sábado, novembro 04, 2006
"Blower" no EBay
O sistema de aquecimento do habitáculo dos Série, para além da unidade propriamente dita, requer um dispositivo que aspire o ar a partir de uma entrada lateral, o qual é depois canalizado para a unidade que altera a temperatura.
Esta peça, designada por "blower" em inglês e que basicamente é uma ventoinha eléctrica dentro de um tubo, existe em versões diferentes para ser colocada à esquerda ou à direita do veículo, sempre do lado oposto ao do condutor.
No entanto, porque escasseiam em Portugal e as existentes em Inglaterra são, normalmente para veículos de condução à direita, os preços tendem a ser algo exagerados, por vezes aproximando-se de uma peça nova.
Os dois modelos são, no entanto, funcionalmente idênticos, com uma forma simétrica, pelo que podem ser adaptados sem grandes problemas, eventualmente apenas com recurso a modificações no tubo flexível que sai desta peça até ao módulo de aquecimento ou prendendo-o com a parte superior para baixo.
Com base neste pressuposto, optamos por adquir uma versão inglesa em 2ª mão no EBay por um preço que se aproxima dos 16 euros, a que acrescem portes, que será sensivelmente outro tanto se enviado for directamente para Portugal, ou na ordem dos 9 euros se para alguém em Inglaterra que depois o traga para o nosso País.
Independentemente do custo, estamos a falar de um valor que consideramos aceitável face ao conforto que um sistema de aquecimento proporciona, sobretudo durante o Inverno, num veículo que não prima pelo isolamento térmico.
Lembramos que nem todos os Série têm um sistema de aquecimento, considerado na altura como um opcional, pelo que a sua instalação pode exigir um conjunto de peças mais extenso, que inclui o sistema de comando a colocar no "tablier", grelhas de saida de ar e o módulo de aquecimento propriamente dito.
Caso seja necessário adquirir todas esta peças, logicamente o valor será muito superior, mas não deixa de ser uma opção a considerar para quem pretender uma utilização mais contínua deste modelo.
Esta peça, designada por "blower" em inglês e que basicamente é uma ventoinha eléctrica dentro de um tubo, existe em versões diferentes para ser colocada à esquerda ou à direita do veículo, sempre do lado oposto ao do condutor.
No entanto, porque escasseiam em Portugal e as existentes em Inglaterra são, normalmente para veículos de condução à direita, os preços tendem a ser algo exagerados, por vezes aproximando-se de uma peça nova.
Os dois modelos são, no entanto, funcionalmente idênticos, com uma forma simétrica, pelo que podem ser adaptados sem grandes problemas, eventualmente apenas com recurso a modificações no tubo flexível que sai desta peça até ao módulo de aquecimento ou prendendo-o com a parte superior para baixo.
Com base neste pressuposto, optamos por adquir uma versão inglesa em 2ª mão no EBay por um preço que se aproxima dos 16 euros, a que acrescem portes, que será sensivelmente outro tanto se enviado for directamente para Portugal, ou na ordem dos 9 euros se para alguém em Inglaterra que depois o traga para o nosso País.
Independentemente do custo, estamos a falar de um valor que consideramos aceitável face ao conforto que um sistema de aquecimento proporciona, sobretudo durante o Inverno, num veículo que não prima pelo isolamento térmico.
Lembramos que nem todos os Série têm um sistema de aquecimento, considerado na altura como um opcional, pelo que a sua instalação pode exigir um conjunto de peças mais extenso, que inclui o sistema de comando a colocar no "tablier", grelhas de saida de ar e o módulo de aquecimento propriamente dito.
Caso seja necessário adquirir todas esta peças, logicamente o valor será muito superior, mas não deixa de ser uma opção a considerar para quem pretender uma utilização mais contínua deste modelo.
Governo vai criar empresa para gerir os meios aéreos da Protecção Civil
Canadair durante o combate aos fogos
Esta novidade, feita durante uma intervenção realizada ontem no âmbito da discussão na generalidade da proposta de Orçamento de Estado para 2007, perante a Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, quando revelou querer "que os meios aéreos afectos à Protecção Civil, nomeadamente destinados ao combate aos fogos florestais, tenham uma gestão empresarial".
Ainda no âmbito do socorro, o titular do MAI informou que o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da Guarda Naciona Republicana (GNR) será expandido, passando a contar com mais três companhia que irão reforçar as três já existentes.
