O relatório minimiza o impacto da falha do SIRESP e retira a responsabilidade da GNR, que encaminhou automobilistas para a estrada onde muitos perderam a vida, dado que os militares não possuiam informações que lhes permitisse decidir de outra forma horas após o início do incêndio, as quais, em consequência da avaliação feita pela estrutura da ANPC, não corresponderiam à realidade.
A comissão aponta também para a necessidade de mudanças, sobretudo a nível de uma maior qualificação dos recursos humanos e de uma "maior incorporação do conhecimento na previsão, na avaliação e na atuação perante as diversas situações", salientando a falta de competências e ausência de especialistas em diversas áreas, condicionando assim a capacidade de decidir de forma rápida e acertada.
Esta falta de conhecimento técnico e científico não permite ter em conta o efeito das alterações climáticas e estabelecer novos procedimentos e tácticas, que incluem uma nova visão de conjunto e a antecipação de situações que seriam consideradas como improváveis, ou mesmo impossíveis, e hoje se revelam comuns, com a possibilidade de acontecerem com alguma frequência.
Considera-se que existe falta de "know how" para combater fogos com esta dimensão, em vez de uma maior proactividade recorre-se ao envio sucessivo de meios, o que tende a suceder com atraso em consequência de uma grande rigidez nos procedimentos e no rápido evoluir da situação no terreno, com os reforços a revelarem-se muitas vezes insuficientes na altura em que chegam ao teatro de operações.
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