Não é só em Portugal que a circulação em caminhos florestais, que para alguns é sinónimo de corta-mato, se encontra em perigo.
Em França, uma circular que considera transitáveis apenas os caminhos por onde pode passar um veículo não preparado para circular fora de estrada, vulgarmente designado por "todo o terreno", veio levantar questões complexas dado fazer depender o direito de circulação de uma interpretação algo livre.
Com uma sociedade civil muito mais forte e organizada, veja-se a oposição à "Lei de Primeiro Emprego", as associações francesas uniram-se para fazer frente a uma circular de que pode resultar o fim da circulação em caminhos florestais, tendo sido reforçadas por clubes, organizações e mesmo por aderentes individuais.
Sendo um problema que um dia pode chegar com força a Portugal, levantando entraves à circulação durante todo o ano e não apenas na época de fogos florestais, será bom que os entusiastas portugueses visitem o "site" do Codever e se interem das iniciativas que esta organização tem proposto, de modo a precaver futuras situações que possam suceder no nosso País.
sábado, julho 08, 2006
Detalhes do acidente com o Beriev Be 200
Beriev Be 200 durante uma largada de água
O acidente deveu-se a uma colisão com eucaliptos após um exercício de reabastecimento na Barragem da Aguieira, um dos escassos pontos identificados como possíveis locais de reabastecimento para o Beriev na altura em que este tentava ganhar altitude.
Com o B 200 ainda com bastante combustível e reabastecido de água, não foi possível aos pilotos ganhar a altitude necessária, pelo que ainda houve um embate na copa das árvores, tendo ramos que entraram num dos motores causado um sobreaquecimento que obrigou a tripulação a desligá-lo.
Tornou-se, portanto, necessário largar a água e o combustível não essencial, de modo a recuperar a estabilidade e aterrar com o máximo de segurança possível nestas circunstâncias, tendo resultado focos de incêndio na zona do concelho de Santa Comba Dão onde o combustível caiu.
Mesmo com o inquérito a decorrer, podem-se, no entanto, começar a tirar algumas conclusões, que vêm na linha das dúvidas que exprimimos por diversas vezes relativamente ao perfil de voo de uma aeronave concebida para operar em regiões com uma orografia completamente diferente da portuguesa e que necessita de corredores de dimensões muito superiores às dos aviões habitualmente utilizados entre nós, como acontece com os Canadair.
Quando o Be200 foi concebido, como aeronave rápida de grande alcance e com elevada capacidade de transporte de água, o cenário em que se previa operar incluia zonas de grandes lagos, rios e albufeiras, zonas pouco montanhosas e grandes distâncias a percorrer.
A Beriev concebeu e produziu um avião que respondeu da melhor forma ao caderno de encargos das autoridades russas de modo a poder ser colocado ao dispor do Ministério para as Situações de Emergência e operar no extenso terrritório russo.
Também a possível utilização de água do mar, que abordamos há algum tempo, voltou a estar na ordem do dia, com vozes que contestam a sua utilização com base no impacto ambiental negativo que esta pode causar, mas também devido à limitação do próprio aparelho em operar com ondas superiores a 1.2 metros.
Se esta última limitação era de menor importância num mar tipicamente tranquilo como o Mediterrâneo, onde o Be 200 foi testado, no Atlântico é normal haver ondulação superior, impossibilitando esta opção com frequência e remetendo este modelo para o escasso número de pontos de abastecimento inventariados.
Sem por em causa a inegável qualidade do Be-200, a sua adaptação às condições que se prevê enfrentar em Portugal podem torná-lo inadequado, sobretudo se os pontos de reabastecimento forem revistos e reduzidos em consequência deste acidente, diminuindo a sua capacidade operacional e aumentando os custos de intervenção.
Torna-se, portanto, cada vez mais difícil de equacionar uma presença duradoura do Beriev entre nós, esperando-se que uma eventual vantagem financeira, resultante da negociação da antiga dívida soviética, não se traduza na aquisição de um aparelho que pode não ser o mais adequado para operar entre nós.
sexta-feira, julho 07, 2006
Beriev sofre avaria grave perto da Barragem da Aguieira
Beriev Be 200 em reabastecimento
A tripulação tentava a aproximação à barragem para carregar água, cerca das 14:50, quando o motor esquerdo parou.
