Uma ambulância de socorro do INEM
Recebido no Parlamento, Abílio Gomes, respondeu a questões dos deputados sobre alegadas falhas de prestação de socorro às vítimas, atrasos substanciais e descoordenação no serviço, do que têm resultado sucessivas notícias e uma sensação de insegurança das populações.
Segundo o presidente do INEM, "não existem chamadas não atendidas pelo CODU de Lisboa e Vale do Tejo", mas tão somente "chamadas que, sendo registadas na central telefónica, são abandonadas, desligadas pelo contactante na origem", sendo que estas correspondem a 14% do total recebido.
O tempo médio de espera é de 55 segundos e, segundo o mesmo responsável, "11% dessas chamadas foram desligadas no intervalo inicial dos zero aos cinco segundos", mas admitiu que em situações de pico, o tempo de atendimento "pode ser mais prolongado".
O tempo médio de atendimento das chamadas para o CODU de Lisboa e Vale do Tejo terá sido, em média, de 23 segundos, sendo que as regras internacionais recomendam um limite de dois minutos que, em determinadas alturas de maior pressão, terá aumentado, facto que, aliado à situação de tensão de muitos dos pedidos, poderá parecer como uma demora muito superior.