António Costa aproveitou para anunciar que "face à boa execução orçamental" de 2006, par além das unidades a estacionar em Viana do Castelo e Braga, outra ficará em Lisboa/Setúbal ou Aveiro/Porto, "conforme vier a ser decidido".
Também foi reafirmado que o actual Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) passará a designar-se Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), com maior autonomia e poderes reforçados de comando e organização no sector.
Torna-se algo estranha a ideia de, por um lado, reforçar os poderes do SNBPC, promovendo-o a Autoridade Nacional e, por outro, colocar sob a gestão de uma empresa os meios aéreos a adquirir.
Obviamente, não passa pela cabeça de ninguém que a gestão operacional dos meios não esteja na depedência da entidade que suceder ao SNBPC, de tal forma esta possibilidade é absurda e de consequências imprevisíveis, pelo que a empresa cuja criação anunciada deverá ser de cariz administrativo-financeiro.
Em primeiro lugar, tal afigura-se como de uma completa inutilidade, já que outros meios de socorro, de que resultam enormes encargos para o Estado, não foram submetidos a uma "gestão empresarial", a qual não se quaduna com os princípio que gerem o socorro.
Em segundo lugar, não pode haver uma perspectiva economicista nas acções de socorro, sob pena de se efectuar análises custo benefício sempre que é feito o pedido de activação de meios, do que resultam constrangimentos operacionais inaceitáveis.
Assim, tal empresa aparece como uma engenharia financeira, face aos elevados investimentos que resultam da aquisição e manutenção das futuras aeronaves, evitando o comprometimento da futura ANPC com um gestão que pode revelar-se desastrosa caso negócios em curso, como o da eventual aquisição dos Beriev não decorram da melhor forma.
A possibilidade de criar esta empresa é algo que contestamos e que, numa época de restrições económicas, deve ser explicada aos portugueses, sob pena de ser considerada como um deperdício de dinheiros públicos ou, pior ainda, de apontar no sentido de uma perspectiva empresarial na gestão do próprio socorro das populações.
sexta-feira, novembro 03, 2006
"A culpa continua a morrer solteira"
Foi hoje publicado um texto da nossa autoria no "site" dos Bombeiros do Distrito da Guarda, a quem agradecemos a honra do convite para escrever uma crónica.
No mesmo "site" existe um fórum onde este e outros assuntos relacionados com a temática dos bombeiros, da protecção civil ou do socorro, podem ser debatidos e que convidamos a visitar.
Porque consideramos importante que a discussão da responsabilização pelos acidentes que sucedem, de modo a que se tirem as devidas elações e se evite a sua repetição, o texto é aqui transcrito.
Recentemente publicado, o relatório sobre o incêndio de Famalicão da Serra, aponta para a falta de equipamento adequado nas causas da morte do bombeiro português que aí faleceu juntamente com cinco sapadores chilenos.
Para a comissão de inquérito a este acidente, o bombeiro voluntário falecido "teria sobrevivido se tivesse equipamento de protecção pessoal enquanto que os restantes cinco sapadores chilenos não tiveram alternativa dada a sua localização e o comportamento eruptivo do fogo".
O mesmo relatório adianta ainda que "quando há um incêndio numa encosta nunca as equipas de combate aos incêndios florestais se deviam meter à frente do fogo".
É sempre difícil emitir uma opinião objectiva sobre relatórios qua analisam tragédias, mantendo a necessária distância e analizando friamente a situação, mas do seu conteúdo surgem algumas questões de princípio que devem ser colocadas.
Primeiramente, da falta de divulgação dos relatórios que envolvem acidentes mortais, resulta a impossibilidade de evitar eventuais erros no futuro, pelo que os lamentos constantes relativos à morte de bombeiros continuarão, certamente, a ouvir-se.
Também derivado desta falta de divulgação, não há lugar a uma revisão de ensinamentos, treinos, métodos e procedimentos tácticos, essenciais à segurança nas operações, nem se procede a uma correcta avaliação de situações que poderão ocorrer de novo no futuro.
Como consequência directa, existe uma óbvia desresponsabilização, que começa no topo da cadeia hierárquica, dada a impossibilidade de esta tomar as medidas que evitem erros passados para os quais não foram devidamente alertados.
Em segundo lugar, os inquéritos têm, em muitos casos, servido apenas para branquear situações, apagar erros ou proteger interesses, não resultando na responsabilização efectiva de quem adoptou procedimentos errados que poderão ter começado nas primeiras etapas de formação.