O avião ficou a voar apenas com um motor e o piloto perdeu por momentos o controlo do aparelho, que rasou copas de árvores, segundo uma fonte do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
O piloto, por razões de segurança, largou o combustível dos tanques, que provocou vários fogos florestais rapidamente controlados por equipas helitransportadas do Grupo de Intervenção e Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana.
O Be 200 só não se despenhou, segundo a mesma fonte do INAC, "devido à grande experiência dos pilotos", russos, com "mais de mil horas de voo", tendo conseguido chegar à Base de Monte Real, onde tem estado estacionado.
O Beriev sofreu alguns danos e mas só hoje se ficará a saber se pode ser reparado rapidamente de modo a prosseguir os testes ou se é substituído por outro aparelho idêntico.
Esperamos que haja um inquérito rápido, de modo a averiguar quais as causas desta avaria de que podiam ter resultado graves consequências, apurando se foi uma questão meramente técnica, uma deficiência de manutenção, ou se existe um factor resultante do perfil de voo utilizado e que é condicionado pela orografia e pelas condições no local.
Distritos mais atingidos
Imagem de satélite com incêndios em 2003
Neste "ranking" de distritos com maior destruição de floresta, Faro ocupa o primeiro lugar, com o nível de destruição a poder ter atingido os 55% desde 1995, após a devastação das Serra do Caldeirão e de Monchique.
Admitindo que em 1995 havia quase 100.000 hectares de floresta, em 2005, e na melhor das hipóteses, restavam perto 70.000 hectares, mas, na pior, apenas 44.000 hectares sobraram nesta zona algarvia.
Noutros quatro distritos, a área que era florestal e deixou de o ser também atingiu proporções assustadoras, pois segundo os cálculos feitos com base nos dados da Direcção Geral dos Recursos Florestais, em Castelo Branco a taxa de regressão foi de 42%, na Guarda e no Porto de 36% e em Viana do Castelo de 33%.
A passagem do fogo contribui directamente para a diminuição da taxa de arborização dos distritos, ou seja, da percentagem que as zonas florestais ocupam na totalidade do território.
Mais uma vez, Faro lidera a lista negra, pois se em 1995 tinha 20% de floresta no seu território, agora terá apenas entre 14%, na melhor das hipóteses e apenas 6% na versão mais pessimista.
Enquanto que, há dez anos, um terço do território de 11 distritos era ocupado por floresta, em 2005 isso só acontecia em cinco zonas distritais do País.
Para Pedro Almeida Vieira, autor deste estudo, prova-se ainda que as espécies florestais têm diferente resistência às chamas.
Por onde passa, o fogo destrói um pinhal, e deixa grandes estragos num eucaliptal, mas se passar por um montado de sobro ou de zinho, as árvores sofrem mas, na maioria dos casos, acabam por resistir e, ao fim de algum tempo, regeneram com facilidade.
Mas indpendentemente da capacidade de regeneração natural, é essencial que haja políticas que promovam a substituição das árvores destruidas, selecionando espécies que aliem uma maior resistência ao fogo à viabilidade económica.
Sem uma opção clara em favor das zonas mais desfavorecidas do Interior através de políticas de descriminação positiva, dificilmente poderemos esperar uma inversão da tendência e em breve todos sentiremos o preço a pagar em termos de qualidade de vida e da quantia que as emissões de dióxido de carbono na atmosfera obrigarão a dispender.
quinta-feira, julho 06, 2006
"Tour de France" 3D no Google Earth
Imagem da Volta à França em 3D no Google Earth
Mesmo para quem não seja adepto de ciclismo e prefira a geografia, esta será uma visita interessante, com visualizações detalhadas, que exemplificam algo que pode e deve ser feito entre nós.
A possibilidade oferecida aos utilizadores do Google Earth de detalharem percursos ou pontos de interesse seria uma importante vantagem quer a nível do turismo, sobretudo em áreas do Interior que pretendam atrair mais visitantes, mas também por parte de quem queira ilustrar de forma mais realista um determinado itinerário.
Neste último caso, podemos estar a falar inclusivé de zonas florestais de interesse estratégico, como as que estão integradas na rede Natura 2000, onde um sistema de orientação interactivo, realista e detalhado, pode auxiliar quer visitantes, quer quem trabalhe na vigilância e protecção destes espaços.
