O Facebook anunciou que vai permitir a objecção a esta utilização das fotos armazenadas nos dispositivos móveis, o que seria efectuado através da aplicação que a maioria dos utilizadores tem instalada, algo que, sendo obrigatório neste tipo de situação, nos parece abusivo pelo simples pedido e por sabermos que o Facebook pretende utilizar este tipo de tecnologia.
Queremos, mais uma vez, recordar aos nossos leitores que esta situação é tanto mais grave se no dispositivo tiverem imagens provenientes de terceiros, sem autorização de partilha, e que, mesmo que recusem a publicação, o facto é que já permitiram o acesso, desconhecendo-se quais as consequências na sua totalidade e tendo a consciência de que, este tipo de autorização pode por em causa a segurança do próprio dispositivo.
Esperamos ainda que as autoridades europeias analizem esta situações, que nos parece ir para além de princípios básicos de privacidade, podendo atrair facilmente os mais novos, e todos sabemos o quão simples é enganar o Facebook acerca da idade e que não existem por parte da plataforma mecanismos eficazes de verificação, mas também os menos atentos, que tendem a concordar com os pedidos de autorização recebidos das aplicações com menos cuidado e sem ter em conta a totalidade das implicações.
Em qualquer caso, sugerimos as nosso leitores que recusem este tipo de permissão, independentemente dos argumentos que o Facebook venha a utilizar, por estarmos diante de mecanismos que não são escrutináveis na sua totalidade e que, no passado, houve dados desta plataforma utilizados de forma ilícita, sendo impossível de garantir que o mesmo ou pior não suceda com estas novas funcionalidades.
sábado, julho 19, 2025
sexta-feira, julho 18, 2025
O módulo rádio kv4p HT - 1ª parte
Dispor da possibilidade de comunicar com rádios convencionais usando como base um dispositivo móvel implica adicionar um módulo de rádio que permita estabelecer comunicações nas frequências padronizadas, com o sistema original a disponibilizar alimentação, áudio, voz, bem como alimentação e suporte aplicacional.
Estes módulos, como o kv4p HT, incluem a electrónica habitual num rádio, sem sistema de som, dado que esse pertence ao dispositivo a que é conectado, a partir do qual recebem, igualmente, a alimentação, via porta USB, o que penaliza a bateria do dispositivo a que são conectados, sendo, visualmente, uma simples caixa com uma antena exterior que fica acoplada ao telemóvel via um conector em "U".
Este módulo de rádio, dependendo da versão, pode operar em frequências entre os 144MHz e os 148MHz, para a versão VHF, e entre os 420MHz e os 450MHz no caso do modelo UHF, as mesmas utilizadas por rádios convencionais, com os quais este tipo de módulo pretende assegurar a compatibilidade em termos de comunicações.
Estes módulos têm uma potência de 1W, suportando conversação por voz APRS, sendo configurados via aplicação "open source" muito simples, mas que pode ser melhorada, após ligação a um dispositivo Android via porta USB do tipo C, após o que funcionam como um "walkie talkie" com funcionalidades e capacidades limitadas.
Estes módulos, como o kv4p HT, incluem a electrónica habitual num rádio, sem sistema de som, dado que esse pertence ao dispositivo a que é conectado, a partir do qual recebem, igualmente, a alimentação, via porta USB, o que penaliza a bateria do dispositivo a que são conectados, sendo, visualmente, uma simples caixa com uma antena exterior que fica acoplada ao telemóvel via um conector em "U".
Este módulo de rádio, dependendo da versão, pode operar em frequências entre os 144MHz e os 148MHz, para a versão VHF, e entre os 420MHz e os 450MHz no caso do modelo UHF, as mesmas utilizadas por rádios convencionais, com os quais este tipo de módulo pretende assegurar a compatibilidade em termos de comunicações.
Estes módulos têm uma potência de 1W, suportando conversação por voz APRS, sendo configurados via aplicação "open source" muito simples, mas que pode ser melhorada, após ligação a um dispositivo Android via porta USB do tipo C, após o que funcionam como um "walkie talkie" com funcionalidades e capacidades limitadas.
quinta-feira, julho 17, 2025
Com a verdade me enganas - 2ª parte
Todos sabemos que uma frase verdadeira, deviamente isolada e descontextualizada, colocada de forma isolada e recorendo a alguma insistência, tipicamente destinada a salientar situações de alguma gravidade, pode resultar numa das formas mais insidiosas de criar percepções erradas que, com o tempo e o aumento das partilhas, irá da origem a uma realidade alternativa que, por ter uma base de verdade, dificilmente será desmentível.
