Faltam, previsivelmente, poucos dias para que a nova grande actualização do Windows 10, a 1903, comece a chegar aos utilizadores que não estão integrados num dos vários programas de teste ou avaliação, com um conjunto substancial de novidades que o podem tornar muito atractivo, mas, igualmente, com alguns perigos que, esperamos, não tenham as consequências da actualização anterior.
Muitos se recordam, alguns da pior forma, das consequências da instalação da actualização 1809, incluindo-se aqui a perda de ficheiros dos utilizadores, algo que consideramos inaceitável e uma vergonha para a Microsoft, sobretudo por estarmos diante de uma versão final, supostamente devidamente testada, e que, por isso, dispensa um conjunto de procedimentos de segurança inerentes a uma instalação de um produto em teste.
Assim, e porque a confiança nos produtos da Microsoft, concretamente no Windows 10, tem vindo a diminuir desde a actualização 1809, algo que se agravou porque muitas correcções apenas pioraram o sistema operativo, levantando mais problemas do que aqueles que corrigiam, a instalação de uma das grandes actualizações deve ser equacionada com precauções acrescidas, evitando, se possível, que esta seja feita num equipamento com dados pessoais.
Caso esteja disponível um equipamento para testes, ou que não tenha dados relevantes, e aqui excluímos aqueles que são usados para salvaguardas informação, que devem ser salvaguardados, uma instalação de uma actualização relevante pode ser efectuada logo que esta seja disponibilizada, o que permite ir testando de forma segura sem comprometer a segurança da informação dos utilizadores.
sábado, abril 27, 2019
sexta-feira, abril 26, 2019
Consequências da falta de combustíveis no socorro - 5ª parte
Esta falta de planeamento, a incapacidade de antecipar cenários e preparar soluções, é muito habitual entre nós, esperando-se um milagre que evite consequências graves, tal como um navio que se dirige para um icebergue esperando que, antes do impacto, este seja desviado pelas correntes ou, pura e simplesmente, se derreta, se não totalmente, pelo menos o suficiente para que não haja uma tragédia.
No fundo, transpondo, é o mesmo que sucede quando se espera que o vento mude no momento certo para que o fogo não alastre, que a seca seja minimizada por uma inesperada queda de chuva que caia fora de época sem prejudicar culturas, que as vagas não atinjam as edificações autorizadas presentes na linha de costa, ou uma inundação evite as linhas de água onde alguém autorizou a construir, na esperança de que tudo corra pelo melhor, mesmo que tal seja simplesmente o controle de danos efectuado pelo socorro às populações atingidas.
Diz-nos a experiência que a probabilidade para que tal aconteça é, manifestamente, muito diminuta, e que, face a uma aprendizagem que deveria ter ocorrido ao longo dos anos, algo deveria ter sido feito para antecipar o que consideramos ser uma óbvia inevitabilidade, mas o facto é que há quem se recuse a aprender, insistindo em erros que, mesmo que em diferentes âmbitos ou circunstâncias, se repetem sucessivamente.
E, no fundo, é exactamente este o planeamento efectuado, essencialmente esperar que alguém controle os danos e que a responsabilidade não seja atribuida a quem, pela sua negligência, permitiu que acontecessem, sempre na perspectiva de que alguém irá minimizar os danos, missão essa que, abusivamente, é atribuído a quem efectua missões de socorro e que, no fundo, se vê na contingência de corrigir os erros que os decisores políticos geraram.
No fundo, transpondo, é o mesmo que sucede quando se espera que o vento mude no momento certo para que o fogo não alastre, que a seca seja minimizada por uma inesperada queda de chuva que caia fora de época sem prejudicar culturas, que as vagas não atinjam as edificações autorizadas presentes na linha de costa, ou uma inundação evite as linhas de água onde alguém autorizou a construir, na esperança de que tudo corra pelo melhor, mesmo que tal seja simplesmente o controle de danos efectuado pelo socorro às populações atingidas.
Diz-nos a experiência que a probabilidade para que tal aconteça é, manifestamente, muito diminuta, e que, face a uma aprendizagem que deveria ter ocorrido ao longo dos anos, algo deveria ter sido feito para antecipar o que consideramos ser uma óbvia inevitabilidade, mas o facto é que há quem se recuse a aprender, insistindo em erros que, mesmo que em diferentes âmbitos ou circunstâncias, se repetem sucessivamente.
