domingo, julho 02, 2006

Fase crítica de combate aos incêndios já começou


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Veículo da GNR prepara-se para sair em missão

A "Fase Charlie", a mais crítica de combate aos incêndios florestais e rurais, começou a 1 de Julho, estando disponível a partir desta data a totalidade do dispositivo previsto, que conta com 5.100 bombeiros, apoiados por 1.188 veículos e 50 meios aéreos.

A estes somam-se 1.400 elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) apoiados por equipas do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), que atingem no máximo 300 elementos e por 200 sapadores florestais disponibilizados pelas companhias de celulose, apoiados por três meios aéreos, o que eleva o total de efectivos para os 7.000.

Entram também em acção, pela primeira vez, os militares da GNR, através do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), a quem cabe a missão de fazer a primeira intervenção de combate aos fogos através de unidades helitransportadas.

Além disso, o Exército destacou, a partir de ontem, 120 militares para o combate directo aos fogos florestais, com "fardamento e equipamento apropriado", segundo informou fonte militar.

A missão das equipas de Sapadores do Exército, como são designadas, é o "combate ao fogo em primeira intervenção", que inclui, entre outras tarefas, a abertura de linhas de quebra-fogo ou mesmo o combate inicial às chamas.

Paralelamente, o Exército continuará a colaborar, em coordenação com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, nas operações de rescaldo e vigilância pós-incêndio, onde este ano já foram empenhados 400 militares e 54 viaturas, bem como no melhoramento de infra-estruturas, reparação de caminhos florestais e limpeza de aceiros.

Se nos lembrarmos que durante o ano passado arderam 325.226 hectares de floresta, os números deste dispositivo justificam-se plenamente, faltando, no entanto, introduzir as melhorias a nível de coordenação, formação e comunicações que têm diminuido a eficácia no combate aos incêndios florestais.

Continuamos a apostar mais em acções de prevenção, em políticas de desenvolvimento regional e na formação dos intervenientes do que apenas em meios de combate que, por muito úteis que sejam, nunca serão suficientes sem que sejam implementadas medidas estruturantes.

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