GIPS na "Fase Charlie"
Helicóptero em missão de combate a fogos
O GIPS é responsável pelo primeiro ataque a um incêndio que deflagre num raio de 30 quilómetros e está instalado no edifício dos bombeiros, possuindo todo o material necessário ao combate aos fogos: ancinhos, sacholas, foices, batedores e extintores portáteis com capacidade para 20 litros de água.
Em caso de alarme espera-se que em três minutos estejam fardados, equipados e prontos para levantar voo no helicóptero, de modo a que sejam os primeiros a chegar à frente de fogo, controlando a situação ou retardando o incêndio até chegarem os bombeiros.
Os elementos da GNR destacados para os GIPS tiveram treino específico para o combate a incêndios florestais, durante os quais aprenderam técnicas de ataque e defesa, normas de segurança e prevenção.
Para além das missões de combate directo, todos os dias fazem duas patrulhas, por entre serras e vales nos concelhos limítrofes a Santa Comba Dão com o objectivo de dissuadir os incendiários.
Desde o dia 15 de Maio que os GIPS estão operacionais em Vidago, Santa Comba Dão, Lousã, Figueiró dos Vinhos e Monchique, mas a partir de Julho estarão em mais concelhos, sobretudo na zona Centro, a região onde é maior o risco de incêndios.
Até agora, o relacionamento existente entre os militares da GNR e bombeiros tem sido considerado, por ambas as partes, como "excelente", até porque o inimigo é comum, mas falta ainda passar por situações de grande tensão, tal como as que se viveram no ano passado, para saber até que ponto a coordenação e cooperação funciona.
quarta-feira, julho 05, 2006
Excedentes militares Anchor Supplies
Excedentes militares Anchor Supplies
Entre os fornecedores de excedentes em Inglaterra, a Anchor Supplies tem vindo a ganhar adeptos entre nós, podendo fornecer desde veículos completos até items tão diversos como reboques, reservatórios de combustível ou tendas.
Land Rover 110 Camel actualmente à venda
Apesar do "site" deixar algo a desejar e não estar ao nível de muitos concorrentes, é possível apreciar parte do material que esta empresa, com entregas à escala mundial, comercializa.
Beriev Be-200 inicia testes em Portugal
Beriev Be 200 em voo de demonstração
"Caso Portugal opte pela compra do Beriev, o Governo está a estudar o modelo de pagamento que poderá passar pela amortização da dívida da antiga União Soviética a Portugal", disse António Costa.
Até ao final de Agosto, a aeronave vai operar em Portugal numa série de testes que visam esclarecer dúvidas sobre a sua operacionalidade no território português e cada voo contará com um piloto português na tripulação para fazer a avaliação das operações de combate às chamas.
A necessidade de grandes albufeiras ou enseadas de rios para abastecer e uma menor versatilidade em voo são dois dos pontos fracos da aeronave que, em compensação, leva 12.000 litros de água, o dobro dos seus rivais da Beriev custa 1.550.000 de euros e cada aparelho poderá custar entre 30 a 35.000.000 de euros, dependente da configuração e equipamento, segundo explicou Victor Kobzev, presidente da empresa russa, que participou na cerimónia de apresentação do Be-200.
"Neste momento, temos um contrato para se fazer um teste" de dois meses, de modo a "saber se o avião preenche os requisitos necessários" de combate a fogos em Portugal, afirmou António Costa.
O ministro sublinhou que a comissão técnica indicada para avaliar os meios aéreos em Portugal "recomendou a aquisição de quatro aviões pesados", pelo que a realização deste teste visa saber se o Beriev "pode ser elegível para a composição desse dispositivo" de protecção civil.
Caso o parecer técnico indique o Beriev como a melhor opção, a aeronave "custará rigorosamente o mesmo, a questão é saber como é que pagamos: se pelo abatimento de um crédito ou pelo desembolso de capital", explicou o ministro, que remete a decisão final ao Ministério das Finanças.
Por seu turno, o comandante operacional do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, explicou aos jornalistas que a adaptação do avião ao território nacional só poderá ser aferida em situações de combate a fogos.