E, no fundo, é exactamente este o planeamento efectuado, essencialmente esperar que alguém controle os danos e que a responsabilidade não seja atribuida a quem, pela sua negligência, permitiu que acontecessem, sempre na perspectiva de que alguém irá minimizar os danos, missão essa que, abusivamente, é atribuído a quem efectua missões de socorro e que, no fundo, se vê na contingência de corrigir os erros que os decisores políticos geraram.
quinta-feira, abril 25, 2019
Meios aéreos para combate aos fogos adjudicados à Helibravo - 2ª parte
A questão das sub-contratação, sobretudo sendo omissa, pode ter efeitos na gestão interna dos meios, a nível da própria empresa, e da disponibilidade dos mesmos, criando relações adicionais que, caso não funcionem de forma adequada, ou surgindo situações de litígio entre as empresas envolvidas, podem ter consequências na prestação dos serviço contratado.
Em termos de responsabilização, independentemente da forma como se organiza ou a quem recorre externamente a Heliportugal, não vemos aqui grandes diferenças, dado que para a entidade Estado, o contrato é feito com uma única empresa, cabendo a esta a gestão dos meios, independentemente da sua propriedade, mas assumindo por inteiro a responsabilidade, mesmo que podendo exercer direitos sobre quem sub-contrata.
Assim, qualquer falha, de que resulte um pedido de indemnização, será sempre pedido pelo Estado à Heliportugal, que, eventualmente, terá direito de retorno por parte de uma das suas contratadas, pelo que problemas, a surgir, estarão sobretudo na coordenação entre as várias empresas e no aumento de conflitualidade que resulta da existência de diveras entidades, em vez de uma só.
Daqui decorre, naturalmente, uma fragilidade, que, em caso de conflito ou desentendimento grave, pode ter implicações a nível operacional, afectando a operacionalidade ou disponibilidade de meios, sendo aqui que, consideramos, surge a maior fragilidade desta solução, facto que devia constar da proposta submetida a concurso, por implicar, potencialmente, uma diferença qualitativa que prejudica a solução apresentada.
Em termos de responsabilização, independentemente da forma como se organiza ou a quem recorre externamente a Heliportugal, não vemos aqui grandes diferenças, dado que para a entidade Estado, o contrato é feito com uma única empresa, cabendo a esta a gestão dos meios, independentemente da sua propriedade, mas assumindo por inteiro a responsabilidade, mesmo que podendo exercer direitos sobre quem sub-contrata.
Assim, qualquer falha, de que resulte um pedido de indemnização, será sempre pedido pelo Estado à Heliportugal, que, eventualmente, terá direito de retorno por parte de uma das suas contratadas, pelo que problemas, a surgir, estarão sobretudo na coordenação entre as várias empresas e no aumento de conflitualidade que resulta da existência de diveras entidades, em vez de uma só.
Daqui decorre, naturalmente, uma fragilidade, que, em caso de conflito ou desentendimento grave, pode ter implicações a nível operacional, afectando a operacionalidade ou disponibilidade de meios, sendo aqui que, consideramos, surge a maior fragilidade desta solução, facto que devia constar da proposta submetida a concurso, por implicar, potencialmente, uma diferença qualitativa que prejudica a solução apresentada.
quarta-feira, abril 24, 2019
Consequências da falta de combustíveis no socorro - 4ª parte
Num clima de agitação, que a todos afecta, incluindo aqueles que têm como missão socorrer os demais, e que têm a mesma dimensão humana e, consequentemente, as mesmas necessidades, é sempre de esperar um maior número de missões, acorrendo a situações tão diversas como as resultantes da falta de bens ou da maior conflitualidade, com a dificuldade acrescida da limitação de meios disponíveis e de menos recursos, resultando de uma menor disponibilidade dos mesmos como resultado das contingências do momento.
Infelizmente, e dado que a greve foi precedida do pré-aviso obrigatório, não foram tomadas medidas, nem sequer feita uma divulgação de forma adequada e insistente, como forma de alertar empresas e particulares para um cenário que se podia antever, salvo desmarcação desta acção de luta, sendo que, face à possibilidade de uma carência de combustíveis, o Governo deveria ter emitido alertas e a comunicação social divulgá-los com a insistência necessária para minimizar os efeitos que hoje se sentem.
No entanto, nada foi feito e apenas houve as reacções que se podiam esperar de alguém que foi surpreendido, como se de uma greve selvagem se tratasse, pelo que não foram accionados planos de contingência, nem houve algum tipo de preparação que podia ser, tão simplesmente, o atestar os depósitos com antecedência e preparar uma reserva, que os próprios particulares podem ter, recorrendo a recipientes adequados.
Uma greve anunciada caiu assim sobre um país e um governo incautos como se de uma surpresa se tratasse, patente nas longas filas de automobilistas que desesperadamente procuram combustível e nos alertas de empresas que irão rapidamente ficar sem reservas, com o caos a perspectivar-se numa semana durante a qual muitos portugueses saem das suas residências para ir passar a Páscoa nos seus locais de origem ou naqueles onde habitualmente se passsam férias, mas que, sem combustível, poderão ter que cancelar os planos.