Muitas vezes a imposição de ilibar todos ou alguns dos envolvidos, seja por um suposto respeito pelos que perderam a vida, seja para evitar consequências junto de quem, fazendo o seu melhor, não conseguiu evitar um acidente, acaba por condicionar os resultados, tornando-os inúteis em termos de avaliação e de correcção de erros.
É conhecido que sobre o mesmo incidente chegam a ser nomeadas diversas comissões de inquérito, cujas conclusões são sucessivamente rejeitadas até coincidirem com interesses que pemanecem desconhecidos, sendo que a valia técnica ou mesmo a verosimilhança da avaliação chega a ser secundarizada.
Em terceiro lugar, verifica-se que é raro que, após o termo de um inquérito, seja dado conhecimento das conclusões ao Ministério Público, mesmo quando estes apontam para a existência de contornos criminais que podem ser simplesmente a nível de negligência, mas cujas implicações necessitam de ser apuradas.
A ausência de legislação adequada, a dificuldade em apurar responsabilidades quando estas envolvem questões tão complexas como a falta de determinação de procedimentos adequados, de regulamentação ou, simplesmente, de fiscalização, permite uma manifesta impossibilidade de determinar a origem de erros estruturais, cuja existência podem afectar organizações inteiras.
Obviamente, pode-se ir mais longe e chegar ao nível da responsabilização política, mas a diluição de eventuais culpas à medida que se sobe numa hierarquia, tornando mais vaga e difusa a influência de quem, pelo seu afastamento, nunca teve contacto directo com o sucedido, acaba por frustrar quaisquer tentativas de fazer justiça.
Diz-se que em Portugal a culpa morre solteira, e eventos trágicos avaliados em julgamentos recentes apontam nesse sentido, permitindo que os erros do passado se repitam como se estivessemos diante de uma inevitabilidade ditada por uma má sina.
No mesmo "site" existe um fórum onde este e outros assuntos relacionados com a temática dos bombeiros, da protecção civil ou do socorro, podem ser debatidos e que convidamos a visitar.
Porque consideramos importante que a discussão da responsabilização pelos acidentes que sucedem, de modo a que se tirem as devidas elações e se evite a sua repetição, o texto é aqui transcrito.
Recentemente publicado, o relatório sobre o incêndio de Famalicão da Serra, aponta para a falta de equipamento adequado nas causas da morte do bombeiro português que aí faleceu juntamente com cinco sapadores chilenos.
Para a comissão de inquérito a este acidente, o bombeiro voluntário falecido "teria sobrevivido se tivesse equipamento de protecção pessoal enquanto que os restantes cinco sapadores chilenos não tiveram alternativa dada a sua localização e o comportamento eruptivo do fogo".
O mesmo relatório adianta ainda que "quando há um incêndio numa encosta nunca as equipas de combate aos incêndios florestais se deviam meter à frente do fogo".
É sempre difícil emitir uma opinião objectiva sobre relatórios qua analisam tragédias, mantendo a necessária distância e analizando friamente a situação, mas do seu conteúdo surgem algumas questões de princípio que devem ser colocadas.
Primeiramente, da falta de divulgação dos relatórios que envolvem acidentes mortais, resulta a impossibilidade de evitar eventuais erros no futuro, pelo que os lamentos constantes relativos à morte de bombeiros continuarão, certamente, a ouvir-se.
Também derivado desta falta de divulgação, não há lugar a uma revisão de ensinamentos, treinos, métodos e procedimentos tácticos, essenciais à segurança nas operações, nem se procede a uma correcta avaliação de situações que poderão ocorrer de novo no futuro.
Como consequência directa, existe uma óbvia desresponsabilização, que começa no topo da cadeia hierárquica, dada a impossibilidade de esta tomar as medidas que evitem erros passados para os quais não foram devidamente alertados.
Em segundo lugar, os inquéritos têm, em muitos casos, servido apenas para branquear situações, apagar erros ou proteger interesses, não resultando na responsabilização efectiva de quem adoptou procedimentos errados que poderão ter começado nas primeiras etapas de formação.
Muitas vezes a imposição de ilibar todos ou alguns dos envolvidos, seja por um suposto respeito pelos que perderam a vida, seja para evitar consequências junto de quem, fazendo o seu melhor, não conseguiu evitar um acidente, acaba por condicionar os resultados, tornando-os inúteis em termos de avaliação e de correcção de erros.
É conhecido que sobre o mesmo incidente chegam a ser nomeadas diversas comissões de inquérito, cujas conclusões são sucessivamente rejeitadas até coincidirem com interesses que pemanecem desconhecidos, sendo que a valia técnica ou mesmo a verosimilhança da avaliação chega a ser secundarizada.