A orografia, a falta de pontos de água de grandes dimensões e várias questões climáticas são alguns dos problemas que Gil Martins antevê, embora reconhecendo que a capacidade de descarga é uma "vantagem adicional" do Beriev sobre todos os outros aviões.
Além reabastecer no mar, algo que só é possível com ondulação fraca, o Be-200 tem apenas 13 pontos de captação de água seleccionados no continente, uma situação que limita a actuação do aparelho em comparação com as outras 50 aeronaves de combate a incêndios a actuar em Portugal, tendo ainda que ser devidamente equacionadas variáveis tão importantes como a manutenção e o consumo.
Para além das questões técnicas que mencionamos num texto anterior, o abatimento da dívida da antiga União Soviética na aquisição destas aeronaves parece-nos particularmente complexo, dado que após a desagregação desta, a titularidade da dívida é discutível.
Em termos abstractos, os compromissos da antiga União Soviética passariam para as repúblicas que a constituiam, das quais resultaram países independentes, obedecendo a regras de proporcionalidade, mas o facto de algumas destas repúblicas terem sido anexadas ou forçadas a permanecer numa união contra a vontade dos seus habitantes, torna a questão de solução particularmente difícil.
Em todos o caso, seria de tentar que a percentagem da dívida referente à República Russa fosse descontada no valor da aquisição e, tal como anteriormente, que a aquisição de meios aéreos seja feita de forma objectiva e não condicionada ao resultado de negociações que podem não ter fim.
terça-feira, julho 04, 2006
"Steering knob"
Para aqueles de nós que têm que lidar com uma direcção sem assistência, ou que tendo-a necessitem de um ponto de apoio auxiliar que facilite as manobras, é possível adquirir por uma dezena de Euros, já incluindo portes para Portugal.
É de ter em atenção que nesta peça, de baixo custo, muitas vezes a um preço de venda mais baixo, corresponde a portes mais elevados, pelo que vale a pena fazer bem as contas já que alguns vendedores optam por esta táctica para baixar as comissões pagas ao Ebay.
Esta peça, de fácil instalação dado que basta apertá-la em torno do volante na posição e angulo adequados, foi típica de camiões, tractores e mesmo de alguns barcos, sobretudo antes de haver sistemas hidráulicos associados à direcção.
No Ebay inglês, basta pesquisar por "steering knob" e será fácil de encontrar diversos modelos, funcionalmente equivalentes, que poderão em muito facilitar manobras mais complexas como as de estacionamento, nem sempre agradáveis para quem conduz um Série 3.
É de ter em atenção que nesta peça, de baixo custo, muitas vezes a um preço de venda mais baixo, corresponde a portes mais elevados, pelo que vale a pena fazer bem as contas já que alguns vendedores optam por esta táctica para baixar as comissões pagas ao Ebay.
Esta peça, de fácil instalação dado que basta apertá-la em torno do volante na posição e angulo adequados, foi típica de camiões, tractores e mesmo de alguns barcos, sobretudo antes de haver sistemas hidráulicos associados à direcção.
No Ebay inglês, basta pesquisar por "steering knob" e será fácil de encontrar diversos modelos, funcionalmente equivalentes, que poderão em muito facilitar manobras mais complexas como as de estacionamento, nem sempre agradáveis para quem conduz um Série 3.
20% da floresta portuguesa desapareceu nos últimos 10 anos
Em dez anos desapareceu mais de um quinto da floresta portuguesa, se considerarmos que em 1995 os povoamentos florestais ocupavam 3.200.000 de hectares do território e em 2005, estima-se que houvesse apenas 2.500.000 de hectares.
Dos violentos incêndios dos últimos anos, que alteraram drasticamente este panorama, resulta uma descida de 21% a nível nacional, mas que, nalguns distritos, assume proporções ainda mais graves.
Este é um dos cenários traçados na análise feita no livro "Portugal: o vermelho e o negro", de Pedro Almeida Vieira, engenheiro biofísico, que será lançado pela Dom Quixote em breve.
A violência com que o fogo tem devorado a nossa floresta, principalmente nos últimos cinco anos, conduziu a uma taxa de regressão florestal da ordem dos 21%, ou seja, a floresta deixou de ter a dimensão espacial que tinha há uma década.
