sábado, dezembro 06, 2008

Instaurada auditoria ao sistema de atendimento do INEM - 1ª parte


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Uma ambulância de socorro do INEM

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) instaurou uma auditoria ao Sistema Integrado de Atendimento e Emergência Médica e ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Lisboa e Vale do Tejo, respondendo assim a um conjunto de críticas e protestos resultantes de situações de demora que se têm repetido.

Recebido no Parlamento, Abílio Gomes, respondeu a questões dos deputados sobre alegadas falhas de prestação de socorro às vítimas, atrasos substanciais e descoordenação no serviço, do que têm resultado sucessivas notícias e uma sensação de insegurança das populações.

Segundo o presidente do INEM, "não existem chamadas não atendidas pelo CODU de Lisboa e Vale do Tejo", mas tão somente "chamadas que, sendo registadas na central telefónica, são abandonadas, desligadas pelo contactante na origem", sendo que estas correspondem a 14% do total recebido.

O tempo médio de espera é de 55 segundos e, segundo o mesmo responsável, "11% dessas chamadas foram desligadas no intervalo inicial dos zero aos cinco segundos", mas admitiu que em situações de pico, o tempo de atendimento "pode ser mais prolongado".

O tempo médio de atendimento das chamadas para o CODU de Lisboa e Vale do Tejo terá sido, em média, de 23 segundos, sendo que as regras internacionais recomendam um limite de dois minutos que, em determinadas alturas de maior pressão, terá aumentado, facto que, aliado à situação de tensão de muitos dos pedidos, poderá parecer como uma demora muito superior.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Dia do voluntariado


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Um cartaz de promoção do voluntariado

Lembramos neste pequeno texto a importância crescente do voluntariado, homenageado neste dia, e o impacto que milhares de cidadãos anónimos, que dispendem tempo e recursos ao serviço dos mais necessitados, têm para que esta sociedade seja menos egoista.

Numa época de crise económica, com um manifesto empobrecimento da classe média e o surgimento de um cada vez maior número de necessitados, o esforço dos voluntários tem sido decisivo para, para além de fornecer bens materiais, dar esperança a tantos que hoje desesperam.

Em Portugal, apesar de ainda distante de muitos países europeus de maior tradição nesta área, o voluntariado tem crescido em importância e mobilização, ganhou organização, enquadramento e maior visibilidade e hoje substitui o Estado em inúmeras situações em que este não tem capacidade para actuar.

A todos estes milhares de voluntários anónimos, cujos nomes nunca serão conhecidos, mas de cuja generosidade dependem tantos concidadãos, deixamos a nossa sentida homenagem e o nosso muito obrigado.

Nevão expõe falta de meios adequados - 1ª parte


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Veículo dos bombeiros após o último nevão

Os dias de frio, com queda de neve e formação de gelo em várias zonas do País, expuseram uma séria falta de meios de socorro adaptados a este clima hostíl, verificando-se insuficiencias agravadas durante o período da noite ou em conjugação com o nevoeiro.

São várias as situações em que o resgate tardou em demasia, como os seguranças na Torre da Serra da Estrela ou os técnicos que estavam num parque eólico no parque de Montemuro, a perto de 1.000 metros de altitude, onde a espera foi demasiada e o próprio salvamento arriscado para quem participou na missão de resgate.

Para além de uma manifesta escassez de meios que permitam manter abertas as vias de comunicação, com diversos utentes a comparar a situação no nosso País de forma desfavorável em relação a Espanha e França, onde, mesmo com temperaturas mais baixas e condições climáticas mais adversas, o número de estradas encerradas tende a ser menor e, quando tal sucede, a reabertura é mais rápida

Faltaram meios todo o terreno, equipamentos de comunicações fiáveis, GPS e mesmo agasalhos adequados, capazes de suportar não apenas o frio, mas também de servir como isolamento contra a neve fina ou a água, que se entranha em várias roupas pouco compatíveis com a situação climática actual.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Messenger Live 9.0 Beta em uso


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Écran do Messenger Live 9.0 Beta

Já abordamos algumas das novidades do Messenger Live 9.0 Beta, mas após algumas semanas de teste em diversos computadores, decidimos voltar ao assunto para aconselhar os nossos leitores que recorram com maior frequência ao uso de mensagens instantâneas a instalar esta versão do programa.