Em terceiro lugar, verifica-se que é raro que, após o termo de um inquérito, seja dado conhecimento das conclusões ao Ministério Público, mesmo quando estes apontam para a existência de contornos criminais que podem ser simplesmente a nível de negligência, mas cujas implicações necessitam de ser apuradas.
A ausência de legislação adequada, a dificuldade em apurar responsabilidades quando estas envolvem questões tão complexas como a falta de determinação de procedimentos adequados, de regulamentação ou, simplesmente, de fiscalização, permite uma manifesta impossibilidade de determinar a origem de erros estruturais, cuja existência podem afectar organizações inteiras.
Obviamente, pode-se ir mais longe e chegar ao nível da responsabilização política, mas a diluição de eventuais culpas à medida que se sobe numa hierarquia, tornando mais vaga e difusa a influência de quem, pelo seu afastamento, nunca teve contacto directo com o sucedido, acaba por frustrar quaisquer tentativas de fazer justiça.
Diz-se que em Portugal a culpa morre solteira, e eventos trágicos avaliados em julgamentos recentes apontam nesse sentido, permitindo que os erros do passado se repitam como se estivessemos diante de uma inevitabilidade ditada por uma má sina.
50.000 visitas!
Ao chegar às 50.000 visitas, queremos agradecer aos nossos leitores, e muito especialmente a quem fez ligações para este espaço, pelo apoio e incentivo que nos deram.
Esperamos continuar a contar com a vossa presença neste espaço de reflexão e contamos com as vossas sugestões e críticas no sentido de nos ajudar a melhorar os conteúdos e ir mais de encontro aos vossos interesses.
A todos, o nosso obrigado!
Esperamos continuar a contar com a vossa presença neste espaço de reflexão e contamos com as vossas sugestões e críticas no sentido de nos ajudar a melhorar os conteúdos e ir mais de encontro aos vossos interesses.
A todos, o nosso obrigado!
"Gmail for Mobile Devices"
Écran do Gmail for mobile devices
Com suporte para centenas de telemóveis, a pequena aplicação permite possiblidades semelhantes às disponibilizadas para os computadores pessoais, tendo sido optimizada em termos de tamanho e adaptada à resolução de écran dos dispositivos a que se destina.
Igualmente importante, é o suporte de encadeamento de mensagens típico do Gmail, capaz de relacionar toda uma sequência, e que em muito facilita a pesquisa e compreensão dos conteúdos.
Este produto destina-se, naturalmente, a equipamentos que possuam capacidade de navegar na Internet e cujos proprietários tenham uma conta do Google Mail, algo que começa a ser cada vez mais habitual entre nós.
Enquanto alguns operadores nacionais continuam a apostar em serviços pagos, muitas vezes de qualidade mais do que discutível, o Gmail, nas suas diferentes formas de acesso, tem-se manifestado fiável e com características superiores às da concorrência.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Camiões para operações de longa duração
Esquema com base em camião adaptado
Se imaginarmos um interior simplificado, que pode ser feito através da montagem de sistemas de cantoneira metálica ou da adaptação de beliches militares, dos quais existem inúmeros excedentes, mantendo uma área destinada a refeições na qual podem ser reposicionados os bancos de origem, os custos são reduzidos e o conforto proporcionado aumenta significativamente.
Havendo um pouco mais de disponibilidade, um compartimento destinado a duches e uma casa de banho, na rectaguarda do veículo, contribuiria para uma maior polivalência e aumentaria a autonomia do mesmo.
Mercedes com camas, sala de jantar, duche e wc
Caso não seja viável adquirir autocarros, mesmo que em segunda mão, um simples reboque adaptado pode servir como alternativa, desde que seja possível obter temporariamente um veículo de reboque, algo que muitas empresas, estamos certos, poderão ceder nestas alturas.
A organização actual, que está desajustada da realidade, prevê combates intensos e curtos e, cada vez mais, se verifica que, quando existe um esforço prolongado, não há capacidade de manter os efectivos nas condições exigíveis para uma luta eficaz.
Para permitir manter a eficiência durante um esforço mais prolongado, deixamos aqui esta sugestão que, tendo alguns custos, poderá revelar-se compensadora a partir do segundo ou terceiro dia de combate.
