sábado, março 11, 2006

Voluntários de Lourosa em guerra contra a Direcção


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Visita de políticos ao quartel dos BV Lourosa

A Direcção dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, quer substituir o comandante José Oliveira, mas a maioria dos bombeiros defende o actual comandante e ameaça entregar as fardas.

O presidente da direcção, Joaquim Cardoso, não volta atrás e disse ao Correio da Manhã que: "quem não estiver de livre vontade, que se vá embora".

Depois de não terem conseguido reunir com a direcção, os voluntários reagiram e começaram um abaixo-assinado, subscrito por 62 elementos, a quase totalidade dos elementos do corpo activo, que foi endereçado ao Ministério da Administração Interna (MAI).

A revolta entre os voluntários é grande, mas o sub-chefe Carlos Castanheira afirma que não querem chegar ao extremo de "voltar a cruzar os machados" e obrigar à demissão da direcção.

O sub-chefe pede, por isso, a intervenção do MAI, que tutela os corpos de bombeiros, e "uma revisão urgente dos estatutos, porque esta situação não é só em Lourosa, mas em todo o País", ocorrendo a vários níveis hierárquicos, conforme temos vindo a noticiar.

O presidente da direcção, Joaquim Cardoso, não se deixa "intimidar por abaixo-assinados" e afirma que "a recondução ou não do comandante é um direito da direcção, que votou unanimemente contra a continuidade de José Oliveira".

Nega, ainda, que a escolha tenha recaído no sargento-ajudante do Exército Nélson Sousa, conforme avança a Imprensa local.

"Foi feita uma abordagem, ele aceitou o convite, mas não há ainda uma decisão final", segundo garantiu ao Correio da Manhã.

Continuam a verificar-se problemas em termos de nomeações a vários níveis da estrutura, quer nos comandos locais, quera nível distrital, onde surgem situações de conflito ou falta de consenso, muitas vezes agravadas por atitudes de prepotência ou falta de diálogo.

A nomeação de militares em substituição de comandantes experientes, por decisão do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, ou a imposição de comandantes por parte das Direcções das corporações, sem o necessário diálogo que o bom senso impõe, é um factor de desmotivação para os bombeiros e de alarme para as populações, que em nada contribui para a segurança de todos.

Esta situação, na nossa opinião, pode ser ultrapassada através de um sistema de nomeações que obrigue ao consenso entre as várias entidades envolvidas, com base em propostas ou candidaturas e numa votação paritária, capaz de co-responsabilizar todos os intervenientes e garantir a transparência do processo.

Alterações no "site" da APBV


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Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários

Foi recentemente renovado o "site" da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV), com a inclusão de novos conteúdos e apresentando um grafismo mais moderno e elegante.

Como destaque, chamamos a atenção para a notícia relativamente à tomada de posse dos orgãos sociais, ocorrida a 20 de Fevereiro, na qual são abordadas questões tão relevantes como a actual instabilidade no Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, ou a necessidade de rever o actual Estatuto Social do Bombeiro, para o que promove uma petição que deverá ser entregue na Assembleia de República e já reúne 4.000 assinaturas.

Actualmente, a APBV conta com 400 sócios, espalhados por todo o país, desde cadetes a comandantes e representantes nos vários distritos, querendo alargar o número de associados aos 33.000 bombeiros que, segundo as estatísticas, existem em Portugal.

Mais uma vez, convidamos os nossos leitores a visitar o "site" e subscrever a "newsletter", de forma a manterem-se informados relativamente às actividades desta Associação e a assuntos referentes ao socorro e à emergência, algo que, de uma forma ou de outra, nos pode afectar a todos.

sexta-feira, março 10, 2006

Microsoft Live


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Site do Microsoft Live Beta

A Microsoft lançou na passada quarta-feira um motor de pesquisa concorrente ao do Google, o "Windows Live Search", ainda em fase de testes.

A empresa "número um" do mundo da informática, dirigida por Bill Gates, divulgou no "site" do projecto esta nova ferramenta que vai permitir aos utilizadores encontrar, visualizar e organizar os resultados de pesquisas na Internet.