Para além de uma excelente estabilidade, a possibilidade de usar simultanemente o mesmo identificador ou "user id" em diversos computadores, sem que tal implique encerrar a sessão anterior, como até agora, tem facilitado muito a manutenção de várias conversações ao mesmo tempo, sem sobrecarregar excessivamente o equipamento nem encher o écran com demasiadas janelas.

Esta nova funcionalidade, que pode ser desactivada, apenas funciona caso o identificador seja exclusivamente usado por computadores com o Messenger 9.0, caso contrário as restantes sessões serão encerradas, tal como acontecia com todas as versões anteriores, com o "software" a informar quantos equipamentos distintos estão a ser usados com o mesmo "id".

É de notar, também, que existe coordenação em termos de mensagens entre os vários equipamentos ligados, ficando os registos replicados em todos os equipamentos, tal como o estado é constantemente monitorado e fica idêntico em todos os computadores.

Este é um "upgrade" que aconselhamos, tal como sugerimos experimentar o novo "software" de correio electrónico do Live, que apresenta significativas vantagens relativamente ao Outlook Express, que será substituido por esta nova versão.

Governo vai instituir a carreira de paramédico - 2ª parte


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Uma ambulância de socorro dos bombeiros

Falta, no entanto, equacionar os custos de todo este processo, pois este aumento de qualificações não apenas requer alterações contratuais, com vínculos mais defenitivos, como resultará num aumento a nível de vencimentos, representando um encargo significativo para quem tiver que o suportar, seja o INEM, através do Estado, sejam as corporações de bombeiros, as quais já enfrentam sérias dificuldades.

Apesar do acordo inicial, o projecto defenitivo ainda está por negociar de modo a ser devidamente aprovada e regulamentada, mas este é um passo que tem todas as condições para vir a concretizar-se, ultrapassadas que estão as pressões de diversos grupos de opinião que se têm oposto ao estatuto de paramédico e a uma maior qualificação dos tripulantes das ambulâncias de socorro que não sejam enfermeiros ou médicos.

Este será um passo fundamental para equiparar Portugal aos padrões da maioria dos países europeus a nível da qualificação dos técnicos de ambulâncias, faltando, no entanto, um reforço a nível de pessoal médico e de enfermagem e um substancial melhoramento do sistema de gestão e controle de meios, que tem dificultado seriamente a acção no terreno.

No entanto, mesmo com a requalificação dos técnicos ou a contratação de mais pessoal médico, não é possível substituir meios hospitalares nem compensar as falhas resultantes do encerramento de serviços, pois a distância entre o local de intervenção e o de tratamento não será reduzido e os tempos de deslocação tenderão a manter-se.

Sendo extremamente importante a instituição da carreira de paramédico, esta melhoria no socorro não corrige problemas que derivam de erros estruturais e de uma fragilidade a nível de coordenação e gestão de meios que tem vindo a ser sucessivamente responsabilizada por incidêntes dos quais têm resultado sérias consequências para as vítimas.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Falar com "kits" de mãos livres também é um risco para a condução


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Um "kit" de mãos livres

Um estudo realizado pelo University of Utah Applied Cognition Lab concluiu que falar ao telefone durante a condução, mesmo usando um "kit" de mãos livres, é mais perigoso do que conversar com o passageiro do lado.

As conclusões foram publicadas no Journal of Experimental Psychology e resulta de um estudo onde participaram 96 indivíduos adultos, agrupados em 48 pares, que cujo comportamento foi testado num simulador de condução, onde os participantes conduziram durante 10 minutos a falar ao telemóvel, a conversar com o seu parceiro e, finalmente, com ambos em silêncio.

Durante a conversa ao telemóvel, existe uma maior probabilidade de se verificarem alterações de trajetória ou desvios na faixa e a aproximar-se mais perto do veículo da frente, denotando falta de concentração e menor rapidez de raciocínio.

Durante as conversas com o passageiro do lado, que instintivamente vai reagindo às variações das condições de circulação e a eventuais perigos, a condução revela-se mais atenta.

Estas são conclusões que parecem óbvias, mas convém alertar os perigos que encerra um equipamento que, sendo legal e apresentando vantagens relativamente à sua inexistência, não deixa de poder comprometer uma condução segura.

