Associação Nacional de Municípios
Infelizmente, a maioria dos programas eleitorais a que tivemos acesso não contém mais do que ideias vagas aliadas a conceitos ultrapassados, sustentados pelo despesismo e falta de rigor nas contas, fazendo prever um prolongar do marasmo que se vive em muitas localidades do Interior. Poucos são ainda os autarcas com uma visão de futuro, imaginação e rigor, capazes de inovar e transformar os seus concelhos e freguesias na excepção que deve servir de exemplo ao desenvolvimento e à correcção das assimetrias regionais. Estes, poucos, são os que recusam a demagogia e o populismo fácil e os que mais dificilmente serão eleitos, preteridos em favor de uma evolução na continuidade que não é mais do que uma inexoravel regressão.
Falta pouco mais de duas semanas para as eleições autárquicas e insistimos, como o fizemos no início do mês, na absoluta necessidade de exigir programas com medidas concretas e ao longo dos próximos 4 anos vigiar atentamente o seu cumprimento.
Votar é um dever cívico, mas o dever cívico não se esgota no voto.
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