Recorde-se que apenas entre 2000 e 2005 o fogo devastou 600.000 hectares de povoamentos que incluem 310.000 hectares de pinhais, 220.000 de eucaliptais, sendo os restantes de montados de sobreiro, azinho e outras espécies florestais.
Estes valores, no entanto, não incluem as extensas áreas de mato, incultas ou abandonadas que também arderam, pelo que a sua adição aos totais referentes aos povoamentos aumentam substancialmente os números.
Outros cenários mais optimistas sobre o desaparecimento de pinhais, eucaliptais, montados de sobro ou azinho são traçados pelo autor neste livro, com estimativas e projecções que Pedro Vieira considera complexas de aferir e cálculos difíceis de fazer, uma vez que o último Inventário Florestal Nacional foi feito em 1995 e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) não dispõe de dados mais actualizados.
Numa visão mais optimista, o desaparecimento da floresta pode ter sido apenas de 14%, o que, mesmo assim, deixa fortes motivos de preocupação e não augura boas notícias para o desenvolvimento sustentável do espaço florestal.
Dos violentos incêndios dos últimos anos, que alteraram drasticamente este panorama, resulta uma descida de 21% a nível nacional, mas que, nalguns distritos, assume proporções ainda mais graves.
Este é um dos cenários traçados na análise feita no livro "Portugal: o vermelho e o negro", de Pedro Almeida Vieira, engenheiro biofísico, que será lançado pela Dom Quixote em breve.
A violência com que o fogo tem devorado a nossa floresta, principalmente nos últimos cinco anos, conduziu a uma taxa de regressão florestal da ordem dos 21%, ou seja, a floresta deixou de ter a dimensão espacial que tinha há uma década.
Recorde-se que apenas entre 2000 e 2005 o fogo devastou 600.000 hectares de povoamentos que incluem 310.000 hectares de pinhais, 220.000 de eucaliptais, sendo os restantes de montados de sobreiro, azinho e outras espécies florestais.
Estes valores, no entanto, não incluem as extensas áreas de mato, incultas ou abandonadas que também arderam, pelo que a sua adição aos totais referentes aos povoamentos aumentam substancialmente os números.
Outros cenários mais optimistas sobre o desaparecimento de pinhais, eucaliptais, montados de sobro ou azinho são traçados pelo autor neste livro, com estimativas e projecções que Pedro Vieira considera complexas de aferir e cálculos difíceis de fazer, uma vez que o último Inventário Florestal Nacional foi feito em 1995 e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) não dispõe de dados mais actualizados.
Numa visão mais optimista, o desaparecimento da floresta pode ter sido apenas de 14%, o que, mesmo assim, deixa fortes motivos de preocupação e não augura boas notícias para o desenvolvimento sustentável do espaço florestal.
segunda-feira, julho 03, 2006
Bombeiros combatem fogos em Viana do Castelo e Setúbal
Cerca de 70 bombeiros estão a combater três incêndios florestais, nos distritos de Viana do Castelo e Setúbal, encontrando-se o primeiro fogo já em rescaldo, segundo informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Pelas 11:50 teve início um incêndio em Danaia/Vila Verde, concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, que entrou em fase de rescaldo às 16:00, tendo sido combatido por dez bombeiros, auxiliados por quatro veículos e um meio aéreo.
Em Monte Cortes Grandes, concelho de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, as chamas deflagraram às 15:12 e ficaram circunscritas às 16:05, encontrando-se no local 37 bombeiros, nove viaturas e um helicóptero.
Também no distrito de Setúbal, mas no concelho de Santiago do Cacém há um fogo, ainda por circunscrever, que teve início às 15:40 em Monte da Vinha e onde se encontram 22 bombeiros, seis veículos e um helicóptero.
Pelas 11:50 teve início um incêndio em Danaia/Vila Verde, concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, que entrou em fase de rescaldo às 16:00, tendo sido combatido por dez bombeiros, auxiliados por quatro veículos e um meio aéreo.
Em Monte Cortes Grandes, concelho de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, as chamas deflagraram às 15:12 e ficaram circunscritas às 16:05, encontrando-se no local 37 bombeiros, nove viaturas e um helicóptero.
Também no distrito de Setúbal, mas no concelho de Santiago do Cacém há um fogo, ainda por circunscrever, que teve início às 15:40 em Monte da Vinha e onde se encontram 22 bombeiros, seis veículos e um helicóptero.
