sábado, setembro 09, 2017

Unidades Android para veículos - 3ª parte

A dimensão e resolução do écran é, naturalmente, relevante, sendo sempre de encontrar o equilíbrio entre os espaço disponível e as necessidades de utilização, sendo certo que a uma maior dimensão corresponde um preço mais elevado, eventualmente uma maior vulnerabilidade, mas também a possibilidade de uma melhor visualização, para o que uma maior resolução e qualidade é relevante.

Consideramos particularmente relevante a fluidez e nitidez da imagem e, sobretudo, a visualização sob condições adversas, com muita ou pouca luminosidade, sendo que, sobretudo no primeiro caso, deve ser avaliado em que angulos de visão a imagem surge como imediatamente perceptível, algo que, em sistemas de navegação, é absolutamente essencial.

Para corresponder a estas exigências, os processadores com quatro núcleos, apoiados por 1 Gb de memória RAM e 16 de armazenamento interno, com uma ligação rápida à Internet, seja via WiFi, através de um equipamento que desempenha a função de "hotspot", seja directamente, são essenciais, pelo que se deve, igualmente, ter atenção na selecção do prestador de serviço em termos de velocidade e de cobertura.

A gerir todas estas funcionalidades está um conjunto de programas sobre uma plataforma Android, que se pretende a mais recente possível, evitando obsolescencias precoces resultantes da incompatibilidade com as aplicações mais recentes, as quais tendem a ser mais aperfeiçoadas, apresentar melhor desempenho e garantir uma maior segurança em termos de operação e estabilidade, pelo que se sugere uma versão não anterior à 6.0.

sexta-feira, setembro 08, 2017

Falar antes de pensar - 2ª parte

A ideia de que um conjunto de medidas avulsas, ou que, na melhor das hipóteses, ataquem um problema sectorial sem resolver causas estruturais profundas, demasiadamente complexas de abordar por parte de quem não pretende investir nem sequer no seu estudo, quanto mais na sua resolução, que implica um longo processo de reversão de muito do que de errado se fez e demorará décadas a ter efeitos palpáveis, prevalece ao longo das últimas décadas, independentemente dos governos e dos titulares das pastas.

O estudo que um conjunto de especialistas, que analiza o sucedido na zona de Pedrogão Grande, poderá trazer algumas ideias, mas dependendo da abrangência e da extensão das conclusões, dependerá a sua utilidade para implementar novas políticas que necessitam, para ser eficazes, de ir muito para além das causas directas da tragédia, fixando-se no enquandramente que lhes deu origem, criando as condições objectivas para o sucedido.

No entanto, um estudo, por muito válido que seja, e já os houve no passado, tem o valor resultante da sua aplicação prática, sem o que não passa de um exercício teórico com maior ou menor valia que, facilmente, poderá ser reduzido a uma mera arma de arremesso política, altura em que será virtualmente reduzido a nada, perdendo-se para sempre no caos da luta partidária.

Seja pela experiência do passado, seja pela abordagem no presente, duvidamos que exista uma vontade real de atacar o problema pela raiz, seja pelas implicações nas várias vertentes abrangidas, seja pelos vultuosos investimentos a realizar, seja mesmo porque, indo muito para além de qualquer ciclo eleitoral, os recursos disponíveis serão canalizados para projectos de curto prazo, cujos resultados sejam visíveis antes dos eleitores avaliarem uma legislatura.

quinta-feira, setembro 07, 2017

Taxa de Protecção Civil de Gaia é inconstitucional - 1ª parte

Um acordão do Tribunal Constitucional, datado de 13 de Julho, veio dar razão a quem impugnou a sua cobrança, considerando que a Taxa Municipal de Protecção Civil estabelecida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia é, em termos efectivos, um imposto, sendo por isso inconstitucional.

A criação de impostos é uma competência exclusiva da Assembleia da República, completamente vedada aos municípios, e as taxas pressupõem a prestação de um serviço como contrapartida do seu pagamento, devendo a verba angariada ser utilizada de acordo com o seu objecto e não como forma de reforçar um orçamento.

Acresce ainda, no caso concreto de Vila Nova de Gaia, uma taxação que surge perante os juizes como incompreensível e injustificável, com valores e uma imputação feita através de critérios pelo menos discutíveis e que surgem como desconexos da realidade, pelo que a sua aplicação, para além do conceito subjacente, foi julgada inconstitucional.

Uma taxa semelhante instituida em Lisboa está ainda a ser apreciada no mesmo Tribunal, podendo-se esperar, face à similitude, que o desfecho seja o mesmo, do que resultaria, tal como no caso já apreciado, o termo da sua cobrança, cabendo à autarquia decidir pela sua abolição ou remodelação, com a câmara de Gaia a optar pela primeira solução.

quarta-feira, setembro 06, 2017

Enterrar o problema... - 3ª parte

Sabendo-se que o negócio principal, ou "core business" de um operador como a MEO reside nos seus clientes particulares e empresariais, e não naquele que é prestado via SIRESP, ou mesmo a entidades públicas, não temos dúvidas quanto à opção ditada por exigências comerciais e pela oposição que fará contra a possibilidade de enterrar a rede.

Naturalmente, caso exista um colapso da MEO, por razões comerciais, os efeitos sobre as redes que esta gere serão imprevisíveis e a mudança do SIRESP para uma rede alternativa implica negociações e custos, para além de uma fase de teste que, perante a premência da situação, pode ter que ser abreviada, aumentando assim o grau de imprevisibilidade de uma solução de recurso.

