O número de ignições até ao final da "Fase Charlie" foi de 15.505, uma redução face à média dos últimos 10 anos, que é de 18.322, e mesmo relativamente ao ano de 2014, onde até ao fim de Setembro se registaram 19.521, o que representa uma redução de perto de 20%, em linha com a diminuição da área ardida na última década.
Se compararmos os dados de 2015 com os de anos nos quais se verificaram dados climáticos semelhantes, verifica-se uma flagrante diminuição da área ardida, que podemos estimar em 70%, mas também um menor número de vítimas e de destruição de bens, o que tem uma importância de relevo, representando igualmente uma menor perda patrimonial.
No entanto, o sucesso verificado não deixa de expor um conjunto de fragilidades estruturais, a falta de prevenção, a degradação de estruturas de apoio em zonas do Interior, o crescente desequilíbrio demogáfico, o aumento das assimetrias regionais ou a ausência de políticas de desenvolvimento integrado a nível nacional, factores de que depende uma real diminuição do impacto dos fogos nas várias vertentes da vida nacional.
Assim, enquanto o controle de danos vai minimizando os efeitos, por detrás de uma cortina de fumo resultante do sucesso no combate aos fogos, mantem-se presente a totalidade das fraquezas de que resultam os elevados números a nível de área ardida e de ocorrências, as quais, inevitavelmente, serão esquecidas até que, na Primavera, toquem os primeiros alarmes e a mobilização para o combate reponha toda esta problemática na actualidade.
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