"Google Apps for your Domain" poliglota
Écran de configuração de aplicações
Embora não seja a opção escolhida por todos os que falam o "nosso" português, facilita a leitura para quem estiver menos habituado à língua inglesa, pelo que será, sem dúvida, útil para alguns dos nossos leitores.
Com esta evolução, aplicações ou serviços tão populares como o Google Mail ou o Calendar poderão ser usados numa língua de mais fácil entendimento para os utilizadores, facilitando o uso destes recursos.
A escolha da língua a usar nas aplicações é feita de forma automática a partir das defenições do computador, fazendo-a coincidir com as opções pessoais de cada um, mas pode ser configurada manualmente caso se pretenda, por exemplo, aceder a aplicações em inglês num computador com defenições portuguesas.
Para quem tenha domínios a seu cargo e pretenda complementar, por exemplo, as páginas "web" com aplicações, esta é uma solução gratuita que pode ser usada com facilidade em todo o Mundo.
quarta-feira, novembro 01, 2006
Relatório Stern e os efeitos das alterações climáticas
"Site" do relatório Stern em inglês
Mesmo admitindo que o relatório inclui uma abordagem não apenas a nível de previsões científicas, mas também uma projecção económica e política discutível, os cenários propostos merecem uma reflexão aprofundada e a obrigação de tomar medidas que visem contrariar o aquecimento global.
Existem registos históricos de períodos em que se verificou um aumento da temperatura, nomeadamente durante a Idade Média, mas a falta de dados objectivos quanto a eventuais causas e de valores de medição exactos condiciona os estudos e dificulta o apuramento da realidade.
Actualmente, com a recolha de dados meteorológicos precisos em todo o Mundo e de diversos tipos de medições a nível climático e geográfico, torna-se possível calcular com um elevado grau de probabilidade o que o futuro nos reserva e o que podemos esperar das alterações que já se fazem sentir.
As consequências projectadas no tempo de fenómenos como a subida do nível da água dos mares e oceanos, variações climáticas mais extremas, períodos de chuva menores mas com maior intensidade, secas prolongadas e tantos outros, são analisadas, bem como as possíveis respostas no sentido de inverter uma tendência que se afigura como suicida para toda a humanidade.
Independentemente de concordar ou na com o conteúdo do relatório, esta é uma leitura que sugerimos, dado abordar um problema que, pelos dados que existem, tem tendência a agravar-se.
Internet sem fios grátis em Lisboa
Emissor no interior de um suporte de lâmpada
De uma previsão inicial de 5 jardins, que noticiamos, incluindo os mais populares da cidade, como o Parque Eduardo VII, o projecto alargou-se a diversas empresas, estendendo-se a grande parte da cidade.
O acesso é fornecido pela PT-Wifi, a Broadnet e a Zapp, cada uma delas responsável por um terço ou 7 dos jardins onde esta tecnologia será disponibilizada gratuitamente.
Ao conectar-se, a primeira página a carregar será a do prestador do serviço, mas a partir daí, a navegação é livre, podendo-se aceder a qualquer "site" sem restrições.
Tal como em outros sistemas de acesso sem fios, o sinal poderá ser mais forte em determinados locais, sendo necessário algum trabalho de investigação no sentido de apurar o melhor local para aceder.
Neste momento, o projecto assegura Internet sem custos até Junho e a continuidade depende da adesão do público e dos resultados comerciais.
No "site" da Câmara Municipal de Lisboa, será colocada a informação complementar relativa aos jardins onde o acesso é possível e que são os que constam da seguinte lista:
1 - Jardim Amália Rodrigues (Parque Eduardo VII)
2 - Jardim do Campo Grande
3 - Parque José Gomes Ferreira (Mata de Alvalade)
4 - Miradouro da Graça
5 - Miradouro da Nossa Senhora do Monte
6 - Alameda Roentgen (Telheiras)
7 - Jardim Braancamp Freire (Campo de Santana)
8 - Alameda Keil do Amaral
9 - Parque Recreativo do Alto da Serafina
10 - Parque Recreativo do Alvito
11 - Espaço Monsanto
12 - Quinta das Conchas e dos Lilases
13 - Jardim Vasco da Gama
14 - Jardim do Arco Cego
15 - Jardim Guerra Junqueiro (Jardim da Estrela)
16 - Parque Eduardo VII - Estufa Fria (Parque Infantil)
17 - Parque Eduardo VII - Esplanada do Lago
18 - Jardim França Borges (Príncipe Real)
19 - Miradouro do Alto de Santa Catarina
20 - Alameda Dom Afonso Henriques (Fonte Luminosa)
21 - Parque da Bela Vista (lado norte)
Esperamos que esta democratização da Internet tenha o exito que merece e se prolongue para além de Junho, contribuindo para um acesso tão universal quanto possível e que será da maior importância quando a época forte do turismo chegar.
