Muitos dos ficheiros em formato PDF, um dos mais populares para envio de documentos, encontram-se protegidos, seja através de uma "password", seja bloqueando um conjunto de tarefas, como a cópia ou impressão, o que limita a sua utilização em muitas situações.
Um dos processos obter as imagens é, naturalmente, o de copiar o écran, recorrendo a um conjunto de teclas, e copiar o conteúdo para um programa apropriado, mas tal pode ser incómodo ou mesmo limitativo, dado que depende do tamanho da imagem e do écran, podendo comprometer a sua utilidade, pelo que propomos uma solução diferente.
O "Online PDF Converter", é uma plataforma gratuita, disponível na Internet, que implementa um conjunto de funcionalidades, como a conversão dos formatos mais comuns, como os do Microsoft Office e de numerosos formatos gráficos, de e para PDF, mas também desproteger ficheiros PDF, permitindo o acesso livre ao seu interior, do que resulta uma manipulação mais prática e eficaz.
Todo o processo é automático, bastando selecionar o ficheiro e escolher a operação a realizar, após o que o é procedido ao respectivo "upload", processamento e "download", basicamente sem intervenção do utilizador, que pode desempenhar outras tarefas enquanto o processo decorre, e, no seu termo, abrir o ficheiro exactamente como o original, mas sem restrições.
sábado, outubro 17, 2015
sexta-feira, outubro 16, 2015
Quando uma vitória se pode transformar em derrota - 2ª parte
Manifestamente, não obstante as aparentemente irreconciliáveis divergências, esta última opção surge como sedutora para quem, há poucos meses, estava certo de governar e, contra todas as expectativas e previsões de então, é derrotado nas urnas, deixando o seu líder perante o dilema de renunciar, talvez defenitivamente, ao cargo de primeiro ministro, ou seguir um caminho algo inesperado, aliando-se aos seus principais adversários, entendendo-se como tal quem lhe retirou a maioria dos votos e, de forma decisiva, determinou a sua derrota eleitoral.
Naturalmente que, mesmo pelo menor denominador comum, um acordo entre quem está a favor e contra a permanência no Euro, pretende permanecer na NATO ou sair dela, pagar a dívida ou renegociá-la, deixando de pagar, pelo menos parcialmente, será complexo e difícil de imaginar, mesmo sabendo que a imaginação é algo que, perante a possibilidade de governar, com tudo o que tal implica, não irá faltar, independentemente das consequências.
No entanto, para além da dificuldade em estabelecer um programa coerente, existe, inevitavelmente, um preço a pagar por parte de quem ceder mais, sendo quase inevitável que este seja pago nas próximas eleições, com um conjunto de eleitores a sentirem-se traídos, do que pode resultar um verdadeiro descalabro eleitoral, com efeitos distintos nas várias forças políticas envolvidas.
Para os partidos que têm como principal força a coerência política, caso do Partido Comunista Português, e dela nunca se afastaram, perder o capital de confiança é, certamente, devastador, pelo que a cedência naquilo que constitui o núcleo dos seus fundamentos doutrinários, é virtualmente impossível, sob pena de, tal como aconteceu noutros países, colapsarem, sendo disso exemplo o que sucedeu aos partidos comunistas em França ou Itália.
Naturalmente que, mesmo pelo menor denominador comum, um acordo entre quem está a favor e contra a permanência no Euro, pretende permanecer na NATO ou sair dela, pagar a dívida ou renegociá-la, deixando de pagar, pelo menos parcialmente, será complexo e difícil de imaginar, mesmo sabendo que a imaginação é algo que, perante a possibilidade de governar, com tudo o que tal implica, não irá faltar, independentemente das consequências.
No entanto, para além da dificuldade em estabelecer um programa coerente, existe, inevitavelmente, um preço a pagar por parte de quem ceder mais, sendo quase inevitável que este seja pago nas próximas eleições, com um conjunto de eleitores a sentirem-se traídos, do que pode resultar um verdadeiro descalabro eleitoral, com efeitos distintos nas várias forças políticas envolvidas.
Para os partidos que têm como principal força a coerência política, caso do Partido Comunista Português, e dela nunca se afastaram, perder o capital de confiança é, certamente, devastador, pelo que a cedência naquilo que constitui o núcleo dos seus fundamentos doutrinários, é virtualmente impossível, sob pena de, tal como aconteceu noutros países, colapsarem, sendo disso exemplo o que sucedeu aos partidos comunistas em França ou Itália.
quinta-feira, outubro 15, 2015
O País da Autoeuropa - 6ª parte
No entanto, todas estas modificações, quando feitas por particulares que as efectuam nos seus próprios veículos, ou mesmo por empresas do ramo, têm um nível de gravidade diferente, na medida em que o proprietário tem delas conhecimento, apesar de, por alterar parâmetros de funcionamento e níveis de emissão, terem diversas implicações, que inclusivé podem ter repercussões legais.
