Incêndio florestal no Verão de 2005
Três incêndios nos concelhos de
Vieira do Minho,
Barcelos e
Sines continuam por circunscrever, de acordo com o site de incêndios florestais do
Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).
Dos três fogos, o que lavra em Fragoso, no concelho de
Barcelos, distrito de
Braga, é o que mobiliza mais meios, num total de 101 bombeiros, auxiliados por 28 viaturas.
O fogo, que lavra há mais de 24 horas, não está controlado ainda controlado, e, para ajudar no combate às chamas, foram pedidos reforços, estando a caminho cerca de de 60 elementos, vindos de
Leiria e
Coimbra.
Apesar de haver várias casas próximas das frentes de fogo, os bombeiros afirmam que "
as casas e as pessoas não estão em perigo".
Em declarações aos jornalistas, o comandante dos Bombeiros de
Barcelos afirma que o incêndio era "
pequeno" quando a corporação chegou ao local, mas que foi crescendo durante a noite, chegando até a falar em "
mão criminosa".
O vento forte que se faz sentir tem reacendido algumas frentes de fogo, sobretudo em áreas de eucaliptal,atrapalhando o trabalho dos bombeiros.
Em Morgável, no concelho de
Sines, em
Setúbal, um incêndio que deflagrou às 13:25 está a ser combatido por 47 bombeiros, auxiliados por 13 viaturas.
Em Anissó, no concelho de
Vieira do Minho, em
Braga, o fogo mobiliza apenas nove bombeiros, auxiliados por quatro viaturas.
O incêndio que hoje deflagrou na zona de Espinhaço de Cão, no concelho de
Aljezur, já se encontra extinto, disse à
Lusa fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de
Faro.
Este fogo teve início às 09:40 e foi considerado extinto cerca das 13:00, após ter consumido uma "
vasta de área de eucaliptos e pinheiros", e, em operações de rescaldo, mantêm-se no local 42 homens de seis corporações de bombeiros, apoiados por 11 veículos e um helicóptero do
SNBPC.
Temos assistido a um crescendo em termos quer do número de incêndios, quer da sua gravidade, patente pela área queimada, com uma incidência de reacendimentos particularmente alta quando comparada com outros países europeus.
Aliás, várias das situações de maior gravidade derivam de reacendimentos, ocorridos após os incêndios terem sido dados como circunscritos, sendo que nestas situações é comum falar-se em mão criminosa como justificação de uma situação que devia ser devidamente acautelada.
Já nos pronunciamos sobre as contínuas alusões a acções criminosas e a forma como estas são utilizadas como desculpa para situações que derivam de trabalhos de rescaldo muitas vezes incompletos, facto só justificável em situações onde é necessário acorrer a situações de maior gravidade.
Seria, no entanto, útil que as forças de segurança mantivessem um perímetro onde fosse exercido algum controle, de modo a evitar situações reais de fogo posto, que sendo raras, sempre existem, mas sobretudo de modo a alertar os transeuntes para os comportamentos de risco que muitos persistem em adoptar.