sexta-feira, setembro 23, 2005

Que autarquias queremos?


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Associação Nacional de Municípios

Após os contactos com o Ministério da Administração Interna, e como várias das sugestões têm implicações a nível autárquico, o mesmo documento foi enviado à Associação Nacional de Municípios Portugueses. Numa época em que a campanha autárquica está prestes a começar, é essencial que os programas das listas concorrentes incluam medidas realistas que protejam o património natural e contribuam para o desenvolvimento regional.

Infelizmente, a maioria dos programas eleitorais a que tivemos acesso não contém mais do que ideias vagas aliadas a conceitos ultrapassados, sustentados pelo despesismo e falta de rigor nas contas, fazendo prever um prolongar do marasmo que se vive em muitas localidades do Interior. Poucos são ainda os autarcas com uma visão de futuro, imaginação e rigor, capazes de inovar e transformar os seus concelhos e freguesias na excepção que deve servir de exemplo ao desenvolvimento e à correcção das assimetrias regionais. Estes, poucos, são os que recusam a demagogia e o populismo fácil e os que mais dificilmente serão eleitos, preteridos em favor de uma evolução na continuidade que não é mais do que uma inexoravel regressão.

Falta pouco mais de duas semanas para as eleições autárquicas e insistimos, como o fizemos no início do mês, na absoluta necessidade de exigir programas com medidas concretas e ao longo dos próximos 4 anos vigiar atentamente o seu cumprimento.

Votar é um dever cívico, mas o dever cívico não se esgota no voto.

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