sábado, outubro 08, 2005
O voto ainda é a arma do povo!
No entanto, com esta afirmação, não queremos diminuir a importância de votar, que por diversas vezes mencionamos ao longo destas últimas semanas, nomeadamente nos textos "Que autarquias queremos" e "Faltam 4 semanas para as eleições autárquicas".
Assim, insistimos mais uma vez na necessidade de lutar contra a abstenção que decorre muitas vezes do divórcio entre os cidadãos e o Estado, mas que pode não passar de um reflexo do comodismo inaceitável de quem prescinde dos mais básicos direitos de cidadania.
Mesmo aqueles que não encontrem entre os candidatos e os programas eleitorais nenhum que os satisfaça e mereça confiança, podem manifestá-lo votando em branco, mas sempre comparecendo para que o seu voto de protesto seja ouvido.
Porque apesar de todos os acontecimentos que tem minado a confiança no actual sistema democrático, o voto ainda é a arma do povo!
Portátil de 100 dólares
Estima-se que as primeiras unidades estarão disponíveis no fim de 2006 ou no início de 2007 e destinar-se-ão a países pouco desenvolvidos, onde o acesso às novas tecnologias é praticamente inexistente.
O portátil proposto inclui um processador de 500 Mhz, 1 Gb, écran TFT de 1 Megapixel e inclui interfaces USB, WiFi e modem. Em vez de disco rígido, susceptivel de danos em regiões remotas, utilizará uma memória flash, sendo coberto por uma membrana protectora. Também o sistema de alimentação será inovador, com um sistema de manivela capaz de recarregar a bateria de forma a funcionar mesmo na ausência de energia eléctrica. Com estas características, este equipamento de baixo custo, será capaz de desempenhar a grande maioria das funções dos actuais portáteis, apenas com a limitação de um espaço de armazenamento diminuto.
A opção pelo Linux, um sistema aberto, flexível de sem os custos inerentes ao licenciamento dos produtos da Microsoft, poderá também contribuir para a expansão de um sistema operativo que ganha cada vez mais adeptos sobretudo entre a comunidade universitária e científica e constitui uma excelente base de aprendizagem a nível de tecnologias de informação.
Este portátil apenas será disponibilizado através de instituições, não sendo vendido a privados, mas o seu possível acesso a organizações de carácter humanitário, como as Associações de Bombeiros Voluntários, levam-nos a seguir com especial atenção este projecto dado que o equipamento se enquadra perfeitamente nos requisitos que propomos para os sistema de orientação baseados em computadores.
Com a adição de um GPS, de software de orientação para Linux e de mapas digitalizados, esta pode ser a plataforma ideal para um sistema de orientação de baixo custo, muito semelhante em termos de características e de performance aos baseados em portáteis de baixa gama que testamos com resultados positivos, pelo que esperamos que instituições de solidariedade social e associações humanitárias possam vir a beneficiar deste projecto.
sexta-feira, outubro 07, 2005
A nossa opinião no Abrupto
Concordo com a exposição feita no Abrupto relativamente à inversão do ónus da prova sugerida pelo Presidente da República, mas não foi esta a única fonte de preocupação que encontrei. A forma redutora como são encarados os direitos de cidadania, a relação entre cidadãos e Estado e o próprio papel dos partidos políticos, aparentemente é aceite como uma inevitabilidade, uma espécie de destino fatal que ocasionalmente se recorda sem nunca contrariar.
Assim, o Estado vê os cidadãos não como aqueles a quem é suposto servir, mas como mero suporte financeiro de decisões muitas vezes erradas e de um despesismo incontrolado, enquanto rejeita de forma implícita ou explícita a colaboração daqueles que ainda pensam ter um contributo a dar. Quando o PR alega que existe falta de empenho cívico dos cidadãos, ao ignorar o autismo do Estado, reforça a posição de tantos governantes para quem a culpa do estado da Nação é sempre dos mesmos.
Somos entusiastas da participação cívica e das iniciativas de cidadãos não enquadrados em partidos políticos, algo que tem sido cerceado pela actual conjuntura e pelos interesses instalados. É nosso propósito contribuir, para além dos objecticos concretos a que nos propomos, para um despertar da sociedade civíl, estimulando a participação de todos e contrariando a ideia de que todos os problemas que o País enfrenta devem ser resolvidos pelo Estado.