A informação aparecerá dividida por categorias, que incluem notícias, imagens, e-mail e novo material, permitindo assim uma maior eficiência na procura de dados.

O Live dará à busca "surpreendentes níveis de poder e simplicidade", concluiu o vice-presidente da "Divisão de Buscas" da Microsoft, Christopher Payne.

Após o lançamento, ainda em fase de testes, do novo Messenger Live ou MSN 8.0, que utiliza servidores de modo a que as mensagens instantaneas fiquem armazenadas, sendo entregues quando o destinatário estiver disponível, este é um novo passo no sentido de uma cada vez maior integração de serviços disponibilizados pela Microsoft.

Nos primeiros testes que efectuamos, apesar de alguns pequenos "bugs" a nível de configuração, que consideramos normais num produto experimental, os resultados das pesquisas foram muito positivos, com um grafismo de boa qualidade e uma estrutura que facilita a leitura.

Esta família de produtos, que integra várias vertentes, é mais uma das apostas fortes da Microsoft na sua presença na Internet, para a qual despertou mais tarde do que alguns dos seus maiores rivais.

Tal como acontece com outros produtos recentemente apresentados na área das novas tecnologias, e que cremos irão melhorar a produtividade dos nossos leitores, vamos estar atentos ao Microsoft Live e transmitindo as impressões desta fase de testes.

Bombeiros contra substituição de comandante


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Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil

Os comandos das corporações dos bombeiros do distrito de Viana do Castelo, manifestaram, em comunicado, a sua discordância quanto à eventual substituição do actual Comandante Operacional Distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), João Felgueiras.

Face a algumas notícias que davam conta da substituição de João Felgueiras no cargo, por um novo comandante oriundo da Guarda Nacional Republicana (GNR), onze dos doze comandos de bombeiros do distrito reuniram ontem, tendo aprovado por unanimidade uma posição de discordância quanto a tal decisão.

"Em termos operacionais a decisão é despropositada, dadas as qualidades profissionais e pessoais de João Felgueiras, que tem um currículo invejável granjeado em 27 anos de serviço", consideraram.

"A situação é tão ou mais caricata, pois surge numa altura em que se apregoa a necessidade de qualificação técnica dos bombeiros e troca-se um profissional com largo currículo, por alguém que vindo da GNR, não o tem", criticam.

Os comandos, segundo o mesmo comunicado, "reservam-se o direito de tomar medidas para a reposição da actual situação".

O Governador Civil de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, disse que "em Viana do Castelo a substituição do comandante operacional é uma hipótese em cima da mesa, segundo informações que tem, mas não é ainda oficial", reconhecendo "a legitimidade de os comandos afirmarem a sua discordância".

Com esta decisão de recusar um comandante operacional militar, abre-se uma ferida que pode dificultar as relações com as estruturas dirigentes do SNBPC, a qual parece apostar em colocar militares como substitutos de bombeiros com reconhecida experiência em diversos, se não em todos os distritos.

Ainda há poucos dias referimos uma situação semelhante no distrito de Coimbra, e é com preocupação que seguimos uma situação que não augura uma boa cooperação entre os dirigentes nomeados pelo SNBPC e os bombeiros voluntários.

quinta-feira, março 09, 2006

Microsoft Ultra Mobile PC


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Site do Microsoft Ultra Mobile PC

Tal como informamos, a Microsoft lançou hoje na Feira de Informática de Hannover o seu "Ultra Mobile PC", combinando mobilidade e os recursos e compatibilidade do Windows XP.

Com dois modelos disponíveis, um fabricado pela Samsung e outro pela Asus, as características típicas desta nova família são:

Sistema Operativo Windows XP Tablet PC Edition 2005
Écran de 7” ou menos
Resolução mínima de 800 x 480
Peso aproximado de 900 g
"Touch panel" ou écran táctil integrado
Suporte para WiFi e Bluetooth

Este sistema, possuia a conectividade necessária para utilizar em simultâneo uma ligação à Internet e, utilizando o GPS e a compatibilidade com o "software" convencional, permite utilizar o GoogleEarth em viagem, substituindo os meios de orientação mais habituais.

