sábado, fevereiro 24, 2018

Dois anos após a partida da Princesinha

Dois anos após ter partido, as saudades desta pequena gatinha permanecem, tal como as numerosas recordações que deixou, fruto de um conjunto de características muito invulgares, algumas delas quase inexplicáveis, como a necessidade de passar de um quarto da mesma casa para outro pelo exterior e não pelo corredor que as une, e que nos leva a pensar até que ponto conhecemos estes amiguinhos, mesmo quando lidamos com eles diariamente.

Distante e um pouco desconfiada para com os seres humanos, uma característica essencial para os gatos de rua, mas terna com que conhecia, a Princesinha era extremamente autónoma, dando longos passeios e fazendo as suas sonecas em quintais, onde a exposição ao Sol lhe garantiam calor e um descanso sossegado.

Sem muitos amigos felinos, para além do "Pirata" e da sua própria família, apenas tolerante face à presença do Nhec, que sempre tentou uma aproximação, a Princesinha nunca foi verdadeiramente uma gata doméstica, revelando inicialmente pânico e posteriormente incómodo quando todas as janelas estavam fechadas, impedindo-a se sair, mesmo que essa não fosse a sua intenção de momento.

Considerada como uma das mais belas gatinhas das redondezas, com um pelo ímpar, sedoso e macio, foi inesquecível o momento em que turistas japoneses queriam pagar para a fotografar quando se encontrava a descansar no seu vaso favorito, no pequeno quintal de uma moradia cujos proprietários aceitavam a presença de uma amiguita algo esquiva, mas permanentemente alegre e simpática.

sexta-feira, fevereiro 23, 2018

Preparação de Land Rover Discovery na "Código 4x4"

A "Código 4x4", uma revista espanhola sobre todo o terreno, disponível gratuitamente na Internet, inclui um extenso artigo sobre a preparação de um Land Rover Discovery, abordando os vários passos e componentes necessários para que se possa disfrutrar deste modelo clássico fora de estrada.

No artigo é incluída a escolha de jantes e pneus, dos travões e suspensão, com grande detalhe e especificando cada eixo, do motor, incluindo um "snorkel", do guincho a utilizar, bem como de um conjunto de acessórios para o exterior e para o interior, destacando-se sistemas de navegação e rádio de comunicações.

São 16 páginas no total, todas elas ilustradas com fotografias, onde é possível apreciar os detalhes desta preparação, ficando a falta os procedimentos e os preços dos vários componentes que, no seu total, resultam numa solução bastante dispendiosa mas que promete eficácia acrescida num modelo que se encontra entre os menos dispendiosos da marca.

O artigo pode ser lido nesta ligação, enquanto a revista, na sua totalidade, pode ser lida ou descarregada aqui, ficando, caso seja essa a opção, gravada localmente em formato PDF, o que permite a sua leitura posterior, facilitando a consulta do artigo que mencionamos, bem como de outros que os leitores considerem interessantes.

quinta-feira, fevereiro 22, 2018

Novas matrículas em 2019

O esgotamento do actual formato de matrículas, cujas combinações estão perto do limite, implica que a partir de Fevereiro de 2019 as matrículas atribuídas aos veículos a circular em Portugal serão modificadas, passando a ser compostas por 4 letras, entre as quais passarão a estar presentes o K, W e Y, e 2 dígitos, o que permitirá a emissão de mais de 137 milhões de matrículas com este formato.

Está previsto que as novas matrículas, com o mesmo formato e dimensões das actuais, serão compostas por 2 letras no início, 2 dígitos no meio e outras 2 letras no fim, mantendo os restantes elementos identificativos, como o referente à União Europeia e a Portugal, pelo que poderão ser fabricadas e gravadas com os mesmos equipamentos que as actuais.

As matrículas nos formatos actuais, compostas por 2 letras, agrupadas no início, meio ou fim, e 4 dígitos continuarão válidas, salvo se canceladas, pelo que os proprietários de veículos já matriculados não terão que se preocupar com uma possível mudança para um formato destinado a complementar, e não a substituir, o actual.

Esta era, provavelmente, a forma mais simples de aumentar as combinações disponíveis para matrículas, embora não a única, sendo disso exemplo os países que, como Espanha ou a Alemanha, incluem na matrícula um código de cidade, mas esta será a que mais se adapta a um País não regionalizado, onde as emissões são efectuadas de forma muito centralizada.

quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Apenas o aluguer de 10 aeronaves foi contractualizado - 2ª parte

Resta ao Governo alterar os lotes, redefinindo-os, ou aceitar pagar um preço mais elevado, dado que apenas a Heliportugal aceitou o propostos, correspondente a 10.000.000 de Euros para 10 helicópteros ligeiros, ficando a faltar aeronaves de vários modelos, como os "Fireboss", "Canadair" ou aparelhos para observação, todos eles essenciais para o dispositivo de combate.

Com a indisponibilidade da maioria dos Kamov Ka-32, e desconhecemos quantos e quando estarão disponíveis mais helicópteros deste tipo, o número de aeronaves pertença do Estado português resume-se aos três Ecureiul disponíveis, ao que, mesmo acrescendo uma dezena de helicópteros ligeiros da Helibravo, o total é francamente insuficiente, estando ausentes aviões de asa fixa, essenciais para as operações de combate aos fogos.