Novo link
Aproveitamos para agradecer, mais uma vez, a todos os nossos amigos que incluiram referências a este blog nos seus espaços no Internet e lembrar a todos que ainda há causas pelas quais vale a pena lutar.
Cabo de dados e alimentação para Magellan GPS 310
Os cabos, independentemente do modelo e compatíveis com todos os GPS Magellan da série 300, são fixos na parte superior traseira do equipamento através de um sistema de parafuso que garante uma ligação segura.
O GPS 310 envia dados posicionais em formato NMEA a cada segundo a uma velocidade constante e não configurável de 4.800 bps. Assim, todas as configurações para que os dados sejam aceites e descodificados, terão de ser efectuadas no programa que os vai trabalhar, o qual terá de ser compatível com as opções mencionadas.
Para obter a comunicação, o programa, neste caso o OziExplorer, que vai receber o sinal do GPS deverá ser configurado para a porta série onde o cabo vai ser ligado conforme se pode observar na 2ª imagem.
Seguidamente, será selecionada a velocidade de transmissão que deve ser fixada nos 4.800 bps, utilizando os dados em formato NMEA, como pode ser observado na 3ª imagem recolhida, tal como a anterior, através de um utilitário de captura de écrans.
Neste caso, também pode ser utilizado o Gps Gate para partilhar o sinal de GPS por diversas aplicações, sendo que neste caso é necessário configurar segundo os mesmos parâmetros a forma como este programa recebe os dados. No écran de configuração será, portanto, selecionada a porta série e 4.800 a nível de velocidade de transmissão.
Este cabo tem a terminação para efeitos de alimentação preparada para ser utilizada numa tomada de isqueiro standard, existente na maioria dos veículos, que permite a utilização do GPS sem recorrer às baterias internas, as quais serão poupadas para quando este for utilizado de forma autónoma e desligado de qualquer acessório exterior. Embora existam modelos de cabo apenas para dados ou somente para alimentação, estes são desaconselhados dado que este modelo de GPS apenas pode ter um cabo conectado de cada vez.
Se bem que no comércio convencional estes cabos possam atingir preços elevados em Portugal, onde valores perto dos 45 € são normais, é possível adquirí-los em 2ª mão por valores acessíveis, na ordem dos 15 a 20 Euros, justificando-se em absoluto a sua compra dadas as novas possibilidade de utilização que este acessório permite.
No nosso caso concreto, este modelo veio substituir um modelo dedicado e inclusivé mais dispendioso da Globalsat ligado via USB que, não obstante a sua excelente precisão, apenas funciona ligado ao portátil, não tendo, portanto, qualquer possibilidade de operação autónoma.
quinta-feira, outubro 06, 2005
A culpa é sempre dos mesmos
A falta de participação na vida cívica, que parece ser um lamento constante, e o afastamento cada vez maior entre os cidadãos e o Estado, de que resulta uma demissão de ambos relativamente às respectivas responsabilidades, contínua a ser abordada sem perspectivar soluções.
Verifica-se, infelizmente, que a participação cívica em Portugal apenas é permitida a quem milite num partido político, que sendo uma estrutura fechada mas com uma óbvia capacidade de auto regenerar-se, vive fechado para sí mesmo, orientando a sua actuação por uma implacável lógica de conquista ou manutenção do poder exigido pelos seus apoiantes, muitos dos quais dependem de nomeações políticas para assegurar a sua própria sobrevivência. Baseados numa clientela muito particular, entre os quais um vasto conjunto de militantes sem qualificações ou desempenho profissional que lhes permita a sobreviver no sector privado, a partidarização da vida pública tem como consequência visível o lamentável estado do País e a desresponsabilização de todos quantos deram o seu contributo para a actual crise.
Quando o Estado recusa, sistematicamente, sugestões e formas de cooperação voluntárias dos cidadãos, limitando-se a olhar para estes como meros contribuintes cujo único previlégio é o de alimentar o desperdício resultante da incompetência, pouco ou nada pode esperar em termos de lealdade e de espírito de sacrifício por parte de quem se sente sistematicamente excluido da vida pública.