terça-feira, outubro 31, 2006
Bombeiros criticam equipas do GIPS da GNR
António Costa cumprimenta bombeiros
Uma das queixas era o facto de as equipas de GIPS, previstas para actuar numa primeira intervenção, abandonarem o cenário do incêndio sem que o fogo estivesse controlado, traduzido, segundo as palavras de um comandante, por "às 19:00 iam embora e deixavam o monte a arder".
Num clima de descontentamento geral, o presidente da Federação Distrital, Alfredo Almeida, considerou que "há uma relação difícil no terreno entre os GIPS da GNR e os bombeiros. E há uma desvalorização da importância do trabalho dos bombeiros no combate dos fogos florestais".
A tensão entre bombeiros e elementos da GNR deve-se em parte, segundo este responsável, ao Governo por não ter estabelecido normas de articulação no terreno entre as duas forças e considera que "o papel das equipas da GNR tem sido um pouco duro e pouco dialogante".
Para Alfredo Almeida, "quem faz o ataque e o combate aos fogos são os bombeiros", tendo sido defendido que os GIPS actuem apenas na "prevenção e fiscalização", que adianta ir dar conhecimento dos atritos ocorridos nos concelhos de Boticas, Chaves e Valpaços à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
"Para que, no futuro, haja mais atençao aos bombeiros de Portugal e para que lhes sejam dados meios que não lhes foram fornecidos. O Governo tem esquecido o papel dos bombeiros nos fogos. Houve fardamento e botas que não chegaram a tempo para os fogos florestais, bem como algum material para carros combate a fogos", comentou este dirigente, lembrando as promessas do Governo.
O facto de aos GIPS ser atribuida a missão de primeira intervenção não justifica, naturalmente, que se afastem de um incêndio antes de a situação estar, pelo menos estabilizada, com um número de efectivos suficientes para um combate eficaz e sem riscos excessivos.
Compreende-se que as equipas de GIPS retirem antes de um fogo estar circunscrito, se não houver populações ou habitações em risco, no caso de terem que efectuar uma nova intervenção onde a sua intervenção seja decisiva, mas tal deve ser efectuado em diálogo com os bombeiros e num processo de transição que não ponha em risco os intervenientes no combate às chamas nem leve a uma situação de descontrole.
Consideramos, no entanto, que grande parte dos problemas são de raiz política e devem-se à forma como o GIPS foi constituido, treinado e equipado, secundarizando os bombeiros no discurso de vários governantes que parecem esquecer qual o peso relativo de uns e de outros no combate às chamas.
Voltamos a insistir na necessidade de reequacionar o futuro do GIPS e, sobretudo das estruturas de socorro em Portugal, numa perspectiva global, consensual e que tenha em conta o potencial e as necessidades de todos os intervenientes e, como ponto central, as populações que deles necessitam.
Land Rover Série 88" escala 1/43
Land Rover Série 2 88" "Truck Cab" da Altaya
Curiosamente, este foi um dos Land Rover que mais tarde foi reproduzido nesta escala, ao contrário da versão longa ou 109", que desde há muito se encontra representada por miniaturas de vários fabricantes, dos quais recordamos a Corgi Toys, a Solido ou a Airfix, sob a forma de "kit" para montar.
Os apreciadores do modelo 88" estavam, então limitados às dispendiosas miniaturas em resina ou a alguns modelos raros e de qualidade discutível.
Com a chegada da Universal Hobbies, foram colocadas no mercado um conjunto interessante de miniaturas que partilha muitas peças comuns, variando a capota, sob os formatos "soft-top", "hard-top" e "truck-cab" e a parte da frente, com os faróis colocados na grelha, como os S2 ou nos para-lamas, como os S3.
Um Série 3 88" "hard-top" da Universal Hobbies
Se, por um lado, a partilha de demasiadas peças acaba por condicionar o rigor de algumas miniaturas, com um conjunto de detalhes pouco consistente nalgumas versões, como os faróis na grelha e os espelhos nas portas, outros detalhes como as dobradiças das portas e mesmo do parabrisas estão de acordo com o modelo que representam.