Apenas quem espere pelo desenrolar da notícia, o que significa não assistir apenas ao início, irá, aos poucos, pela voz de especialistas, perceber que os dados de 2025 não são alarmantes, mesmo que piores do que o ano anterior, e que, incluídos numa série longa, estamos ainda muito longe quer dos anos mais complicados, quer das próprias médias, pelo que, havendo sempre motivos para prudência, estamos longe de uma situação alarmante.
No entanto, se o anúncio da notícia e a nota de rodapé incidissem sobre um aspecto positivo, comparando os valores de 2025 com médias dos últimos anos, eventualmente seriam menos os que assistiriam integralmente à notícia, tornando-se óbvio que o sensacionalismo vende e, mesmo em orgãos de comunicação social sérios, esta tendência continua a singrar.
Dado que esta não é uma forma de alertar para o perigo dos fogos florestais, nem contribui de forma positiva para a segurança das populações ou para o sucesso das operações de combate, o que poderia justificar algum ênfase em dados descontextualizados, faria todo o sentido que as entidades reguladoras da comunicação social se manifestassem, instando a quem publica notícias a que o faça com o enquadramento que permita a extração de conclusões precisas e verdadeiras.
Apenas quem espere pelo desenrolar da notícia, o que significa não assistir apenas ao início, irá, aos poucos, pela voz de especialistas, perceber que os dados de 2025 não são alarmantes, mesmo que piores do que o ano anterior, e que, incluídos numa série longa, estamos ainda muito longe quer dos anos mais complicados, quer das próprias médias, pelo que, havendo sempre motivos para prudência, estamos longe de uma situação alarmante.
No entanto, se o anúncio da notícia e a nota de rodapé incidissem sobre um aspecto positivo, comparando os valores de 2025 com médias dos últimos anos, eventualmente seriam menos os que assistiriam integralmente à notícia, tornando-se óbvio que o sensacionalismo vende e, mesmo em orgãos de comunicação social sérios, esta tendência continua a singrar.
Dado que esta não é uma forma de alertar para o perigo dos fogos florestais, nem contribui de forma positiva para a segurança das populações ou para o sucesso das operações de combate, o que poderia justificar algum ênfase em dados descontextualizados, faria todo o sentido que as entidades reguladoras da comunicação social se manifestassem, instando a quem publica notícias a que o faça com o enquadramento que permita a extração de conclusões precisas e verdadeiras.
quarta-feira, julho 16, 2025
Câmara FPV para óculos - 3ª parte
Dentro deste equipamento que mede apenas 84 x 20 x 12 milímetros e pesa apenas 21 gramas, está uma bateria de lítio de 3.7V e 250mAh integrada, que permite gravar até perto de 1 hora, e é carregada via porta USB, recorrendo ao cabo incluído no conjunto.
O conjunto inclui a câmera, óculos anti-reflexo, com bloqueio de luz azul, uma bolsa e veludo para a câmara e uma caixa de armazenamento de óculos, um cabo de dados USB do tipo C, opcionalmente um cartão de memória de 32 Gb, e o manual de operação em inglês e chinês, tendo um preço que fica perto dos 35 Euros, incluindo IVA e portes, para a versão com cartão de memória de 32 Gb.
Para quem pretenda fazer o envio de imagens em tempo real, na perspectiva do utilizador, este dispositivo cumpre as suas funções, embora com algumas limitações, não sendo o mais adequado caso se filme em percursos irregulares, com múltiplos movimentos bruscos, ou em condições de menor visibilidade, desaconselhando-se o uso com chuva muito intensa.
Consideramos esta câmara pouco aconselhada para uma utilização mais profissional ou em situações mais adversas, para o que existem melhores opções, naturalmente mais dispendiosas, mas para um situações menos exigentes, e quando o preço seja relevante, esta S110 será uma solução interessante, com as funcionalidades necessárias à maioria das situações e uma qualidade de imagem aceitável, desde que com boa luminosidade.
O conjunto inclui a câmera, óculos anti-reflexo, com bloqueio de luz azul, uma bolsa e veludo para a câmara e uma caixa de armazenamento de óculos, um cabo de dados USB do tipo C, opcionalmente um cartão de memória de 32 Gb, e o manual de operação em inglês e chinês, tendo um preço que fica perto dos 35 Euros, incluindo IVA e portes, para a versão com cartão de memória de 32 Gb.