O folheto em formato PDF deste novo produto, desenvolvido em conjunto com a Intel, pode ser obtido a partir do "site" deste conhecido fabricante de processadores e inclui alguns detalhes adicionais.

Como ainda falta detalhar quer as características do "hardware", quer as inúmeras possibilidades de uso que se antevêm, este é um equipamento que voltaremos a analisar quando forem disponibilizadas mais informações.

Para quem necessite de algumas das características de um PC convencional, nomeadamente a nível de "software" e da portabilidade de um PDA, esta é uma proposta aliciante e que certamente será seguida por outras companhias, do que resultará um preço competitivo, abaixo dos 500 a 1.000 dólares dos actuais modelos.

Vestuário de Inverno russo


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"Anorak" militar Splav M-4 verde e camuflado

Com a abertura dos países do leste da Europa, surgiram em diversas casas da especialidade ou "sites" de leilões, equipamentos e fardamentos de Inverno de origem russa que antes eram difíceis ou mesmo impossíveis de obter.

Por outro lado, a evolução para o sistema de mercado e a própria competição interna, determinou uma substancial melhoria da qualidade de fabrico, de modo a serem adoptadas pelas forças militares e de segurança locais e, eventualmente, exportados.

Na área de equipamentos ou vestuário de Inverno, a produção das mais modernas fábricas russas alia uma experiência ímpar às novas tecnologias, com a vantagem adicional de preços particularmente competitivos quando comparados com os seus congéneres ocidentais.

Neste exemplo, que escolhemos entre muitos, o modelo M-4 da Companhia Splav, um dos maiores fornecedores militares russos, podemos encontrar características de versatilidade e robustez aliadas a uma excelente resistência aos elementos, tendo sido adoptado por forças militares, pelas unidades de elite do Ministério do Interior e pelo Serviço Federal de Segurança.

O M-4, quando equipado com o forro opcional e gola em pelo, seja ele autêntico ou sintético, destina-se a proteger o utilizador de temperaturas até -20º, podendo ser complementado por umas calças impermeáveis acolchoadas e por um gorro em pele.

Este equipamento é feito num tecido sintético duplo em nylon de 270g/m2, possui sistema de ajuste na cintura e na parte inferior, quatro bolsos externos e um interno para documentos, e elásticos nos pulsos para evitar perdas de calor.

Os M-4 podem ser adquiridos em várias cores, seja liso, de cor azul ou negra, ou camuflados segundo os padrões actualmente em uso nos vários teatros de operações em que a Rússia está envolvida.

A quem pensar em adquirir o M-4, aconselhamos a fazê-lo em conjunto com o forro em pelo sintético, muito mais barato do que o de pele, a gola do mesmo material, e o capuz forrado, dado que flexibiliza em muito a sua utilização.

Os valores rondam os 75 a 120 euros, sendo bastante variáveis conforme se possa adquirir a partir de uma loja na Rússia, ou de um vendedor russo no Ebay, ou no Ocidente, e comparam-se favoravelmente aos de equipamentos com especificações semelhantes produzidos no Ocidente.

Para quem necessite de um equipamento de Inverno durável, resistente e que proteja do frio intenso, esta é uma opção que aconselhamos a ter em conta numa próxima aquisição.

quarta-feira, março 08, 2006

Liga Bombeiros Portugueses entrega petição no parlamento


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Ambulância dos BV Pinhal Novo

A Liga dos Bombeiros Portugueses entregou esta terça-feira, no parlamento, uma petição com 15.000 assinaturas para que se debata a polémica decisão do Ministério da Saúde que obriga ao encaminhamento para o INEM das chamadas de emergência feitas para os quartéis dos bombeiros.