Infelizmente, e dado que a greve foi precedida do pré-aviso obrigatório, não foram tomadas medidas, nem sequer feita uma divulgação de forma adequada e insistente, como forma de alertar empresas e particulares para um cenário que se podia antever, salvo desmarcação desta acção de luta, sendo que, face à possibilidade de uma carência de combustíveis, o Governo deveria ter emitido alertas e a comunicação social divulgá-los com a insistência necessária para minimizar os efeitos que hoje se sentem.
No entanto, nada foi feito e apenas houve as reacções que se podiam esperar de alguém que foi surpreendido, como se de uma greve selvagem se tratasse, pelo que não foram accionados planos de contingência, nem houve algum tipo de preparação que podia ser, tão simplesmente, o atestar os depósitos com antecedência e preparar uma reserva, que os próprios particulares podem ter, recorrendo a recipientes adequados.
Uma greve anunciada caiu assim sobre um país e um governo incautos como se de uma surpresa se tratasse, patente nas longas filas de automobilistas que desesperadamente procuram combustível e nos alertas de empresas que irão rapidamente ficar sem reservas, com o caos a perspectivar-se numa semana durante a qual muitos portugueses saem das suas residências para ir passar a Páscoa nos seus locais de origem ou naqueles onde habitualmente se passsam férias, mas que, sem combustível, poderão ter que cancelar os planos.
terça-feira, abril 23, 2019
Experiências de impressão 3D - 6ª parte
Naturalmente, que, para efeitos de rentabilização do tempo, um maior número de impressoras, ou equipamentos mais rápidos e eficazes, e modelos para resina, destinadas a impressões muito mais detalhadas, seriam o passo a dar, mas tal pode corresponder, simplesmente, ao retorno resultante do investimento inicial, pelo que o crescimento sustentável pode não passar por novas injecções de capital, salvo em casos excepcionais, onde uma oportunidade irrepetível implique um salto para além das disponibilidades resultantes da actividade específica.
Será sempre, para quem pretender enveredar pela rentabilização deste tipo de actividade, fazer um estudo de viabilidade, conhecer um mercado agora emergente, pelo que a escassa concorrência de hoje pode não ser a realidade dentro de pouco tempo, e investir em equipamentos e, sobretudo, em "know how", que será o factor diferenciador e permitirá oferecer a qualidade de serviço que garanta a preferência dos clientes.
Obviamente, caso haja sucesso, a actividade tem que se tornar formal, cumprindo as obrigações legais, algo inevitável quando o volume do negócio e as exigências de clientes tornam obrigatório, mas o facto de implicar um pequeno investimento inicial torna este tipo de iniciativa particularmente interessante e, quase certamente rentável, numa área em enorme crescimento.
Este será, sem dúvida, um assunto que será abordado periodicamente, por esta ser uma área que está em constante evolução e que virá a transformar não apenas processos de fabrico, mas também hábitos de consumo e a forma como muitos produtos são distribuídos, dispensando cadeias de distribuição e a logística inerente, numa transformação que ainda estamos longe de apreender na sua totalidade.
Será sempre, para quem pretender enveredar pela rentabilização deste tipo de actividade, fazer um estudo de viabilidade, conhecer um mercado agora emergente, pelo que a escassa concorrência de hoje pode não ser a realidade dentro de pouco tempo, e investir em equipamentos e, sobretudo, em "know how", que será o factor diferenciador e permitirá oferecer a qualidade de serviço que garanta a preferência dos clientes.
Obviamente, caso haja sucesso, a actividade tem que se tornar formal, cumprindo as obrigações legais, algo inevitável quando o volume do negócio e as exigências de clientes tornam obrigatório, mas o facto de implicar um pequeno investimento inicial torna este tipo de iniciativa particularmente interessante e, quase certamente rentável, numa área em enorme crescimento.
Este será, sem dúvida, um assunto que será abordado periodicamente, por esta ser uma área que está em constante evolução e que virá a transformar não apenas processos de fabrico, mas também hábitos de consumo e a forma como muitos produtos são distribuídos, dispensando cadeias de distribuição e a logística inerente, numa transformação que ainda estamos longe de apreender na sua totalidade.
segunda-feira, abril 22, 2019
Consequências da falta de combustíveis no socorro - 3ª parte
No Interior, onde o número de postos de abastecimento é mais reduzido e, como consequência do isolamento, o transporte terrestre é vital, basta lembrar que em muitas povoações não existe abastecimento de alimentos em quantidade suficiente, quanto mais o acesso a medicamentos, a falta de combustiveis pode revelar-se particularmente problemática, sendo agravada pelo facto de estas áreas não serem contempladas pelos serviços mínimos impostos pelo Governo.