No caso da Volkswagen, estão presentes todos os factores negativos, rompendo um laço de confiança com os consumidores, com entidades oficiais e reguladores, pondo em causa os sistemas de teste e os processos de homologação, sendo manifesto que os procedimentos são inadequados, propensos a fraudes e que, na conjuntura actual, necessitam de ser inteiramente revistos, devendo ser aplicados a modelos previamente homologados, como forma de restaurar a credibilidade no sector.
Confiar, uma palavra chave nesta indústria, torna-se cada vez mais difícil e a transposição de possibilidade de falsificações a nível de emissões para a segurança dos veículos, mesmo que nunca explicitamente referida, surge de forma insidiosa, pondo em causa testes, homolgações, bem como as entidades que as regem, e prestígio de uma marca, qua pode arrastar atrás de sí um sector, expondo gravemente as economias mais débeis ou que dependam mais directamente de um sector ou de um conjunto de unidades industriais particularmente diminuto.
Tal como acontece com a refinaria de Sines, e consequentemente com o preço do petróleo, a dependência absurda e perigosa de Portugal face a uma simples fábrica e a incapacidade de enfrentar quem gere o grupo a que esta pertence, demonstra a enorme vulnerabilidade de um País que foi sendo vendido, privado de grande parte da sua indústria e infraestruturas e que, perante uma crise de um grupo de empresas, sedeadas no estrageiro, e numa difícil conjuntura político-partidária, pode ficar à beira do colapso.
No caso da Volkswagen, estão presentes todos os factores negativos, rompendo um laço de confiança com os consumidores, com entidades oficiais e reguladores, pondo em causa os sistemas de teste e os processos de homologação, sendo manifesto que os procedimentos são inadequados, propensos a fraudes e que, na conjuntura actual, necessitam de ser inteiramente revistos, devendo ser aplicados a modelos previamente homologados, como forma de restaurar a credibilidade no sector.
Confiar, uma palavra chave nesta indústria, torna-se cada vez mais difícil e a transposição de possibilidade de falsificações a nível de emissões para a segurança dos veículos, mesmo que nunca explicitamente referida, surge de forma insidiosa, pondo em causa testes, homolgações, bem como as entidades que as regem, e prestígio de uma marca, qua pode arrastar atrás de sí um sector, expondo gravemente as economias mais débeis ou que dependam mais directamente de um sector ou de um conjunto de unidades industriais particularmente diminuto.
Tal como acontece com a refinaria de Sines, e consequentemente com o preço do petróleo, a dependência absurda e perigosa de Portugal face a uma simples fábrica e a incapacidade de enfrentar quem gere o grupo a que esta pertence, demonstra a enorme vulnerabilidade de um País que foi sendo vendido, privado de grande parte da sua indústria e infraestruturas e que, perante uma crise de um grupo de empresas, sedeadas no estrageiro, e numa difícil conjuntura político-partidária, pode ficar à beira do colapso.
quarta-feira, outubro 14, 2015
"O melhor dos piores anos" - 2ª parte
O número de ignições até ao final da "Fase Charlie" foi de 15.505, uma redução face à média dos últimos 10 anos, que é de 18.322, e mesmo relativamente ao ano de 2014, onde até ao fim de Setembro se registaram 19.521, o que representa uma redução de perto de 20%, em linha com a diminuição da área ardida na última década.
Se compararmos os dados de 2015 com os de anos nos quais se verificaram dados climáticos semelhantes, verifica-se uma flagrante diminuição da área ardida, que podemos estimar em 70%, mas também um menor número de vítimas e de destruição de bens, o que tem uma importância de relevo, representando igualmente uma menor perda patrimonial.
No entanto, o sucesso verificado não deixa de expor um conjunto de fragilidades estruturais, a falta de prevenção, a degradação de estruturas de apoio em zonas do Interior, o crescente desequilíbrio demogáfico, o aumento das assimetrias regionais ou a ausência de políticas de desenvolvimento integrado a nível nacional, factores de que depende uma real diminuição do impacto dos fogos nas várias vertentes da vida nacional.
Assim, enquanto o controle de danos vai minimizando os efeitos, por detrás de uma cortina de fumo resultante do sucesso no combate aos fogos, mantem-se presente a totalidade das fraquezas de que resultam os elevados números a nível de área ardida e de ocorrências, as quais, inevitavelmente, serão esquecidas até que, na Primavera, toquem os primeiros alarmes e a mobilização para o combate reponha toda esta problemática na actualidade.
