sábado, agosto 09, 2008

CE aprova frequência de 30Mhz para comunicação entre veículos


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Esquema de um alerta para um veículo

A Comissão Europeia (CE) aprovou a reserva de uma frequência do espectro rádioeléctrico para efeitos de comunicações entre veículos com sistemas inteligentes capazes de interpretar informações destinada aos condutores no âmbito da segurança rodoviária.

A frequência dos 30MHz fica assim reservada para este tipo de comunicações que poderão incluir dados relativos a problemas na via, acidentes, trânsito e outros alertas que sejam considerados relevantes para a segurança dos utentes da via e para os gestores dos sistemas de controle de tráfego.

Aprovada no dia 05 de Agosto, os estados membros têm seis meses para adoptar as medidas necessárias à reserva desta frequência, de modo a que não haja interferências com outro tipo de comunicações, estabelecendo assim uma norma que venha a ser adoptada pela indústria automóvel e pelos fabricantes de equipamentos a operar nesta área.

Estes sistemas, aliados aos que se destinam a enviar alertas em caso de acidente ou de dificuldades, também previstos para uma próxima geração de veículos, deverão contribuir para uma diminuição do número de sinistros, para um socorro mais rápido e, inclusivé, servirão para reduzir algum tipo de criminalidade associada ao furto ou roubo de viaturas.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Detido por suspeita de atear sete fogos


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Combate a um incêndio florestal

O suposto responsável por sete focos de incêndio que deflagraram na passada quarta-feira em Miranda do Corvo foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), anunciou fonte desta instituição policial.

O suspeito é um jovem trabalhador-estudante de 20 anos, residente em Coimbra, que terá usado fósforos para ir ateando as chamas à beira da estrada por onde circulava, altura em que terá sido avistado por populares.

O detido, que parecia atear os focos de modo aleatório, sem saber a quem pertenciam as propriedades e sem motivo aparente, foi hoje presente a Tribunal para um primeiro interrogatório judicial e determinação das medidas de coação.

Este comportamento, por parte de quem surge como aparentemente inserido na sociedade, neste caso a trabalhar num restaurante em regime de tempo parcial e investindo na sua própria formação, é algo até agora inexplicável e não se enquadra no perfíl do incendiário típico, resultante de estudos e dos dados estatísticos existentes.

Situações ligadas a falta de inserção social, dependência de álcool ou drogas, motivações pessoais que incluem, normalmente, vingança, problemas patrimoniais e incendiarismo ou outro comportamento desviante estão muitas vezes na origem de fogos ateados deliberadamente, sendo normal que se conjuguem diversas destas permissas para que se verifique uma acção criminosa.

Eventualmente, após interrogatório judicial, poderá perceber-se melhor as razões de um comportamento criminoso, muitas vezes demasiado tolerado ou punido sem o rigor que as consequências potenciais, que incluem, no limite, a perda de vidas humanas, deviam exigir.

Recordamos que número de ocorrências atribuidas a fogo posto, entendido como intencional e excluindo a negligência, tende a ser muito acima dos que parecem ser confirmados seja pelas detenções, seja por indícios claros no terreno, justificando-se esta tendência pela necessidade de responsabilizar outrém pela falta de investimento na prevenção, embora tal não invalide, obviamente, a existência de comportamentos dolosos.

Micro veículo todo o terreno chinês - 2ª parte


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Visão lateral do YL700

O YL600 é semelhante ao YL700, apresentando como principais diferenças o motor e, segundo o fabricante, a homologação europeia, pelo que apenas nos debruçaremos na parte mecânica.

Este modelo tem um motor a quatro tempos de um cilindro que previlegia o binário em relação à potência com 608 cc, arrefecido por água, que debita 12.8 kw às 5.500 rotações e um binário de 26.7 nm às 5.000 rpm, atingindo os 65 km/h.

Aparte estas diferenças, estamos diante de modelos semelhantes, com capacidade para dois passageiros, protegidos por um sistema anti-capotamento e dispondo de uma plataforma traseira para carga.


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O YL E com motor de 600cc

Optamos por apresentar estes modelos por serem algo de fora do comum, capaz de preencher um vazio no segmento de veículos de patrulha com alguma capacidade de carga e possibilidade de deslocar-se fora de estrada, aliando uma boa autonomia ao baixo custo.

Obviamente a escolha de um destes modelos tem implicações em termos de legalizações, de impostos a pagar, da aquisição de meios e peças de manutenção e levanta um conjunto de questões que poderão não ser intuitivas, mas pode ser uma aposta interessante para uma entidade que necessite de um número razoável de veículos ou que se possa associar a outras instituições ou particulares, de modo a atingir uma quantidade que torne a sua importação viável.

