Já chegou aos primeiros equipamentos o "Fall Creators Update" para o Windows 10, implementando um conjunto de novas funcionalidades, mas, ao contrário do esperado inicialmente, sem o "Timeline", talvez o melhoramento mais esperado e aquele que teria um maior impacto em termos de produtividade e segurança na gestão de dados.
Tal como sucede com este tipo de actualização, que implementa funcionalidades e não se limita apenas a corrigir erros ou melhorar funções ou desempenho, os utilizadores devem esperar uma maior demora na instalação, dependendo o tempo exacto do tipo de conexão, bem como de algumas alterações mesmo em menus ou programas do sistema operativo previamente existentes, o que não deve comprometer a compatibilidade com versões anteriores.
Sendo inevitáveis, estas actualizações devem ser instaladas com especial cuidado, prevendo não apenas o tempo para o processo, mas também para testes e adaptação, devendo ser efectuadas, caso possível, em equipamentos secundários, cujo desempenho não tenha impacto na produtividade ou acesso a dados relevantes, onde se possa aferir melhor o impacto resultante da nova versão de Windows instalada e verificada a sua interacção com outros programas e os dados instalados.
Tal como sucede com actualizações anteriores, esta será o padrão dentro em breve, com o suporte a ser descontinuado para as mais antigas, pelo que, sendo inevitável um dia passar a utilizar esta versão, adiar um pouco até estar devidamente estabilizada pode ser uma opção prudente e que não compromete nem a segurança, nem o desempenho dos equipamentos.
sábado, outubro 21, 2017
sexta-feira, outubro 20, 2017
Apresentado o relatório sobre a tragédia de Pedrogão Grande - 3ª parte
O relatório minimiza o impacto da falha do SIRESP e retira a responsabilidade da GNR, que encaminhou automobilistas para a estrada onde muitos perderam a vida, dado que os militares não possuiam informações que lhes permitisse decidir de outra forma horas após o início do incêndio, as quais, em consequência da avaliação feita pela estrutura da ANPC, não corresponderiam à realidade.
A comissão aponta também para a necessidade de mudanças, sobretudo a nível de uma maior qualificação dos recursos humanos e de uma "maior incorporação do conhecimento na previsão, na avaliação e na atuação perante as diversas situações", salientando a falta de competências e ausência de especialistas em diversas áreas, condicionando assim a capacidade de decidir de forma rápida e acertada.
Esta falta de conhecimento técnico e científico não permite ter em conta o efeito das alterações climáticas e estabelecer novos procedimentos e tácticas, que incluem uma nova visão de conjunto e a antecipação de situações que seriam consideradas como improváveis, ou mesmo impossíveis, e hoje se revelam comuns, com a possibilidade de acontecerem com alguma frequência.
Considera-se que existe falta de "know how" para combater fogos com esta dimensão, em vez de uma maior proactividade recorre-se ao envio sucessivo de meios, o que tende a suceder com atraso em consequência de uma grande rigidez nos procedimentos e no rápido evoluir da situação no terreno, com os reforços a revelarem-se muitas vezes insuficientes na altura em que chegam ao teatro de operações.
A comissão aponta também para a necessidade de mudanças, sobretudo a nível de uma maior qualificação dos recursos humanos e de uma "maior incorporação do conhecimento na previsão, na avaliação e na atuação perante as diversas situações", salientando a falta de competências e ausência de especialistas em diversas áreas, condicionando assim a capacidade de decidir de forma rápida e acertada.
Esta falta de conhecimento técnico e científico não permite ter em conta o efeito das alterações climáticas e estabelecer novos procedimentos e tácticas, que incluem uma nova visão de conjunto e a antecipação de situações que seriam consideradas como improváveis, ou mesmo impossíveis, e hoje se revelam comuns, com a possibilidade de acontecerem com alguma frequência.
Considera-se que existe falta de "know how" para combater fogos com esta dimensão, em vez de uma maior proactividade recorre-se ao envio sucessivo de meios, o que tende a suceder com atraso em consequência de uma grande rigidez nos procedimentos e no rápido evoluir da situação no terreno, com os reforços a revelarem-se muitas vezes insuficientes na altura em que chegam ao teatro de operações.
quinta-feira, outubro 19, 2017
Quase 216.00 hectares ardidos até ao final de Setembro - 4ª parte
Naturalmente, omitem-se as grandes causas estruturais, aquelas que culpam sucessivos poderes centrais e locais pelo estado a que extensas áreas do Interior se encontram, empobrecidas, desertificadas, desordenadas, num estado de abandono que impossibilita qualquer defesa eficaz contra os incêndios, tornando-as pasto de chamas.