A Liga mantém um conflito com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde o início de Agosto passado, quando, na sequência de uma decisão do Ministério da Saúde que o tutela, o organismo determinou que todas as chamadas de emergência médica feitas para os quartéis de bombeiros passavam a ser reencaminhadas para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), que faria a sua gestão.

Os serviços de emergência pré-hospitalar e transporte de doentes passaram, assim, a ser coordenados directamente pelo INEM, o que desagradou às associações de bombeiros.

Duarte Caldeira, presidente da Liga, diz que isto gerou uma grande indefinição quanto às responsabilidades das duas entidades, pois "há ambulância do INEM a operar nas mesmas áreas dos corpos de bombeiros sem que haja qualquer articulação entre o INEM e os bombeiros".

A LBP refere que a petição para que o plenário parlamentar debata a questão do socorro pré-hospitalar e transporte de doentes pelos bombeiros é apresentada "independentemente das negociações que decorrem com o Ministério da Saúde".

A petição, acompanhada de mais de 15.000 assinaturas, mais do triplo das necessárias para a sua formalização, foi entregue terça-feira de manhã pelo conselho executivo da LBP ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

A Liga dos Bombeiros Portugueses propôs, entretanto, ao INEM a criação de centrais conjuntas para a prestação de serviços de transporte de doentes em ambulância no âmbito do sistema integrado de emergência pré-hospitalar.

Segundo a proposta, divulgada a 15 de Fevereiro deste ano, seriam criadas Centrais Distritais de Emergência Médica (CDEM) a funcionar no espaço físico dos Centros Distritais de Operações de Socorro (CDOS), pertencentes ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

Esta poderá ser uma solução de consenso, mas só com o recurso a tecnologias modernas se poderá obter uma forma de coordenação realmente eficaz, que reduza o tempo de espera de quem necessita de socorro e evite a duplicação de meios.

Tal só pode ser obtido através de sistemas de geo-localização, que permita determinar em tempo real qual o meio de socorro adequado a cada emergência específica se encontra disponível a uma distância mais curta, cabendo então ao responsável pela coordenação proceder à respectiva activação.

Só com recurso a novas tecnologias é possível obter uma coordenação mais eficaz, com maior independência geográfica, de forma a que a entidade responsável, seja ela qual venha a ser, possa decidir com base em critérios objectivos, que coloquem as decisões acima de qualquer crítica.

Caso se opte por uma solução deste tipo, o sistema deverá ser de âmbito nacional e, nesse caso, justifica-se um controle unificado, dado que a disposição dos vários meios de socorro estará sempre devidamente afixada e permanentemente actualizada num mapa interactivo.

Mais do que discutir, muitas vezes de forma estéril, a quem compete cada responsabilidade, somos favoráveis a alterações que se traduzam numa melhoria real do socorro, em benefício não apenas da população, mas também de quem efectua estas missões.

Incêndio florestal vai dar 5 anos de prisão


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Incêndio florestal ao por do Sol

O crime de incêndio florestal passa a ter um artigo específico no projecto do novo Código Penal (CP), disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

Até agora os crimes de incêndio vêm contemplados no artigo 272 do CP, que se mantém no novo CP, mas ao qual se acrescenta o artigo 273, especificamente sobre crime de incêndio florestal, punido com pena de prisão até 5 anos.

Fonte da Unidade de Missão para a Reforma do Código Penal, entidade que na próxima semana deverá entregar as propostas para o novo Código, disse à Lusa que o novo artigo contempla circunstâncias agravantes se a área ardida for "extensa ou considerável".

Circunstância agravante será também se houver perigo de vida de outrem ou se o autor do crime agir com intenção de benefício económico, e nestes casos, segundo a fonte, a pena poderá ser agravada entre 3 a 10 anos.

O novo artigo também contempla a agravação de pena para o caso de se colocar em perigo monumentos culturais ou históricos.

Embora se possa concordar com o agravamento das penas, verifica-se que, mais uma vez, o legislador anda a reboque da opinião pública e a Lei é utilizada para enviar uma mensagem que, efectivamente, pode não se concretizar.