Exemplo gritante é a falta de apoio do Estado a projectos de voluntariado, a indiferença com que são acolhidas sugestões, independentemente da sua fundamentação e validade, as quais são substituidas por estudos dispendiosos, tantos dos quais de qualidade duvidosa, e que na maior parte dos casos não oferecem soluções exequíveis nem compatíveis com o estado das finanças públicas. No entanto, tendo sido realizadas pelos inúmeros gabinetes de acessoria ou consultadoria a que recorrem os orgãos do Estado, susbsidiando assim um sem número de interesses instalados, esses mesmos estudos são adoptados independentemente da sua valia, quase como que para justificar o seu custo absurdo.
Quando lamenta a falta de colaboração dos cidadãos, esquece-se o Presidente da República de lembrar que, mais grave ainda, é o autismo do Estado, dos partidos políticos, e de todos quantos se consideram como donos de uma governação que se faz em sistema mais de rotatividade do que de alternância e nunca de verdadeira alternativa.
Parece que, no fim, a culpa é sempre dos mesmos, desse inconveniente chamado cidadão, que supõe ter mais direitos do que aqueles que realmente merece.
E finalmente, o protagonista!
Em 1977, de acordo com o livrete, foi reconstruido segundo as especificações da época, adoptando o visual de S3 e o motor passou a ser diesel, algo que parece ter sido uma conversão habitual para uma época de crise nos combustíveis.
Todos os elementos identificativos do S3, como a caixa de velocidades inteiramente sincronizada, a grelha em plástico ou o novo arranjo do interior estão presentes, sendo ainda perceptíveis alguns detalhes incoerentes a nível do fecho da caixa de ferramentas sob o assento, pintada em verde, ou de uma iluminação de chapa de matrícula do lado errado.
Presume-se, portanto que tenha sido uma extensa modificação, dado que próprio interior foi revisto e tudo o que poderia lembrar um S2A removido, tendo o livrete recebido a menção "reconstruido".
Outro detalhe curioso é o "hard-top" de Santana, que numa primeira vista pode ser tomado como o modelo tropical, e que se identifica pelos vidros laterais e por quatro pequenas janelas na parte superior do tejadilho, algo que nunca existiu nos modelos ingleses.
Apesar de poder parecer algo de raro um veículo ser sujeito a este tipo de modificações, este não foi o primeiro caso semelhante que encontrei, pelo que presumo ser expectável que vários dos modelos ainda circulantes possam ter histórias semelhantes.
quarta-feira, outubro 05, 2005
Protecção das barras de direcção
Este modelo foi o mais barato que descobrimos, vendendo-se no Ebay inglês por valores que andam entra as 20 e 25 libras, que se podem traduzir por pouco mais de 30 euros. A este valor acresce o transporte, o qual pode ser francamente reduzido caso tenham conhecimentos em Inglaterra que a tragam quando se deslocarem em Portugal ou procurem a forma de envio económica. Também uma encomenda conjunta de vários exemplares permite um custo de envio baixo, capaz de tornar este negócio ainda mais apetecível.
Protecção de direcção em Série 3
Na 1ª fotografia pode-se ver a placa, ainda por instalar e os furos que vêm de origem e foram utilizados para aparafusar na placa em L, que por sua vez foi aparafusada na parte inferior do para-choques, e nos dois suportes laterais.
Detalhe da protecção de direcção
Na 3ª foto, pode-se ver o braço de suporte na vertical, que está aparafusado no suporte da suspenção, utilizando para tal um orifício já existente.
Não sendo nada de luxuoso, com um acabamento simples, oferece a protecção necessária, pelo seu baixo preço evita desculpas para prescindir deste acessório.
Quem ainda se lembra?
Este ano, o 2º mais devastador dos últimos anos em termos de área ardida, já se perderam quase 300.000 hectares de área florestal, a que corresponde um dano ecológico que perdurará por décadas.
Mas o que já ninguém quer lembrar é que este ano os incêndios florestais custaram 18 vidas, entre as quais as de 11 bombeiros e que essa perda é irrecuperável, não importa quantos anos se passem.
Será que para o ano ainda nos lembraremos?
