma de estabilizar ou inverter a tendência de degradação a que podemos assistir nestes sectores, mas não são em sí a solução e, quando confundidos com esta, são particularmente perigosos.

segunda-feira, setembro 07, 2009

INEM investiu 13.500.000 de euros em meios de socorro dos bombeiros - 1ª parte


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Ambulâncias do INEM e dos bombeiros

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou que ao longo do último ano e meio investiu 13.500.000 de euros em ambulâncias e postos de emergência médica junto dos corpos de bombeiros voluntários.

Este valor corresponde à aquisição de novas ambulâncias para 150 postos existentes e de 40 novos postos, igualmente com ambulâncias, todos eles adstritos a corpos de bombeiros voluntários.

As ambulâncias incluem diversos níveis de equipamento, com várias unidades equipadas com Suporte Básico de Vida e posicionadas em locais mais afastados de serviços de emergência ou onde se verifique uma maior necessidade deste tipo de valência.

Existe uma manifesta necessidade de reequipar as corporações e de substituir meios obsoletos por outros mais recentes, mas tal não compensa, de forma alguma o contínuo aumento de distâncias entre as populações de zonas remotas do Interior e os serviços de urgência.

"Ninguém me livra desse..."


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Arcebispo Thomas Becket

Quando Henrique II, rei de Inglaterra, gritou diante da sua corte "ninguém me livra desse padre", referindo-se a Thomas Becket, dificilmente imaginaria a trágica sequência de acontecimentos que acabara de se iniciar.

Acreditando que prestavam um valioso serviço ao rei, nobres da corte assassinaram aquele que fora durante anos conselheiro e amigo de Henrique II e por quem este, não obstante as divergências, mantinha um óbvio respeito e consideração.

Ainda hoje, aos olhos da História, independentemente do que realmente sucedeu, Henrique II continua a ser o responsável pela morte do antigo Arcebispo de Cantuária, algo que não pretendia que acontecesse e que manifestamente o penalizaria.

Poucos aprendem com a História e hoje, quando um dirigente político toma algo ou alguém como um adversário que deve ser eliminado, independentemente da sua culpa, assume sempre perante todos a responsabilidade de um acto que pode, em última instância, ser o primeiro a lamentar.

No século XII, pedia-se desculpa e fazia-se penitência, hoje em dia há princípios que parecem esquecidos num Mundo em que os actos não têm consequências...

domingo, setembro 06, 2009

Incêndios esquecidos continuam


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Um helicóptero durante o combate a um incêndio florestal

O aproximar de um período eleitoral e uma conjuntura política algo perturbada por uma sequência de notícias inquietantes, tem relegado para planos cada vez mais secundários a continuação de numerosos incêndios florestais em Portugal.

Entre os fogos deste sábado merecem especial destaque o que deflagrou pelas 09:23 em Ribamondego, no concelho de Gouveia, distrito da Guarda e consumiu zonas de pinhal e eucaliptal, bem como o que teve início perto da hora de almoço em Porqueira, no concelho de Monção, distrito de Viana do Castelo.

Só estes dois fogos mobilizaram perto de centena e meia de bombeiros, apoiados por mais de uma trintena de viaturas e cinco meios aéreos, segundo os dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que os enquadra numa situação global que merece atenção.

No entanto, sejam estas duas ocorrências, sejam as que se verificaram em todo o País e que merecem uma especial atenção por parte da ANPC foram preteridas em prol de notícias que se repetem até ao infinito e a longas considerações sobre resultados desportivos que, independentemente da sua importância, terão menos impacto na vida das populações locais do que os incêndios que lhes vão destruindo os meios de subsistência e arruinando o futuro.

Aparentemente, num ano em que o número de incêndios a a própria área ardida aumenta, esta é uma temática incómoda e fora de moda, tal como tudo o que diz respeito ao ambiente, facto que acaba por ser confirmado pela ausência de medidas nos programas eleitorais das principais forças políticas.