Uma outra questão deve ser equacionada, nomeadamente as idades, com todas as implicações, dos bombeiros que participaram nas primeiras operações do mês de Agosto, e as daqueles que os foram substituir, num sistema de rotação que deve ser analizado com atenção, tendo um especial cuidado com o facto de, em muitos casos, actuarem fora das áreas que conhecem.
Sem estatísticas torna-se difícil fazer uma avaliação, mas transparece a ideia de que numa primeira fase foi dada prioridade aos elementos com maior experiência, naturalmente com mais idade, e que, após se verificar a necessidade de rotação, se optou pelo envio de operacionais mais jovens, como solução de recurso e independentemente do risco acrescido que tal representa.
Fica, naturalmente, a dúvida se uma segunda vaga de reforços, foi realmente composta por elementos mais jovens, com menor enquadramento de veteranos, foi enviada para um teatro de operações que, para além de lhe ser desconhecido, também não é familiar, dado serem provenientes de zonas completamente distintas do País, onde existe uma realidade completamente diferente quando comparada com aquela onde vão actuar.
Neste caso, a experiência é decisiva, mas também a maturidade, que permitem, mais do que o treino, manter a calma e o discernimento essenciais para tomar as decisões correctas, em tempo útil, mesmo em situações críticas, quando um erro pode ser fatal, e mesmo perante um défice de informações, algo comum num teatro de operações onde tudo se passa muito rapidamente e, tantas vezes, de forma completamente imprevisível.
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