Existe, naturalmente, uma grande pressão, resultante da tragédia do ano anterior, embora, face à extensa área ardida em 2017, seja de prever que neste Verão os incêndios sejam muito menos devastadores e em número mais baixo, contidos pelas enormes áreas queimadas que funcionam como barreiras naturais, impedindo a propagação das chamas, resultando, com toda a probabilidade, num dos anos com menor área ardida das últimas décadas.

Não obstante a previsível calmia relativa da próxima época de incêndios, a tolerância para uma nova tragédia é virtualmente nula, pelo que os decisores políticos não irão deixar de adoptar as medidas possíveis para evitar que tal aconteça, mesmo que para isso sejam obrigados a pagar um valor particularmente elevado pelos meios aéreos a incorporar num dispositivo que depende excessivamente destes recursos.

terça-feira, fevereiro 20, 2018

Descoberto o primeiro Land Rover

O primeiro Land Rover, com o chassis número 860001, o desaparecido JUE 477 reapareceu no Real Automóvel Clube, em Londres, uma vintena de anos após ter sido visto pela última vez, vinte anos antes, nas celebrações dos 50 anos da marca, ocorridos em 1998 em Shugborough Hall.

O dono teria consciência do veículo único que possuía, mas com o chassis a apresentar problemas, peças em falta, outras muito danificadas, detritos a encher o interior, incluindo a baía do motor, considerou que o estado do JUE 477 estava muito para além de qualquer restauro, pelo que se encontrava ao ar livre, no campo.

Ao contrário do célebre HUE 166, de condução central, que foi construído com base no "jeep" Willys, e que nada tem a ver com o modelo original de produção, o JUE 477 pode ser considerado como o primeiro verdadeiro Land Rover, tendo o primeiro número de chassis da marca e sendo a primeira unidade produzida após os protótipos que deram origem ao Serie 1.

O JUE 477 será restaurado e estará presente nas comemorações dos 70 anos da marca, ocupando, certamente um lugar central entre uma extensa descendência directa, que inclui os vários Serie, Ninety e Defender, modelos nos quais se podem reconhecer as linhas originais do seu primeiro antecessor.

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

Apenas o aluguer de 10 aeronaves foi contractualizado - 1ª parte

Apenas o aluguer de 10 das 50 aeronaves destinadas a integrar o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios florestais foi adjudicado, correspondendo a uma dezena de helicópteros ligeiros da empresa Helibravo, tendo sido excluídos os restantes concorrentes devido ao preço que ultrapassava o estabelecido no caderno de encargos.

Com a "Fase Charlie" a aproximar-se a passos largos, o tempo escasseia e a possibilidade de uma ajuste directo aumenta, tal como é maior a possibilidade de o preço a pagar ser mais elevado do que o previsto, com tendência para aumentar à medida que o tempo passa e o número de aeronaves disponíveis diminui.

É de notar que as aeronaves disponíveis, pertencentes a um pequeno número de empresas, o que prejudica a concorrência, podem ser alugadas por qualquer país interessado, pelo que os seus responsáveis tentam o melhor negócio possível, no que quase parece ser um autêntico leilão, cujo valor de licitação aumenta à medidade que a necessidade se torna mais premente, razão pela qual adiar a adjudicação, seja por concurso, seja por ajuste directo, resulta num preço mais elevado.

Ocorre, naturalmente, que o valor máximo aceite pelo Estado português ou estará desfazado da realidade do mercado, sendo irrealista, mesmo que numa tentativa de melhor defender o interesse nacional, ou que as empresas, sabendo da escassez de meios, optem por uma estratégia concertada, forçando os preços a subir enquanto a urgência pressiona os governos dos vários Estados que necessitam destes recursos.

domingo, fevereiro 18, 2018

"Kits" de reparação para motor de arranque de Td5 - 2ª parte

A opção por desmontar o motor de arranque, podendo parecer a mais trabalhosa, por implicar desapertar um maior número de parafusos e contactos eléctricos, parece ser, efectivamente, a mais razoável e a que mais facilita um trabalho de qualidade e não demorará mais tempo, porque o processo de abertura e substituição dos componentes internos do motor de arranque se realiza em condições de melhor acessibilidade, facilitando a manipulação e inspecção dos componentes.

Nem sempre, ou só ocasionalmente, será necessário substituir a totalidade dos componentes incluídos nos "kits" mais completos, podendo tal ser efectuado como medida de precaução, sendo o mais frequente que apenas os dois contactos em cobre estejam desgastados ou sujos, impedindo a passagem da corrente com a intensidade necessária para o arranque do motor.

Tão importante quanto a operação de desmontagem e montagem, bem como as respectivas verificações, é a limpeza dos vários contactos, o que implica o recurso a produtos próprios, incluindo "sprays", bem como a utilização de uma junta eficaz, que mantenha protegidos os componentes internos, evitando que água e pequenas poeiras possam entrar.

Sendo uma reparação simples, implica confiança e um mínimo de conhecimentos, para além do material, que pode estar como reserva, dado o baixo preço, das chaves adequadas e de um lugar apropriado, e, caso os sintomas previamente mencionados, não deve ser adiada, dado o risco de imobilização da viatura, com todos os inconvenientes que tal implica.