sábado, junho 03, 2006

Área protegida na Arrábida sempre vigiada


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Land Rover Defender numa floresta

Cerca de 30 pessoas por dia, entre forças de segurança, bombeiros e voluntários, vão vigiar em permanência a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, durante a época de incêndios, que começa hoje e termina a 30 de Setembro.

Os meios foram apresentados, ontem, em conferência de imprensa, no âmbito do Plano de Prevenção e Vigilância de Incêndios Florestais - Operação Floresta Segura-Floresta Verde 2006.

"Os resultados obtidos nos últimos anos animam-nos. A redução da área ardida é visível. Desde que começámos, em 2000, passámos de 50.5 hectares para 1.5 em 2004, a maior parte mato sem grande significado", disse Henrique Carreiras, vereador do pelouro da Protecção Civil na Câmara de Almada, concelho onde no ano passado se registaram 117 fogos, mas cuja área ardida foi a menor do distrito de Setúbal.

"As ocorrências em média duraram 22 minutos", revelou António Godinho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas que adianta que cerca de seis equipas de combate a incêndios estarão prontas a intervir e, no terreno, haverá seis elementos com funções de patrulhamento e detecção de primeira intervenção.

O plano de prevenção incide sobre todo o concelho e, em especial, sobre os 560 hectares de área protegida, entre os Capuchos e a Fonte de Telha.

Além dos bombeiros, PSP e GNR e cerca de 10 voluntários vão ajudar, diariamente, a patrulhar a zona. Serão também distribuídos panfletos para sensibilizar os banhistas.

Henrique Carreiras enalteceu "o grande espírito de equipa que se conseguiu criar com esta iniciativa", lembrando a participação de escuteiros, clubes de todo-o-terreno, orientação e montanhismo e de privados, como o Hotel da Costa de Caparica, que vai oferecer refeições aos intervenientes nesta acção.

Esta colaboração entre bombeiros, forças de segurança, sociedade civil e tecido empresarial é de louvar e de apontar como exemplo do caminho a seguir.

A participação de uma unidade hoteleira, fornecendo refeições, deve ser especialmente focada, dado que corresponde a uma das propostas que temos vindo a fazer e esperamos ver alargada, com a inclusão de dormidas a preços especialmente reduzidos, de forma a mobilizar voluntários de outros pontos do País, algo que é essencial no caso de zonas do Interior mais desertificadas.

O papel da hotelaria, a par do restante tecido empresarial, é de importância vital tendo como contrapartidas a perservação da própria paisagem, essencial à sua actividade, e podendo ser compensada através publicidade que este tipo de colaboração sempre permite e por via fiscal, recorrendo à Lei do Mecenato, na sua vertente ambiental.

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