O impacto destas vertentes, para as quais de pouco adianta responsabilizar a protecção civil nos seuus vários níveis, os comandos operacionais ou o SIRESP, acaba por se perder em relatórios sectoriais ou parciais, sendo esquecidos entre culpas difusas que ninguém quer objectivar, sob o risco de lhe serem pedidas contas pelos papeis ou cargos que, quase certamente, terá desempenhado no passado e pelas más opções então tomadas.
Só assim se justifica a constante argumentação contra o SIRESP, que opera de acordo com as especificações aprovada por muitos dos que hoje o responsabilizam por sucessivas falhas, ou a demissão do comandante operacional nacional, esquecendo quem o nomeou, bem como a grande parte da estrutura hierárquica da ANPC, igualmente acusada de graves falhas no terreno.
Aqueles que, ao longo de anos, perseguindo interesses inconfessáveis, criaram os cenários e posicionaram os protagonistas desta triste peça e agora alegam que este não era o enredo que constava do guião, continuam impunes, muitos deles preparando novos enredos, cujo desenrolar, diz-nos a experiência, nada terão a ver com o anunciado por tão lamentáveis autores.
O impacto destas vertentes, para as quais de pouco adianta responsabilizar a protecção civil nos seuus vários níveis, os comandos operacionais ou o SIRESP, acaba por se perder em relatórios sectoriais ou parciais, sendo esquecidos entre culpas difusas que ninguém quer objectivar, sob o risco de lhe serem pedidas contas pelos papeis ou cargos que, quase certamente, terá desempenhado no passado e pelas más opções então tomadas.
Só assim se justifica a constante argumentação contra o SIRESP, que opera de acordo com as especificações aprovada por muitos dos que hoje o responsabilizam por sucessivas falhas, ou a demissão do comandante operacional nacional, esquecendo quem o nomeou, bem como a grande parte da estrutura hierárquica da ANPC, igualmente acusada de graves falhas no terreno.
Aqueles que, ao longo de anos, perseguindo interesses inconfessáveis, criaram os cenários e posicionaram os protagonistas desta triste peça e agora alegam que este não era o enredo que constava do guião, continuam impunes, muitos deles preparando novos enredos, cujo desenrolar, diz-nos a experiência, nada terão a ver com o anunciado por tão lamentáveis autores.
quarta-feira, outubro 18, 2017
Falta a pro-actividade das populações... - 1ª parte
Tal como seria de esperar, o cenário para que uma nova vaga de incêndios se concentrassem quando as condições climáticas fossem propícias estava desde há muito presente, bastando que estas coincidissem para que uma tragédia acontecesse, mas dificilmente se poderia prever o quão grave se revelaria e a atitude dos governantes responsáveis por esta área.
Quando um secretário de Estado sugere que são as "próprias populações que devem ser pro-activas" e considera que mesmo que dispusesse de 50.000 efectivos o cenário seria semelhante, estamos diante da falência do próprio Estado e da sua completa autocrítica e sentido de responsabilidade.
Traduzindo, o Estado fará tudo o que deve, e se mais fizesse, tudo ficaria na mesma, mas falta o empenho das populações, que em muitos locais afectados pelos incêndios é composta, na sua maioria por idosos, conforme se pode verificar através dos dados que constam das estatísticas.
Assim, a responsabilidade, talvez mesmo a culpa, é empurrada de quem permitiu que o País assumisse esta configuração, com um Interior envelhecido, empobrecido e desertificado, para as próprias vítimas dessas opções, não só incapazes de se defender, como sem o protagonismo mediático dos governantes que, publicamente, divulgam este tipo de afirmações.
Quando um secretário de Estado sugere que são as "próprias populações que devem ser pro-activas" e considera que mesmo que dispusesse de 50.000 efectivos o cenário seria semelhante, estamos diante da falência do próprio Estado e da sua completa autocrítica e sentido de responsabilidade.
Traduzindo, o Estado fará tudo o que deve, e se mais fizesse, tudo ficaria na mesma, mas falta o empenho das populações, que em muitos locais afectados pelos incêndios é composta, na sua maioria por idosos, conforme se pode verificar através dos dados que constam das estatísticas.