Exitem fora dos produtores ou fabricantes mais conhecidos um sem número de empresas situadas nos mercados emergentes que tem vindo a desenvolver veículos e equipamentos que apenas por serem desconhecidos não se encontram entre nós, razão pela qual continuamos a adquirir bens a preços que, caso este tipo de concorrêcia chegasse, provavelmente seriam bastante inferiores aos actuais.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Incêndios ao fim da tarde em Castanheira de Pêra e Monchique


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Um bombeiro durante o combate às chamas

Dois incêndios que deflagaram ao fim da tarde nos distritos de Leiria e de Faro estavam ainda activos ao início da noite, sendo combatidos por mais de uma centena de bombeiros.

O fogo no oncelho de Monchique, começou pelas 18:32 e ao fim da tarde ainda não se encontrava circunscrito, consumindo uma área de mato no lugar de Vale de Boi.

Este incêndio era combatido por 46 bombeiros apoiados por 12 viaturas, que contavam com o reforço de uma equipa do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana.

Outro incêndio, detectado também ao fim da tarde no concelho de Castanheira de Pêra devastava uma zona florestal no lugar do Camelo e já se encontrava circunscrito perto das 19:30, estando a combater as chamas 56 bombeiros apoiados por 13 veículos.

Apesar do aumento relativamente ao ano passado, este continua a ser um Verão com um número de ocorrências abaixo da média, algo que analisamos recentemente, mas o expectável aumento das temperaturas e a diminuição de humidade nos solos permite prever que na segunda quinzena de Agosto poderemos assistir a um agravamento da situação no respeitante aos incêndios florestais.

No entanto, nas actuais condições, perante as alterações que se verificaram ao longo dos últimos anos, seja em termos de meios de combate, seja devido às barreiras naturais resultantes dos incêndios dos anos anteriores, situações de ruptura como as que ocorreram em 2003 e 2005 dificilmente voltarão a suceder.

Micro veículo todo o terreno chinês - 1ª parte


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O YL com motor de 700cc

A necessidade de veículos todo o terreno económicos e de baixa manutenção, com capacidade para dois tripulantes e alguma carga, que pode incluir desde reservatórios de água a ferramentas de sapador, levou-nos a pesquisar nos mercados emergentes da Ásia algumas soluções, tendo encontrado um fabricante que produz, entre diversas linhas de productos, alguns modelos interessantes.

O YL700 tem um motor a quatro tempos de um cilindro com cinco válvulas, com 686 cc, arrefecido por água, que debita 25.0 kw ou 34HP às 5.500 rotações e um binário de 23.5 nm às 4.500 rpm.

O sistema de arranque é eléctrico, com ignição CDI e uma transmissão do tipo Low-High-Neutral-Reverse-Parking ou Baixas-Altas-Neutro-Marcha Atrás-Parque, semelhante à de muitos modelos de caixa automática disponíveis no mercado


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Alguns detalhes do YL700

A suspenção dianteira e traseira é independente, com braços duplos e os travões são discos ventilados, sendo duplos à frente e os pneus são AT25x8-12 no eixo dianteiro e AT25 x 10-12 no traseiro, ambos radiais.

O YL700 tem um comprimento de 3010 mm, uma largura de 1.460 mm e uma altura de 1.840 mm, uma distância ao solo de 245 mm e pesa vazio 524 kg.

A fábrica vende este modelo em conjuntos de 4, 9 ou 18 unidades, com uma garantia de apenas seis meses, podendo-se escolher as cores de vermelho, azul, negro ou camuflado com base verde ou amarela.

quarta-feira, agosto 06, 2008

A polémica das áreas ardida


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Combate a um fogo florestal

A área ardida em Portugal entre 01 de Janeiro e 15 de Julho de 2008 duplicou face ao mesmo período de 2007, verificando-se uma aumento de 2.213 para 4.685, com os distritos de Braga, Bragança e Vila Real entre os mais atingidos.

Segundo os dados disponibilizados pela Direcção-Geral de Florestas, até ao dia 15 de Julho registaram-se 4.981 ocorrências, correspondentes a 1.023 incêndios florestais e 3.959 fogachos, enquanto em 2007 pouco passavam das 3.500.

Faltam, no entanto, adicionar os incêndios de maiores dimensões que ocorreram nas últimas semanas, como os que assolaram os concelhos de Soure e da Meda, que ainda esta noite estava activo, pelo que a diferença relativamente ao ano de 2007 pode vir a aumentar, algo expectável dado que o ano passado foi atípico em termos de área ardida.