Localização da identificação do chassis em Séries
Localização da identificação de chassis em Série 3
Infelizmente esta localização, já de sí algo escondida, é de difícil leitura quando se acumula sujidade ou são colocadas protecções, pelo que deve haver um cuidado especial para não obstruir a leitura, mesmo que tal obrigue a pequenas alterações de alguma peça.
Esta situação, no entanto, não é comum nos Séries, que neste caso tem uma protecção instalada sem que tal interfira com a visibildade do número.
Em breve colocaremos uma foto deste Série de forma a poder ser vista a protecção e a forma de fixação, de que o parafuso que prende os suportes laterais, colocado recentemente e contrastando com os restantes, é visível na fotografia.
Gravação identificadora do chassis em Série 3
Nesta foto ampliada da mesma zona, é visível ainda que com algumas dificuldades, os números e letras que identificam a viatura.
Num texto anterior encontra-se um link para um pequeno programa que indica o modelo inicial do veículo, o qual nem sempre corresponde à situação actual.
Com efeito, reconstruções e remotorizações ao longo dos anos transformaram diversos S2 e S2A em S3 bem como veículos com motores de gasolina substituidos por diesel, sobre os quais é possível saber parte da evolução através do número de chassis, situação essa que será objecto de um novo texto.
terça-feira, outubro 04, 2005
1000 visitas
Aproveitamos a ocasião para agradecer a todos quantos visitaram este blog, muito especialmente aos que nos mencionam nos respectivos sites, nos contactaram ou deixaram comentários e sugestões que procuraremos seguir.
Esperamos que a nossa intervenção tenha tido algum efeito e que de alguma forma tenhamos influenciado os decisores que contactamos ou que nos visitaram, e possamos de alguma forma ter contribuido, ainda que modestamente, para ajudar a solucionar a tragédia dos incêndios florestais.
A todos, o nosso obrigado!
Placas de identificação de chassis para Séries - 4ª parte
Placa de chassis para S2A genérica 783x786 pixels
Placa de chassis para S3 Diesel 88 739x782 pixels
Sugerimos que façam a impressão a preto sobre um papel prateado capaz de absorver o suficiente de tinta, esperem que seque e protejam-no com plástico autocolante. Para os mais preciosistas, imprimam apenas a preto, recortem a parte onde aparece o número e colem numa placa metálica. Seguidamente, gravem o número de chassis e aparafusem-na dentro do habitáculo e não no compartimento do motor onde o calor teria efeitos adversos. Podem ainda usar alguma das muitas técnicas de envelhecimento de forma a uniformizar o acabamento e dar um aspecto mais realista e de acordo com a idade do veículo.
À falta de uma placa genuina, garantimos que esta solução económica resulta do ponto de vista estético e passa facilmente como autêntica mesmo a obervadores experientes.
segunda-feira, outubro 03, 2005
Placas de identificação de chassis para Séries - 3ª parte
Esta velha placa, de um exemplar registado em Inglaterra, inclui o número de chassis gravado, vendo-se as habituais irregularidades no alinhamento dos digitos.
Segundo a legislação em vigor naquele País, se acompanhada dos documentos do veículo, permite proceder ao registo de uma outra viatura idêntica como substituto. Em consequência, o valor de uma placa destas e respectiva documentação acaba por ser alto, dado ser possível colocá-la legalmente noutro veículo do mesmo modelo sem encargos de maior, utilizando para tal o registo da viatura abatida de que herdará o número de série.
Esta é uma flagrante diferença relativamente à legislação portuguesa, a qual obriga ao pagamento de todos os impostos caso se pretenda substituir um veículo antigo por outro idêntico, onerando assim os proprietários de automóveis clássicos.
Placas de identificação de chassis para Séries - 2ª parte
Este exemplar inclui o número de chassis gravado e, embora a fotografia não seja das melhores, permite observar a localização no interior do habitáculo.
Esta posição é utilizada até aos Série 2A, mas verifica-se que, por razões estéticas, várias reconstruções de modelos posteriores mantêm esta posição para a chapa de identificação.
Placa de identificação em S3 no local errado
Neste exemplar que aparenta ser um S3 restaurado, a chapa correcta está no local errado, mantendo a posição dos modelos anteriores.
