sábado, setembro 14, 2013

Demoras nas alfândegas já atingem os três meses - 1ª parte

Image Hosted by Google Seguimento de encomenda no "site" dos CTT

É evidente que o prazo de entrega de produtos provenientes de fora da Comunidade Europeia, sempre que interceptados pelas Alfândegas, tem vindo a aumentar, ultrapassando em muito os limites não apenas do razoável, mas também pondo em causa a viabilidade deste tipo de importação.

Exemplos recentes apontam para prazos que podem rondar os três meses após terem entrado no sistema dos CTT, ou seja, desde o início deste ano o prazo praticamente duplicou, com as maiores demoras a ocorrer no período festivo e durante as férias, decorrendo, no primeiro caso, do maior volume de encomendas e, no segundo, do menor número de funcionários.

Naturalmente que esta situação tem implicações graves, nomeadamente para quem efectua as compras via EBay e paga por Paypal, dado que o prazo para reclamar é de dois meses, o que pode obriga o comprador a tomar uma decisão delicada, que será a de reportar um item não recebido, e que pode apenas estar retido, ou esperar, arriscando-se a ultrapassar o prazo no qual pode reclamar e perder assim o valor pago.

Por esta razão, e porque muitos compradores optam por reclamar mesmo em caso de atrasos não imputáveis ao vendedor, muitos são aqueles que optam por recusar envios para Portugal, tal como tem aumentado o número de compradores que opta por adquirir no mercado comunitário, mesmo que noutro país.

sexta-feira, setembro 13, 2013

Morattab Pazhan - 1ª parte

Image Hosted by Google O Morattab Pazhan GLD 3000

Quando o fim dos Land Rover Defender se encontra anunciado para 2015, os adeptos deste modelo começam a ver-se confrontados com a impossibilidade de adquirir veículos novos, feitos pela marca, pelo que alguns se podem sentir tentados pelo modelo iraniano construido pela Moratabb.

Este fabricante tem uma longa história na produção de modelos Land Rover ou seus derivados, como os Santana, tendo fabricado veículos baseados nos Serie 3 e 4, evoluindo depois no sentido do Defender, que ainda produz em simultâneo com outros modelos de todo o terreno.

O modelo Pazhan é, essencialmente, um Land Rover Defender, nas versões 90, com motor dde 2.400 cc, e 110 "station wagon" ou 130 "double cab" equipado, nos dois últimos, com um motor Hyundai a gasolina, com 2.972 cc, que disponibiliza uma potência de 161 cavalos às 5000 rotações por minuto e um binário de 24.5 Kg/m às 2500 rotações.

Quando comparado com um Td5, o GLD 3000 apresenta uma maior potência, com quase mais 40 Cv, a uma rotação bastante superior, mas tem um binário perto de 20% inferior, não possuindo redutoras, o que dificulta algumas manobras num veículo que tem um peso substancial, mesmo tendo em conta que a sua carroçaria, tal como a dos Defender, é em alumínio.

quinta-feira, setembro 12, 2013

Demasiado novos para morrer... - 5ª parte

Image Hosted by Google Pedro Rodrigues - 40 anos

Naturalmente que é necessário que os bombeiros mais jovens adquiram experiência, mas tal tem que ser feito em situações e circunstâncias diferentes, obedecendo a uma tática que envolva menos riscos, com um combate indirecto, prevendo vias de retirada diversificada e sempre devidamente enquadrados.

No entanto, e tal como referimos anteriormente, não basta a experiência, sendo necessário dar tempo para que a preparação psicológica, que advém de uma maior maturidade e da confiança nas suas posssibildades e capacidades, venha a permitir actuar com maior segurança, pelo que a idade tem que continuar a ser um condicionante, devendo ser equacionado vedar determinadas funções nalguns teatros de operações aos elementos mais jovens.

A frase do Prof. Domingos Xavier Viegas, que os bombeiros também devem saber dizer não, e o acabar com algumas perspectivas mais temerárias, onde a coragem é ultrapassada por alguma irracionalidade, muitas vezes estimulada por um certo embaraço caso se opte por uma retirada, que muitos confundem com desistência, devem ser interiorizadas desde a instrução, que deve dar especial relevo à segurança.

Esta necessidade é tanto maior, quanto mais jovens forem os formandos, previlegiando a perspectiva de sobreviver para lutar noutro dia em detrimento de um apelo à coragem e espírito de sacrifício que, quando levados ao extremo, se revelam extremamente perigoso, podendo resultar em situações de enorme perigo.

quarta-feira, setembro 11, 2013

Localizadores no socorro - 5ª parte

Image Hosted by Google Bombeiros americanos com localizador

Desta forma, em ocorrências de maior dimensão e perigo, onde tipicamente estarão presentes meios aéreos, estaria disponível um sistema de monitorização e alerta, que incluem os localizadores atribuidos às equipas, em em situações críticas terão que se manter unidas, sob o controle de quem seja o responsável pela segurança.

Caso surja um alerta, a primeira fase seria de contenção, através do envio de meios aéreos, orientados a partir de terra e que teriam como missão efectuar as largadas de água necessárias para criar uma zona temporária de segurança, bem como um corredor de acesso que permita o resgate.