Para quem pretenda fazer o envio de imagens em tempo real, na perspectiva do utilizador, este dispositivo cumpre as suas funções, embora com algumas limitações, não sendo o mais adequado caso se filme em percursos irregulares, com múltiplos movimentos bruscos, ou em condições de menor visibilidade, desaconselhando-se o uso com chuva muito intensa.
Consideramos esta câmara pouco aconselhada para uma utilização mais profissional ou em situações mais adversas, para o que existem melhores opções, naturalmente mais dispendiosas, mas para um situações menos exigentes, e quando o preço seja relevante, esta S110 será uma solução interessante, com as funcionalidades necessárias à maioria das situações e uma qualidade de imagem aceitável, desde que com boa luminosidade.
terça-feira, julho 15, 2025
Com a verdade me enganas - 1ª parte
Em várias notícias, menciona-se o facto de a área ardida quase ter triplicado e o número de ocorrências ter aumentado em 68% face ao mesmo período do ano de 2024, sem mencionar o facto objectivo de no ano passado, com um Verão menos quente a alguma humidade, os números relativos aos incêndios floretais tenham sido francamente abaixo da média dos últimos anos.
Olhando para uma série mais longa, única forma de fazer uma análise minimamente objectiva, percebe-se que o substancial aumento em termos relativos ocorrido este ano tem como base não uma média, que podia referir-se aos últimos 20 anos, para se observar um intervalo de tempo suficientemente longo para excluir anormalidades estatísticas, mas um único ano, o que limita substancialmente o valor comparativo.
De forma análoga, se no ano anterior os números de ocorrências e fogos fossem particularmente elevados, estariam hoje os noticiários a passar a ideia de que em 2025 o combate aos fogos estaria a ser particularmente eficaz, transparecendo um tom triunfalista que permitiria a alguns responsáveis políticos vangloriar-se por algo que, em termos objectivos, carece de relevância.
Tal como é apresentada de forma quase constante, parece estarmos diante de uma tragédia nacional, no que parece ser uma forma de obter atenção para uma emissão televisiva, numa técnica conhecida, embora pouco séria, onde se recorre a títulos espectaculares, que podem ser verdadeiros, mas que, por descontextualizados, induzem em erro, levando o espectador a tirar conclusões erradas.
Olhando para uma série mais longa, única forma de fazer uma análise minimamente objectiva, percebe-se que o substancial aumento em termos relativos ocorrido este ano tem como base não uma média, que podia referir-se aos últimos 20 anos, para se observar um intervalo de tempo suficientemente longo para excluir anormalidades estatísticas, mas um único ano, o que limita substancialmente o valor comparativo.
De forma análoga, se no ano anterior os números de ocorrências e fogos fossem particularmente elevados, estariam hoje os noticiários a passar a ideia de que em 2025 o combate aos fogos estaria a ser particularmente eficaz, transparecendo um tom triunfalista que permitiria a alguns responsáveis políticos vangloriar-se por algo que, em termos objectivos, carece de relevância.
Tal como é apresentada de forma quase constante, parece estarmos diante de uma tragédia nacional, no que parece ser uma forma de obter atenção para uma emissão televisiva, numa técnica conhecida, embora pouco séria, onde se recorre a títulos espectaculares, que podem ser verdadeiros, mas que, por descontextualizados, induzem em erro, levando o espectador a tirar conclusões erradas.
segunda-feira, julho 14, 2025
Vender o helicóptero antes de o comprar - 4ª parte
Este esquema, para além de permitir, virtualmente, a qualquer empresa concorrer, não garante um cumprimento efectivo do contrato, podendo a disponibilização dos meios contratualizados ser incumprida, tal como acontece no caso concreto, onde os quatro helicópteros destinados aos serviço do INEM foram parcialmente substituidos por duas unidades da Força Aérea, com características diferentes, do que resultam óbvias limitações em situações conhecidas.
Um exemplo das consequências é o socorro prestado ao acidentado no Paúl, mas este tipo de situação, com maior ou menor gravidade, pode suceder em qualquer ponto do território nacional, com consequências impossíveis de prever, e, quase certamente, com a responsabilização de entidades e indivíduos arrastados para um processo que tem, na sua origem, uma adjudicação que, para nós, não faz qualquer sentido.
Aceitar como concorrente a um concurso de fornecimento de serviços de helitransporte uma empresa sem meios disponíveis, mesmo que alugados, e efectuar uma adjudicação nestas condições, é inaceitável, violando princípios básicos do bom sendo, para além de violar condições básicas em termos legais, dado que é impossível existirem garantias de que o serviço adjudicado será prestado no período e nas condições contratualizadas.