O aumento de área ardida este ano, seria, pois uma evolução expectável, que não traduz uma diminuição da eficácia no combate nem qualquer falta de meios quando comparados com o dispositivo de anos anteriores, mas que demonstra que as declarações de alguns responsáveis, vangloriando-se de um sucesso mais que conjuntural, era algo de perfeitamente abusivo.

A eficácia do combate, em termos globais, aumentou ao longo dos últimos anos, tomando com partida o ano trágico de 2003, pelo que as variações, seja no sentido positivo, seja no sentido negativo, que contrariam esta tendência se devem a alterações conjunturais sobre as quais não existe controle, como a meteorologia.

Usar como comparação seja apenas o valor do ano passado, seja incluir o período necessário de modo a abranger os anos de 2003 e 2005 sem uma avaliação cuidada e devidamente cruzada com todos os factores que contribuem para os números finais, é um exercício de mera demagogia que em nada contribui para a seriedade de que a temática dos incêndios florestais se deve revestir.

"Dog-tags" preenchidos por quatro euros


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Um par de "dog-tags" com silenciadores

Já não é a primeira vez que mencionamos a utilidade do uso de chapas identificadoras, popularmente designadas por "dog-tags", as quais podem conter informações úteis como o nome, uma morada, número de identificação ou o grupo sanguíneo, mas a sua utilidade justifica voltar ao tema.

Este modelo é feito em aço e pode incluir cinco linhas com até quinze caracteres estampados em relevo em cada uma, obedecendo às normas militares americanas e, portanto, é adequado para as utilizações mais exigentes.

O preço de um par de "dog-tags" devidamente preenchidas com correias e silenciadores anda pela meia dúzia de dólares, equivalente a menos de quatro euros, a serem pagos via Paypal, e inclui um conjunto de informações que podem ajudar a identificar uma criança ou a salvar uma vida.

Pelo baixo preço, este é um presente útil que recomendamos aos nossos leitores e que também pode constituir uma forma de angariação de fundos para uma instituição ou de comemoração de um dado evento, desde que preenchidas com os dados a ele referentes.

terça-feira, agosto 05, 2008

PCP propõe adopção de formatos abertos no Estado - 2ª parte


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Um exemplo de formato livre para CAD

Seja por uma questão de independência, seja para estabelecer critérios de portabilidade, esta é uma proposta que faz todo o sentido e não visa impedir o uso seja dos actuais programas, seja de outros que o Estado pretenda adoptar, mas que pretende, tão somente, evitar potenciais problemas inerentes a formatos proprietários.

Pode, obviamente, haver uma conotação política na proposta do PCP, mas colocando eventuais questões filosóficas de parte, esta é uma opção que o Estado português deve acolher, evitando que os seus dados e documentos sejam, em parte, propriedade de quem detém a patente do formato em que estes estão convertidos.

Outra questão, que merecerá uma abordagem diferente e separada, é se o Estado deve ou não usar "software" livre sempre que possível e sem comprometer as normas de segurança, disponibilidade e fiabilidade a que as boas práticas obrigam, evitando assim pagar licenças a fabricantes e estimulando a indústria nacional no sentido de produzir e adaptar programas que substituam de forma vantajosa os actualmente em uso.

Sem entrar em longas discussões, podemos, desde já, dizer que somos favoráveis à substituição do conjunto Windows/Microsoft Office por Linux/Open Office nas estações de trabalho instaladas nos serviços públicos, deixando em aberto a questão mais complexa dos servidores ou outros equipamentos críticos cuja plataforma deverá ser analizada caso a caso.

5.000 hectares de floresta ardidos


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Um incêndio florestal

Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Pescas, arderam em Portugal, desde o início do ano, cerca de 5.000 hectares de floresta.

Para Ascenso Simões, que anunciava que o Algarve vai passar a ter uma Direcção Regional da Floresta, tornando-se independente da de Évora, como acontecia até agora, "mesmo que tenhamos bons resultados não nos satisfazemos, porque há ainda muito por fazer".

Ao usar estes números, o secretário de Estado está a omitir um dado objectivo, o de a área ardida ter aumentado em 2008 quando comparada com a do ano anterior, bem como o facto de os incêndios, individualmente, este ano afectarem maiores extensões do que em 2007, pelo que cada ocorrência se reveste de maior gravidade.

Mesmo com área ardida e número de ocorrências abaixo da média dos últimos cinco anos, a evolução do combate aos incêndios deve ser avaliada não apenas com base na floresta destruida, mas também num conjunto de factores que incluam desde tempos de resposta ao número de reacendimentos, passando pelas descontinuidades resultantes de fogos ou pela diminuição de área florestal.