120 militares vão ajudar os bombeiros até Setembro
Militares portugueses na ajuda às populações
Esta será a segunda vez que estes homens vão colaborar no combate às chamas, numa tarefa que lhes é confiada até 30 de Setembro e que está distribuída em dez áreas: Bragança, Boticas, Vieira do Minho, Ponte de Lima, Mealhada/Buçaco, Arganil, Mata Nacional do Urso, Sintra, Sines e Tavira.
Divididos em equipas de 12 elementos, que incluem dois sargentos e dez praças, os militares respondem perante a Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF), de quem já receberam a necessária formação.
Tem-se tornado norma o uso de militares em actividades relacionadas com os incêndios florestais, sendo esta opção de participação no combate algo discutível à luz de experiências e resultados anteriores.
Parece-nos que seria mais simples e eficaz dispensar, durante os meses mais críticos, os militares que também sejam bombeiros, de modo a que estes participem a tempo inteiro e integrados nas respectivas corporações no combate às chamas.
Evita-se assim a necessidade de treinar e equipar um reduzido número de efectivos que, pela sua dispersão, terão um impacto diminuto nas operações de combate aos incêndios, enquanto, por outro lado, um efectivo mais elevado e sem treino específico, poderá participar em missões de patrulhamento ou prevenção, tal como sucedeu em anos anteriores.
Também a manutenção de caminhos florestais, limpeza de aceiros ou outras acções similares, poderiam estar a cargo, durante todo o ano, das unidades militares estacionadas em cada região, contribuindo assim para uma intervenção mais rápida na época de incêndios.
Logicamente, as opções que propomos poderão ter um menor impacto mediático, pois não será possível anunciar que existem militares, enquanto tal, a combater directamente os incêndios, mas não temos dúvidas de que a nossa sugestão será mais eficaz de de menor custo do que a adoptada pelas instâncias oficiais.
domingo, julho 02, 2006
Versão Beta 3 do Internet Explorer 7.0 disponível
Écran do Internet Explorer 7.0
Para efectuar a instalação, deve-se proceder à validação do Windows, de modo a verificar se este é genuino e, caso uma anterior versão Beta do Explorer 7.0 tenha sido instalada, esta deve ser removida previamente.
Esta versão vem corrigir pequenas falhas das suas precedentes, evitando erros e contribuindo para a estabilidade do sistema, pelo que aconselhamos a quem tenha uma versão anterior a substituí-la pela que agora foi lançada.
Fase crítica de combate aos incêndios já começou
Veículo da GNR prepara-se para sair em missão
A estes somam-se 1.400 elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) apoiados por equipas do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que atingem no máximo 300 elementos e por 200 sapadores florestais disponibilizados pelas companhias de celulose, apoiados por três meios aéreos, o que eleva o total de efectivos para os 7.000.
Entram também em acção, pela primeira vez, os militares da GNR, através do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), a quem cabe a missão de fazer a primeira intervenção de combate aos fogos através de unidades helitransportadas.
Além disso, o Exército destacou, a partir de ontem, 120 militares para o combate directo aos fogos florestais, com "fardamento e equipamento apropriado", segundo informou fonte militar.
A missão das equipas de Sapadores do Exército, como são designadas, é o "combate ao fogo em primeira intervenção", que inclui, entre outras tarefas, a abertura de linhas de quebra-fogo ou mesmo o combate inicial às chamas.
Paralelamente, o Exército continuará a colaborar, em coordenação com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, nas operações de rescaldo e vigilância pós-incêndio, onde este ano já foram empenhados 400 militares e 54 viaturas, bem como no melhoramento de infra-estruturas, reparação de caminhos florestais e limpeza de aceiros.
Se nos lembrarmos que durante o ano passado arderam 325.226 hectares de floresta, os números deste dispositivo justificam-se plenamente, faltando, no entanto, introduzir as melhorias a nível de coordenação, formação e comunicações que têm diminuido a eficácia no combate aos incêndios florestais.
Continuamos a apostar mais em acções de prevenção, em políticas de desenvolvimento regional e na formação dos intervenientes do que apenas em meios de combate que, por muito úteis que sejam, nunca serão suficientes sem que sejam implementadas medidas estruturantes.
Subscrever:
Mensagens (Atom)