Presidente alerta para falta de equipamentos no Interior - 2ª Parte


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Uma antiga escola primária, hoje abandonada

Mesmo os investimentos em vias de comunicação, anunciados como forma de favorecer algumas das zonas mais remotas do nosso País, não são nem os mais adequados, nem aqueles que as populações mais anseiam e necessitam, mas tão somente as que melhor se encaixam nos desígnios ministeriais que assim justificam investimentos de monta com o pretexto da solidariedade nacional.

O abandono do Interior, resultado da falta de oportunidades de emprego, mas também da inexistência de um conjunto de serviços essenciais, que nenhum benefício fiscal compensa, tem alterado a estrutura demográfica das zonas mais atingidas por este fenómeno, resultando numa substancial redução de populações capazes de manter os campos agrícolas que, basicamente, se encontram abandonados.

Esta desertificação, para além de aumentar a vulnerabilidade da floresta, diminui substancialmente o campo de recrutamento das corporações de bombeiros, facto agravado pela actual vaga de emigração, do que resulta uma dupla sangria, uma a nível da escassez de admissões e a outra na saída precoce de efectivos.

Desta desertificação humana resulta uma extrema vulnerabilidade da floresta, a sua falta de sustentabilidade e subsquente abandono de terrenos produtivos, onde a falta de limpeza e a quase inexistência de ordenamento transformam zonas outrora produtivas em pouco mais do que gigantescos armazéns de materiais combustíveis que constituem sérios perigos para toda a área envolvente.

Existe uma ligação directa e muito próxima entre a desertificação e o abandono do Interior e o aumento gradual dos fogos florestais ao longo da década de noventa e já neste século, altura em que a extensão das áreas queimadas aliada ao aumento da eficácia no combate inverteu esta tendência, mas surge numa altura em que a insustentabilidade das zonas mais atingidas parece irreversível.

terça-feira, dezembro 02, 2008

UE vai ter unidades de polícia contra criminalidade on-line


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Tentativa de acesso indevido

Os ministros do Interior dos 27 países da União Europeia aprovaram um conjunto de medidas contra o crime via Internet, estabelecendo a criação de unidades especiais das várias polícias nacionais que operarão sob a coordenação da Europol.

Caberá às polícias nacionais formar as unidades da polícia especializadas no combate a este tipo de crimes que terão ao dispor um sistema integrado a nível europeu que centralizará as denúncias e os procedimentos e investigações em curso, partilhando a informação entre os envolvidos.

Noutra vertente, ficou também acordada uma maior protecção dos dados pessoais dos cidadãos comunitários europeus, nomeadamente quando estes fizerem parte dos registos das bases de dados das autoridades policiais e judiciais dos vários Estados membros.

A coordenação da luta contra o cibercrime, sobretudo no respeitante â pornografia infantil, mas também nos caso cada vez mais frequentes de "phishing", furto de identidade ou fraude bancária é essencial, mas devemos salientar que a grande maioria dos servidores de onde partem estes crimes estão fora da Europa e nem sempre a rapidez de investigação permite obter resultados positivos.

A coordenação é essencial, mas sem os meios técnicos e humanos adequados e uma legislação que puna efectivamente este tipo de crimes, algo que não acontece entre nós, de pouco servem estas medidas para além de sossegar algumas consciências e aparentar uma eficácia que, efectivamente, não existe.

Governo vai instituir a carreira de paramédico - 1ª parte


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Uma par de ambulâncias de socorro dos bombeiros

O Ministério da Saúde prometeu, através do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, criar, no prazo de um ano, a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar, designado pela expressão "paramédicos" em muitos países europeus e americanos, assumindo assim a necessidade de profissionalizar e certificar os técnicos que desempenham funções nas ambulâncias de socorro.

Esta proposta, que já mereceu concordância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), resulta de uma iniciativa do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) e destina-se a melhorar a formação de um conjunto de profissionais cuja importância tem vindo a aumentar, nomeadamente após a redefinição da rede de urgências do que resulta uma maior responsabilidade para os técnicos de emergência.