Este tipo de reacção é bastante típica em Portugal, tendo no passado abrangido os "crimes do momento", sem que do agravamento das penas tenha resultado a sua diminuição.

Mais do que mudar a lei, agravando as penas, era necessário que esta fosse aplicada de forma exemplar, considerando, por exemplo, os agravantes actualmente previstos para quem coloca em risco a vida humana, em vez de proceder a alterações de cuja aplicação prática duvidamos.

Por outro lado, as penas previstas só serão aplicadas se existirem meios de investigação e de obtenção prova suficientes para obter as condenações, área onde o investimento deixa demasiado a desejar.

Neste caso, consideramos que a dissuasão é mais eficaz se houver 100% de condenações mesmo que a uma pena de 1 ano, do que havendo 10% a penas de 10 anos, algo que supomos traduzir a situação actual.

Assim, esta poderá ser mais uma declaração de intenção, com um ténue factor intimidatório, de que pouco ou nada resultará, dada a escassez dos meios complementares disponíveis para que esta possa ser aplicada.

terça-feira, março 07, 2006

Computadores com números telefónicos


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Site do Skype

Os utilizadores dos serviços de voz através da internet já vão poder ter um número telefónico associado, anunciou ontem a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

Com esta medida, passa finalmente a ser possível receber chamadas, originadas de telefones e telemóveis, nos computadores pessoais.

A Anacom decidiu que os serviços de voz através da internet (VoIP) terão, no caso de se tratarem de computadores portáteis, uma nova numeração, começada por "30", e que os fixos poderão utilizar a numeração geográfica, ou seja, a utilizada pelos telefones tradicionais.

Desta forma, passa a existir uma nova solução inteiramente independente da instalação de linhas, podendo ser inteiramente móvel e apenas dependente da cobertura dos operadores de Internet no caso dos portáteis com acesso via "wi-fi".

Estes serviços foram lançados em 2005 sendo já possível efectuar chamadas para números de telefone móveis e fixos, nacionais e estrangeiros, mas só com a nova numeração será possível recebê-las.

Produtos como o SkypeIn, que já abordamos, permitem esta possibilidade, mas estão dependentes da atribuição de um número, pelo que se espera que a Skype reforce brevemente a sua presença em Portugal, propondo um produto que tem vindo a ser adoptado nos vários países onde já se encontra disponível.

Justificação da falta de artigos sobre Land Rovers


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Algumas das peças ainda em falta ou por instalar

Ultimamente tem havido uma certa diminuição dos artigos sobre Land Rover's, facto pelo qual não queremos deixar de dar uma justificação aos nossos leitores.

Como é provavelmente do conhecimento de todos, a maioria das aquisições tem sido feita através do EBay inglês, onde é possível encontrar peças e acessórios em grande variedade e a preços francamente mais baixos do que os normalmente praticados em Portugal.

Acontece que, no caso de peças mais volumosas ou pesadas, o custo de envio é proibitivo, pelo que é necessário esperar por um transporte alternativo, de modo a que o negócio seja compensador.

Por outro lado, a instalação de determinadas peças está dependente da disponibilidade de outras, pelo que a falta de algo que parece quase insignificante pode levar ao adiamento de uma longa série de trabalhos.

Este é, por exemplo, a situação de quem tem uma estrutura para "soft-top" e a barra para os cintos de segurança, mas não tem a lona, tornando inútil e mesmo contraproducente a instalação das peças actualmente disponíveis.

Por outro lado, o tempo frio e chuvoso é sempre penalizador para quem, como nós, não dispõe de um espaço apropriado à instalação destes peças, algumas das quais, pelo seu peso ou volume, são difíceis de manejar.

Também a dificuldade em obter a necessária ajuda na instalação de determinadas peças, algo é normalmente mais fácil de conseguir durante as férias escolares, tem tido o seu impacto na falta de novidades nesta área, pelo que esperamos que as férias da Páscoa tragam algumas melhorias.