Assim, e a menos que exista um acordo, provavelmente não revelado, com a MEO, como a aceitação da compra da TVI pela Altice ou a abertura de um banco "on line", que sirva como moeda de troca, só mesmo muito dificilmente a rede será enterrada, mesmo que estudos e teste revelem que tal seria a opção mais adequada na eventualidade da manutenção da actual estrutura de uma rede cujas funcionalidades, tal como referimos anteriormente, nos parecem ultrapassadas e incompatíveis com as exigências dos dias de hoje.

Na verdade, com a actual estrutura funcional, independentemente da sua fiabilidade, cujo melhoramento implicaria um investimento muito substancial, o SIRESP nunca será a solução adequada aos dias de hoje, pelo que novos gastos numa mesma plataforma, sem que daí resulte um substancial acréscimo de funcionalidades, parece um desperdício de recursos que podiam ser utilizados numa solução tecnologicamente mais avançada, capaz de se manter actual durante o período para que haja retorno do montante investido.

terça-feira, setembro 05, 2017

Unidades Android para veículos - 2ª parte

A maioria dos modelos tem ainda a capacidade para suportar uma câmara, que pode ser uma simples "webcam" nalguns casos, ou um modelo específico noutros, podendo proceder à gravação de imagens ou a uma simples visualização para efeitos de facilitar algumas manobras.

Obviamente, estas unidades, destinadas a substituir os auto-rádios, incluem toda a electrónica necessária, bem como a ligação a uma antena exterior, podendo ainda aceder a unidades de armazenamento, como "pens" ou cartões de memória, onde para além de áudio, podem estar vídeos que serão exibidos no écran, sem as restrições inerentes a muitos sistemas instalados de origem onde, por razões de segurança, só é possível visualizar vídeos com o veículo parado.

Particularmente relevante, e condicionante, é a questão da instalação da unidade no veículo, estando disponíveis modelos específicos, destinados a um modelo concreto, e genéricos ou universais, que encaixam em gavetas padronizadas de 1 ou 2 DIN, com as primeiras a serem mais dispendiosas por necessitarem de um écran destacável ou rebatível, do que resulta, naturalmente, um aumento do preço.

A própria forma como o écran fica posicionado nas unidades de 1 DIN, que excede sempre em altura a gaveta, é relevante, pois do facto de a posição ser sobretudo na direcção superior ou inferior pode resultar na colisão com outros elementos do veículo, pelo que deve haver uma especial atenção a toda a configuração verificando cuidadosamente a sua compatibilidade.

segunda-feira, setembro 04, 2017

Falar antes de pensar - 1ª parte

É manifesta a falta de visão estratégica com que, desde há muito, se abordam os problemas inerentes aos incêndios florestais, com cada governante, seja o responsável por uma das vertentes, sejam aqueles que meramente se pronunciam, sem responsabilidade directa, a opinar de forma muitas vezes leviana e contraditória.

Existem alguns padrões que visam esconder que em Portugal se encontra a maior área ardida de Europa comunitária e é quatro vezes superior à de Espanha, onde as condições climatéricas são similares, propondo-se pseudo-soluções que apenas desviam atenções, aparentando que existe alguma reflexão, sem que efectivamente as propostas tenham conexão com a realidade nacional.

Propostas como colocar os bombeiros na prevenção, de forma semelhante ao que fazem sapadores florestais, esquecendo o seu estatuto de voluntário e a necessidade de desempenhar outra profissão, que efectivamente lhe dá o sustento, ou simplesmente trocar eucaliptos por outras espécies, ignorando que estes, quando devidamente ordenados, tal como acontece nas zonas geridas pelas grandes empresas madeireiras, ardem menos que outras espécies em pequenos terrenos particulares são exemplos conhecidos.

Cada uma destas propostas, e muitas outras que têm sido feitas, mais equivalem a meras intenções face à impossibilidade prática de concretização, revelam a impreparação de quem as faz, procurando um imediatismo que poderá ter algum impacto positivo nas eleições que se avizinham, mas que, face ao absurdo do conteúdo, rapidamente serão esquecidas.

domingo, setembro 03, 2017

Unidades Android para veículos - 1ª parte

Vários factores, que vão desde a abundância de aplicações gratuitas ao aumento da precisão do GPS, passando pela maior rapidez e cobertura das redes móveis levam a cada vez mais os vulgares auto-rádios serem substituidos por unidades baseadas em Android que integram um largo conjunto de funcionalidades.

Estas unidades, que são autênticos computadores de bordo, interagem com um dispositivo móvel, seja igualmente Android, seja iOS, fornecendo uma ligação, caso incorporem um "hotspot", ou usando uma fornecida externamente, estabelecendo ainda uma conexão "bluetooth" que permite a sua utilização como "kit" de mãos livres.

Com écrans tácteis que variam entre as 6 e as 10 polegadas, para os modelos mais comuns, a visualização de mapas, como os fornecidos pelo Google, e o auxílio à navegação é um dos objectivos essenciais, dispensando um sistema dedicado onde, na maior parte dos casos, a actualização dos mapas é efectuada manualmente e, por falta de ligação à Internet, não fornecem informações relevantes, como alertas ou intensidade do trânsito.

No caso destas unidades está presente nativa a aplicação Google Maps, suportando outras concebidas para a mesma plataforma, com a qual temos obtido resultados muito positivos graças a uma excelente qualidade dos mapas e ao manancial de informações incluídas, muitas das quais resultantes do processo colaborativo que permite aos utilizadores acrescentar ou corrigir dados, num processo de constante actualização.