Não se pode continuar a usar verdades fragmentárias ou estatísticas parciais que, podendo corresponder aos factos, não os descrevem na totalidade e criam ilusões junto de quem não tem uma visão mais global da temática abordada, muitas vezes perante o beneplácito de uma comunicação social que não investiga tanto quanto deve.

segunda-feira, agosto 04, 2008

PCP propõe adopção de formatos abertos no Estado - 1ª parte


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O XML é um exemplo de formato livre

Uma recente proposta do Partido Comunista Português (PCP), no sentido de o Estado e organismos públicos usarem nos seus documentos formatos livres, veio abrir algumas polémicas, resultando sobretudo da confusão em termos da mistura de alguns conceitos.

Os formatos abertos ou "open formats", não proprietários nem dependentes de licenciamento, não correspondem exactamente ao mesmo conceito de "software" livre ou "open source", associado, por exemplo ao Linux ou ao Open Office.

Muitos dos programas livres podem abrir formatos proprietários, podendo usar-se como exemplo a capacidade do Open Office para utilizar documentos no formato específico do Microsoft Office, não carecendo para isso de qualquer forma de extensão de licenciamento nem onerar o utilizador para o fazer.

Considera-se um formato aberto aquele que pode ser utilizado livremente, sem dependência funcional ou proprietária, obedecendo a normas de acessibilidade, universalidade e portabilidade que permitam o seu uso livre por quem o pretender utilizar sem que daí decorram encargos ou algum tipo de obrigação ou dependência.

Basicamente, o que a proposta do PCP pretende é que não haja a dependência de um dado formato proprietário e licenciado, pertença de uma dada empresa, que o pode alterar de forma a incompatibilizá-lo com outros programas, de modo a que o utilizador tenha, para aceder aos seus próprios dados, que recorrer a "software" do detentor da patente.

Bombeiros profissionais custam 18.000.000 em três meses - 2ª parte


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Um incêndio florestal fora de controle

Para a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) esta é uma forma de profissionalização sazonal, mal paga e que, caso não houvesse este conjunto de isenções, não haveria quem efectuasse este tipo de missão em troca do valor sujeito a descontos, deixando o País extremamente vulnerável.

Para a ANBP só a existência de "uma carreira única que permita pôr cobro a estas desigualdades e dê o mesmo tratamento a todos os bombeiros", algo que o Instituto Superior de Contabilidade e Técnicas Empresariais já a estudar mas que levará tempo a decidir e implementar.

Obviamente, deste sistema resulta uma franca desigualdade entre bombeiros profissionais e aqueles que apenas são remunerados como tal durante o período em que combatem os incêndios, solução que não agrada à ANBP e, efectivamente, não será a mais adequada numa altura em que se aposta na profissionalização do socorro.

Uma carreira uniforme e uma maior profissionalização será uma inevitabilidade, sobretudo em zonas onde o voluntariado, por razões demográficas, culturais ou outras, já não permite dispor de efectivos em número suficiente, mas dificuldades orçamentais e algumas incompatibilidades não facilitam uma transição que se pretende pacífica.

Cremos, no entanto, que o caminho no sentido de uma base profissional virá a acelerar, como resposta à carência de voluntários, à necessidade de uma maior disponibilidade, a uma menor sazonalidade dos incêndios florestais e a uma maior vertente tecnológica que implica uma formação mais prolongada que deverá ser traduzida numa maior contratualização dos bombeiros.

A esta opção corresponde, por um lado, a um aumento de encargos, mas, por outro, a uma expectável maior eficiência que se deverá traduzir em menores prejuizos causados pelos incêndios e outras calamidades, esperando-se que, no final, o balanço seja positivo e que o que se gastou ao apostar na profissionalização seja francamente compensado pela redução de área ardida.

domingo, agosto 03, 2008

Boas férias!


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Uma longa fila de trânsito

Com a chegada do primeiro fim de semana de Agosto e a partida de muitos dos nossos amigos e leitores para umas merecidas férias, não queremos deixar de desejar-lhes uma boa viagem e que repousem e se divirtam, sem esquecer a prudência que é necessária nesta época em que os acidentes de viação se multiplicam.

Também não esquecemos aqueles que, como nós, por razões profissionais ou outras, ficam nos seus locais de trabalho ou de residência, aos quais desejamos um mês de Agosto tão agradável quanto possível.

Este "blog" continuará a ser actualizado com a periodicidade habitual, podendo apenas verificar-se pequenas flutuações, dado que durante o mês de Agosto a nossa actividade irá manter-se constante nas suas várias vertentes.

A todos os que delas podem usufruir, desejamos umas boas férias!