Assim, a responsabilidade, talvez mesmo a culpa, é empurrada de quem permitiu que o País assumisse esta configuração, com um Interior envelhecido, empobrecido e desertificado, para as próprias vítimas dessas opções, não só incapazes de se defender, como sem o protagonismo mediático dos governantes que, publicamente, divulgam este tipo de afirmações.
terça-feira, outubro 17, 2017
Apresentado o relatório sobre a tragédia de Pedrogão Grande - 2ª parte
Segundo o relatório, este incêndio terá sido causado por "descargas elétricas mediadas pele rede de distribuição", enquanto o incêndio de Góis, o oitavo maior desde que há registos, teria sido causado por um raio, portanto não apontando para mão criminosa em nenhuma destas ocorrências.
É estabelecido que não foi efectuado um alerta precoce, nem se mobilizaram totalmente os meios, o que permitiu que, em tempo muito quente, o incêndio tivesse condições muito favoráveis à sua propagação e dificilmente podia ser detido, sendo óbvio que na ANPC não existia a capacidade técnica e científica, a nível de analistas de incêndios e de meteorologistas especializados para agir com a rapidez e eficácia necessária.
A má avaliação da situação determinou a não activação de meios aéreos, entre eles um helicóptero que estava disponível e estacionado em Pampilhosa da Serra e o helicóptero estacionado no Centro de Meios Aéreos de Pombal, bem como de outros meios terrestres que podiam ter sido enviados para o teatro de operações, o que terá permitido que o incêndio atingisse rapidamente proporções que se revelaram catastróficas.
Para a comissão, "a prontidão do sistema de defesa da floresta contra incêndios", revelou "a incapacidade em reconhecer e/ou responder atempada e adequadamente às condições meteorológicas que seriam enfrentadas, ao longo do dia 17, está na génese da tragédia" de Pedrógão Grande, com as responsabilidades a irem directamente para a ANPC.
É estabelecido que não foi efectuado um alerta precoce, nem se mobilizaram totalmente os meios, o que permitiu que, em tempo muito quente, o incêndio tivesse condições muito favoráveis à sua propagação e dificilmente podia ser detido, sendo óbvio que na ANPC não existia a capacidade técnica e científica, a nível de analistas de incêndios e de meteorologistas especializados para agir com a rapidez e eficácia necessária.
A má avaliação da situação determinou a não activação de meios aéreos, entre eles um helicóptero que estava disponível e estacionado em Pampilhosa da Serra e o helicóptero estacionado no Centro de Meios Aéreos de Pombal, bem como de outros meios terrestres que podiam ter sido enviados para o teatro de operações, o que terá permitido que o incêndio atingisse rapidamente proporções que se revelaram catastróficas.
Para a comissão, "a prontidão do sistema de defesa da floresta contra incêndios", revelou "a incapacidade em reconhecer e/ou responder atempada e adequadamente às condições meteorológicas que seriam enfrentadas, ao longo do dia 17, está na génese da tragédia" de Pedrógão Grande, com as responsabilidades a irem directamente para a ANPC.
segunda-feira, outubro 16, 2017
Quase 216.00 hectares ardidos até ao final de Setembro - 3ª parte
Acrescerão, ainda, as consequências da redução dos dispositivo ocorrida no termo da "Fase Charlie", feita sem ter em atenção o aumento da secura dos solos e as temperaturas elevadas que se continuam a verificar, bem como a cada vez menor disponibilidade de voluntários, cada vez mais condicionados por deveres laborais, que se faz sentir sobretudo nos dias úteis.
A reactivação de 72 dos 236 postos de vigía, guarnecidos pela Guarda Nacional Republicana, e o alargamento do contrato de alguns meios aéreos, ficando disponíveis dois aviões pesados, dois aviões médios e oito helicópteros médios em regime de contrato, que reforçam os meios do Estado, que incluem três helicópteros ligeiros e três pesados, bem como algumas esparsas tentativas de, sem custos, reforçar os efectivos do dispositivo, confirmam o que muitos já tinham considerado uma flagrante falta de meios no combate contra os grandes incêndios que continuam a ocorrer.