Face à reacção de pânico de muitos automobilistas, que normalmente abastecem apenas o suficiente para poucos dias e desta vez atestaram os depósitos, era óbvio que o combustível esgotou com alguma rapidez face a um aumento súbito do consumo, algo que seria óbvio para todos quantos conhecem o comportamento humano, e inevitável perante a dimensão dos depósitos dos postos.
A falta de combustíveis afecta, dramaticamente, o funcionamento de um país, e nem sequer vamos avaliar o impacto na área económica, onde sectores como o da distribuição, de que depende o abastecimento de bens de primeira necessidade, ou do turismo, que sem combustível nos aeroportos, assiste a uma queda de receitas, só para citar dois exemplos óbvios, tendo um impacto severo nas populações, com o efeito a agravar-se com o passar do tempo.
Se em apenas num par de dias assistimos a um quase caos, o prolongar seria catastrófico, com rupturas de abastecimento de bens essenciais, que, tal como aconteceu nos postos de abastecimento, sem dúvida levará a uma corrida semelhante aos supermercados, situação onde o pânico gerado será muito superior, dado estarmos a falar de bens de primeira necessidade, essenciais para a sobrevivência, e de que quase sempre resultam situações de maior conflitualidade e mesmo, possivelmente, de alguma violência.
Face à reacção de pânico de muitos automobilistas, que normalmente abastecem apenas o suficiente para poucos dias e desta vez atestaram os depósitos, era óbvio que o combustível esgotou com alguma rapidez face a um aumento súbito do consumo, algo que seria óbvio para todos quantos conhecem o comportamento humano, e inevitável perante a dimensão dos depósitos dos postos.
A falta de combustíveis afecta, dramaticamente, o funcionamento de um país, e nem sequer vamos avaliar o impacto na área económica, onde sectores como o da distribuição, de que depende o abastecimento de bens de primeira necessidade, ou do turismo, que sem combustível nos aeroportos, assiste a uma queda de receitas, só para citar dois exemplos óbvios, tendo um impacto severo nas populações, com o efeito a agravar-se com o passar do tempo.
Se em apenas num par de dias assistimos a um quase caos, o prolongar seria catastrófico, com rupturas de abastecimento de bens essenciais, que, tal como aconteceu nos postos de abastecimento, sem dúvida levará a uma corrida semelhante aos supermercados, situação onde o pânico gerado será muito superior, dado estarmos a falar de bens de primeira necessidade, essenciais para a sobrevivência, e de que quase sempre resultam situações de maior conflitualidade e mesmo, possivelmente, de alguma violência.
domingo, abril 21, 2019
Meios aéreos para combate aos fogos adjudicados à Helibravo - 1ª parte
Foi adjudicado à Helibravo a contratação de meios aéreos para o combate aos fogos florestais, num contrato que se extende até 2022, envolvendo 35 meios aéreos, e com um valor final de adjudicação que fica 20% abaixo do inicialmente previsto, tendo o processo sido conduzido pela Força Aérea Portuguesa.
A concorrência já reclamou, alegando que a Helibravo não possui o número de aeronaves necessárias, pelo que teria de sub-contratar meios de outras empresas, investigadas pelas autoridades italianas e espanholas por suspeita de cartelização, facto que foi omitido durante o concurso, mas desvalorizado na altura da decisão.
Apesar das suspeitas de terem lesado os estados italiano e espanhol, e das investigações em curso, foi considerado pelo responsável pelo concurso que a Helibravo, ao contrário do que diz a concorrência, não está a incorrer em práticas ilegais ou a falsear as regras da concorrência.
Naturalmente, que uma proposta em 20% abaixo do valor estabalecido, e falamos de muitos milhões de Euros, acaba por ser, praticamente, irrecusável, com a diferença de preços para a concorrência a levar a uma opção que envolve polémica, sobretudo no caso de, durante o decurso de um contrato longo, se concretizar uma acusação contra as empresas que sustentam a proposta da Helibravo.
A concorrência já reclamou, alegando que a Helibravo não possui o número de aeronaves necessárias, pelo que teria de sub-contratar meios de outras empresas, investigadas pelas autoridades italianas e espanholas por suspeita de cartelização, facto que foi omitido durante o concurso, mas desvalorizado na altura da decisão.
Apesar das suspeitas de terem lesado os estados italiano e espanhol, e das investigações em curso, foi considerado pelo responsável pelo concurso que a Helibravo, ao contrário do que diz a concorrência, não está a incorrer em práticas ilegais ou a falsear as regras da concorrência.
Naturalmente, que uma proposta em 20% abaixo do valor estabalecido, e falamos de muitos milhões de Euros, acaba por ser, praticamente, irrecusável, com a diferença de preços para a concorrência a levar a uma opção que envolve polémica, sobretudo no caso de, durante o decurso de um contrato longo, se concretizar uma acusação contra as empresas que sustentam a proposta da Helibravo.
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