Perto encontra-se outra chapa com as instrucções referente à utilização da caixa de trasnferências, que constavam anteriormente da própria placa de identificação. Esta última estava efectivamente aparafusada no interior do habitáculo nos Série 3, substituindo a placa de identificação.
No entanto, esta situação acontece com alguma frequência quando um Série 2 é reconstruido com as peças existentes na altura e que se destinavam a produzir os Série 3, algo que era típico nos anos 70, e a chapa original era substituida ou adicionada à posteriori.
Placas de identificação de chassis para Séries - 1ª parte
Placa de identificação de Série 2
Para um restauro ficar completo, a chapa de identificação de chassis, muitas vezes perdida ou detriorada deverá ser susbtituida por uma nova, colocada no local correcto.
Estas chapas, que ainda hoje podem ser adquiridas em branco em lojas da especialidade ou no Ebay inglês por quantias que rondam as 12 a 20 ibras, variam conforme o modelo do veículo, com uma muito maior especificidade no caso dos Série 3. Os números e letras identificadores do chassis eram prensados através de um instrumento de gravação, sendo normal haver pequenas imperfeições no alinhamento. A dimensão dos caracteres, vertical e longitudinalmente, aproxima-se bastante da altura do espaço disponível para o efeito.
O número de chassis obedece a um sistema de códigos que permite saber qual o ano de fabrico e modelo, existindo na Internet um calculador gratuito que faz a correspondência entre ambos. Chama-se a atenção que o resultado apenas traduz as características iniciais do veículo na altura da construção, a qual pode não estar de acordo com as numerosas metamorfoses que muitos Série sofreram ao longo das suas vidas.
O 1º exemplar, de um S2A, é genérico, comum a versões longas e curtas, com motores diesel ou a gasolina e eram colocadas no interior do habitáculo, incluindo as instruções de operação da caixa de transferências e menção a diversas patentes.
Placa de identificação de Série 3 Diesel 88
Ambas as imagens estão em tamanho real, pelo que podem ser impressas, por exemplo em material autocolante, no caso de haver interesse em obter uma réplica a baixo custo, podendo o número de chassis ser adicionado através de qualquer programa de edição de imagem.
Salientamos que, para efeitos legais, o número de veículo a verificar em caso de inspecção é o que se encontra gravado na parte da frente do chassis, do lado direito, perto da montagem da suspensão e não o das chapas aqui mencionadas dado serem facilmente substituíveis.
domingo, outubro 02, 2005
ECE - Em Caso de Emergência
Esta ideia já é utilizada em diversos países, com sucesso, e pretende-se que venha a ser adoptada por tantos portugueses quanto possível, razão pela qual estamos a contribuir para a sua divulgação.
A coordenação que ainda falta
Site dos Bombeiros Portugueses
Sendo um plano de prevenção, este não dependeria obviamente da data exacta do fim da época dos fogos, sobretudo tendo em conta o facto de não ser da responsabilidade do Ministério da Agricultura o combate aos fogos. Por outro lado, o adiamento, que nem sequer foi devidamente noticiado no dia em que devia ser apresentado, corresponde a uma primeira perda de credibilidade no plano em causa, lançando dúvidas sobre a sua real existência.
Para além de indiciar uma certa falta de coordenação inter-ministerial, o facto de prevenção e combate dependerem de Ministérios diferentes, são um ponto de partida discutivel quando se pensa em rentabilizar recursos, maximizando a sua eficácia e evitando duplicações de funções e deficiências de comunicação.
Sempre consideramos que todos os assuntos relativos aos fogos florestais deviam ser centralizados numa única entidade, seja a nível do gabinete do Primeiro Ministro, seja na dependência de uma Autoridade Nacional com poderes efectivos, que nada tenha a ver com a caricatura que ocorreu instituir este ano e cujo títular confessou servir apenas para prestar apoio moral aos Bombeiros, deixando a coordenação efectiva ao Centro Nacional de Operações de Socorro, dirigido pelo inevitável Gil Martins.
Este é, portanto, mais um exemplo de duplicação de meios, que apenas vem lançar confusões e a ilusão de que algo mudou. Infelizmente, mudou para que tudo continue na mesma enquanto o País continua a arder.