Prometemos que assim que estas peças cheguem, retomaremos a periodicidade normal das descrições e apresentação de produtos como temos vindo a fazer.

segunda-feira, março 06, 2006

Bombeiros contra comando militar


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SNBPC, GNR e bombeiros em operações de socorro

Os bombeiros do distrito de Coimbra aprovaram uma moção em que contestam a nomeação de um militar para o cargo de comandante operacional distrital.

Nesta moção, os bombeiros consideram que nas várias corporações "existem quadros com competência operacional e organizacional" para assumir aquele cargo.

O Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, Jaime Soares, disse, ao Jornal de Notícias, que "para já, não há razão para avançarmos com qualquer atitude de contestação pública, porque acreditamos que haverá bom senso".

Contudo, adiantou que "não se pode admitir que venha alguém comandar que sabe menos em comparação com os bombeiros, os quais têm cursos e muita prática".

"Nada nos move contra os militares ou a GNR", ressalvou Jaime Soares, mas garantiu que os bombeiros "não vêem com bons olhos uma situação de estarem sujeitos a um comandante militar".

Por isso, defende que o comandante operacional distrital "deve ser oriundo dos corpos de bombeiros".

Recordamos que o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil tem intenção de colocar militares nos comandos operacionais distritais, não obstante as críticas e reacções negativas dos bombeiros, perante o que Jaime Soares pede que "haja sensatez, diálogo e boas soluções".

Entretanto, quatro comandantes, entre os quais Jaime Soares, apresentaram o respectivo pedido de demissão, em protesto contra esta possível decisão do SNBPC, recusando ser comandados pelos mesmos oficiais a que, provavelmente, terão de dar instrução.

Tal como mencionamos no caso da chefia do SNBPC consideramos que o facto de ser militar ou civil não deveria ser tido em conta, mas tão somente a capacidade do nomeado, de igual forma defendemos que a nomeação de comandantes operacionais distritais militares, apenas devido ao seu estatuto, não faz qualquer sentido.

Assim, substituir operacionais experientes por militares sem a mesmo nível de experiência e conhecimentos no combate a fogos florestais, para além de ser um princípio que perverte qualquer lógica de competência, coloca em risco quem participa nas missões de socorro e não protege devidamente as populações.

Este é, infelizmente, um assunto a que certamente voltaremos, dado que a militarização de uma estrutura que deve ser civil está a provocar um manifesto mal-estar junto dos Bombeiros, entidade fundamental para o funcionamento do socorro em Portugal.

Conselho de Ministros aprovou verba de 10.000.000 euros


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Ministro Pedro Silva Pereira

O Conselho de Ministros aprovou na passada 5ª feira a concessão de uma verba máxima de 10.000.000 de euros para apoiar os corpos de bombeiros que tiveram despesas extraordinárias a enfrentar os incêndios florestais do ano passado.

Em conferência de imprensa, o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, referiu que a resolução se destina a compensar os corpos de bombeiros por "prejuízos anormais" em 2005 no combate aos incêndios florestais.

Com a aprovação da resolução, adiantou Pedro Silva Pereira, os corpos de bombeiros deverão agora apresentar as "despesas extraordinárias" que tiveram, como por exemplo, danos em viaturas, com os "respectivos comprovativos".

Pedro Silva Pereira referiu ainda que "já está pronto" o despacho do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, para a atribuição desses apoios extraordinários e que as verbas a pagar "estão previstas no Orçamento do Estado para 2006".

Como salientou o Ministro da Presidência, a resolução aprovada destina-se a "repor a capacidade logística e operacional dos corpos de bombeiros".

Conforme temos vindo a referir, o atraso do pagamento destas verbas, que foram sendo sucessivamente anunciadas e agora são oficializadas, está a deixar inoperacionais meios importantes no combate aos incêndios.

Por outro lado, desconhecemos se os 10.000.000 euros de limite máximo são efectivamente suficientes para repor a capacidade operacional e saldar todas as dívidas a fornecedores, sem o que os meios disponíveis para 2006 serão inferiores aos que se mostraram insuficientes no ano passado.