A forma mais barata de obter um destes modelos é através das colecções Altaya, que editou o modelo de 1958 numa série de fascículos vendidos ao preço de 9.99 euros e vendidos nas bancas de jornais, mas que poderão nem sempre estar disponíveis.
Nas lojas da especialidade, podem-se encontrar os modelos da Universal Hobbies a um preço que rondará a vintena de euros, os quais também podem ser encomendados "on-line" na Model-Car, onde é possível encontrar vários outros modelos de Land Rover.
segunda-feira, outubro 30, 2006
A nossa opinião no Abrupto
Foi publicado no Abrupto, de José Pacheco Pereira, o texto intitulado "Governar por decreto dá lugar ao relevante interesse público".
Para além de agradecer uma nova publicação de um texto nosso, convidamos os nossos leitores a visitar o "blog" português que mais "hits" tem e que tem sido uma referência na reflexão e comentário político nos últimos anos.
Para além de agradecer uma nova publicação de um texto nosso, convidamos os nossos leitores a visitar o "blog" português que mais "hits" tem e que tem sido uma referência na reflexão e comentário político nos últimos anos.
Alertas de catástrofe via SMS
Tem-se vindo a verificar que os sistemas de alerta da Protecção Civil, nos seus vários níveis hierárquicos têm vindo a falhar, seja por dificuldades de interpretação dos sinais de perigo, seja pela dificuldade em contactar as populações em risco.
Com as novas tecnologias têm-se desenvolvidos diversos sistemas capazes de fazer passar uma mensagem com rapidez, de forma quase universal e com um custo baixo a nível resultante do aproveitamento de infraestruturas existentes.
Em Portugal, a disseminação de telemóveis atinge a grande maioria da população, sendo este um meio de comunicação rápido, capaz de substituir avisos televisivos ou radiodifundidos.
Actualmente, existe uma rede de antenas espalhada por todo o País, sendo automático o registo de cada equipamento naquela que emita o sinal que permita melhores comunicações, sabendo cada operadora aonde está, de forma aproximada, cada telemóvel.
Torna-se, assim, fácil de filtrar os números para os quais se deve enviar uma dada mensagem, utilizando como critério a antena de registo, factor indicador de proximidade geográfica.
O envio de um SMS a todos os equipamentos registados nas antenas da área de risco, independentemente do operador, seria uma forma fácil de alertar para situações imprevistas, evitando assim que as populações sejam apanhadas de surpresa, colmatando uma das maiores deficiências do nosso sistema de protecção civil.
Seja ao abrigo de um acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, seja utilizando vantagens fiscais ao abrigo da Lei do Mecenato, esta é uma possibilidade de colaboração que as empresas do sector das comunicações móveis deveriam contemplar nos seus projectos de solidariedade.
Com as novas tecnologias têm-se desenvolvidos diversos sistemas capazes de fazer passar uma mensagem com rapidez, de forma quase universal e com um custo baixo a nível resultante do aproveitamento de infraestruturas existentes.
Em Portugal, a disseminação de telemóveis atinge a grande maioria da população, sendo este um meio de comunicação rápido, capaz de substituir avisos televisivos ou radiodifundidos.
Actualmente, existe uma rede de antenas espalhada por todo o País, sendo automático o registo de cada equipamento naquela que emita o sinal que permita melhores comunicações, sabendo cada operadora aonde está, de forma aproximada, cada telemóvel.
Torna-se, assim, fácil de filtrar os números para os quais se deve enviar uma dada mensagem, utilizando como critério a antena de registo, factor indicador de proximidade geográfica.
O envio de um SMS a todos os equipamentos registados nas antenas da área de risco, independentemente do operador, seria uma forma fácil de alertar para situações imprevistas, evitando assim que as populações sejam apanhadas de surpresa, colmatando uma das maiores deficiências do nosso sistema de protecção civil.
Seja ao abrigo de um acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, seja utilizando vantagens fiscais ao abrigo da Lei do Mecenato, esta é uma possibilidade de colaboração que as empresas do sector das comunicações móveis deveriam contemplar nos seus projectos de solidariedade.
Cabo de energia via tomada de isqueiro
Cabo de energia via tomada de isqueiro
De entre eles, propomos um cabo de conexão que permite complementar os tradicionais cabos usando uma vulgar tomada de isqueiro para passagem de corrente.
Trata-se de uma solução fácil que não necessita de ligação à bateria e permite carregar a bateria de um veículo através da de outro.
Este modelo tem um cabo de 5.4 metros com protecção e "leds" indicadores e permite passagem de corrente até 10 A, pelo que é óbvio que não substitui um sistema de arranque, destinando-se apenas a carregar baterias.
