Por outro lado, embora ainda se desconheça em que medida, a quebra de vendas da Volkswagen é inevitável e dificilmente a desconfiança irá desaparecer, sobretudo relativamente aos modelos envolvidos, pois se uma mudança de "software" pode terminar com esta fraude, o facto é que, caso o proprietário o considere vantajoso, irá mantê-lo, sendo ainda possível que quem não o possua, se entender que da sua instalação resulta um melhoramento, segundo os seus próprios critério, alguém o poderá instalar.
Na verdade, abriu-se uma caixa de Pandora, sendo hoje patente que a sofisticação de muitos modelos, onde processadores, "software" e sensores determinam o comportamento dos vários componentes físicos, permite um conjunto de opções ilegais, com outras variantes, algumas exclusivamente físicas, como a remoção de filtros de partículas, sistemas de recirculação de gases de escape ou catalizadores, do que resulta um nível de emissões muito superior ao anunciado pela marca e homologado junto das entidades competentes.
Desde há muito que, fora dos fabricantes, todas estas alteraçõe são praticadas, com especial destaque para a reprogramação de sistemas de gestão electrónica, que permitem aumentar substancialmente o desempenho dos motores, alterando diversos parâmetros de funcionamento que, quase sempre, tem efeitos negativos no nível de emissões.
Também a remoção de sistemas de recirculação de gases de escape, que penalizam o desempenho do motor e os consumos em troca de um menor nível de emissões é extremamente comum, tal como remover o catalizador ou, para que tal seja menos detectável, retirar o interior, do que resulta a sua absoluta inutilidade para o fim a que se destina.
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