Provavelmente, esta adjudicação irá resultar num processo judicial por incumprimento, mas desconhecemos se o património da empresa permitirá pagar uma eventual indemnização, se haverá possibilidade de substituir os meios adjudicados, ou se deste processo concursal resultarão vítimas como consequência de atrasos no socorro, sendo provável que, dentro de algum tempo, tudo caia no esquecimento e, sem alterações legislativas, algo parecido aconteça no futuro.
Um exemplo das consequências é o socorro prestado ao acidentado no Paúl, mas este tipo de situação, com maior ou menor gravidade, pode suceder em qualquer ponto do território nacional, com consequências impossíveis de prever, e, quase certamente, com a responsabilização de entidades e indivíduos arrastados para um processo que tem, na sua origem, uma adjudicação que, para nós, não faz qualquer sentido.
Aceitar como concorrente a um concurso de fornecimento de serviços de helitransporte uma empresa sem meios disponíveis, mesmo que alugados, e efectuar uma adjudicação nestas condições, é inaceitável, violando princípios básicos do bom sendo, para além de violar condições básicas em termos legais, dado que é impossível existirem garantias de que o serviço adjudicado será prestado no período e nas condições contratualizadas.
Provavelmente, esta adjudicação irá resultar num processo judicial por incumprimento, mas desconhecemos se o património da empresa permitirá pagar uma eventual indemnização, se haverá possibilidade de substituir os meios adjudicados, ou se deste processo concursal resultarão vítimas como consequência de atrasos no socorro, sendo provável que, dentro de algum tempo, tudo caia no esquecimento e, sem alterações legislativas, algo parecido aconteça no futuro.
domingo, julho 13, 2025
"BitChat" - mensagens sem Internet - 2ª parte
No entanto, recorrendo a este tipo de arquitectura, apenas havendo o número de utilizadores necessário para ir passando as mensagens de um nó da rede para outro, entre a origem e o destino, as mensagens são entregues, o que vem trazer um factor de imprevisibilidade que pode derrotar o objectivo desta aplicação.
No entanto, para grupos de utilizadores que se encontrem fisicamente próximos, e assumindo que o número e distribuição permite a passagem das mensagens, esta aplicação pode ser interessante, nunca esquecendo que o "bluetooth" tem um alcance limitado e o seu uso contínuo, dado que mesmo mensagens que se destinem a outro utilizador necessitam de ser retransmitidas, é penalizador para a bateria dos equipamentos.
Desconhecemos se o "Bitchat" terá sucesso, mas não podemos deixar de o apresentar, por ter um mecanismo interessante e que pode vir a poder ser utilizado noutro tipo de equipamento, imaginando-se aqui os dispositivos Android que, para além das comunicações convencionais, também operam como rádios, nas frequências habituais e que, caso esta aplicação funcionasses sobre as ondas rádio, poderia ser utilizada a maiores distâncias.
Obviamente, iremos acompanhar a evolução desta aplicação, sugerindo aos nossos leitores que se interessam pela tecnologia que façam o mesmo, enquanto esperamos para ver se a adesão e as inovações e funcionalidades existentes e a implementar podem converter o "Bitchat" numa alternativa a outro tipo de comunicações, sendo utilizável em caso de falha destas.
No entanto, para grupos de utilizadores que se encontrem fisicamente próximos, e assumindo que o número e distribuição permite a passagem das mensagens, esta aplicação pode ser interessante, nunca esquecendo que o "bluetooth" tem um alcance limitado e o seu uso contínuo, dado que mesmo mensagens que se destinem a outro utilizador necessitam de ser retransmitidas, é penalizador para a bateria dos equipamentos.
Desconhecemos se o "Bitchat" terá sucesso, mas não podemos deixar de o apresentar, por ter um mecanismo interessante e que pode vir a poder ser utilizado noutro tipo de equipamento, imaginando-se aqui os dispositivos Android que, para além das comunicações convencionais, também operam como rádios, nas frequências habituais e que, caso esta aplicação funcionasses sobre as ondas rádio, poderia ser utilizada a maiores distâncias.
Obviamente, iremos acompanhar a evolução desta aplicação, sugerindo aos nossos leitores que se interessam pela tecnologia que façam o mesmo, enquanto esperamos para ver se a adesão e as inovações e funcionalidades existentes e a implementar podem converter o "Bitchat" numa alternativa a outro tipo de comunicações, sendo utilizável em caso de falha destas.
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