Se compararmos os dados de 2015 com os de anos nos quais se verificaram dados climáticos semelhantes, verifica-se uma flagrante diminuição da área ardida, que podemos estimar em 70%, mas também um menor número de vítimas e de destruição de bens, o que tem uma importância de relevo, representando igualmente uma menor perda patrimonial.
No entanto, o sucesso verificado não deixa de expor um conjunto de fragilidades estruturais, a falta de prevenção, a degradação de estruturas de apoio em zonas do Interior, o crescente desequilíbrio demogáfico, o aumento das assimetrias regionais ou a ausência de políticas de desenvolvimento integrado a nível nacional, factores de que depende uma real diminuição do impacto dos fogos nas várias vertentes da vida nacional.
Assim, enquanto o controle de danos vai minimizando os efeitos, por detrás de uma cortina de fumo resultante do sucesso no combate aos fogos, mantem-se presente a totalidade das fraquezas de que resultam os elevados números a nível de área ardida e de ocorrências, as quais, inevitavelmente, serão esquecidas até que, na Primavera, toquem os primeiros alarmes e a mobilização para o combate reponha toda esta problemática na actualidade.
terça-feira, outubro 13, 2015
Quando uma vitória se pode transformar em derrota - 1ª parte
Apesar de não ser um dos temas prioritários deste "blog", a vida política, pela importância de que se reveste na direcção das principais orientações do País, não nos é indiferente, pelo que nunca deixamos de analizar algumas questões determinantes para o futuro de todos.
Os resultados das últimas eleições legislativas, que se enquadraram dentro do esperado, tiveram como consequência um cenário complexo, sem maiorias defenidas onde o principal derrotado, o Partido Socialista, pode, sem qualquer mérito próprio e após uma campanha eleitoral desastrosa, revelar-se como o mais beneficiado.
Sem uma maioria de deputados, a vitória da coligação composta pelo Partido Social Democrata e pelo Partido Popular pode não passar de uma expressão numérica, sem consequência prática caso a totalidade dos restantes partidos com expressão parlamentar convirjam para algum tipo de entendimento que, parecendo programaticamente impossível, tal as diferenças entre sí, pode ter um efeito prático, sobretudo perante uma óbvia ambição de poder inerente à natureza da totalidade das formações políticas.
Charneira nesta complexa equação, o Partido Socialista vê-se perante a opção de viabilizar uma solução governativa à sua direita, da qual não fará parte, ou liderar uma coligação com os partidos à sua esquerda, onde terá a primazia, podendo assim, só com apoios parlamentares, ou em coligação, vir a formar governo.
Os resultados das últimas eleições legislativas, que se enquadraram dentro do esperado, tiveram como consequência um cenário complexo, sem maiorias defenidas onde o principal derrotado, o Partido Socialista, pode, sem qualquer mérito próprio e após uma campanha eleitoral desastrosa, revelar-se como o mais beneficiado.
Sem uma maioria de deputados, a vitória da coligação composta pelo Partido Social Democrata e pelo Partido Popular pode não passar de uma expressão numérica, sem consequência prática caso a totalidade dos restantes partidos com expressão parlamentar convirjam para algum tipo de entendimento que, parecendo programaticamente impossível, tal as diferenças entre sí, pode ter um efeito prático, sobretudo perante uma óbvia ambição de poder inerente à natureza da totalidade das formações políticas.
Charneira nesta complexa equação, o Partido Socialista vê-se perante a opção de viabilizar uma solução governativa à sua direita, da qual não fará parte, ou liderar uma coligação com os partidos à sua esquerda, onde terá a primazia, podendo assim, só com apoios parlamentares, ou em coligação, vir a formar governo.
segunda-feira, outubro 12, 2015
"O melhor dos piores anos" - 1ª parte
Foi com esta frase que o Comandante Nacional de Operações de Socorro efectivamente resumiu o combate aos fogos num Verão que se anunciava particularmente complicado, em consequência de um conjunto de factores climáticos e conjunturais, bem como da evolução de diversas variáveis de âmbito sociológico, no qual o total da área ardida ficou abaixo das previsões mais optimistas.
No termo de um Verão quente e seco, quando o ciclo da Natureza, após anos com menos fogos e onde as zonas queimadas se regeneram, na sua maioria de forma desordenada, com um dispositivo semelhante ao do ano anterior, onde se verificaram condições menos favoráveis à propagação das chamas, os números no final do mês de Setembro, e no termo da época crítica de combate aos fogos, revelam-se menos gravosos do que o esperado, o que, numa perspectiva de controle de danos, é, indiscutivelmente, um sucesso.