O caso que ontem mencionamos, relativamente aos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres, é apenas um exemplo das dificuldades por que passam as Corporações e as empresas que lhes prestam serviços.

Este é um assunto que abordamos por diversas vezes, mas que só ficará concluido quando, efectivamente, forem efectuados os pagamentos que se anunciam, e caso este montante chegue para pagar a totalidade das dívidas.

domingo, março 05, 2006

Portugal dirige estudo de fogos


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Fogos descontrolados no Verão de 2005

Portugal vai liderar um projecto internacional, pioneiro de pesquisa sobre incêndios na floresta mediterrânea, denominado "Fire Paradox", a ser apresentado nesta segunda-feira, que envolve 32 parceiros, de 12 países, e várias organizações não-governamentais.

Este projecto, proposto à União Europeia por várias universidades da Europa, vai analisar os aspectos técnicos e as questões sociais que envolvem os incêndios florestais.

A acção do "Fire Paradox" centra-se nos domínios da pesquisa, avaliação do risco, desenvolvimento de tecnologias e divulgação de conhecimentos e treino vocacional, como, por exemplo, o fogo controlado.

Rui Nobre Gonçalves adiantou que o projecto em causa vai analisar "não só os aspectos técnicos, como também vai abordar as questões sociais que estão à volta do fogo na floresta".

"O fogo tem aspectos negativos, mas também tem positivos, como o fogo controlado que tem como objectivo uma melhor gestão das florestas", adiantou o Secretário de Estado, explicando que foi este paradoxo que deu o nome ao projecto.

Segundo Rui Nobre Gonçalves, o fogo controlado será feito nos meses mais frios e tem como objectivo "reduzir a carga de combustível que existe nas florestas".

Este ano, já foi aplicado na Serra do Marão e na Serra da Estrela, disse o Secretário de Estado, revelando que se encontra em Portugal uma equipa de especialistas americanos a colaborar com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais nesta matéria.

Este projecto é co-coordenado pelo "Centro de Ecologia Ambiental Professor Baeta Neves", do Instituto Superior de Agronomia, sendo proponente o professor Francisco Castro Rego, actual director-geral dos Recursos Florestais.

A apresentação do "Fire Paradox" decorre esta segunda-feira, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Nobre Gonçalves.

Este poderá ser um projecto interessante, sobretudo no aprofundamento das consequências sociais dos incêndios, mas, mais importante do que o estudo em sí, será a aplicação prática das conclusões, algo que em Portugal tem falhado sucessivamente.

Um milagre é que vinha mesmo a calhar!


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Site do Patriarcado de Lisboa

Segundo o Expresso, António Costa, Ministro da Administração Interna enviou um pedido a todos os párocos portugueses para que façam um trabalho de sensibilização junto das populações na área da prevenção e combate aos incêndios florestais.

"O Governo enviou-nos uma circular para que o trabalho relacionado com a ecologia [...] tenha, nos meses de Verão, particular enfâse na defesa do património florestal", terá confirmado ao Expresso fonte do Patriarcado de Lisboa.

No entanto, esta iniciativa surge como algo de redundante, já que quem conhece o Interior do País sabe que, desde há muito, é corrente os Párocos sensibilizarem as populações não apenas para este problema, mas para muitos outros considerados relevantes.

Sabendo que a colaboração de todos é necessária, o Governo acaba por não cumprir a sua obrigação quando tenta mobilizar as populações, algo que é obviamente necessário, mas sem fornecer um mínimo de infraestruturas e de formação.

Sem programas devidamente organizados e publicitados, apelando a colaborações espontâneas que podem colocar em risco os próprios participantes, presta-se um mau serviço, desperdiçando recursos importantes, que só podem ser aproveitados através de programas estruturados na protecção da floresta e no desenvolvimento do Interior.

Assim, este apelo à Igreja, mais do que a colaboração que esta há muito presta, sugere-nos mais o pedido de orações, que levem a uma intervenção divina e ao milagre, que possa compensar a falta de medidas concretas.