Neste caso, a presença de uma equipa devidamente preparada e dispondo de veículos específicos, com maior protecção contra o fogo e sistemas complementares adequados a nível de orientação, visão e comunicações, com a capacidade de transporte suficiente para proceder à evacuação de uma equipa, que percorreria o corredor existente, complementaria a operação de resgate, colocando em segurança os respectivos ocupantes.

A evolução tecnológica permite, para além de uma maior protecção a nível individual, implementar sistemas que protejam de forma mais adequada todos quantos participem em missões de risco e, se tal tem sido estudado e implementado noutras áreas, como nas forças armadas, nada justifica que o mesmo não se passe com quem arrisca a vida no combate aos fogos, onde o número de vítimas tem sido elevado ao longo dos últimos anos.

terça-feira, setembro 10, 2013

Localizadores no socorro - 4ª parte

Image Hosted by Google Um localizador num fato de voo

Por um preço que fica abaixo dos 50 Euros, para os modelos menos dispendiosos, um pouco superior caso se opte por um Xexun genuino ou outro modelo similar, um localizador pessoal pode contribuir para uma maior segurança, facilitando a localização de quem o transporta mesmo em situações onde este não seja imediatamente visível ou se veja incapaz de fornecer dados precisos quanto ao local onde se encontra.

Obviamente que, para além do localizador, existe a necessidade de dispor no local de aeronaves com capacidade de se orientarem por um sinal de GPS, recorrendo a coordenadas para efectuar uma largada de água num local determinado, ou que possam ser orientados a partir do solo para um local específico, algo que nem sempre é fácil, sobretudo em situações de emergência.

No entanto, adicionar um sistema de GPS a uma aeronave, mesmo que um modelo simples, é algo pouco dispendioso e que pode contribuir em muito para a sua eficácia aumentando a precisão das largadas sobre um local identificado por coordenadas geográficas.

Naturalmente que seria de prever que nos maiores teatros de operações, para além do uso dos localizadores, estivessem presentes equipas especializadas no socorro ou recuperação de bombeiros, dispondo de equipamentos e veículos adequados, capazes de intervir mesmo em cenários particularmente difíceis.

segunda-feira, setembro 09, 2013

Localizadores no socorro - 3ª parte

Image Hosted by Google Bombeiros americanos com localizador

Idealmente, por uma questão de facilidade de gestão, os localizadores seriam atribuidos aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS), que teriam a gestão da plataforma, sendo distribuidos nos teatros de operações, de modo a que cada localizador estivesse sempre pré configurado, alterando-se apenas a descrição, de forma a corresponder a quem o transporta.

Consideramos esta opção bem mais simples do que configurar novos localizadores quando sejam enviados reforços de outros distritos, dado que estes podem continuar configurados no seu distrito de origem, dando origem a duplicações e inerentes confusões.

Desta forma, garante-se a exclusividade do localizador no sistema, razão pela qual a opção seria sempre pelos modelos móveis, menos dispendiosos e que, salvo situações de furto de veículos, pouco prováveis no caso de viaturas de bombeiros, não apresentam grandes limitações face aos modelos fixos, desde que haja o cuidado de carregar a bateria antes de cada utilização.

O uso de coordenadas obtidas via GPS, e a precisão dos "chips" SiRF 3 é bastante preciso, na ordem dos poucos metros em zonas descobertas, o que permite o envio de socorro ou a largada de água sobre o local, protegendo quem nela se encontra de forma a aumentar o espaço de tempo disponível para a sua evacuação ou socorro.

domingo, setembro 08, 2013

Demasiado novos para morrer... - 4ª parte

Image Hosted by Google Bernardo Cardoso - 19 anos

Uma outra questão deve ser equacionada, nomeadamente as idades, com todas as implicações, dos bombeiros que participaram nas primeiras operações do mês de Agosto, e as daqueles que os foram substituir, num sistema de rotação que deve ser analizado com atenção, tendo um especial cuidado com o facto de, em muitos casos, actuarem fora das áreas que conhecem.

Sem estatísticas torna-se difícil fazer uma avaliação, mas transparece a ideia de que numa primeira fase foi dada prioridade aos elementos com maior experiência, naturalmente com mais idade, e que, após se verificar a necessidade de rotação, se optou pelo envio de operacionais mais jovens, como solução de recurso e independentemente do risco acrescido que tal representa.

Fica, naturalmente, a dúvida se uma segunda vaga de reforços, foi realmente composta por elementos mais jovens, com menor enquadramento de veteranos, foi enviada para um teatro de operações que, para além de lhe ser desconhecido, também não é familiar, dado serem provenientes de zonas completamente distintas do País, onde existe uma realidade completamente diferente quando comparada com aquela onde vão actuar.

Neste caso, a experiência é decisiva, mas também a maturidade, que permitem, mais do que o treino, manter a calma e o discernimento essenciais para tomar as decisões correctas, em tempo útil, mesmo em situações críticas, quando um erro pode ser fatal, e mesmo perante um défice de informações, algo comum num teatro de operações onde tudo se passa muito rapidamente e, tantas vezes, de forma completamente imprevisível.