A proposta do STAE prevê uma formação de 1.500 horas, muito superior às actuais 210 dos Tripulantes de Ambulância de Emergência (TAE) do INEM, ou das Ambulâncias de Socorro dos bombeiros (TAS), a qual seria supervisionada por médicos e baseada em critérios e programas rigorosos.

Actualmente existem em Portugal 700 TAE do INEM, a que deverão acrescer outros tantos em 2009, 2000 TAS, para uma necessidade estimada de 3.000 paramédicos, sendo possível as actuais técnicos acederem a este estatuto após um curso de 350 horas e uma avaliação por parte de uma comissão médica.

Obviamente, nem todos os 2.700 técnicos existentes, que alcançarão os 3.400 se o INEM aumentar em 700 os seus efectivos, irão ser paramédicos, pelo que, para atingir o número considerado ideal, será necessário proceder a recrutamento externo, mas também é expectável que, com o aumento da profissionalização, as qualificações exigidas para os tripulantes das ambulâncias de emergência aumentem.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Voltaram os incêndios de Inverno


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Bombeiros durante uma cerimónia

A chegada do tempo frio não evitou que diversos incêndios, incluindo alguns com dimensões consideráveis, assolassem o Interior do País, obrigando a mobilizar um substancial conjunto de meios.

Após um incêndio no concelho da Covilhã, outro deflagrou na serra do Pisco, na aldeia de Venda do Cepo, em Trancoso, com as chamas a atingir grandes proporções devido ao forte vento que se fazia sentir, tendo obrigado perto de 70 bombeiros a uma luta que decorreu desde as 17:40 até às 00:40.

Esta é a época em que muitos proprietários, após ter acabado o tempo quente e as proibições, realizarem algumas queimadas, muitas vezes necessárias, mas nem sempre autorizadas e tantas vezes realizadas sem a necessária prudência, ignorando condições adversas que resultam, normalmente, de ventos fortes, um fenómeno normal em zonas acidentadas.

Por outro lado, existe não apenas uma menor disponibilidade de meios humanos, o que tendo em conta o número de ocorrências poderá não ter impacto significativos, mas o mesmo se verifica a nível de meios aéreos que, nas difíceis condições de Inverno, terão maior dificuldade em operar, deixando o esforço do combate às equipas em terra.

Uma autorização para efectuar uma queimada ou a existência de condições legais para o fazer, não é uma carta branca, que permite avançar em condições desfavoráveis, colocando em risco o próprio responsável pelo acto e os seus pertences, como as áreas circundantes e todos quanto acorram para apagar as chamas.

Mesmo sabendo que a renovação de pastagens é essencial para o gado, deve-se apelar à compreensão e ponderação de quem necessita de efectuar queimadas, mas também à solidariedade do próprio Estado, perante quem necessite de pastos e forragens e tenha dificuldades em obtê-las sem colocar em risco a segurança de todos.

domingo, novembro 30, 2008

Presidente alerta para falta de equipamentos no Interior - 1ª Parte


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O Presidente durante uma visita ao Gerês

Numa visita a Meda realizada na passada quinta-feira, Presidente da República, Cavaco Silva, salientou a importância de combater a desertificação do Interior do País como sendo um "um verdadeiro desígnio nacional".

Durante a inauguração da Biblioteca Municipal, o Presidente da República declarou que a desertificação "que atinge boa parte do território nacional" é "uma responsabilidade dos políticos, aos vários níveis" mas também é "uma responsabilidade de todos".

Para o Chefe de Estado, "Portugal não pode ser um país tão desequilibrado na distribuição da população entre litoral e o interior, porque isso põe em causa a coesão territorial do país", pelo que devem existir "equipamentos sociais e culturais de qualidade", que são "um contributo para combater a desertificação que atinge boa parte do território nacional".

Reconhecendo que "há alguma tendência para esquecer o interior do nosso país", Cavaco Silva lembrou que não se "tem cansado de chamar a atenção para essa responsabilidade, que é de todos, e também do Presidente da República".

Apesar dos apelos, é evidente que o Interior se encontra cada vez mais desprovido de serviços e equipamentos, sendo que os recentes encerramentos a nível dos cuidados de saúde são demonstrativos de uma política errada e que transmite, mesmo que involuntariamente, a mensagem de abandono por parte do poder central.