Com 3 anos de garantia e um preço de 16.99 euros, que inclui bolsa de arrumação, esta é uma solução interessante que lamentamos custar em Portugal mais 7 euros do que no Lidl em Itália, onde esta campanha decorre em simultâneo.
domingo, outubro 29, 2006
Pino de reboque para Séries
Embora a maior parte dos Séries conserve o sistema de reboque de origem preso ao chassis, o pino, por ser amovível, nem sempre continua no seu lugar original.
Nem sempre é fácil encontrar apenas o pino, dado que a maior parte dos fornecedores apenas vende o conjunto completo, do que resulta um preço algo absurdo para quem apenas necessita da menos dispendiosa das peças.
No EBay inglês foi possível, após diversas pesquisas, encontrar um pino de 22 mm compatível com o sistema de reboque dos Série, pelo preço de 32.50 euros, já incluindo portes para Portugal.
Este modelo inclui uma bola de reboque, de medida standard de 50 mm, "clip" de fixação e duas porcas, mas o comprimento é algo excessivo para a peça instalada nos Série, razão pela qual se justifica que seja encurtado.
Para além do corte, reduzindo o comprimento em 5 cm, a adaptação correcta obriga a um novo furo para voltar a prender o "clip", de forma a manter todas as funcionalidades.
Sobre o desenrolar desta operação, que será realizada oportunamente, falaremos num próximo texto.
Nem sempre é fácil encontrar apenas o pino, dado que a maior parte dos fornecedores apenas vende o conjunto completo, do que resulta um preço algo absurdo para quem apenas necessita da menos dispendiosa das peças.
No EBay inglês foi possível, após diversas pesquisas, encontrar um pino de 22 mm compatível com o sistema de reboque dos Série, pelo preço de 32.50 euros, já incluindo portes para Portugal.
Outra imagem do pino de reboque
Este modelo inclui uma bola de reboque, de medida standard de 50 mm, "clip" de fixação e duas porcas, mas o comprimento é algo excessivo para a peça instalada nos Série, razão pela qual se justifica que seja encurtado.
Para além do corte, reduzindo o comprimento em 5 cm, a adaptação correcta obriga a um novo furo para voltar a prender o "clip", de forma a manter todas as funcionalidades.
Sobre o desenrolar desta operação, que será realizada oportunamente, falaremos num próximo texto.
Governar por decreto dá lugar ao "relevante interesse público"
A normalidade é um conceito estatístico
Hoje, o mesmo acontece, mas sob um nome diferente, o de resolução fundamentada, que justifica se com o interesse público e se sobrepõe a decisões de carácter administrativo por parte dos Tribunais, evitando assim o normal curso da Justiça e revogando o efeito suspensivo imposto pelas instâncias judiciais.
Perversamente, ao ultrapassar a decisão com carácter suspensivo de um Tribunal, supostamente garante da igualdade perante a Justiça, a decisão fundamentada pode tornar irreversível todo o processo, sendo que após este passo, muitas vezes, ultrapassou-se o ponto de retorno.
Esta possibilidade legal, que assume cada vez mais contornos de verdadeiro artifício que permite contornar decisões desfavoráveis, pela sua vulgarização nos mais diversos domínios da governação, tem-se vindo a alastrar a todas as instâncias que, no âmbito das suas competências, a possam utilizar.
Por outro lado, permite contornar a legislação em vigor e, por exemplo, proceder a adjudicações por ajuste directo quando um concurso público não foi lançado a tempo, mesmo sabendo-se da sua necessidade, ou quando um processo se atrasou de tal forma, por responsabilidade exclusiva dos próprio, que já não há possibilidade de seguir os trâmites legais sem um efectivo prejuizo.
O recurso a esta figura jurídica tem, portanto, servido cada vez mais como uma alternativa processual do que como um último recurso para situações imprevistas, nas quais existe uma efectiva necessidade de ultrapassar um obstáculo de última hora, razão pela qual cada vez menos o chamado "relevante interesse público" adquire o carácter excepcional que o devia caracterizar.
Entre a excepção e a regra, o uso e o abuso, aceita-se a normalidade, do que devia ser excepcional ganhando força à custa da imposição de uma figura de carácter administrativo que tende a transformar-se numa nova forma de governar.
Afinal, a normalidade é um conceito estatístico, dependente do número de ocorrências, sobre as quais não emite qualquer valor.
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