É de realçar que o dispositivo que combateu os incêndios no início de Outubro é composto por efectivos insuficientes e cada vez mais desgastados, patente nos acidentes que, intuitivamente, são mais normais quando o cansaço é excessivo, confirma o caos vigente e as más opções na gestão do sistema de defesa contra incêndios.
É o próprio governo a reconhecer que "não terá acautelado os meios de vigilância, deteção e combate necessários ao quadro meteorológico dos últimos dias, propício à propagação de incêndios florestais", mas, mesmo face a uma admissão do óbvio, faltam as consequências que devem ser inerentes ao exercício de qualquer cargo de responsabilidade, seja a nível político, seja a nível operacional, abundando, em contrapartida, as menções à criminalidade ou incendiarismo com que, aparentemente, tudo de pode justificar.
A reactivação de 72 dos 236 postos de vigía, guarnecidos pela Guarda Nacional Republicana, e o alargamento do contrato de alguns meios aéreos, ficando disponíveis dois aviões pesados, dois aviões médios e oito helicópteros médios em regime de contrato, que reforçam os meios do Estado, que incluem três helicópteros ligeiros e três pesados, bem como algumas esparsas tentativas de, sem custos, reforçar os efectivos do dispositivo, confirmam o que muitos já tinham considerado uma flagrante falta de meios no combate contra os grandes incêndios que continuam a ocorrer.
É de realçar que o dispositivo que combateu os incêndios no início de Outubro é composto por efectivos insuficientes e cada vez mais desgastados, patente nos acidentes que, intuitivamente, são mais normais quando o cansaço é excessivo, confirma o caos vigente e as más opções na gestão do sistema de defesa contra incêndios.
É o próprio governo a reconhecer que "não terá acautelado os meios de vigilância, deteção e combate necessários ao quadro meteorológico dos últimos dias, propício à propagação de incêndios florestais", mas, mesmo face a uma admissão do óbvio, faltam as consequências que devem ser inerentes ao exercício de qualquer cargo de responsabilidade, seja a nível político, seja a nível operacional, abundando, em contrapartida, as menções à criminalidade ou incendiarismo com que, aparentemente, tudo de pode justificar.
domingo, outubro 15, 2017
Termo do período crítico adiado para 31 de Outubro
De acordo com um despacho do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural o período crítico do Sistema de Defesa da Floresta foi novamente prolongado, agora até 31 de Outubro, devido às "condições meteorológicas excecionais", que justifica "uma continuidade de medidas e de ações especiais de prevenção de incêndios florestais".
O despacho justifica o segundo prolongamento pelo facto de a chuva prevista poder "não ter expressão na alteração do índice de severidade meteorológico acumulado", mantendo-se, assim, um "elevado estado de secura dos combustíveis", sendo "a quantidade de água disponível no solo, presumivelmente insuficiente para aumentar o teor de humidade para níveis ideais que contrariem as ignições e o número de incêndios rurais por dia".
Deste prolongamento não decorre a manutenção do nível de meios de combate presentes na fase "Charlie", terminada a 30 de Setembro, o mesmo dia para que estava marcado o termo do período crítico, mas continuam as restrições que implicam a não execução de um conjunto de actividades e a proibição de circulação em diversas áreas florestais.
Assim, continua a ser proíbido, até final deste mês, fumar, fazer lume e fogueiras ou queimas e queimadas nas florestas, bem como a circulação em zonas florestais, o que pode comprometer um conjunto de actividades profissionais ou lúdicas que são agendadas para esta altura.
O despacho justifica o segundo prolongamento pelo facto de a chuva prevista poder "não ter expressão na alteração do índice de severidade meteorológico acumulado", mantendo-se, assim, um "elevado estado de secura dos combustíveis", sendo "a quantidade de água disponível no solo, presumivelmente insuficiente para aumentar o teor de humidade para níveis ideais que contrariem as ignições e o número de incêndios rurais por dia".
Deste prolongamento não decorre a manutenção do nível de meios de combate presentes na fase "Charlie", terminada a 30 de Setembro, o mesmo dia para que estava marcado o termo do período crítico, mas continuam as restrições que implicam a não execução de um conjunto de actividades e a proibição de circulação em diversas áreas florestais.
Assim, continua a ser proíbido, até final deste mês, fumar, fazer lume e fogueiras ou queimas e queimadas nas florestas, bem como a circulação em zonas florestais, o que pode comprometer um conjunto de actividades profissionais ou lúdicas que são agendadas para esta altura.
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