Podem ser apontados diversos factores concorrentes para que a área ardida seja menor do que o previsto, mas a evolução a nível das tácticas, do comando e controle e da formação, mais do que nos meios, que permanecem ao nível de anos anteriores, surgem como a principal chave para o que a Protecção Civil considera, justamente, como um sucesso, não obstante as dificuldades e um conjunto de problemas que teimam em subsistir.
Não sendo o mais relevante, mas porque traduzem de forma mais fria e objectiva a realidade, mesmo que omitindo razões, os quase 61.000 de hectares de área ardida, que são cerca do dobro do ano anterior e menos 36% relativamente à média dos últimos dez anos, não deixam de ser preocupantes, mesmo tendo em conta um Verão bastante quente, com temperaturas superiores ao normal.
No termo de um Verão quente e seco, quando o ciclo da Natureza, após anos com menos fogos e onde as zonas queimadas se regeneram, na sua maioria de forma desordenada, com um dispositivo semelhante ao do ano anterior, onde se verificaram condições menos favoráveis à propagação das chamas, os números no final do mês de Setembro, e no termo da época crítica de combate aos fogos, revelam-se menos gravosos do que o esperado, o que, numa perspectiva de controle de danos, é, indiscutivelmente, um sucesso.
Podem ser apontados diversos factores concorrentes para que a área ardida seja menor do que o previsto, mas a evolução a nível das tácticas, do comando e controle e da formação, mais do que nos meios, que permanecem ao nível de anos anteriores, surgem como a principal chave para o que a Protecção Civil considera, justamente, como um sucesso, não obstante as dificuldades e um conjunto de problemas que teimam em subsistir.
Não sendo o mais relevante, mas porque traduzem de forma mais fria e objectiva a realidade, mesmo que omitindo razões, os quase 61.000 de hectares de área ardida, que são cerca do dobro do ano anterior e menos 36% relativamente à média dos últimos dez anos, não deixam de ser preocupantes, mesmo tendo em conta um Verão bastante quente, com temperaturas superiores ao normal.
domingo, outubro 11, 2015
O País da Autoeuropa - 5ª parte
Por outro lado, embora ainda se desconheça em que medida, a quebra de vendas da Volkswagen é inevitável e dificilmente a desconfiança irá desaparecer, sobretudo relativamente aos modelos envolvidos, pois se uma mudança de "software" pode terminar com esta fraude, o facto é que, caso o proprietário o considere vantajoso, irá mantê-lo, sendo ainda possível que quem não o possua, se entender que da sua instalação resulta um melhoramento, segundo os seus próprios critério, alguém o poderá instalar.
Na verdade, abriu-se uma caixa de Pandora, sendo hoje patente que a sofisticação de muitos modelos, onde processadores, "software" e sensores determinam o comportamento dos vários componentes físicos, permite um conjunto de opções ilegais, com outras variantes, algumas exclusivamente físicas, como a remoção de filtros de partículas, sistemas de recirculação de gases de escape ou catalizadores, do que resulta um nível de emissões muito superior ao anunciado pela marca e homologado junto das entidades competentes.
Desde há muito que, fora dos fabricantes, todas estas alteraçõe são praticadas, com especial destaque para a reprogramação de sistemas de gestão electrónica, que permitem aumentar substancialmente o desempenho dos motores, alterando diversos parâmetros de funcionamento que, quase sempre, tem efeitos negativos no nível de emissões.
Também a remoção de sistemas de recirculação de gases de escape, que penalizam o desempenho do motor e os consumos em troca de um menor nível de emissões é extremamente comum, tal como remover o catalizador ou, para que tal seja menos detectável, retirar o interior, do que resulta a sua absoluta inutilidade para o fim a que se destina.
Na verdade, abriu-se uma caixa de Pandora, sendo hoje patente que a sofisticação de muitos modelos, onde processadores, "software" e sensores determinam o comportamento dos vários componentes físicos, permite um conjunto de opções ilegais, com outras variantes, algumas exclusivamente físicas, como a remoção de filtros de partículas, sistemas de recirculação de gases de escape ou catalizadores, do que resulta um nível de emissões muito superior ao anunciado pela marca e homologado junto das entidades competentes.
Desde há muito que, fora dos fabricantes, todas estas alteraçõe são praticadas, com especial destaque para a reprogramação de sistemas de gestão electrónica, que permitem aumentar substancialmente o desempenho dos motores, alterando diversos parâmetros de funcionamento que, quase sempre, tem efeitos negativos no nível de emissões.
Também a remoção de sistemas de recirculação de gases de escape, que penalizam o desempenho do motor e os consumos em troca de um menor nível de emissões é extremamente comum, tal como remover o catalizador ou, para que tal seja menos detectável, retirar o interior, do que resulta a sua absoluta inutilidade para o fim a que se destina.
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